Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 27 de janeiro de 2024

A MENINA DO VESTIDO AZUL

 

“É difícil varrer toda a rua, mas e fácil varrer a nossa calçada!”.


Num bairro de uma cidade morava uma bonita garota. Ela frequentava as aulas da escola no mais lamentável estado: suas roupas eram tão velhas que seu Professor resolveu lhe dar um vestido novo.

Assim raciocinou o humilde Mestre “é uma pena que uma aluna tão encantadora assista às aulas da escola tão desarrumada desse jeito! Talvez, com algum sacrifício, eu pudesse comprar para ela um Vestido Azul”.

Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mãe sentiu que era pena se, com aquele traje tão bonito, a filha continuasse a ir suja às aulas e passou a lhe dar banho todos os dias.

Ao fim de uma semana, disse o pai:

— Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, caindo aos pedaços. Que tal você ajeitar um pouco a casa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando um jardim?

E assim fez o pobre casal. Até que sua casa ficou muito mais bonita que todas as casas da rua. Os vizinhos se envergonharam e se puseram também a reformular suas residências.

Desse modo, todo o Bairro melhorava a olhos vistos, quando por aí passou um religioso, que bem impressionado, disse aos moradores:

— É lamentável que gente, tão esforçada, assim, não receba nenhuma ajuda do governo!...

E dali eles saíram para falar com o Prefeito, que autorizou uma Comissão para estudar quais melhoramentos eram necessários naquele local. E dessa primeira Comissão surgiram muitas outras e hoje, por todo o país, elas ajudam os Bairros pobres a se reconstruírem.

E pensar que tudo começou com um Vestido Azul!...

Não era intenção de o Professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse os Bairros abandonados de todo o país. Mas ele fez o primeiro movimento, do qual se desencadeou toda aquela transformação.

Historinha infantil? Talvez!... Mas não será necessário acreditarmos, de vez em quando ao menos, em historinhas para crianças, para que possamos ser felizes e realizar algo de bom?

Não, que não aceitemos o mundo como está!... Mas, façamos a nossa parte (embora pequena) a fim de que a vida seja melhor! Não, que repudiemos as gerações anteriores, porque construíram a guerra! Estamos agora construindo a Paz em volta de nós, nos lugares em que vivemos e nem sempre convivemos!...

É difícil reconstruir um Bairro, mas é possível dar um Vestido Azul!

Recebemos esta mensagem de um amigo de uma casa religiosa. Com pequenas adaptações feitas, achamos propício divulgá-la como reflexão às pessoas ávidas por um Instrumento próprio ao seu desenvolvimento.

Diz um conhecido Rap, que “A gente muda o mundo na mudança da mente. E quando a mente muda, a gente anda pra frente”. Parece que este pensamento de Gabriel o Pensador reflete bem o que diz este conto do Vestido Azul.

A mudança da mente se dá com a Reforma Íntima de cada pessoa... E quando a mente muda, a gente vai pra frente mesmo! Porque já ganhou novos valores intelectuais e morais; e se transformou positivamente pra melhor! E já é outra pessoa!...

Toda pessoa em processo de transformação progride, se aperfeiçoa porque ganha alguns mega-hertz (MHz) na sua frequência vibratória, se eleva e entra em sintonia com as frequências de pessoas de outras dimensões que lhe são compatíveis. E este processo cada vez mais se acelera e não para mais... Pois a todo o momento já se renova.

O progresso, portanto, não depende do que você “fala pela boca” nem de seu “caminhar pelas pernas”. Pois, “tudo é por força de frequência mental”. Você ganha experiência e não esquece jamais!...

Se você muda, então você também muda a sua casa, o seu ambiente de trabalho e muda ainda as outras pessoas do seu Bairro, da sua Cidade e até do seu País. Você aumenta a sua Aura Magnética e Cria uma Egrégora de Luz à sua volta, que se irradia por todo o ambiente em que se encontra.

É um Nascer de Novo incessante, a todo instante!... Pense nisso!...

sábado, 20 de janeiro de 2024

A CORDA DA PERSISTÊNCIA

 

“Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 24,13).


