Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 30 de julho de 2022

MOMENTOS DE GRATIDÃO

 

Gratidão é a plena manifestação do Amor no seu coração.


A Gratidão é uma poderosa ferramenta que você pode usar. Ela possibilita a reprogramação de seus pensamentos para abrir as portas do Universo em seu benefício.

Há pessoas se curando de doenças e prosperando financeiramente com a prática diária da Gratidão!... Pois ela, ao fortalecer a sua conexão com Deus, viabiliza lhe as bênçãos dos Céus.

Há um “Poema de Gratidão” de Amélia Rodrigues, que você pode começar usando como sua ferramenta. Com o tempo você vai desenvolvendo o seu modo próprio de agradecer.

Experimente!... Eis um bom jeito:

Bondoso Pai que está nos Céus, Inteligência Suprema que nos conduz.

Gratidão pelo amparo e a proteção, que recebemos de Jesus, bem como de todos os seus servidores da Luz, na hora difícil de uma atribulação.

Deus Pai, Todo Poderoso, Onipresente e Onisciente... Gratidão!

Porque antes mesmo de pedirmos, o Senhor já Sabe qual é a nossa dificuldade.

Pois tem nossos cabelos contados!

E sei que não cai uma só folha de uma árvore sem que seja por Sua vontade!

Meu Deus, bom, justo e sábio. Energia Suprema do Amor!

Na qual estamos mergulhados como os peixes estão no mar...

Pela Sua presença em nós, sei que todo o nosso passado conhece...

Assim como os nossos pensamentos!

Pois somos o Templo Divino onde o Senhor habita e nos fortalece!

Gratidão meu Pai, porque nos criou como uma Centelha Divina.

Com Livre-arbítrio para fazer as escolhas todas que queremos..., com Liberdade!

Para obtermos o Mérito das conquistas, adquiridas com Responsabilidade.

Muito obrigado, Senhor, porque nem um dos seus filhos se perderá!

Conhece todas as possibilidades da nossa decisão; e as aceita como estão...

E controla, assim, a escolha que fiz, indicando-me a melhor diretriz, 

para que eu chegue sempre a um final feliz!

Ao começar mais um dia de vida,

É hora, Senhor, de agradecê-lo.

Pelas graças recebidas em orações; e não cair nas tentações das más inclinações.

Graças Pai, por todos que me ensinam...

A amar! E dos tropeços nunca reclamar!

Pois eu amo esta vida, bem vivida...

Atraída por experiências que me indicam o rumo certo para sempre avançar...

Gratidão, Pai, porque aqui nasci.

Pelo alimento do corpo e da alma...

E por tudo, que com Jesus aprendi.

Obrigado pelo encanto da natureza.

E pela beleza de uma linda canção!...

Pelas forças que vêm do Bem

E da Luz que me tira da escuridão...

Muito obrigado, Senhor, por sentir o Seu AMOR num cantinho do meu coração!...

Obrigado, Senhor, pela minha visão.

Pelas belezas que vejo no altar da natureza, e por todas as riquezas que imagino na infinita amplidão.

Muito obrigado, Senhor, pelos mistérios revelados nas provas do meu coração!

Obrigado pela minha audição

Que escuta a maviosa voz do Mestre, que nos disse um dia, num belo Sermão,

 “Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!”...

Muito obrigado, pelo meu paladar.

Mas também, pela minha voz que ensina.

Que ama, ora, abençoa e ilumina...

Obrigado, Senhor, pelo meu olfato.

Que sente o perfume de flores!...

Mas que sente também o Amor de Jesus.

Gratidão pelo ar que respiro! Pelos eflúvios divinos! Pela luz que me conduz!

Obrigado, Senhor, pelas minhas mãos.

E por todas as mãos que semeiam; que amparam e que agasalham...

Mãos de caridade e de solidariedade...

Da fraternidade, que socorre os irmãos...

E pelos meus pés.

Que me permitem andar e caminhar.

Muito obrigado, Senhor, pelo meu lar.

Como é maravilhoso a gente ter sempre, dentro de um lar, alguém para amar!

E como é bom existir dentro do lar o sentimento do amor

Do amor de mãe, de pai, de avós, de esposa, filhos, netos e irmãos...

Do amor solidário, cheio de bênçãos, disposto sempre a ajudar e a cooperar.

Muito brigado Senhor,

Pela proteção nesta longa jornada, desde o ponto de partida até a hora da chegada!

