“O Céu ou Inferno é um estado de espírito”
Diz uma lenda chinesa...
Naquele tempo, um discípulo perguntou a um Vidente:
— Mestre, qual é a diferença entre o Céu e o Inferno?
— Ela é muito pequena e, contudo, com grandes consequências.
“Vi um grande monte de arroz.
Cozido e preparado como alimento. Ao redor dele muitos homens. Famintos, quase
a morrer. Não podiam se aproximar do monte de arroz. Mas, possuíam longos
palitos de dois a três metros de comprimento. Apanhavam, é verdade, o arroz;
mas não conseguiam levá-lo à boca porque os palitos, em suas mãos, eram muito
longos. E assim, famintos e moribundos, juntos, mas solitários,
permaneciam curtindo a fome eterna, diante de uma fartura inesgotável. E
isso era o Inferno”.
“Vi outro grande monte de arroz. Cozido e preparado
como alimento. Ao redor dele muitos homens. Famintos, mas cheios de vitalidade.
Não podiam se aproximar do monte de arroz, mas possuíam longos palitos de dois
a três metros de comprimento. Apanhavam os grãos de arroz e não conseguiam
levá-los à própria boca porque os palitos, em suas mãos, eram muito longos.
Mas, com seus longos palitos, em vez de levá-los à própria boca, serviam-se uns
aos outros de arroz. E assim, matavam a fome insaciável, numa grande comunhão
fraterna, juntos e solidários, gozando a excelência dos homens e das
coisas. E isso era o Céu”.
A lição deste Mestre não só
responde a pergunta do discípulo como, também, trata da questão da cooperação
entre as pessoas para o bem-viver.
Cooperação no sentido de Solidariedade humana, que junto com a Fraternidade
constituem dois grandes pilares do Amor ao próximo. São virtudes fundamentais
para a prática da Caridade – a preciosa semente do Cristo, que ao germinar no
coração, transforma o mais desnudo dos humanos num ser resplandecente.
“O Céu e o Inferno estão dentro de nós”
Para quem é sempre do contra, que é impaciente,
intolerante, rancoroso, que tem ódio e revolta no coração, que busca a justiça
através da vingança, podemos afirmar, sem dúvida alguma, que sua vida é um Inferno.
Todavia, para quem é tolerante,
paciente, indulgente, que procura compreender seus semelhantes, que tem muito
amor no coração, que é misericordioso e sabe perdoar, que é piedoso e pratica a
caridade, podemos garantir que a sua vida é plena de felicidade. Que tem o Céu dentro de si!
Essa diferença se explica, porque
“semelhante
atrai semelhante”. Se eu me transformo interiormente, altero a minha
vibração e vou para uma faixa de frequência mais elevada. Portanto, troco de
estação, mudo de lugar, de região ou de espaço. Troco de dimensão espiritual!
Porque o meu pensamento estará em sintonia com aqueles que se afinam comigo. E “onde
estiver o meu pensamento aí estará o meu coração!”.
Sendo a felicidade inerente às
nossas qualidades, em toda parte que nos encontrarmos ela vai nos envolver e
nos contagiar. Como a história de dois amigos que se encontram em um concerto:
um músico e o outro não. O músico logo experimenta uma sensação de harmonia, de
esplendor, de felicidade, enquanto que o outro permanece insensível e chateado.
Enfim, Céu e Inferno são estados da alma que nós próprios elegemos no cotidiano.
O que leva você para o Céu ou para o Inferno é apenas o que você é; ou seja, o
que determina a sua frequência; o que você sintoniza, pela sua conduta, pelo
que você sente e faz pelos outros..., ou faz a você mesmo!... Depende somente
de você, de suas atitudes, para descobrir o Céu ou o Inferno em seu coração.
Analise- se!... Céu e Inferno
estão na razão da nossa sensibilidade. Felicidade
ou desgraça depende unicamente de nós mesmos, conforme as regras do Cristo:
“A cada um segundo suas obras”.
“Por onde andardes anunciai que o Reino dos Céus está
próximo”...
Quando deu este
recado em Mateus (10,7), com certeza o Mestre não prevaricou!... Sabe por quê?
Porque sabia – embora mais de 20 séculos já se tenham passados –, que o Céu
está ali bem pertinho..., dentro de nós!...
Excelente texto...👏👏👏👏👏👏👏👏👏
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