Aquecendo a Vida

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sábado, 26 de agosto de 2023

A MENTIRA E A DESGRAÇA

 

“Uma mentira estraga mil verdades” (Provérbio Africano).


Uma Desgraça pode começar sempre com uma Mentira. Porque a Mentira e a Desgraça são como gêmeas siamesas – que não se desgrudam.

A cidade de Capão da Canoa, balneário gaúcho, se revoltou contra o assassinato de Cristiano Alves, de 16 anos, ocorrido na noite de 28 de junho de 2003. Os criminosos pensaram que a vítima fosse um ladrão.

Tudo começou com uma Mentira.

Um funcionário de uma loja danificou uma das motos de revenda e, para fugir da responsabilidade, inventou uma Mentira de tentativa de roubo, acusando Cristiano.

Isso provocou uma Desgraça.

O dono da loja perseguiu o garoto numa BMW e bateu em sua bicicleta. E o rapaz morreu em consequência disso.

Imagens feitas mostraram a fúria com que a população reagiu à morte de Cristiano. Revoltados, deram três tiros contra a loja do acusado e depois destruíram o prédio com paus e pedras. Cinco motos e um carro foram queimados. O proprietário estava no local e fugiu. A casa dele e a do funcionário também foram atacadas.

A polícia: apenas 08 soldados para deter mais de mil pessoas enfurecidas.

Ameaçados de morte, o dono da loja e o funcionário mentiroso deixaram a cidade. O laudo do IML indicava hemorragia craniana. Ao mesmo tempo, o delegado dava a seguinte informação: “Não sabemos se ele morreu de tombo ou se levou pancada”.

Segundo uma testemunha, o rapaz foi agredido depois de derrubado. E, a irmã da vítima, clamando por justiça, afirmava: “A vida do meu irmão eu não vou conseguir de volta, mas isso eu quero, quero eles na cadeia”.

Esta reportagem nos mostra a Mentira como uma atitude negativa altamente nociva para o bem-viver.

E, falando em Mentira, lembremo-nos do seguinte ensinamento de Buda: “Uma mentira pode salvar seu presente, mas condena seu futuro”. Ou, ainda, pensando como Gandhi: “Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a Mentira, por menor que seja, estraga toda nossa vida”.

Dizem que “A mentira tem pernas curtas!” Porque não há Mentira que dure para sempre. Uma Mentira puxa a outra e a Verdade chega com o pé na porta! Pois segundo o pensamento de Alexander Pope: “Aquele que diz uma Mentira não calcula a pesada carga que põe em cima de si, pois terá de inventar uma infinidade delas para sustentar a primeira”.

Sinceridade, verdade, transparência, ética são requisitos de pessoas, que cultivam comportamentos baseado em valores positivos. Proceder assim é um imperativo deste mundo globalizado, que desvenda e revela tudo com os avanços tecnológicos e as descobertas das ciências do comportamento...

Ser justo e sincero hoje em dia é um bom negócio, que pode evitar muitas Desgraças. Pois compensa ter como roteiro de vida a valiosa recomendação de Fortune Magazine: “Conte a verdade – ou não conte nada. Ninguém gosta de gente mentirosa”. E lembre-se de que “Meia verdade é uma Mentira inteira!”.

Dizem que a Mentira é o primeiro idioma do político corrupto.

Conheço um mentiroso contumaz, que até se vangloria de suas Mentiras.  E as defende, repetindo sempre a célebre frase de Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazista: “Uma Mentira dita mil vezes torna-se VERDADE”.

Coitado! Não sabe o bocó a Desgraça que está provocando com suas teias de Mentiras, suborno e conchavos! Não sabe que há um profundo contraste entre os princípios cristãos e esta sua conduta em prol dos próprios interesses.

Esse ser insignificante não sabe que Jesus é a Verdade..., e que está voltando! Para revelar as inverdades escondidas por muito tempo. Tá tudo vindo à tona agora!...

Segundo Abraham Lincoln, “Você pode enganar algumas pessoas durante todo o tempo, e todas as pessoas durante algum tempo, mas não pode enganar as pessoas durante todo o tempo”.

Não seja, pois, um fanático treinado para duvidar da Verdade!...

Quem tem ouvidos que ouça! Pois, assim, disse Jesus: "E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 25,30).

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

A VERDADEIRA RIQUEZA

 

“Não é mais rico quem tem mais, mas quem precisa menos(frase budista).


