Aquecendo a Vida

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domingo, 5 de junho de 2016

NOSSOS MAIORES TESOUROS

“Onde está o teu tesouro, lá também está teu coração” (Jesus)



Quais são nossos maiores tesouros?
Se nós pensamos em apenas uma existência, ajuntamos tesouros na Terra, porém, se pensamos numa vida eterna, ajuntamos tesouros no Céu.
Além de nos assegurar a imortalidade, Jesus nos recomenda no seu famoso Sermão da Montanha: "Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam". (Mateus 6,20).
Mas quais são esses tesouros?
 Os tesouros na Terra são os bens materiais e o dinheiro.
Os tesouros no Céu são todas as virtudes que compõem o Amor.
As virtudes são todas as qualidades da pessoa de Bem – que pratica a Lei do Amor. O ser humano virtuoso, portanto, é bom, caridoso, indulgente, laborioso, sóbrio, modesto, gentil, humilde...
Já ouvimos de muitos religiosos que o tesouro mais importante é a Fé. Porque a Fé é a mãe de todas as virtudes, pois desperta todos os nobres sentimentos que conduzem o ser humano para o bem.
Paulo, no entanto diz o contrário no capítulo 13:2, da carta que escreveu aos coríntios: “[...] mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade não sou nada”.  E arremata esse capítulo dizendo que “Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém a maior delas é a caridade”.
Embora se diga que a caridade é impossível sem a fé, se depreende da Parábola do Bom Samaritano que a caridade é a única condição de salvação.
Portanto “fora da caridade não há salvação” é o ensinamento moral de Paulo a todas as criaturas que buscam tesouros no Céu. Até porque a caridade está ao alcance de todos!
Pensemos então na imortalidade, enquanto estamos na Terra, praticando as virtudes como investimentos necessários para a continuidade da vida. Pois a morte é certa tanto para ricos como para pobres.
Há um vídeo da redação do momento espírita que ilustra bem esse assunto. Conta que um homem, que detinha poder e muitas posses, foi habitar o além. E foi recebido pelo benfeitor, encarregado de conduzi-lo à sua nova residência.
Caminhavam calmamente por um lugar pitoresco, com ruas calmas, um gramado extenso e grande variedade de árvores e jardins. Ao passarem por uma das casas, o benfeitor mostrou-a ao homem e lhe disse:
− Aquela é a casa de sua cozinheira.
− Mas ela ainda não morreu – respondeu o homem.
Sem dar nenhuma resposta, andaram por mais algum tempo e o orientador mostrou outra casinha graciosa e disse:
− Essa é a casa do seu jardineiro.
Ambas eram casas muito agradáveis. Simples, mas aconchegantes. Jardins com flores silvestres e pássaros voejando e cantando por entre as borboletas que pousavam de flor em flor. Discretos regatos com águas cantantes e cristalinas cortavam os gramados verdes.
O homem estava animado, pois se seus empregados teriam moradias tão agradáveis, o que não estaria reservado a ele, um homem rico e poderoso?
Caminharam por mais tempo, quando o benfeitor parou diante de um barraco, localizado numa área escura, quase sem nenhum encanto. E com um gesto gentil indicou ao homem sua nova residência.
O homem teve um sobressalto. Indignado perguntou ao orientador:
− Como eu, sendo um homem rico e possuidor de muitos bens, posso morar agora nesse barraco caindo aos pedaços? Sem dúvida deve ser uma brincadeira!
− Infelizmente não é, meu filho – falou o benfeitor. − Todas as construções são feitas com os materiais que vocês nos enviam diariamente enquanto estão na Terra. São materiais invisíveis aos olhos físicos, mas firmes o bastante para construir um recanto sólido aqui, no mundo espiritual. Cada gesto nobre, cada boa ação, cada trabalho realizado com honestidade e desinteresse, são matérias primas importantes aplicadas nos tesouros verdadeiros deste lado da vida.
− Mas como saber disso, se ninguém me avisou enquanto estava na Terra? – objetou o infortunado.
− Ora, meu filho, talvez você tenha esquecido, mas há mais de dois milênios se ouve falar de um Homem chamado Jesus, que orientou muito bem sobre essa questão, recomendando que se construíssem tesouros no Céu, onde nem a traça come nem os ladrões roubam.
Pensativo e sem argumentos, o homem adentrou seu mísero barraco, em busca de um mínimo de conforto para sua alma inquieta.

Pense nisso!

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