 “A corda está prestes a arrebentar” é um ditado usado pelo populacho nos momentos difíceis, de crise iminente, que ameaça acontecer. Mas, enquanto aguarda o desenrolar dos acontecimentos, a maioria acha que eles nunca serão envolvidos nessa situação, porque “A corda sempre arrebenta do lado mais fraco”.  Ledo engano!...

Numa ocasião de urgência, a corda pode arrebentar de qualquer lado. Daí a necessidade de cada um estar preparado para superar situações problemáticas, que surjam eventualmente.  Porque a falta de preparo pode levar à pior os desavisados e incautos...

Para ilustrar, adaptamos uma mensagem, de autor desconhecido, que entendemos se ajustar à nossa opinião.

Trata-se de um caso ocorrido com o grande violinista PAGANINI. Alguns diziam que ele era muito estranho. Outros que era sobrenatural. As notas mágicas que saíam de seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de ver seu espetáculo.

Numa certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores estava preparado para recebê-lo. A Orquestra entrou e foi aplaudida. O Maestro foi ovacionado. Mas quando a figura de Paganini surgiu, triunfante, o público delirou. Paganini coloca seu violino no ombro e o que se assiste a seguir é indescritível. Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias parecem ter asas e voar com o toque daqueles dedos encantados.

DE REPENTE, um som estranho interrompe o devaneio da plateia. Uma das cordas do violino de Paganini arrebenta. O Maestro parou!... A Orquestra parou!... O público parou!... Mas, Paganini não parou!... Olhando para sua partitura, ele continua a tirar sons deliciosos de um violino com problemas.

Empolgados, O Maestro e a Orquestra voltam a tocar.

Mal o público se acalmou quando, DE REPENTE, outro som perturbador derruba a atenção dos assistentes. Outra corda do violino de Paganini se rompe. O Maestro parou de novo!... A Orquestra parou de novo!... Paganini não parou!... Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou tirando sons do impossível. O Maestro e a Orquestra, impressionados, voltam a tocar.

Mas o público não poderia imaginar o que iria acontecer a seguir. Todas as pessoas, pasmas, gritaram: OOHHH! Que ecoou pela abobadilha daquele auditório! Uma terceira corda do violino de Paganini se quebra. O Maestro para!... A Orquestra para!... A respiração do público para!... Mas, Paganini não para!... Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído. Nenhuma nota foi esquecida.

O Maestro empolgado se anima. A orquestra se motiva. O público vai do silêncio para a euforia, da inércia para o delírio. Paganini atinge a glória! Seu nome corre através do tempo. Ele não é apenas um violinista genial. É o símbolo do profissional que continua diante do impossível.

 

Não importa o tipo de problemas que está afetando sua estima ou seu desempenho profissional. Nem tudo está perdido. Se ainda existe uma corda é tocando nela que você irá vibrar e exercer o seu talento!

Aprenda a aceitar que a vida sempre lhe deixará uma última corda.

Nunca desista. Ainda existirá a Corda da Persistência inteligente, do “tentar mais uma vez”, do dar um passo a mais com um enfoque novo.

Vitória é a arte de você continuar, onde os outros resolvem parar. Quando tudo parece ruir, dê uma oportunidade a você mesmo e vá em frente. Não se frustre, não se desespere, lembre-se que ainda existe a última corda: a do aprender de novo, para deslumbrar e gerar soluções; ou da imaginação, que reinventa o futuro com inovação contínua.

Acredite em Deus que nunca a vida lhe quebrará todas as cordas!... É sempre a corda esquecida que lhe dará o maior resultado!... Mas, se por acaso, você estiver mesmo no fundo do poço, esta é a sua oportunidade de tocar na melhor corda do universo: ACREDITAR EM VOCÊ!!!

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

FICHA LIMPA PERANTE DEUS

 

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons” (Martin Luther King).


Pensando nas lutas de nosso povo, me veio à mente a Lei da FICHA LIMPA para cargos eletivos e a experiência dos munícipes de Ribeirão Bonito SP, que fundaram, em 1999, a AMARRIBO – organização pioneira no combate à corrupção.