 Por fim, só me resta lhe dizer:

Minha eterna gratidão, Senhor!...

 Pelas bênçãos do Seu imenso Amor!

sábado, 23 de julho de 2022

QUEM DOBROU TEU PARAQUEDAS HOJE?

 

“Viver é conviver e negar isso é negar ser pessoa” (Wilson João).

 


Vi um carrinho de reciclagem na rua e fiquei pensando: “o que seria do meio ambiente sem esse serviço?”; “como é importante à vida a presença do catador de material reciclável!”.

Quando em casa, na frente passa o Caminhão de Lixo e comecei a me perguntar novamente: “o que seria da cidade sem a coleta do lixo?”; “e como o lixeiro precisa ser tão valorizado!”. 

Ao ligar o Celular, vi uma cena de um desses catadores revirando o lixo. Achou um pedaço de pão e começou a comer. A moradora viu a cena pelas câmeras da casa e doou uma sacola de alimentos a ele. O catador colocou os alimentos no chão, ajoelhou-se na calçada e de mãos elevadas fez um agradecimento a Deus. Uma cena comovente. De arrepiar a gente!...

Essas coincidências não são por acaso! – pensei. “Pare de pegar no meu pé!” – disse murmurando alto, como se alguém estivesse por perto – e me senti envolvido pela força mística dessas reflexões. E agradeci a Deus pela perfeição de tudo que existe na vida!

O que seria de muitos de nós sem a presença desses humildes trabalhadores na nossa sociedade? Quanto não devem ser eles valorizados pelo Criador? O Criador que tudo vê e que de tudo cuida e controla para o bem da humanidade!...

Como o rico, o político, o estudante, o artista, o educador, o médico, etecetera e tal, pode viver sem eles, que fazem o pior serviço da sociedade?

Esses humildes servidores da sociedade são, na realidade, trabalhadores de uma causa maior..., uma causa divina! De equilíbrio e harmonia ao mundo!

Então me veio à mente alguns dos maravilhosos ensinamentos do Cristo:

“[...] aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á”. (Mateus 16,25);

“[...], pois, quem dentre vós for o menor, esse será grande”. (Lucas 9,48).

E, pensando nesses bem-aventurados humildes irmãos que se sacrificam, dando sua vida por nós, me lembrei da seguinte história que recebi por e-mail.

Charles Plumb era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã. E que depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil. Charles saltou de paraquedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita.

Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão.

Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:

— Olá, você é Charles... Era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?

— Sim, como sabe?

— Era eu que dobrava o teu paraquedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?

Charles quase se afogou de surpresa e, com muita gratidão, respondeu:

— Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje!

Ao ficar sozinho naquela noite, Charles não conseguia dormir, pensando e perguntando-se: “Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse Bom Dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro”.

Pensou nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco, enrolando os fios de seda de vários paraquedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia.

Agora, Charles Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia: “Quem dobrou teu paraquedas hoje?”.

A vida é um grito à sobrevivência. Ninguém quer morrer. E para que a morte não ocorra, a convivência é fundamental.

O convívio é um instinto que a natureza busca realizar, pois ninguém foi feito isoladamente. E na convivência sempre temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos paraquedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual.

Às vezes, até perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar ou simplesmente de dizer algo amável a alguém que nos salva.

Agora, procure dar conta de quem prepara seu paraquedas, e mostra-lhe sua gratidão. Pois todos nós precisamos uns dos outros. E as coisas mais relevantes da vida dependem, às vezes, apenas de ações simples: só um telefonema, um sorriso, um agradecimento, um “Gosto de Você”, um “Te Amo”.

E agradeça, principalmente, a Deus, o Senhor da vida, que se serve daqueles que fazem parte de nossa convivência para realizar tudo o que nos é necessário.

Agradeça a Ele por fazer com que o universo todo conspire a nosso favor a fim de realizarmos nossos sonhos e evoluirmos continuamente... Voando cada vez mais alto!...  Voando nas alturas!...

sábado, 16 de julho de 2022

A PÉROLA DA BETÂNIA

 

“Assim como tu estiveste junto de mim, agora eu estou junto de ti” (Maria de Nazaré).


O livro “O Mártir do Gólgota”, (3° Vol.), de Enrique Perez Escrich, narra que no tempo de Jesus, Syr, um nobre judeu de Betânia, era casado com Eucária, e tinham três filhos: Lázaro, Marta e Maria. Syr era muito rico e dono de uma propriedade em Galileia, conhecida como Castelo de Magdala.

