Aquecendo a Vida

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domingo, 28 de março de 2021

A PANDEMIA

Que o sofrimento modifique a sua visão da vida para além da sepultura!

 


Publiquei, já há um bom tempo, uma mensagem recebida através do espaço cibernético. Agora eu a reescrevi com adaptações para meditação dos leitores na semana santa. Eis a mensagem.

Imagine você ouvindo pela tevê que, numa cidade, morreram três pessoas de uma desconhecida gripe. E não dá atenção ao fato. 

Num outro dia, quando acorda, você escuta que já não são três, mas 800, e alguns dias depois as pessoas mortas pela tal gripe ultrapassam 30.000. 

Uma semana depois, já é a notícia mais importante, pois foram confirmados casos da doença em mais de 200 países e territórios, com grandes surtos nos Estados Unidos, na Itália, Espanha, Alemanha e na China.

Fica sabendo que a OMS declarou o surto como pandemia.

O vírus dessa doença tem um contágio maior e mata dentro de duas semanas. Por isso, a Europa e os Estados Unidos da América e outros países infectados fecham as suas fronteiras, para evitar o contágio.

As pessoas começam a se reunir em igrejas, em oração pela descoberta da cura, quando, de repente, entra alguém na igreja, aos gritos: “Liguem a tevê! Tem gente morrendo no mundo todo. Já são mais de 600.000 mortes”.

Em pouco tempo a coisa invadiu o mundo inteiro. Os cientistas trabalham na descoberta de um antídoto, mas nada funciona. De repente, no entanto, chega a notícia esperada: decifraram o código de DNA do vírus.

É possível fabricar o antídoto! É preciso, para isso, conseguir sangue de alguém que não tenha sido infectado pelo vírus. As pessoas devem então ir aos hospitais fazer análise de seu sangue e doar para a fabricação do antídoto.

Você vai de voluntário com sua família, junto com alguns vizinhos, pensando no que acontecerá. Será este o final do mundo?

De repente, o médico sai gritando um nome que leu em seu caderno.

Seu filho menor está ao seu lado e lhe diz: Pai? Esse é o meu nome! E antes que você possa raciocinar, estão levando seu filho, e você grita: “Esperem!”. E eles respondem: “Tudo está bem! Ele tem o sangue que precisamos para o antídoto”.

Depois de cinco minutos, saem os médicos chorando e rindo ao mesmo tempo. E é a primeira vez que você vê alguém rindo em uma semana. O médico mais velho se aproxima e lhe diz: “Obrigado senhor! O sangue de seu filho é perfeito, limpo e puro, o antídoto, finalmente, será fabricado”.

A notícia se espalha. As pessoas estão orando e rindo de felicidade. Nisso o médico se aproxima de você e de sua esposa, e diz: “Posso falar-lhes um momento? Não sabíamos que o doador seria uma criança e precisamos que o senhor assine uma autorização para usarmos o sangue de seu filho”.

Você pergunta: “Mas, qual a quantia de sangue que vão usar?”.

E o médico responde: “Não pensávamos que fosse uma criança. Mas..., precisamos de todo o sangue de seu filho...”.

Você não pode acreditar no que ouve e trata de contestar: “Mas...”.

O médico insiste: “O senhor não compreende? Estamos falando da cura para o mundo inteiro! Por favor, assine! Nós precisamos de todo o sangue!”.

Você, então, pergunta: “Mas vocês não podem fazer-lhe uma transfusão?”.

Vem a resposta: “Se tivéssemos sangue puro, poderíamos. Assine! Por favor, assine!” Em silêncio, e sem sentir a caneta, você assina.

“Quer ver seu filho?”, perguntam. E você caminha para a sala de emergência e ele diz: “Papai? Mamãe? O que está acontecendo?”.

Você segura na mão dele e fala: “Filho, sua mãe e eu lhe amamos muito e jamais lhe permitiríamos algo que não fosse necessário, você entende?”.

O médico regressa e diz: “Sinto muito senhor, precisamos começar, gente do mundo inteiro está morrendo, o senhor pode sair?”.

 Nisso, seu filho pergunta: “Papai? Mamãe? Por que vocês estão me abandonando?”.

E na semana seguinte, quando fazem uma cerimônia para honrar o seu filho, algumas pessoas ficam em casa dormindo, e outras não vêm, pois preferem fazer um passeio ou assistir um jogo de futebol na TV. E outras vêm, mas como se não estivessem se importando. Aí você tem vontade de parar e gritar: MEU FILHO MORREU POR VOCÊS!!! NÃO SE IMPORTAM COM ISSO?

Talvez seja isso o que DEUS nos quer dizer com a crucificação de Jesus.

Pense nisso!... 

sexta-feira, 19 de março de 2021

TÁBUAS DE SALVAÇÃO

 

“Os meios de que Deus dispõe para salvar as criaturas são inumeráveis...” (Kardec).


 “Tábua da Salvação” é uma expressão originária dos tempos antigos, quando as embarcações eram grandes veleiros feitos de madeira.

