“Onde está o teu tesouro, lá também
está teu coração” (Jesus)
Quais são nossos maiores
tesouros?
Se nós pensamos em apenas
uma existência, ajuntamos tesouros na Terra, porém, se pensamos numa vida
eterna, ajuntamos tesouros no Céu.
Além de nos assegurar a imortalidade,
Jesus nos recomenda no seu famoso Sermão da Montanha: "Ajuntai para vós
tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os
ladrões não furtam nem roubam". (Mateus 6,20).
Mas quais são esses tesouros?
Os tesouros na Terra são os bens materiais e o
dinheiro.
Os tesouros no Céu são
todas as virtudes que compõem o Amor.
As virtudes são todas as
qualidades da pessoa de Bem – que pratica a Lei do Amor. O ser humano virtuoso,
portanto, é bom, caridoso, indulgente, laborioso, sóbrio, modesto, gentil, humilde...
Já ouvimos de muitos
religiosos que o tesouro mais importante é a Fé. Porque a Fé é a mãe de todas
as virtudes, pois desperta todos os nobres sentimentos que conduzem o ser
humano para o bem.
Paulo, no entanto diz o contrário
no capítulo 13:2, da carta que escreveu aos coríntios: “[...] mesmo que
tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade não
sou nada”. E arremata esse capítulo dizendo
que “Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém a
maior delas é a caridade”.
Embora se diga que a
caridade é impossível sem a fé, se depreende da Parábola do Bom Samaritano que
a caridade é a única condição de salvação.
Portanto “fora da
caridade não há salvação” é o ensinamento moral de Paulo a todas as
criaturas que buscam tesouros no Céu. Até porque a caridade está ao alcance de
todos!
Pensemos então na imortalidade,
enquanto estamos na Terra, praticando as virtudes como investimentos
necessários para a continuidade da vida. Pois a morte é certa tanto para ricos
como para pobres.
Há um vídeo da redação do
momento espírita que ilustra bem esse assunto. Conta que um homem, que detinha
poder e muitas posses, foi habitar o além. E foi recebido pelo benfeitor,
encarregado de conduzi-lo à sua nova residência.
Caminhavam calmamente por
um lugar pitoresco, com ruas calmas, um gramado extenso e grande variedade de
árvores e jardins. Ao passarem por uma das casas, o benfeitor mostrou-a ao
homem e lhe disse:
− Aquela é a casa de sua
cozinheira.
− Mas ela ainda não morreu
– respondeu o homem.
Sem dar nenhuma resposta,
andaram por mais algum tempo e o orientador mostrou outra casinha graciosa e
disse:
− Essa é a casa do seu
jardineiro.
Ambas eram casas muito
agradáveis. Simples, mas aconchegantes. Jardins com flores silvestres e
pássaros voejando e cantando por entre as borboletas que pousavam de flor em
flor. Discretos regatos com águas cantantes e cristalinas cortavam os gramados
verdes.
O homem estava animado,
pois se seus empregados teriam moradias tão agradáveis, o que não estaria
reservado a ele, um homem rico e poderoso?
Caminharam por mais tempo,
quando o benfeitor parou diante de um barraco, localizado numa área escura, quase
sem nenhum encanto. E com um gesto gentil indicou ao homem sua nova residência.
O homem teve um
sobressalto. Indignado perguntou ao orientador:
− Como eu, sendo um homem
rico e possuidor de muitos bens, posso morar agora nesse barraco caindo aos
pedaços? Sem dúvida deve ser uma brincadeira!
− Infelizmente não é, meu
filho – falou o benfeitor. − Todas as construções são feitas com os materiais
que vocês nos enviam diariamente enquanto estão na Terra. São materiais
invisíveis aos olhos físicos, mas firmes o bastante para construir um recanto
sólido aqui, no mundo espiritual. Cada gesto nobre, cada boa ação, cada
trabalho realizado com honestidade e desinteresse, são matérias primas
importantes aplicadas nos tesouros verdadeiros deste lado da vida.
− Mas como saber disso, se
ninguém me avisou enquanto estava na Terra? – objetou o infortunado.
− Ora, meu filho, talvez
você tenha esquecido, mas há mais de dois milênios se ouve falar de um Homem
chamado Jesus, que orientou muito bem sobre essa questão, recomendando que se
construíssem tesouros no Céu, onde nem a traça come nem os ladrões roubam.
Pensativo e sem argumentos,
o homem adentrou seu mísero barraco, em busca de um mínimo de conforto para sua
alma inquieta.
Pense nisso!
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