 Maria, a filha mais nova era uma jovem muito bonita, que tocava harpa e cantava como um serafim. Tinha uma formosa cabeleira comprida, ondulada, dourada, como um manto de ouro.

Em Israel era conhecida como a Pérola da Betânia, a mulher mais desejada pelos moços de Jerusalém.

Lázaro e Marta eram discretos, retraídos de temperamento, bem diferentes de Maria, que incomodada com os severos olhares dos irmãos e suas admoestações em consequência de enamorados rondando a casa e de incidentes entre seus pretendentes, retirou-se de Betânia indo se instalar na fortaleza que possuíam em Magdala, na Galileia, onde se tornou conhecida pelo nome de Maria Magdalena.

Na nova moradia sentia-se livre e dona absoluta de sua vontade. Era muito admirada por sua inteligência, sendo muito estimada nos círculos romanos. Mantinha no castelo ampla vida social, com prestígio de uma grande cortesã.

Embora abrigasse no peito um coração faminto de emoções, ela nunca achava o homem dos seus sonhos. Mas, quando ouviu a voz do moço que falava do Reino de Deus, uma onda de bem-aventuranças estremeceu seu coração.  Dele, então, procurava se aproximar!...

Deu-se o encontro na casa de Simão. Ela ajoelhou-se beijando os pés do Divino Mestre e banhando-os com lágrimas. Enxugava-os com os cabelos e os ungia com o perfume, conforme cita o Evangelho de Lucas, no Capítulo VII.

Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora.

— Simão – disse Jesus –, eu tenho uma coisa a dizer-te.

— Fala Mestre, disse ele.

— Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?

— A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou.

— Julgaste bem, Simão!

E voltando-se para a mulher, disse:

— Perdoados te são os pecados. [...] A tua fé te salvou; vai em paz.

Lucas, no Capítulo VIII, diz que:

Depois disso, Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a boa nova do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, como também [...] Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios...

Madalena se sentia feliz. Uma luz acendera-se nela! Assimilava as palavras do Nazareno como uma pessoa que estivesse morrendo de sede.

Vendeu o seu Castelo e distribuiu toda a sua fortuna entre os necessitados.

Arrependida, retorna a Pérola da Betânia ao seu antigo lar. E foi recebida pelos irmãos com muito carinho.  

Devido a sua vida de ostentação era tida como uma mulher “pecadora”, mas não era má e nunca foi uma decaída, embora confundida, às vezes, com a mulher apanhada em adultério, da célebre frase de Jesus: Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra".

A mulher para ser adúltera tinha que ser casada, enquanto que Madalena era solteira, pois tinha o corpo virgem e apenas a alma atormentada. Era só uma infeliz que buscava superar um vazio desesperador que sentia no coração, impossível de ser preenchido pelo amor dos homens. Vazio este que só desapareceu quando despertou para o verdadeiro amor – o amor de Deus, a que estava destinada.

O Papa Gregório confirma que Maria de Betânia, Maria Madalena e Maria pecadora são a mesma pessoa.

Madalena era rica e, por isso, hospedou e proveu materialmente Jesus e seus discípulos, durante sua pregação na Galileia. E usou de toda a sua influência para ser recebida e interceder a favor de seu Salvador junto a Pilatos.

Foi testemunha dos acontecimentos divinos na Terra. E foi a primeira pessoa a receber a notícia de JESUS RESSUSCITADO. E, assim, se tornou a “Apóstola dos Apóstolos”. A mais justa homenagem a essa extraordinária mulher, por sua fibra na divulgação da Boa Nova do Reino de Deus.

A Pérola de Betânia soube viver junto ao Salvador. Saiu de Betânia para Magdala e foi parar no Evangelho; do Evangelho para as páginas da história e depois para a Eternidade, como a Santa Maria Madalena, cujo Dia é comemorado em 22 de julho.

sábado, 9 de julho de 2022

PEDALE, PEDALE!...

 

“Qualquer coisa que a mente do homem conhecer e acreditar pode ser conseguida”.


Em princípio, eu via Deus como um observador, um juiz que não perdia de vista as coisas erradas que eu fazia. Desse modo, quando eu morresse, Ele saberia se eu merecia ir para o Céu, ou não! Ele estava sempre lá, como um presidente. Eu reconhecia a imagem Dele quando a via, mas não O conhecia de verdade.

