“A paz interior é o seu maior
tesouro” (André
Luiz).
O que é paz? O dicionário
diz que é tranqüilidade da alma; outros dizem que é um estado de espírito
permanente.
A paz não é ausência de
barulho, de brigas... E nem pode ser confundida com ganhar na loteria pra se
ter conforto e gozar a vida. Silêncio também não é sinônimo de paz, pois “quem
vê cara não vê coração”. Embora calado, a pessoa pode estar num estado
mental lastimável!
Quem vive realmente em paz
não se perturba e, mesmo quieto, mantém a consciência tranqüila.
De onde vem a paz? Vem de
dentro de nós mesmos. Não a procure em sua volta. Ela é fruto do amor. Diz um
dos textos judaicos que, “Quem faz o bem, conquista paz interior”.
Jesus, devido o seu imenso
amor pela humanidade, demonstrou essa paz interior nos momentos de sua prisão, mantendo-se
calado quando interrogado pelo sumo sacerdote Caifás, como relata Mateus. Ele
nada respondia às injustas acusações dos príncipes dos sacerdotes e dos
anciãos.
Quando Pilatos lhe perguntou:
“Não ouves todos os testemunhos que levantam contra ti?”. Relata o
evangelho, que para grande admiração do governador, Jesus não quis responder a
nenhuma acusação.
Depois de entregue aos
soldados, Ele foi diversas vezes ultrajado e injuriado até ser crucificado, mas
em nenhum momento perdeu a serenidade. Isto porque tinha uma grande paz interior.
“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz”, disse Jesus em
João 14,27.
O Príncipe da Paz nos deu o
seu maior tesouro: a paz interior. Paz
que todos os cristãos desejam, mas muitos não conseguem. Por que será?
As leis de Deus, os
evangelhos e os ensinamentos de Jesus falam sobre a paz. Mas, apenas esses
conhecimentos não bastam! Necessário se faz praticá-los pra se adquirir a paz
interior.
Chico Xavier irradiou um
pensamento fantástico sobre isso: “Quem sabe pode muito, mas quem ama pode
muito mais”. Então, não basta saber, é preciso amar – e amar muito! – para
se ter a paz do Cristo.
A Terra vive um momento de
transição, pois caminha celeremente para o melhoramento moral da humanidade. Já
se diz até que neste instante Jesus está literalmente na Terra. E que a Onda
Mental do Cristo nos impulsiona para essa elevação moral, no intuito de
preparar no mundo o REINO DA PAZ.
É difícil entender essa PAZ,
que o Mestre nos legou – como exemplo de comportamento diante das dificuldades
da vida –, e para a qual o mundo está sendo preparado. Mas, há uma lenda que
talvez possa dar luz a este entendimento.
È uma lenda japonesa sobre um
grande samurai, que vivia perto de Tóquio. Mesmo idoso, ele se dedicava a
ensinar a arte Zen aos jovens.
Corria a lenda, que apesar
da idade, ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro
conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Queria derrotar o
samurai e aumentar sua fama.
O velho aceitou o desafio e
o jovem começou a insultá-lo. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em
seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais. Durante horas fez tudo
para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final do dia,
sentindo-se já exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se. E os alunos,
surpresos, perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.
− Se alguém chegar até você
com um presente, e você não aceitar, a quem pertence o presente?
− A quem tentou entregá-lo,
respondeu um dos discípulos.
− O mesmo vale para a
inveja, a raiva e outros insultos. Quando não são aceitos, continuam
pertencendo a quem os carrega consigo.
Moral da história: A sua paz interior depende
exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você
permitir.
Ave
Cristo! Que a paz do Senhor esteja com todos nós. Amém.
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