Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

O PRINCIPAL DA VIDA

“Se houvesse amor entre os homens, a caridade seria mais bem praticada” (Pascal)



Na história do cristianismo, Pôncio Pilatos é o personagem que melhor exemplifica o Egoísmo. Pois, mesmo reconhecendo que Jesus era justo, preferiu lavar as mãos deixando-O ser conduzido ao suplício da cruz.
Pilatos pensou apenas nele, na sua posição diante da sociedade da época e, principalmente, do poder romano.
O egoísmo crucificou Jesus e tem levado ao suplício muitos inocentes. É uma chaga que tem que sumir da face da Terra, pois impede a evolução moral da humanidade.
O egoísta é um retardado moral, pois só pensa em si mesmo sem considerar o bem dos outros. Por isso o egoísmo é a causa de todas as misérias no mundo. Combater, pois, o egoísmo para transformar as pessoas deve ser o objetivo de todo cristão!
Precisamos derrotar a praga do egoísmo que ainda existe dentro de nós. E pra isso precisamos de muita força e coragem. Pois é muito mais difícil vencer a si mesmo do que vencer aos outros!
O egoísmo representa a falta de amor. Então, como combatê-lo? Somente usando as armas da caridade. Assim, mais sensíveis ao sofrimento do próximo, nós estaremos destruindo a indiferença que impede a manifestação dos nossos bons sentimentos. Essa é a missão do verdadeiro cristão!
Quando a caridade reinar na Terra o mal não mais prevalecerá!
A vida na Terra é muito curta. A morte destrói apenas o nosso corpo. A alma continua, pois é eterna. Meditemos sobre isso! Meditemos sobre o que é mais importante na vida!
O principal da vida não são os tesouros do mundo, mas os tesouros da alma, como na lição que tiramos, a seguir, da história de certa mulher pobre, que passando diante de uma caverna com seu filho no colo, escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia:
− Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém, de uma coisa: Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal...
A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental.
Então, a voz misteriosa falou novamente:
− Você só tem cinco minutos.
Esgotados os cinco minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas correu para fora da caverna e a porta se fechou...
Lembrou-se, então, que a criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre!!!
O mesmo acontece, às vezes, conosco. Temos uma vida inteira pra viver e, muitas vezes, somos advertidos: “Não se esqueça do principal!”.
E o principal são os valores espirituais, a responsabilidade, a oração, a vigilância, a família, os compromissos, os amigos, a vida!!!
Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais nos fascinam tanto que o principal vai ficando sempre de lado...
Assim, esgotamos o nosso tempo aqui e deixamos de lado o essencial: “Os tesouros da alma”.
Que jamais nos esqueçamos, que a vida neste mundo passa rápido e que a morte vem inesperadamente. E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerá as lamentações. Portanto que jamais nos esqueçamos do principal!!!
“Se Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?”

domingo, 4 de setembro de 2011

O EGOÍSMO

“Nunca se viu egoísmo que não se queixe de ingratidão” (Emmanuel).



O egoísmo é uma dedicação excessiva que uma pessoa tem por si própria, esquecendo-se de considerar as necessidades e o bem dos outros.
Muitos confundem egoísmo com o egocentrismo. São coisas diferentes, porque o egocentrismo é exclusivo da pessoa que toma a si própria como referência para tudo.
O egocêntrico se considera o centro do universo, enquanto que o egoísta leva em conta exclusivamente os seus próprios interesses em detrimento do cumprimento dos deveres morais para com os outros.
Então, esta é a diferença básica: enquanto o egocêntrico se acha o mais importante, a figura principal e se preocupa com o que todo mundo pensa dele; o egoísta, ao contrário, não está nem aí com os interesses alheios, nem com o que pensam dele, pois vive obcecado pelos bens próprios.
O Egoísta está muito mais pra pão-duro, sovina, avarento... Pois pensando somente em si próprio, acaba se apegando demasiadamente aos bens materiais, principalmente, ao dinheiro.
É um verdadeiro muquirana! Termo este que vem do tupi “moki’rana”, e muito usado na nossa região como sinônimo de avareza.
Por falar nisso, conheci um cidadão que era o protótipo do muquirana, tal o apego sórdido que tinha pelo dinheiro. Um apego tão excessivo, que se poderia dizer que era um apego mórbido pelo dinheiro, ou seja, realmente doentio.
Tal era o seu egoísmo que nunca se casou pra não dividir nada com ninguém.
Todavia, em conseqüência de tanta avareza, ele ficou rico, mas também se tornou uma pessoa infeliz, pois não era bem-quisto na sociedade. Todos o viam com muita indiferença!
Contou-me um seu amigo, que no início de sua vida na roça, na hora do almoço, ele aparecia e tirava uma colher de comida do prato de cada um dos seus camaradas pra não precisar cozinhar. Explorava os camaradas e, dessa forma, ficava cada vez mais endinheirado.
De outra vez, me relataram que ele era tão muquirana, que mesmo depois de dono de muitas fazendas de gado, sempre que vendia uma novilha mandava o açougueiro guardar os ossos, dizendo:
− Essa ossada, cheia de gordura e cozida com macarrão vai muito bem! Dá pra comer a semana inteira!
 E assim ele viveu, por mais de meio século, rico e miserável, até que descobriu um dia que estava com câncer.
Eu o encontrei algumas vezes reclamando do mal que o atormentava. Nessas ocasiões ele me dizia:
− Essas dores me fazem pensar muito sobre a vida. Acho que o dinheiro em nada me adiantou. Se pudesse voltar atrás eu faria tudo diferente!
Pouco tempo depois, o miserável morreu atormentado: pela doença, pela preocupação com o dinheiro, pela falta de afeto dos familiares, pela falta de amigos... Dele ficou apenas uma lição de vida que serve para nossa reflexão!
Disse Emmanuel, pela mediunidade do Chico Xavier, que “O dinheiro pode proporcionar-te reconforto, mas o descanso da alma vem de Deus”.
Para Emmanuel (Paris, 1861), o Egoísmo, é a chaga da Humanidade, que tem que desaparecer da Terra, pois retarda seu progresso moral e a impede de elevar-se nas ordens dos mundos.
Pascal (Sens, 1862) considera o egoísmo como um sentimento oposto da caridade. Pois, sem a caridade não haverá paz alguma na sociedade; e diz mais: não haverá segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, haverá sempre uma corrida favorável ao espertalhão, uma luta de interesses em que são pisoteadas as mais santas afeições, em que nem sequer os laços sagrados da família são respeitados.
Diante das lições de Emmanuel e Pascal, só nos resta trabalhar para que o egoísmo desapareça da face da Terra. E isso só é possível se cada um trabalhar pra transformar a si mesmo, desalojando de seu coração todo o resquício desse mal que assola a humanidade.
Quando isso acontecer, o ser humano não se esquecerá mais que somos almas eternas, vivendo uma curta existência terrena.

