“Assim como tu
estiveste junto de mim, agora eu estou junto de ti” (Maria de
Nazaré).
O livro “O Mártir do Gólgota”, (3° Vol.), de Enrique Perez Escrich, narra
que no tempo de Jesus, Syr, um nobre judeu de Betânia, era casado com Eucária,
e tinham três filhos: Lázaro, Marta e Maria. Syr era muito rico e dono de uma
propriedade em Galileia, conhecida como Castelo de Magdala.
Maria,
a filha mais nova era uma jovem muito bonita, que tocava harpa e cantava como
um serafim. Tinha uma formosa cabeleira comprida, ondulada, dourada, como um
manto de ouro.
Em Israel era conhecida como a
Pérola
da Betânia, a mulher mais desejada pelos moços de Jerusalém.
Lázaro e Marta eram discretos, retraídos
de temperamento, bem diferentes de Maria, que incomodada com os severos olhares
dos irmãos e suas admoestações em consequência de enamorados rondando a casa e
de incidentes entre seus pretendentes, retirou-se de Betânia indo se instalar
na fortaleza que possuíam em Magdala, na Galileia, onde se tornou conhecida
pelo nome de Maria Magdalena.
Na nova moradia sentia-se livre e dona absoluta
de sua vontade. Era muito admirada por sua inteligência, sendo muito estimada
nos círculos romanos. Mantinha no castelo ampla vida social, com prestígio de
uma grande cortesã.
Embora abrigasse no peito um coração
faminto de emoções, ela nunca achava o homem dos seus sonhos. Mas, quando ouviu
a voz do moço que falava do Reino de Deus, uma onda de bem-aventuranças estremeceu
seu coração. Dele, então, procurava se
aproximar!...
Deu-se o encontro na casa de Simão. Ela ajoelhou-se
beijando os pés do Divino Mestre e banhando-os com lágrimas. Enxugava-os com os
cabelos e os ungia com o perfume, conforme
cita o Evangelho de Lucas, no Capítulo VII.
Ao
presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este
homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é
pecadora.
—
Simão – disse Jesus –, eu tenho uma coisa a dizer-te.
—
Fala Mestre, disse ele.
—
Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro,
cinquenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual
deles o amará mais?
—
A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou.
—
Julgaste bem, Simão!
E
voltando-se para a mulher, disse:
—
Perdoados te são os pecados. [...] A tua fé te salvou; vai em paz.
Lucas, no Capítulo VIII, diz que:
Depois
disso, Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a boa nova do Reino de
Deus. Os Doze estavam com ele, como também [...] Maria, chamada Madalena, da
qual tinham saído sete demônios...
Madalena se sentia feliz. Uma luz
acendera-se nela! Assimilava as palavras do Nazareno como uma pessoa que
estivesse morrendo de sede.
Vendeu o seu Castelo e distribuiu toda a
sua fortuna entre os necessitados.
Arrependida, retorna a
Pérola
da Betânia ao seu antigo lar. E foi recebida pelos irmãos com muito
carinho.
Devido a sua vida de ostentação era tida
como uma mulher “pecadora”, mas não
era má e nunca foi uma decaída, embora confundida, às vezes, com a mulher
apanhada em adultério, da célebre frase de Jesus: “Quem de vós estiver sem pecado,
seja o primeiro a lhe atirar uma pedra".
A mulher para ser adúltera tinha que ser
casada, enquanto que Madalena era solteira, pois tinha o corpo virgem e apenas a alma atormentada. Era só uma infeliz
que buscava superar um vazio desesperador que sentia no coração, impossível de
ser preenchido pelo amor dos homens. Vazio este que só desapareceu quando
despertou para o verdadeiro amor – o amor de Deus, a que estava destinada.
O Papa Gregório confirma que Maria de
Betânia, Maria Madalena e Maria pecadora são a mesma pessoa.
Madalena era rica e, por isso, hospedou
e proveu materialmente Jesus e seus discípulos, durante sua pregação na
Galileia. E usou de toda a sua influência para ser recebida e interceder a
favor de seu Salvador junto a Pilatos.
Foi testemunha dos acontecimentos
divinos na Terra. E foi a primeira pessoa a receber a notícia de JESUS RESSUSCITADO. E, assim, se tornou
a “Apóstola
dos Apóstolos”. A mais justa homenagem a essa extraordinária mulher,
por sua fibra na divulgação da Boa Nova do Reino de Deus.
A Pérola de Betânia soube viver junto
ao Salvador. Saiu de Betânia para Magdala e foi parar no Evangelho; do
Evangelho para as páginas da história e depois para a Eternidade, como a Santa
Maria Madalena, cujo Dia é comemorado em 22 de julho.
Muita bom... 🙌👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirMagnífica história divina.
ResponderExcluirObrigado!
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