Um homem cansado de procurar a felicidade resolveu procurar um mago:

— Que queres filho? Procuras-me com tanta insistência...

— Quero riquezas. Desejo possuir largos cabedais, muitas fazendas, ouro e prata. Aspiro ser um Creso – o último rei da Lídia, famoso por suas riquezas.  

— Dar-te-ei o que pretendes filho; porém, previno-te de que de novo me buscarás, pois não te sentirás satisfeito.

O tempo passou e um belo dia o homem chamou o mago:

— Aqui estou filho, que desejas, uma vez que tanto me buscas?

— Quero saúde, força física, vigor, resistência. Invejo o Hércules!

— Tu terás o que solicitas de mim, filho. Mas de novo me procurarás, porque não te sentirás satisfeito.

Alguns dias se passaram e...

— Eis-me aqui, filho. Por que me chamas com tamanha impaciência?

— Mago, tenho sede de domínio, de poder, de autoridade. Meu desejo é governar, conquistar reinos, imperando sobre povos e raças. Tenho por modelos Napoleão e Júlio Cesar.

— Será deferida a tua petição, filho, contudo permita que observe: de novo me demandarás, por que não te sentirás satisfeito.

Tempos depois:

— Filho, por que tu bates assim sofregamente nos tabernáculos eternos? Sossega, acalma-te e fala.

— Mago, sou ávido de glórias; a fama me fascina, a notoriedade me arrebata. Nenhuma alegria eu terei enquanto não lograr o meu intento. Quero receber sobre a fronte a coroa de louros que ostentam os sábios, os grandes poetas, os escritores célebres.

— Serás atendido, alcançando o que tanto ambicionas. Mas, aviso-te de que de novo virás à minha procura, porque não te sentirás satisfeito.

Finalmente, um dia, ele chamou o mago novamente e disse:

— Mago, quero amar e ser amado. Sinto incontido anseio de expandir meu coração. Vejo-me constrangido em uma atmosfera asfixiante. Meu sonho é amar amplamente, incomensuravelmente. Meu maior desejo é sentir palpitar em mim a vida de todos os seres. Quero amar com toda a capacidade do meu coração, assim como os pulmões sadios respiram na floresta, nos montes, nos campos e nos bosques! Meu ideal é Jesus, Maomé, Gandhi e muitos outros que morreram por amor à Humanidade.

— Seja bendito, meu filho. Terás aquilo a que tão sabiamente aspiras. Não me procurarás mais, porque em ti sentirás a plenitude da vida.

Esta Bela Parábola narrada por Alexandre Rangel, nos faz refletir sobre a verdadeira riqueza de nossas vidas.

Nós vivemos no mundo sempre querendo algo maior e melhor. E essa busca incessante pode virar uma cilada conforme as nossas expectativas.

Vivemos “apertando o cinto” para obter um padrão de vida além de nossas posses. Estão aí os exemplos de pessoas ostentando luxo e riqueza, angustiadas pelo trabalho que têm para sustentá-las.

Vivemos o Reino Maluco de um consumismo exacerbado, que sacia nossos desejos e ao mesmo tempo é o nosso algoz. Pois, consumir de forma desnecessária, além de dinheiro perdido é também uma perda de tempo! Pelos cuidados que os objetos comprados exigem da gente.

Consumir para preencher só uma sensação de vazio n’alma, ou para atender as demandas de marketing impostas por um Sistema é “burrice”. Pois isso, espiritualmente, em nada lhe ajuda! Não ponha sua esperança nas riquezas volúveis, mas em Deus, nos ensina Paulo em sua Carta a Timóteo.

“Quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas!”. – alerta Jesus.

Liberte-se! A Terra já esta vibrando em Frequências mais elevadas. E os Novos Tempos nos levam a conclusão que precisamos de pouco para viver. O tempo está acelerado, mas ainda dá para deixar de lado os preconceitos, as crenças alienantes, e se reconhecer como Ser Divino em caminhada pela Terra, com toda a eternidade pela frente.

Busque autoconhecimento! Cure sua Alma e supere as inseguranças que ainda possui! E que... "A palavra de Cristo permaneça entre vós em toda a sua riqueza.” (Colossenses 3,16).

São as pessoas que você ama QUE O TORNAM RICO!... Pense nisso!...

sábado, 12 de agosto de 2023

O ZÉ E A FEIJOADA

“Saber viver é a maneira feliz de saber fazer as coisas” (Ralph Waldo Emerson).