A MESQUINHEZ

A mesquinhez traz em si o próprio castigo.



A mesquinhez é a qualidade do mesquinho. Ou, numa linguagem popular, é a qualidade do ridico, do cainho, do avarento, do miserável.
O mesquinho não dá e nem empresta nada do que é seu. É aquele que não é pródigo, que não tem generosidade no coração. Geralmente é medíocre, ordinário, vulgar, insignificante, porque gosta de humilhar, cobrar e jogar na cara para desfazer de quem o procura por qualquer motivo.
O mesquinho é incapaz de um gesto sequer em benefício de alguém, mesmo que seja uma pessoa do seu convívio, da sua intimidade. E, ao negar às vezes até mesmo um favor, sem gasto algum, provoca riso por essa atitude exagerada por natureza. Por isso é ridico (ou ridículo!).
E como “quem planta colhe”, o mesquinho vai se isolando cada vez mais e acaba na solidão, vivendo sem uma mão de ajuda, nos seus momentos mais difíceis. Todos lhe dão as costas, sem piedade.  Este é o seu castigo!...
Inspirado no livro “O homem que ninguém conhece”, de Bruce Barton, de 1925, adaptamos uma história de Jesus e seus apóstolos na Galiléia, que demonstra, na sua interpretação, as conseqüências da mesquinhez.
Jesus e os discípulos tinham caminhado o dia inteiro e estavam cansados, mas a visão de uma aldeia, do alto da pequena colina, reanimou-os. Jesus mandou então dois homens à frente para providenciarem acomodações, enquanto ele e os outros se sentaram à beira do caminho para esperar.
Depois de pouco tempo os mensageiros voltaram ofegantes; e irritados deram a má notícia: o povo se recusava a recebê-los.
Então esta aldeia insignificante recusava-se a receber seu Mestre?
Era revoltante! Todos estavam indignados! Afinal ele era famoso; curava os enfermos e era generoso com os pobres. Na Capital, as multidões o seguiam entusiasticamente, de modo que até seus discípulos tornaram-se importantes. E agora esta pequena comunidade rural negava-se a recebê-los...
– Que gente insuportável! – gritou um deles. Conjuremos fogo do Céu, Senhor, e consumamo-los.
Os outros se entusiasmaram: – Fogo do Céu... Isso mesmo! Mostra-lhes que eles não podem nos afrontar. Vamos Senhor, o fogo...
Há ocasiões em que nada do que um homem pode dizer é mais poderoso do que ficar calado. Jesus comprimiu os lábios. Suas delicadas feições não demonstraram as tensões que ocorreram nas semanas precedentes e, em seus olhos, havia a premonição das semanas angustiantes que viriam. Ele precisava repousar, mas não disse uma palavra. Tranqüilamente recolheu suas vestes e continuou o seu caminho, seguido de seus ofendidos companheiros.
É fácil imaginar o seu desapontamento: já estavam juntos há três anos... Quando os discípulos chegariam a alcançar a visão do que ele representava? Ele tinha vindo para mostrar o Caminho para a Verdade e a Vida! E eles queriam que satisfizesse seus ressentimentos pessoais queimando uma aldeia?!
Atemorizados com seu silêncio eles o seguiam. Vagamente tinham a consciência de que outra vez deixaram de corresponder.
E foram para outra aldeia sem nada reclamar. Para o Mestre o fato era muito pequeno para ser comentado.
Jesus sentia o ressentimento dos discípulos e procurava demonstrar compreensão; pois, sabia que a mesquinhez traz em si seu próprio castigo.
A aldeia que havia recusado recebê-lo, não exigia o fogo; ela já recebera a sua punição: nenhum milagre foi realizado lá, nenhum doente foi curado, nenhum faminto alimentado, ninguém recebera a mensagem libertadora da Boa Nova... Esse era o castigo pela sua mesquinhez.
Esqueceu imediatamente aquele incidente. Tinha muito trabalho para fazer.