 Isso me fez refletir sobre as últimas prisões de patriotas; e, então, resolvi fazer a adaptação, a seguir, de uma mensagem de José Bré (1862), do livro “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec.

Helena dormiu preocupada com a transparência nos gastos do governo. Sonhou com seu falecido avô, que em vida exerceu vários cargos públicos. E, após abraçá-lo afetuosamente, perguntou:

— Querido vovô, pode me dizer como o Senhor está no mundo espiritual e me dar quaisquer pormenores úteis ao nosso progresso?

— Tudo o que quiser minha querida. Eu expio a minha descrença, porém grande é a bondade de Deus, que atende às circunstâncias. Sofro, mas não como poderia imaginar; é o desgosto de não ter melhor empregado o tempo aí na Terra.

— Como não o empregou? Pois o Senhor não viveu sempre honestamente?

— Sim, no juízo dos homens; mas há um abismo entre a Honestidade perante os Homens e a Honestidade perante Deus.

O avô, percebendo em Helena o desejo de aprender, prosseguiu:

— Aí entre vós, tem Ficha Limpa aquele que respeita as leis do seu país – respeito arbitrário para muitos. Honesto é o candidato que não prejudica o próximo ostensivamente, embora lhe arranque muitas vezes a felicidade e a honra visto o Código Penal e a opinião pública não atingirem o culpado hipócrita. Em podendo fazer gravar na pedra do túmulo um epitáfio de virtude, muitos julgam terem quitado sua dívida com a Humanidade! Erro! Não basta, para ter FICHA LIMPA PERANTE DEUS, ter respeitado as leis dos homens; é preciso antes de tudo não haver transgredido as leis divinas.

— Caro avô, como então é ter Ficha Limpa aos olhos de Deus?

— Aos olhos de Deus, querida neta, tem Ficha Limpa aquele que, possuído de abnegação e amor, consagre a existência ao bem, ao progresso dos semelhantes; aquele que, animado de um zelo sem limites, for ativo no cumprimento dos deveres materiais, ensinando e exemplificando aos outros o amor ao trabalho; ativo nas boas ações sem esquecer a condição do servo ao qual o Senhor pedirá contas um dia do emprego do seu tempo; ativo finalmente na prática do amor de Deus e do próximo.

— Assim – continuou –, para ser Honesto, perante Deus, se deve evitar cuidadosamente as palavras mordazes – veneno escondido nas flores –, que destrói reputações e acabrunha o homem, muitas vezes cobrindo-o de ridículo. Para ter Ficha Limpa perante Deus, deve o Homem ter sempre cerrado o seu coração a quaisquer germes de orgulho, de inveja, de ambição; deve ser paciente e benévolo para com aqueles que o agredirem; deve perdoar do fundo d’alma, sem esforços e, sobretudo sem ostentação, a quem quer que o ofenda; deve, enfim, praticar o preceito conciso e grandioso que se resume “no amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

— Eis aí mais ou menos, minha neta, como se deve ter Ficha Limpa perante Deus. Transmite isso, e repita tudo o que aí fica aos que tiverem a consciência pesada, para que reparem suas faltas à força de boas obras, a fim de que a misericórdia de Deus se estenda por sobre eles.

O sol já estava alto naquela manhã, quando Helena acordou e se levantou para mais um dia de trabalho. Mas, ela não demorou a perceber que os ensinamentos do avô não saiam de sua cabeça. Foi tudo tão real! Teria sido sonho mesmo?

Não importa! Naquele mesmo dia, Helena procurou um grupo de compatriotas para exercer sua cidadania contra qualquer tipo de maracutaia do Poder Público. E seguiu seu caminho pensando em Chico Xavier e sua célebre frase: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um Novo Fim”.

“Só a participação cidadã é capaz de mudar o país”...

sábado, 6 de janeiro de 2024

JAMAIS PERDOAREI...

 

“Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo” (Paulo, Lyon, 1861).  

