“Perdoar
aos inimigos é pedir perdão para si mesmo” (Paulo,
Lyon, 1861).
Década de oitenta, eu participava de um
grupo de estudos sobre Ufologia, presidido pelo jornalista e escritor Paulo
Rolim Corrêa, editor do Jornal “A ARCONAVE” sobre Discos Voadores; fundador
da “Casa
Paterna”, que acolheu 40 crianças abandonadas; e autor, em 1960, do
Livro “Os Cavaleiros do Céu”, transformado em novela de rádio.
Em Duas Palavras – na abertura de sua obra
literária –, ele afirma que: “A humanidade começa a compreender a
necessidade de reforma. E neste final de século temos pena dos ledores de todas
as raças que procuram nos livros a solução para os problemas do espírito”.
Paulo Rolim sabia que o ser humano é
Filho de Deus, portanto, uma Centelha que traz em si a Essência Divina. Que se
redescobre com as experiências da vida e com a meditação, muito mais do que
pela simples leitura rápida de um texto. Pois, na medida em que evolui, vai Despertando
a Consciência: com o saber que a
alma traz de sua origem Divina; assim como com o conhecimento adquirido em múltiplas vidas passadas. Conhecer-se a
si mesmo, e se reformar interiormente, eis, portanto, a grande sacada (do Mestre!)
para nossa ascensão espiritual.
O grupo cresceu e chegou a mais de 30
participantes. Nas sessões, aos sábados à tarde, meditávamos também sobre as
lições do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Na ida às reuniões eu dava carona para
alguns amigos. E no trajeto sempre a questão do Perdão das ofensas era enfatizada, porque um dos passageiros insistia
em expor seu inconformismo com a traição de que era vítima, repetindo sempre ao
finalizar: “EU JAMAIS PERDOAREI”.
Começava a sessão. Fazia-se uma prece. E
o Evangelho aberto ao acaso sempre trazia uma lição que abordava frases como
esta do Apóstolo Paulo: “Infeliz daquele que diz: eu jamais
perdoarei, porque pronuncia sua própria condenação”.
Até mesmo nas canalizações o Perdão era evidenciado: “Quem
não ama não consegue perdoar” (Baiano Zé da Estrada). Parecia até
perseguição ao obstinado irmão!...
Uma década se foi e este meu irmão de fé, apesar de
ser Doutor e de vasta bagagem intelectual, persistia:
— Não adianta insistirem comigo, pois
nem as lições do Evangelho me convencem. Eu
Jamais Perdoarei o que estão me fazendo!
O tempo passou... Paulo Rolim faleceu. As
reuniões se encerraram. Só restou então um enorme acervo de psicografias sobre
Ufologia. Mas, voltando ao obstinado irmão, posso afirmar que continuava de
ideia fixa, sempre a repetir: “Jamais Perdoarei!”.
Depois de perder toda a herança
recebida, Ele nos deixou para viver em outra dimensão. Mas, às vezes, nas
minhas meditações já sinto a sua presença e sei que ele está bem lá onde se
encontra. Acredito até que já se convenceu sobre a importância do Perdão, seguindo a recomendação de
Paulo Apóstolo, em Lyon, 1865: “Não esqueçais que o verdadeiro perdão se
reconhece pelos atos, muito mais que pelas palavras”.
Na prática, o ato do Perdão tem um Efeito Moral e, também, um Efeito
Material. Mas, o que isso quer dizer?
Isso significa que se você não aprendeu
a perdoar, está ferrado, moral e materialmente falando! Moralmente porque você irá
sofrer todas as consequências da Lei de Causa e Efeito, sendo vítima da
vingança de obsessores, aos quais se ligou. E, Materialmente, porque sem o perdão não há prosperidade! Enquanto
não aprender isso você será um contraventor das Leis de Deus, infringindo as
regras básicas de Bem-Viver.
A Prosperidade
Material faz parte do processo
evolutivo, e se assenta num tripé
constituído por atos de bondade, justiça
e sabedoria, ao qual sua mente deve se alinhar. Pois sem Perdoar as ofensas, você vive em baixa frequência
vibratória e passa a ter uma desordem interior, que reflete a dolorosa vida que leva. Enfim, você fica
bloqueado para o sucesso!...
Todavia, saiba que evoluímos de qualquer
jeito, pois, como diz um ditado muito usado no meio cristão: “Quem
não vem pelo Amor vem pela Dor”.
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