Em Itararé (SP) era famosíssima a Feijoada do Zé Vieira!

José Vieira de Barros (de 15 /11/ 1924 a 04 /07 /2016), – de saudosa memória –, ferroviário, residente em Itararé SP, mas natural de Buri SP, por muito tempo se dedicou a fazer e vender Feijoada para obras assistenciais. Um trabalho notável, que parecia fazer parte de nossas vidas.

Essa foi uma forma encontrada pelo Zé e por sua equipe de voluntários, para ajudar nossos irmãos mais necessitados.

Eu sei que Solidariedade humana, Fraternidade e Caridade são atos beneficentes muito dignos, que revelam belos exemplos de responsabilidade humana e social! Por isso, quando o Zé Vieira completou 80 anos, escrevi em sua homenagem a seguinte história, bem propícia para aquela ocasião.

“O Rei e a Omelete”

Era uma vez um Rei que tinha todos os poderes da terra, mas apesar disso, não se sentia feliz e a cada ano ficava mais melancólico.

Um dia, ele chamou o seu cozinheiro preferido e disse:

— Você tem cozinhado muito para mim e tem trazido para a minha mesa as melhores iguarias, de modo que eu lhe sou agradecido. Agora, porém, quero que você me dê uma última prova de sua arte. Você deve preparar uma Omelete de Amoras igual àquela que eu comi há cinquenta anos na infância. Naquele tempo, meu pai tinha perdido a guerra contra o reino vizinho e nós precisamos fugir; viajamos dia e noite, através da floresta, onde afinal acabamos nos perdendo. Estávamos famintos e cansadíssimos quando chegamos a uma cabana, onde morava uma velhinha, que nos acolheu generosamente. Ela preparou para nós uma Omelete de Amoras. Quando a comi, fiquei maravilhado: a Omelete era deliciosa e me trouxe novas esperanças ao coração. Na época eu era criança e não dei importância à coisa. Mais tarde, já no trono, lembrei-me da velhinha, mandei procurá-la, vasculhei todo o reino, porém não foi possível localizá-la. Agora, quero que você me atenda a esse desejo: faça uma Omelete de Amoras igual à dela. Se você conseguir, eu lhe darei ouro e o designarei meu herdeiro, meu sucessor no trono. Se não conseguir, entretanto, mandarei matá-lo!

— Senhor – falou o cozinheiro –, pode chamar imediatamente o carrasco. É claro que eu conheço todos os segredos da preparação de uma Omelete de Amoras e sei empregar todos os temperos. Conheço as palavras mágicas que devem ser pronunciadas enquanto os ovos são batidos e a melhor técnica para batê-los. Mas, isso não me impedirá de ser executado, porque a minha Omelete jamais será igual a da velhinha. Ela não terá os condimentos, Senhor, que deixaram essa impressão inesquecível. Ela não terá o sabor picante do perigo, a emoção da fuga, não será comida com o sentido alerta do perseguido, não terá a doçura inesperada da hospitalidade calorosa e do ansiado repouso, conseguido. Não terá o sabor do presente estranho e do futuro incerto.

Assim falou o cozinheiro. O Rei ficou calado durante algum tempo. Mais tarde, consta que lhe deu muitos presentes, tornou-o um homem rico e despediu-o do serviço real.

Tal qual essa história da Omelete de Amoras, é impossível também fazer uma Feijoada igual a que o Zé fazia. Pois era uma Feijoada que continha ingredientes que não se acham mais tão facilmente! Tinha calor humano!... O sabor do Amor!... O suave cheiro dos condimentos que alimentam corações!... Tais como: generosidade, solidariedade, afeto, fraternidade e caridade.

Por esse trabalho tão generoso e necessário que realizava, o Zé Vieira era reconhecido por todos na nossa região, como Um grande Paizão! Era sempre recebido com aplausos efusivos nos eventos de que participava.

Zé Vieira, que Deus o abençoe onde estiver! Que estas bênçãos sejam extensivas à sua equipe pelo belo trabalho assistencial que ainda realizam!

E com a energia deste querido PAIZÃO, aproveitamos o ensejo para parabenizar todos os Pais, neste Dia dos Pais, que se comemora no segundo domingo de Agosto.

                                   SALVE O DIA DOS PAIS!... 

sábado, 5 de agosto de 2023

UM MATUTO A MATUTAR

 

“Eta, espinheira danada que o pobre atravessa pra sobreviver!...”. (Dalvan).


