Aquecendo a Vida

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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO

“Há muitas moradas na casa de meu Pai” (Jesus)



Vítima de um enfarto, um repórter chega à espiritualidade e se põe logo a campo pra entrevistar pessoas famosas que por lá encontrava.
Assim que soube de alguém notável correu para uma entrevista. A mulher, há séculos na erraticidade, tinha sido na Terra uma conhecida Rainha.
− Realeza, porque Vossa Alteza não está no Céu, junto aos anjos?
− O orgulho me perdeu na Terra! – respondeu com lágrimas nos olhos.
− Mas, a alteza nada trouxe da Terra que pudesse elevá-la aos Céus?
− Caro Repórter, quem, pois, entenderá a insignificância dos reinos da Terra, se eu não o entendi? Nada, absolutamente nada trouxe da realeza terrena! A minha realeza nem sequer me seguiu até o túmulo!
− Onde exerceu a sua realeza?
− Fui Rainha na França, e rainha eu acreditava entrar no Reino dos Céus.
− E por que não conseguiu?
− Que desilusão, companheiro! Quanta humilhação quando, ao invés de ser recebida como soberana, vi acima de mim, homens que acreditava serem insignificantes, a quem havia desprezado, pois não tinham sangue nobre!
− Isso quer dizer que as honras que a gente procura na Terra são inúteis?
− Sim, pois as grandezas da Terra não valem nada. Para se preparar um lugar neste reino celeste, é preciso muito amor, abnegação, humildade, caridade, benevolência para com todos...
− Mas aqui não lhe perguntaram o que foi na Terra, que posição ocupou?
− Não! Mas me perguntaram quais os sacrifícios que fiz! E então logo compreendi que apenas corri atrás dos bens terrenos como se pudessem guardá-los pra sempre, desprezando os únicos bens sólidos e duráveis, que me seriam úteis a dar acesso à morada celeste.
Nesse momento, as lágrimas rolaram copiosamente pelo rosto da soberana. E o repórter decidiu encerrar a entrevista, perguntando finalmente:
− Vossa alteza tem algum pedido a fazer aos habitantes da Terra?
− Tenho sim! Que tenham piedade dos que não ganharam o reino dos Céus. Ajuda-os com preces, pois a prece aproxima o homem do Altíssimo. É o traço de união entre o Céu e a Terra. Não se esqueçam disso!
O relógio me despertou!... Acordei meditando no sonho... E esse pensamento me despertou para a grande verdade contida nas palavras de Nosso Senhor: Meu reino não é deste mundo!
E me veio à mente os dizeres de uma Placa Ridícula contendo a grande pergunta da humanidade: “Haverá Vida após a Morte?” E a irônica resposta: “Mexa na minha Moto e você saberá!”.
Rindo disso, mas com a idéia precisa de que a vida não se acaba na sepultura, que a vida é eterna, que a vida corporal é apenas uma curta passagem por aqui, eu fortaleço mais a minha fé em Deus.
“Há muitas moradas na casa de meu Pai” (João 14, 2).
Pensando nessas moradas, que estão sendo preparadas para toda a humanidade e nas promessas do Cristo de que onde Ele estiver nós estaremos também, levantei-me fortalecido, animado, disposto a enfrentar as vicissitudes da vida com muito amor para me preparar para o Reino Celeste.
O homem pintou com muita criatividade os tormentos do inferno, mas nunca pôde representar as alegrias do Céu. Sabe por quê? Porque até agora só pôde falar daquilo que conhece pela experiência: penas e misérias.
Mas o homem pode se elevar espiritualmente praticando o bem, deixando todo o mal para trás.  E à medida que se eleva e se purifica, seu horizonte se amplia e começa a compreender e sentir a felicidade das claridades celestes.
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim” (Chico Xavier).
Fonte: Adaptação de textos dos Capítulos 2 e 3 do Evangelho Segundo o Espiritismo.

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