“Os meios de que Deus
dispõe para salvar as criaturas são inumeráveis...”
(Kardec).
“Tábua da Salvação” é uma expressão
originária dos tempos antigos, quando as embarcações eram grandes veleiros
feitos de madeira.
As tábuas
soltas desses navios durante um naufrágio eram usadas como último recurso de
salvação pelos tripulantes ou passageiros.
Como ocorreu no naufrágio do navio de
Alexandria na Partida de Paulo, Aristarco e Lucas para Roma, conforme (Atos 27,13-44),
resumido a seguir.
Após
uma forte tempestade, quando todos (276 pessoas) já tinham perdido a esperança
de se salvar, Paulo levantou-se no meio deles e disse:
‒ Amigos,
coragem, pois não perecerá nenhum de vós, mas somente o navio. Esta noite
apareceu-me um anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, o qual me disse: “Não temas, Paulo. É necessário que
compareças diante de César. Deus deu-te todos os que navegam contigo”. ‒ Por
isso, amigos, coragem! – Eu confio em Deus que há de acontecer como me foi
dito.
Na décima quarta noite pelo mar, pela
meia-noite, pressentiram os marinheiros que eles estavam perto de alguma terra.
Temendo algum recife, lançaram as âncoras da popa, esperando que amanhecesse o
dia.
Os
marinheiros, sob o pretexto de largar as âncoras da proa, lançaram o bote ao
mar para fugirem.
Paulo
então disse aos soldados:
‒ Se não permanecer no navio os marinheiros,
não podereis salvar-vos!
Os
soldados cortaram, então, os cabos do bote e deixaram-no cair.
Enquanto
ia amanhecendo, Paulo encorajava a todos:
‒ Rogo-vos
que comais alguma coisa, no interesse de vossa vida, porque nem um cabelo da cabeça de alguém de vós
perecerá.
Dito
isso, pegou o pão, pronunciou uma bênção na presença de todos e, depois de
parti-lo, começou a comer.
Com
isso, todos se animaram. Aliviaram o navio, atirando o trigo ao mar. Ao clarear
o dia, os marinheiros viram uma praia, na qual tencionavam encalhar o navio,
caso o pudessem.
Levantaram
as âncoras e rumaram para lá. Mas deram numa língua de terra, e o navio
encalhou. Os soldados queriam matar os presos, por temerem que algum deles
fugisse a nado.
O
centurião, porém, impediu que o fizessem e ordenou que aqueles que pudessem
nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra.
Os
demais atingiram a terra em tábuas ou
em cima dos destroços do navio. Desse modo, todos conseguiram chegar a terra,
sãos e salvos.
A sobrevivência a todos foi garantida,
porque os cristãos ali estavam viajando nos propósitos do Cristo. Oraram e
receberam as dádivas divinas.
Deus, na sua misericórdia infinita, dá a
todos uma variedade de “tábuas de salvação”, para cumprir
uma das promessas do Cristo de que ninguém se perderá (Mateus 18,12 e Lucas
15,4).
E Jesus disse mais: “Dou a minha vida pelas minhas ovelhas” (João 10,15).
A ORAÇÃO é um pedido de socorro (SOS) para
todos os que se encontram desesperados, afundando em dificuldades extremas... Se
agarre então à Oração a Deus como sua “tábua de salvação”, que energias poderosas
dar-lhe-ão forças para a sua superação.
A misericórdia divina é infinita!
Compenetremo-nos então de que nós todos
somos Espíritos capazes de progresso e, por isso, ninguém é eternamente
condenado.
O socorro às vezes demora, mas sempre
chega, porque a prece sincera contém germes em si, tão benéficos, como é a ação
de determinado medicamento, que só depois de algum tempo faz o doente se sentir
melhor.
“Amar é Orar e Orar é Amar!” – disse o Espírito
Jaques Latour no livro O Céu e o Inferno,
de Kardec.
O ARREPENDIMENTO sincero é para nós outra
“tábua
de salvação”.
Deus não se esquece de ninguém. Por
isso, o arrependimento sincero é um passo firme na direção da Luz – rumo ao
aprisco de Jesus. E não tem volta!
O arrependimento implica no perdão e no desejo de uma reabilitação rápida.
E para isso o retorno à vida na terra, às vezes, é imprescindível.
A REENCARNAÇÃO é, então, mais uma “tábua
de salvação”, que Deus nos oferece.
E depois de reencarnados, para nos
reabilitarmos de vez dos erros cometidos no passado, Jesus nos manda praticar a
CARIDADE – a mais eficaz de todas as “tábuas de salvação”. Pois “fora
da Caridade não há salvação!”.
Tudo está sob o controle de Deus! O
MÉRITO é seu!... Então, tudo isso depende só de seu LIVRE-ARBÍTRIO.
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