Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 2 de julho de 2022

SABOREIE SEU CAFÉ!

 

A ideia de uma única vida corporal está em contradição com a justiça divina.

 


Um grupo de ex-alunos reuniu-se para visitar um antigo professor da universidade. A conversa girava em torno de queixas de estresse no trabalho.

Ao oferecer café aos convidados, o professor foi à cozinha e retornou com um grande bule e uma variedade de xícaras – de porcelana, plástico, vidro, cristal; algumas simples, outras caras, outras requintadas... E pediu a todos para se servirem.

Quando todos os estudantes estavam de xícaras em punho, o professor disse:

– Se repararem, vocês pegaram todas as xícaras bonitas e caras, e deixaram as simples e baratas para trás.

— E o que tem isso? – perguntou uma ex-aluna.

— Uma vez que não é nada anormal que vocês queiram o melhor para si – disse o professor –, isto é a fonte dos seus problemas e do estresse.

E o professor continuou explicando:

— Podem ter certeza de que a xícara em si não adiciona qualidade alguma ao café. Na maioria das vezes são apenas mais caras e, algumas vezes, até ocultam o que estamos bebendo. O que todos realmente desejavam era o café, e não as xícaras; mas escolheram de forma consciente, as melhores e, então, ficaram de olho nas xícaras uns dos outros.

— Ainda não entendi aonde o senhor quer chegar! – disse um aluno.

— Pois, então, agora pensem nisso: A vida é o café, e os empregos, dinheiro e posição social são as xícaras.

— Então, explique professor!

— As xícaras são ferramentas apenas para sustentar e conter a vida, e o tipo de xícara que temos não define nem altera a qualidade de vida, que vivemos. Às vezes, ao nos concentrarmos apenas na xícara, deixamos de saborear o café que Deus nos deu.

Deus côa o café, e não as xícaras...

Esta pequena história, cuja fonte eu desconheço, faz a gente pensar bastante entre dois aspectos do ser humano: o exterior (supérfluo e perecível) e o interior (indispensável e duradouro).

A pessoa que se apega aos bens da Terra, se enfeitando e buscando o poder social através de sua beleza externa é como a criança que somente vê o momento presente (que apenas dá importância à beleza da xícara!).

Já aquele que é desapegado dos bens materiais, que primeiro busca as belezas do seu coração para a perfeição de sua alma, é como o adulto que vê o futuro (que se concentra no sabor do café).

Entre a vida do corpo que morre e a do Espírito que viverá eternamente, qual é preferível à gente embelezar?

Afinal, o que é que o ser humano possui? Entendo que é nada do que se destina ao uso do corpo e tudo o que se refere ao uso da alma: inteligência, conhecimentos, qualidades morais...

Há, portanto, bens infinitamente mais preciosos do que as riquezas materiais! E quem busca qualidade de vida tem consciência disto. Pois já adquiriu a sensibilidade que lhe permite agir com a maturidade do senso moral. Seu Espírito, já dominando mais a matéria, lhe permite entender de onde viemos, o que fazemos neste mundo e para onde vamos.

Essa percepção mais clara do futuro faz a gente pensar na justiça divina, que está totalmente em contradição com a ideia de uma única vida corporal.

Sabe por quê? Porque a vida única que temos é só a do Espírito, que é eterna. O corpo físico é apenas uma veste do Espírito, de passagem aqui pela Terra.

Esta ideia de se acreditar que o nosso corpo de carne constitui a nossa vida única, vem de um condicionamento doutrinário da humanidade equivocado, e que tem consequências, pela falta de solução aos seguintes problemas:

— De onde vêm as nossas disposições inatas, intelectivas e morais?

— Como explicar o destino dos que morrem na infância?

— Qual o destino dos loucos e idiotas, sem a consciência dos seus atos?

— Como entender as enfermidades de nascença, quando não são resultantes de nenhum ato da vida presente?

— Qual o destino dos selvagens?

— Por que criou Deus uns mais favorecidos que outros?

— Por que a morte prematura?

Busque a espiritualidade para dar solução a estes questionamentos. Quem assim procede já foi tocado no coração e a sua fé não é mais uma “fé cega”, que foge da luz; mas uma “fé inabalável”, raciocinada, que pode em qualquer momento encarar a razão face a face.

Quem busca a espiritualidade é como o músico que se comove com os acordes, enquanto a maioria ouve apenas sons.

Busque a espiritualidade e amplie sua visão de mundo! E saboreie seu café atendendo o chamado do Mestre Jesus:

“Meu reino não é deste mundo!”.

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