Aquecendo a Vida

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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

A ANALOGIA DO REI E O GARI

“Há homens que são como velas; sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros”.                                                            (Padre Antônio Vieira).


Puxando um carrinho de materiais de reciclagem, um “Catador de latinhas” chega e me cumprimenta:

— Bom dia Senhor!

— Bom dia! Como vai?

— Graças a Deus vou bem! Gostei do seu artigo do jornal. Mas tive que reler o texto para poder compreendê-lo.

Depois disso, ele me pergunta:

— O Senhor sabe a diferença entre o Rei e o Gari?

— Não! Você pode me explicar?

— Bem!... Eu só sei que é uma analogia entre um poderoso Rei e um Gari, que dá tudo de si no serviço ao seu ambiente.

Daí, ele falou muito sobre os Garis, que arriscam a vida recolhendo o lixo, sendo desrespeitados no trânsito... Sofrendo acidentes por causa de vidros quebrados ou materiais perigosos mal empacotados... Disse, enfim, que os Garis dão tudo de si para a satisfação das necessidades dos outros. E dão “vida” ao seu ambiente!!

Percebendo que eu estava diante de alguém expert no assunto, resolvi devolver-lhe a mesma pergunta, porém, com outra roupagem:

— Qual a diferença entre o Rei e o Gari no emprego da Força Vital?

— Força Vital? Que sentido tem?

Tive, então, que buscar nos meus arquivos “perdidos” na memória, uma resposta senão convincente, pelo menos satisfatória. E me arrisquei falando pausadamente, frisando as palavras:

FORÇA VITAL É O AMOR PELO QUE A GENTE FAZ!

— Ah, já sei!... É o esforço de cada um naquilo que faz... O que cada um dá de si no que realiza e que dá vida ao mundo! Tá certo?!

— Sim, é isso mesmo!

Despedimo-nos e fui embora me perguntando: qual a lição que a gente poderia tirar disso? E sabe o que descobri? Que tinha razão o “Catador de latinhas”. Pois, de fato, Força Vital é irradiação de Amor naquilo que você faz e que dá vida ao mundo!

É um ato de Consciência...

Apesar de diferentes, tanto o Rei como o Gari são almas, que aos poucos podem se elevar até as alturas da Consciência Divina e se transformarem em indivíduos repletos, que irradiarão o Bem ao seu redor. Pois ambos são importantes pelo impacto que geram no ambiente em que vivem.

O impacto que você gera no ambiente depende totalmente de sua vontade de agir, especialmente para o Bem dos outros. E essa FORÇA DE VONTADE não tem limites, porque é extraída da Própria Consciência Universal, segundo a magnitude e a Força da Fé de cada um.

O Rei e o Gari são importantes em cada momento da vida. Eles não vieram ao mundo para evidenciar suas fraquezas, mas para revelar suas forças. Portanto, a verdadeira diferença entre eles surge somente do que cada um dá de si mesmo em proveito dos outros.

O Rei vai ser lembrado tanto pelos benefícios que tenha trazido para o seu Reino, mas também pela miséria que impôs ao seu povo. Já o pobre Gari, sem habilidades de alto nível, mas que dá tudo de si no serviço ao seu ambiente, no final será venerado por parentes e amigos – e na próxima vida colherá o que semeou, assim como o poderoso Rei.

A irradiação de sua Força Vital em benefício do próximo de maneira elevada, com gentileza e boa vontade pode transformar-se em um instrumento de saneamento e até de cura de muitos males da vida.  Pense nisso! Pois cada momento da vida é sagrado, belo e radiante com o influxo da Força Vital da Consciência Divina.

O bondoso Gari, que retira feliz o lixo na vizinhança é uma benção para todos, é uma luz brilhando em seu pequeno mundo; pois, com as atividades de sua mente dá formas à sua Consciência, de diferentes modos que abençoam o ambiente.

orgulhoso Rei tem na alma um poço de escuridão negativa, que todos sentem quando dele se aproxima.

A Força Vital pode, pois, ser comparável a uma Moeda Cósmica, ou ao Bônus-hora, que representa o merecimento que o Espírito adquire, por cada hora de trabalho realizado, o qual pode ser revertido em seu benefício, ou em benefício de algum ente querido.

“Aquele que tentar salvar a sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder, por minha causa, reencontrá-la-á” – disse Jesus. (Mateus 10,39).


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