Mas, mais tarde, quando eu O conheci melhor, pareceu que a vida era como um passeio de bicicleta para duas pessoas, e percebi que Deus estava no banco de trás, me ajudando a pedalar.

Não me lembro de quando Ele me sugeriu que trocássemos de lugar. Desde então, a vida não foi mais a mesma! Com o Seu Poder Superior, a vida se tornou mais excitante! Pois, quando eu tinha o controle, sabia o caminho. Era entediante, mas previsível – sempre a distância mais curta entre dois pontos.

Quando, porém, Deus assumiu a liderança (Ele conhecia maravilhosos atalhos!), passei a subir montanhas e atravessar terrenos pedregosos em velocidade vertiginosa! Tudo que eu podia fazer era seguir em frente! Embora tudo aquilo parecesse loucura Ele ficava dizendo: “Pedale, pedale!”.

Eu ficava preocupado e ansioso, e perguntava: “Para onde o Senhor está me levando?”. Mas Deus apenas ria e não me dava uma resposta. Então, eu me vi começando a confiar Nele. Logo me esqueci da vida entediante que eu tinha e comecei a participar da aventura. Quando dizia que estava assustado, Ele virava-se para trás e tocava minha mão.

Deus me levou até pessoas com dons de que eu precisava; dons da aceitação, da alegria, etc. Essas pessoas deram-me ajuda para prosseguir na minha jornada. Isto é, nossa jornada: minha e de Deus.

E nós partimos novamente. Então Ele me disse: “Desfaça-se dos dons, são bagagem extra, pesam demais!”. Então eu os dei às pessoas que encontrei e descobri que quanto mais eu os dava, mais eu recebia! E, além disso, o meu fardo ficava mais leve!

A princípio, eu não confiei muito em Deus, quando Ele assumiu o controle da minha vida. Achei que Ele a destruiria. Mas, o Senhor conhecia os “segredos” da bicicleta. Sabia como incliná-la para fazer curvas fechadas, pular para evitar lugares cheios de pedras, aumentar a velocidade para encurtar caminhos difíceis. Também estou aprendendo a calar-me e pedalar nos lugares mais complicados, e aprendi a apreciar a paisagem e a brisa fresca em meu rosto, com o meu ótimo e constante companheiro, Jesus Cristo.

E, quando sinto que não posso mais seguir em frente, Ele apenas sorri e diz: “Pedale, pedale!”.

Faça isso você também. Entregue o controle da sua vida a Deus.

Esta mensagem, de desconhecido autor, traz uma grande revelação para nós: a da Solicitude de Deus.

Solicitude é desvelo, zelo, atenção, cuidado, diligência... É ser Solícito, ou seja: ser prestimoso, prestativo, delicado, gentil, cortês...

A Solicitude nunca é desinteressada, indiferente, negligente, maldosa, nem faz “pouco caso” das pessoas.

A Solicitude pode ainda ter o sentido de devotamento, ou seja, de consagração a alguém por compromisso, ou mesmo por sacrifício – como a Solicitude do Cristo, que deu a vida pela nossa salvação!... Para garantir que nenhuma pessoa se perderá!...

A Solicitude do Criador e a dos bons Espíritos às suas ordens se estendem a todas as circunstâncias de nossas vidas, preocupada em nos oferecer cura e salvação, em dar esperanças aos aflitos e estender a mão aos necessitados.

A Solicitude de Deus é, assim, o Controle de nossas vidas. E está, pois, sintetizada numa Parábola, citada em Lucas 12 (22 a 31), da qual destacamos:

“Não andeis preocupados com a vossa vida, pelo que haveis de comer; nem com o vosso corpo, pelo que haveis de vestir. A vida vale mais do que o sustento e o corpo mais do que as vestes. Considerai os corvos: eles não semeiam, nem ceifam, nem têm despensa, nem celeiro; entretanto, Deus os sustenta. Quanto mais valeis vós do que eles?”.

“Considerai os lírios, como crescem; não fiam, nem tecem. Contudo, digo-vos: nem Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu como um deles...”.

“Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber; e não andeis com vãs preocupações. Porque os homens do mundo é que se preocupam com todas estas coisas. Mas vosso Pai bem sabe que precisa de tudo isso”.

“Buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo”.

sábado, 2 de julho de 2022

SABOREIE SEU CAFÉ!

 

A ideia de uma única vida corporal está em contradição com a justiça divina.

