“A oração do justo tem grande eficácia". (Tiago
5,16)
Com visível ar de
derrota estampada no rosto, uma pobre senhora entrou num armazém, aproximou-se
do proprietário e lhe pediu fiado alguns mantimentos, argumentando sobre a enfermidade
de seu marido e sua consequente impossibilidade de prover o sustento da
família.
O dono do armazém
zombando pediu para que ela se retirasse.
Mas a pobre mulher, pensando
na necessidade da sua família, implorou:
− Por favor, senhor,
eu lhe darei o dinheiro assim que tiver.
Mas ele lhe respondeu
que ela não tinha crédito nem conta em sua loja.
Em pé, no balcão ao
lado, um freguês que ouvia a conversa entre os dois, aproximou-se do dono do
armazém dizendo que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava, por sua
conta.
Então, o comerciante
falou meio relutante para a pobre mulher:
− Tem uma lista de
mantimentos?
− Sim! — respondeu
ela.
− Põe essa lista na
balança e o quanto ela pesar eu lhe darei em mantimentos!
Ela hesitou por uns
instantes, curvou a cabeça, retirou da bolsa um pedaço de papel e nele escreveu
alguma coisa, depositando-o, em seguida, na balança.
Os três ficaram
admirados quando o prato da balança, com o papel, desceu e permaneceu embaixo.
Completamente pasmo
com o marcador da balança, o comerciante se virou para o seu freguês e
comentou:
− Eu não posso
acreditar!
O freguês sorriu e o
homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança e, como a
escala da balança não equilibrava, pendendo sempre para o lado do pedaço de
papel, ele continuou colocando até não caber mais nada.
O comerciante ficou
parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que
havia acontecido, até que finalmente pegou o pedaço de papel da balança e ficou
espantado. Não era uma lista de compras, mas, sim, uma oração, que dizia: “Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas
necessidades e eu estou deixando isso em suas mãos...”.
O homem deu as
mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e
deixou o armazém.
O freguês pagou a
conta e disse:
− Valeu cada centavo.
Só Deus sabe o quanto pesa uma oração!
Ao terminar de ler
esta mensagem, fiquei pensando sobre a força ou o peso de uma oração. E me veio
à lembrança o texto da prisão de Pedro citado no capítulo 12 dos Atos dos
Apóstolos.
Herodes mandou
prender Pedro entregando-o à guarda de quatro grupos de quatro soldados cada
um. Portanto, dezesseis soldados a vigiá-lo como um bandido de alta
periculosidade.
O texto diz que Pedro
dormia entre dois soldados, ligado com duas cadeias, enquanto guardas vigiavam
o cárcere.
Pedro estava
encerrado na prisão, mas a Igreja orava sem
cessar por ele.
De repente,
apresentou-se um anjo do Senhor, e uma luz brilhou no recinto. Tocando no lado
de Pedro, o anjo despertou-o: “Levanta-te
depressa”.
Caíram-lhe as cadeias
das mãos. O anjo ordenou: “Cinge-te e
calça as tuas sandálias” E acrescentou: “Cobre-te
com a tua capa e segue-me”. Passaram o primeiro e o segundo posto da
guarda. Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu
por si mesmo. Saíram por uma rua. Em seguida, de súbito o anjo desapareceu.
Então Pedro tornou a si e disse: “Agora
vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu anjo e me livrou da mão de
Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus”.
Tudo é possível para
DEUS!
A oração de uma
pessoa pode até pesar muito numa balança, mas pense no peso da oração incessante de todos da Igreja,
para tirar Pedro do cárcere!
É de se admirar! Pois,
dependendo do merecimento, alguém vai aparecer para ajudá-lo! Até um anjo, se
preciso for!
No caso da pobre
mulher foi um anjo encarnado na figura do freguês, que pagou a conta. E no caso
de Pedro foi um anjo do céu materializado. Mas poderia ser um alienígena de
outro planeta, ou um agênere filho das estrelas, ou qualquer outro ser do
espaço por ordem de Deus.
Pois
disse Jesus: “Tudo é possível ao que crê". (Marcos 9,23); "Se dois de vós se unirem
sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está
nos céus". (Mateus 18,19).
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