Um Matuto e seu Filho, sentados a beira de um espinheiro parlengavam animadamente, quando se lembraram de dois caboclos feridos pelos espinhos daquela árvore.

— O primeiro caboclo que se aproximou desta árvore – disse o Matuto – ao tocá-la deu um grito de dor.  Um brilho de sangue correu por sua mão. Ele limpou o sangue e, olhando para o espinheiro, disse: “Eu lhe perdoo!”. Senti, dentro de mim, uma admiração por aquele caboclo que possuía o belo dom de perdoar.

— E o outro se machucou?

— Sim! O espinho o feriu quando também levantou a mão para tocar o galho da árvore. Este outro caboclo, porém, limpou a sua ferida, em silêncio e contemplou o espinheiro dizendo: “Eu não lhe perdoo!”.

— Que bela atitude do primeiro caboclo! Ele era um santo?

E o Matuto a matutar respondeu:

— Eu também pensei naquele instante, que ele era um santo porque sabe perdoar! Enquanto que o outro não sabia!... Mas uma luz interrompeu a minha cisma e vi que o primeiro caboclo é um Santo porque perdoou quando foi preciso! E o segundo é Mais Santo ainda porque não viu a necessidade de perdoar.

O Filho, perplexo, não impediu que o velho Matuto esticasse a conversa.

— O primeiro deles sentiu a dor da ferida e atribuiu a culpa ao espinheiro. Mas perdoou porque tinha um coração puro. O outro também sentiu dor, mas, como sempre soube que todo espinheiro fere; entendeu que espinheiro é desse jeito mesmo, e não se sentiu ofendido. Assim, pois, nada tinha a perdoar.

E o Matuto a matutar disse mais:

— Dói-me na alma a ferida, mas sabendo que não há ofensa sofro menos! Pois sei que esta árvore fere porque é espinheiro. Ela é assim mesmo, ainda que quisesse jamais poderia perfumar. E do meu peito brota, então, um piedoso amor pelo espinho que não chegou a ser flor. Meu sofrimento se transforma em ternura, porque já aprendi a não ver ofensa onde não há! E quando me sinto assim, mesmo que alguém venha a me ofender ou ferir, eu continuo a perdoar!...

Há Males que vêm para o Bem!

O Espírito foi criado como um fractal (uma partícula ou centelha) de Deus. Mas não perfeito ou acabado! Ou seja, foi criado com uma Consciência Individual com o Potencial Espiritual (perfectibilidade) da Perfeição Divina, para que ele pudesse se aperfeiçoar expandindo sua consciência através das experiências de muitas reencarnações. Assim, nossa Essência é a Luz Divina!

Para esse propósito, Deus concedeu ao Espírito o Livre-arbítrio, dando-lhe liberdade de escolhas nas suas decisões, para adquirir Capacidade com a Responsabilidade de seus atos, para ter o Mérito de suas conquistas ao final de sua longa caminhada até a sua unicidade com a Consciência Universal.

Sem o Livre-arbítrio não há culpa do Mal nem mérito do Bem! Porque Deus nada lhe impõe! Deus apenas acompanha as suas escolhas dando a cada um uma rota segura até a evolução final do seu Plano de Vida, para que chegue a um final feliz.

Deus nos conhece melhor do que a gente se conhece. Portanto, não desampara e nem nega nenhum de seus Filhos. Ele é o Todo, que está em Tudo. O Supremo Amor que nos envolve.

Deus não condena ninguém. Se culpa houver é do próprio Espírito, que terá que resgatá-la através da Lei de Causa e Efeito, que ensina que “O que for Semeado será Colhido”.

Ninguém te condenou? – perguntou Jesus à Mulher adúltera. E, diante da negativa disse-lhe: “Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar” (João 8,11).

O Mal é apenas um instrumento do Bem; a Doença, um remédio para a cura da Alma; o Sofrimento, o burilamento do Espírito. Pois, Deus sabe aquilo que nos é necessário!...

Portanto, Deus não castiga porque suas leis são de Amor, e não perdoa porque jamais se ofende. Deus aceita nosso arrependimento e nos perdoa (mesmo sem precisar nos perdoar!), na mesma medida que perdoamos aos que nos ofenderam ou que nos feriram.

Ante as Leis Divinas é você mesmo que profere para si as Sentenças de Culpa ou Absolvição.