 

Década de oitenta, eu participava de um grupo de estudos sobre Ufologia, presidido pelo jornalista e escritor Paulo Rolim Corrêa, editor do Jornal “A ARCONAVE” sobre Discos Voadores; fundador da “Casa Paterna”, que acolheu 40 crianças abandonadas; e autor, em 1960, do Livro “Os Cavaleiros do Céu”, transformado em novela de rádio.

Em Duas Palavras – na abertura de sua obra literária –, ele afirma que: “A humanidade começa a compreender a necessidade de reforma. E neste final de século temos pena dos ledores de todas as raças que procuram nos livros a solução para os problemas do espírito”.

Paulo Rolim sabia que o ser humano é Filho de Deus, portanto, uma Centelha que traz em si a Essência Divina. Que se redescobre com as experiências da vida e com a meditação, muito mais do que pela simples leitura rápida de um texto. Pois, na medida em que evolui, vai Despertando a Consciência: com o saber que a alma traz de sua origem Divina; assim como com o conhecimento adquirido em múltiplas vidas passadas. Conhecer-se a si mesmo, e se reformar interiormente, eis, portanto, a grande sacada (do Mestre!) para nossa ascensão espiritual.

O grupo cresceu e chegou a mais de 30 participantes. Nas sessões, aos sábados à tarde, meditávamos também sobre as lições do Evangelho Segundo o Espiritismo.

Na ida às reuniões eu dava carona para alguns amigos. E no trajeto sempre a questão do Perdão das ofensas era enfatizada, porque um dos passageiros insistia em expor seu inconformismo com a traição de que era vítima, repetindo sempre ao finalizar: “EU JAMAIS PERDOAREI”.

Começava a sessão. Fazia-se uma prece. E o Evangelho aberto ao acaso sempre trazia uma lição que abordava frases como esta do Apóstolo Paulo: “Infeliz daquele que diz: eu jamais perdoarei, porque pronuncia sua própria condenação”.

Até mesmo nas canalizações o Perdão era evidenciado: “Quem não ama não consegue perdoar” (Baiano Zé da Estrada). Parecia até perseguição ao obstinado irmão!...

Uma década se foi e este meu irmão de fé, apesar de ser Doutor e de vasta bagagem intelectual, persistia:

— Não adianta insistirem comigo, pois nem as lições do Evangelho me convencem. Eu Jamais Perdoarei o que estão me fazendo!

O tempo passou... Paulo Rolim faleceu. As reuniões se encerraram. Só restou então um enorme acervo de psicografias sobre Ufologia. Mas, voltando ao obstinado irmão, posso afirmar que continuava de ideia fixa, sempre a repetir: “Jamais Perdoarei!”.

Depois de perder toda a herança recebida, Ele nos deixou para viver em outra dimensão. Mas, às vezes, nas minhas meditações já sinto a sua presença e sei que ele está bem lá onde se encontra. Acredito até que já se convenceu sobre a importância do Perdão, seguindo a recomendação de Paulo Apóstolo, em Lyon, 1865: “Não esqueçais que o verdadeiro perdão se reconhece pelos atos, muito mais que pelas palavras”.

Na prática, o ato do Perdão tem um Efeito Moral e, também, um Efeito Material. Mas, o que isso quer dizer?

Isso significa que se você não aprendeu a perdoar, está ferrado, moral e materialmente falando! Moralmente porque você irá sofrer todas as consequências da Lei de Causa e Efeito, sendo vítima da vingança de obsessores, aos quais se ligou. E, Materialmente, porque sem o perdão não há prosperidade! Enquanto não aprender isso você será um contraventor das Leis de Deus, infringindo as regras básicas de Bem-Viver.

A Prosperidade Material faz parte do processo evolutivo, e se assenta num tripé constituído por atos de bondade, justiça e sabedoria, ao qual sua mente deve se alinhar. Pois sem Perdoar as ofensas, você vive em baixa frequência vibratória e passa a ter uma desordem interior, que reflete a dolorosa vida que leva. Enfim, você fica bloqueado para o sucesso!...

Todavia, saiba que evoluímos de qualquer jeito, pois, como diz um ditado muito usado no meio cristão: “Quem não vem pelo Amor vem pela Dor”.