A PROFECIA

“Feliz aquele que lê e aqueles que escutam as palavras desta profecia, se praticarem o que nela está escrito. Pois o tempo está próximo” (Apocalipse 1,3).



Este é um antigo vaticínio, lido num velho manuscrito mágico. Em “Os Magos” de J. W. Rochester, você poderá lê-lo na íntegra. Aqui transcrevemos os pontos interessantes para deleite daqueles que gostam de ouvir falar em finais dos tempos, apocalipse, revelações de Fátima, Nostradamus, etc.
Diz esta profecia que das profundezas da terra surgirá o diabo, que se tornará poderoso aliado do mal. Ele será amarelo e brilhante e o seu aspecto e o cheiro irão excitar as mais baixas paixões.
Somente alguns conseguirão segurá-lo escorregadio nas mãos. No lugar onde se detiver, haverá fartura de prazeres e honrarias, mas, ao mesmo tempo, os corações humanos endurecerão e a chama divina se extinguirá sob a mão pesada do demônio, cujo lema será “Prazer a todo custo”!
Depois tendo se entediado de viver entre os seus eleitos, esse terrível demônio aparecerá na social à procura de poder, honrarias e veneração.
Elevado ao trono por seus adeptos e súditos, ele a todos subjugará, tudo comprará e zombará da aniquilação total.
E sua vontade será satisfeita. A justiça, coberta de lama, com a boca espumando ouro, com as mãos sujas amarradas, perderá a capacidade de pronunciar a verdade e julgar imparcialmente. O amor pervertido e vendável se transformará em depravação asquerosa e a fé, ridicularizada, não irá mais iluminar com os raios de esperança os corações e os rostos martirizados.
Nessa época o bezerro de ouro irá reinar sobre todo o mundo e aos seus pés rastejará a humanidade ultrajada.
Então chegará à hora, quando Deus verdadeiro, Criador do Universo, ficará entediado com tantos crimes, e Ele se insurgirá contra o enganador que Lhe tomou o lugar e zombou de Seus servidores puros.
E a ira de Deus desabará sobre esse rebanho bípede, e a voz, feita um trovão, retumbará no espaço insondável:
– Insensatos! Se o demônio de ouro é tudo o que vocês querem, então fiquem com ele; mas tudo que Eu lhes dei, Eu mesmo tomarei de volta.
O Senhor chamará todas as criaturas do bem para segui-Lo. E elas, inquiridas, exclamarão em pranto:
– Leve-nos, Senhor! Só a Você nós veneramos e só em Sua misericórdia nós temos fé. O demônio é nosso inimigo. Ele nos persegue e destrói.
E terá início uma grande migração. As aves, os peixes, o gado e os animais selvagens – tudo que povoava o ar, as águas, as florestas e as planícies –, tudo que alimentava, vestia e divertia os homens, desaparecerá da face da Terra. Em seguida desaparecerão as flores, as árvores e a grama, as fontes de água e os rios. Tudo isso fugirá e encontrará o abrigo no seio Eterno. E a Terra estéril se transformará em deserto, onde resplandecerão soberbos os magníficos palácios repletos de tesouros – mas sem o pão de cada dia.
Então, ao ver a morte se aproximando de todos os lados, um grito de terror se soltará do peito da humanidade criminosa. Esta chamará pelo demônio, mas ele ficará surdo aos gemidos e queixumes, pois ele era grande, poderoso e zombador só até aquele momento em que explorava a natureza criada por Deus, enquanto usava e abusava de Suas criaturas.
Levadas ao desespero, as pessoas irão andar em barras de ouro, mas a procura por alimentos será inútil e impossível e o inclemente demônio irá rir da impotência delas. Elas que tudo venderam e se humilharam por um punhado de ouro, não saberão nem orar. O Senhor, ao ver Seus templos vazios e o Seu Nome olvidado, não suavizará Sua ira e entregará esse ingrato gênero humano à morte cruel que ele mesmo preparou para si...

Observação: substitua as alegorias (diabo, demônio, enganador...) por dinheiro; releia o texto e você se surpreenderá ao perceber que esta profecia se refere à nossa realidade atual.