 


Um grupo de ex-alunos reuniu-se para visitar um antigo professor da universidade. A conversa girava em torno de queixas de estresse no trabalho.

Ao oferecer café aos convidados, o professor foi à cozinha e retornou com um grande bule e uma variedade de xícaras – de porcelana, plástico, vidro, cristal; algumas simples, outras caras, outras requintadas... E pediu a todos para se servirem.

Quando todos os estudantes estavam de xícaras em punho, o professor disse:

– Se repararem, vocês pegaram todas as xícaras bonitas e caras, e deixaram as simples e baratas para trás.

— E o que tem isso? – perguntou uma ex-aluna.

— Uma vez que não é nada anormal que vocês queiram o melhor para si – disse o professor –, isto é a fonte dos seus problemas e do estresse.

E o professor continuou explicando:

— Podem ter certeza de que a xícara em si não adiciona qualidade alguma ao café. Na maioria das vezes são apenas mais caras e, algumas vezes, até ocultam o que estamos bebendo. O que todos realmente desejavam era o café, e não as xícaras; mas escolheram de forma consciente, as melhores e, então, ficaram de olho nas xícaras uns dos outros.

— Ainda não entendi aonde o senhor quer chegar! – disse um aluno.

— Pois, então, agora pensem nisso: A vida é o café, e os empregos, dinheiro e posição social são as xícaras.

— Então, explique professor!

— As xícaras são ferramentas apenas para sustentar e conter a vida, e o tipo de xícara que temos não define nem altera a qualidade de vida, que vivemos. Às vezes, ao nos concentrarmos apenas na xícara, deixamos de saborear o café que Deus nos deu.

Deus côa o café, e não as xícaras...

Esta pequena história, cuja fonte eu desconheço, faz a gente pensar bastante entre dois aspectos do ser humano: o exterior (supérfluo e perecível) e o interior (indispensável e duradouro).

A pessoa que se apega aos bens da Terra, se enfeitando e buscando o poder social através de sua beleza externa é como a criança que somente vê o momento presente (que apenas dá importância à beleza da xícara!).

Já aquele que é desapegado dos bens materiais, que primeiro busca as belezas do seu coração para a perfeição de sua alma, é como o adulto que vê o futuro (que se concentra no sabor do café).

Entre a vida do corpo que morre e a do Espírito que viverá eternamente, qual é preferível à gente embelezar?

Afinal, o que é que o ser humano possui? Entendo que é nada do que se destina ao uso do corpo e tudo o que se refere ao uso da alma: inteligência, conhecimentos, qualidades morais...

Há, portanto, bens infinitamente mais preciosos do que as riquezas materiais! E quem busca qualidade de vida tem consciência disto. Pois já adquiriu a sensibilidade que lhe permite agir com a maturidade do senso moral. Seu Espírito, já dominando mais a matéria, lhe permite entender de onde viemos, o que fazemos neste mundo e para onde vamos.

Essa percepção mais clara do futuro faz a gente pensar na justiça divina, que está totalmente em contradição com a ideia de uma única vida corporal.

Sabe por quê? Porque a vida única que temos é só a do Espírito, que é eterna. O corpo físico é apenas uma veste do Espírito, de passagem aqui pela Terra.

Esta ideia de se acreditar que o nosso corpo de carne constitui a nossa vida única, vem de um condicionamento doutrinário da humanidade equivocado, e que tem consequências, pela falta de solução aos seguintes problemas:

— De onde vêm as nossas disposições inatas, intelectivas e morais?

— Como explicar o destino dos que morrem na infância?

— Qual o destino dos loucos e idiotas, sem a consciência dos seus atos?

— Como entender as enfermidades de nascença, quando não são resultantes de nenhum ato da vida presente?

— Qual o destino dos selvagens?

— Por que criou Deus uns mais favorecidos que outros?

— Por que a morte prematura?

Busque a espiritualidade para dar solução a estes questionamentos. Quem assim procede já foi tocado no coração e a sua fé não é mais uma “fé cega”, que foge da luz; mas uma “fé inabalável”, raciocinada, que pode em qualquer momento encarar a razão face a face.

Quem busca a espiritualidade é como o músico que se comove com os acordes, enquanto a maioria ouve apenas sons.

Busque a espiritualidade e amplie sua visão de mundo! E saboreie seu café atendendo o chamado do Mestre Jesus:

“Meu reino não é deste mundo!”.