A ideia de uma única vida corporal está em contradição
com a justiça divina.
Um grupo de
ex-alunos reuniu-se para visitar um antigo professor da universidade. A
conversa girava em torno de queixas de estresse no trabalho.
Ao oferecer
café aos convidados, o professor foi à cozinha e retornou com um grande bule e
uma variedade de xícaras – de porcelana, plástico, vidro, cristal; algumas
simples, outras caras, outras requintadas... E pediu a todos para se servirem.
Quando todos
os estudantes estavam de xícaras em punho, o professor disse:
– Se repararem,
vocês pegaram todas as xícaras bonitas e caras, e deixaram as simples e baratas
para trás.
— E o que tem
isso? – perguntou uma ex-aluna.
— Uma vez que
não é nada anormal que vocês queiram o melhor para si – disse o professor –,
isto é a fonte dos seus problemas e do estresse.
E o professor
continuou explicando:
— Podem ter
certeza de que a xícara em si não adiciona qualidade alguma ao café. Na maioria
das vezes são apenas mais caras e, algumas vezes, até ocultam o que estamos
bebendo. O que todos realmente desejavam era o café, e não as xícaras; mas
escolheram de forma consciente, as melhores e, então, ficaram de olho nas
xícaras uns dos outros.
— Ainda não
entendi aonde o senhor quer chegar! – disse um aluno.
— Pois,
então, agora pensem nisso: A vida é o
café, e os empregos, dinheiro e posição social são as xícaras.
— Então,
explique professor!
— As xícaras são ferramentas apenas para
sustentar e conter a vida, e o tipo de xícara que temos não define nem altera a
qualidade de vida, que vivemos. Às vezes, ao nos concentrarmos apenas na
xícara, deixamos de saborear o café
que Deus nos deu.
Deus côa o
café, e não as xícaras...
Esta pequena história, cuja fonte eu desconheço, faz a
gente pensar bastante entre dois aspectos do ser humano: o exterior
(supérfluo e perecível) e o interior (indispensável e duradouro).
A pessoa que se apega aos bens da Terra, se enfeitando
e buscando o poder social através de sua beleza externa é como a criança que
somente vê o momento presente (que apenas dá importância à beleza da
xícara!).
Já aquele que é desapegado dos bens materiais, que primeiro
busca as belezas do seu coração para a perfeição de sua alma, é como o
adulto que vê o futuro (que se concentra no sabor do café).
Entre a vida do corpo que morre e a do Espírito que
viverá eternamente, qual é preferível à gente embelezar?
Afinal, o que é que o ser humano possui? Entendo que é
nada do que se destina ao uso do corpo e tudo o que se refere ao uso da alma:
inteligência, conhecimentos, qualidades morais...
Há, portanto, bens infinitamente mais preciosos do que
as riquezas materiais! E quem busca qualidade de vida tem consciência disto. Pois
já adquiriu a sensibilidade que lhe permite agir com a maturidade do senso
moral. Seu Espírito, já dominando mais a matéria, lhe permite entender de
onde viemos, o que fazemos neste mundo e para onde vamos.
Essa percepção mais clara do futuro faz a gente pensar
na justiça divina, que está totalmente em contradição com a ideia de uma única
vida corporal.
Sabe por quê? Porque a vida única que temos é só a do
Espírito, que é eterna. O corpo físico é apenas uma veste do Espírito, de
passagem aqui pela Terra.
Esta ideia de se acreditar que o nosso corpo de carne
constitui a nossa vida única, vem de um condicionamento doutrinário da
humanidade equivocado, e que tem consequências, pela falta de solução aos
seguintes problemas:
— De onde vêm as nossas disposições inatas,
intelectivas e morais?
— Como explicar o destino dos que morrem na infância?
— Qual o destino dos loucos e idiotas, sem a
consciência dos seus atos?
— Como entender as enfermidades de nascença, quando
não são resultantes de nenhum ato da vida presente?
— Qual o destino dos selvagens?
— Por que criou Deus uns mais favorecidos que outros?
— Por que a morte prematura?
Busque a espiritualidade para dar solução a estes
questionamentos. Quem assim procede já foi tocado no coração e a sua fé não
é mais uma “fé cega”, que foge da luz; mas uma “fé inabalável”,
raciocinada, que pode em qualquer momento encarar a razão face a face.
Quem busca a espiritualidade é como o músico que se
comove com os acordes, enquanto a maioria ouve apenas sons.
Busque a espiritualidade e amplie sua visão de mundo!
E saboreie
seu café atendendo o chamado do Mestre Jesus:
“Meu reino não é deste mundo!”.
“Meu reino não é deste mundo!”... Essa frases é espetacular...
ResponderExcluirParabéns 👏👏👏 texto lindo e ótimas explicações
ResponderExcluirGratidão! 🙏🙏
ResponderExcluirMuito bom 👏👏👏
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