As tábuas soltas desses navios durante um naufrágio eram usadas como último recurso de salvação pelos tripulantes ou passageiros.

Como ocorreu no naufrágio do navio de Alexandria na Partida de Paulo, Aristarco e Lucas para Roma, conforme (Atos 27,13-44), resumido a seguir.  

Após uma forte tempestade, quando todos (276 pessoas) já tinham perdido a esperança de se salvar, Paulo levantou-se no meio deles e disse:

‒ Amigos, coragem, pois não perecerá nenhum de vós, mas somente o navio. Esta noite apareceu-me um anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, o qual me disse: “Não temas, Paulo. É necessário que compareças diante de César. Deus deu-te todos os que navegam contigo”. ‒ Por isso, amigos, coragem! – Eu confio em Deus que há de acontecer como me foi dito.

 Na décima quarta noite pelo mar, pela meia-noite, pressentiram os marinheiros que eles estavam perto de alguma terra. Temendo algum recife, lançaram as âncoras da popa, esperando que amanhecesse o dia.

Os marinheiros, sob o pretexto de largar as âncoras da proa, lançaram o bote ao mar para fugirem.

Paulo então disse aos soldados:

 ‒ Se não permanecer no navio os marinheiros, não podereis salvar-vos!

Os soldados cortaram, então, os cabos do bote e deixaram-no cair.

Enquanto ia amanhecendo, Paulo encorajava a todos:

‒ Rogo-vos que comais alguma coisa, no interesse de vossa vida, porque nem um cabelo da cabeça de alguém de vós perecerá.

Dito isso, pegou o pão, pronunciou uma bênção na presença de todos e, depois de parti-lo, começou a comer.

Com isso, todos se animaram. Aliviaram o navio, atirando o trigo ao mar. Ao clarear o dia, os marinheiros viram uma praia, na qual tencionavam encalhar o navio, caso o pudessem.

Levantaram as âncoras e rumaram para lá. Mas deram numa língua de terra, e o navio encalhou. Os soldados queriam matar os presos, por temerem que algum deles fugisse a nado.

O centurião, porém, impediu que o fizessem e ordenou que aqueles que pudessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra.

Os demais atingiram a terra em tábuas ou em cima dos destroços do navio. Desse modo, todos conseguiram chegar a terra, sãos e salvos.

A sobrevivência a todos foi garantida, porque os cristãos ali estavam viajando nos propósitos do Cristo. Oraram e receberam as dádivas divinas.

Deus, na sua misericórdia infinita, dá a todos uma variedade de “tábuas de salvação”, para cumprir uma das promessas do Cristo de que ninguém se perderá (Mateus 18,12 e Lucas 15,4).

E Jesus disse mais: “Dou a minha vida pelas minhas ovelhas” (João 10,15). 

A ORAÇÃO é um pedido de socorro (SOS) para todos os que se encontram desesperados, afundando em dificuldades extremas... Se agarre então à Oração a Deus como sua “tábua de salvação”, que energias poderosas dar-lhe-ão forças para a sua superação.

A misericórdia divina é infinita!

Compenetremo-nos então de que nós todos somos Espíritos capazes de progresso e, por isso, ninguém é eternamente condenado.

O socorro às vezes demora, mas sempre chega, porque a prece sincera contém germes em si, tão benéficos, como é a ação de determinado medicamento, que só depois de algum tempo faz o doente se sentir melhor.

“Amar é Orar e Orar é Amar!” – disse o Espírito Jaques Latour no livro O Céu e o Inferno, de Kardec.

O ARREPENDIMENTO sincero é para nós outra “tábua de salvação”.

Deus não se esquece de ninguém. Por isso, o arrependimento sincero é um passo firme na direção da Luz – rumo ao aprisco de Jesus. E não tem volta!

O arrependimento implica no perdão e no desejo de uma reabilitação rápida. E para isso o retorno à vida na terra, às vezes, é imprescindível.

A REENCARNAÇÃO é, então, mais uma “tábua de salvação”, que Deus nos oferece.

E depois de reencarnados, para nos reabilitarmos de vez dos erros cometidos no passado, Jesus nos manda praticar a CARIDADE – a mais eficaz de todas as “tábuas de salvação”. Pois “fora da Caridade não há salvação!”.

Tudo está sob o controle de Deus! O MÉRITO é seu!... Então, tudo isso depende só de seu LIVRE-ARBÍTRIO.

sexta-feira, 12 de março de 2021

A CONFIDÊNCIA

 

Para mudar interiormente ouça as confidências de sua própria alma.


O Espírito de um náufrago dá uma comunicação espontânea, dizendo:

“A água, o bramir das ondas que me tragaram, é apenas pálida imagem do horror, em que se envolve o meu Espírito... Fico mais calmo quando posso permanecer junto de vós, pois assim como a confidência de um segredo ao peito amigo nos alivia, assim, a vossa piedade, motivada pela confidência da minha penúria, acalma o sofrimento e dá repouso ao meu Espírito. [...] Terei forças para fazer a confissão que me cumpre?”.

Depois, com mais ânimo, ajuntou:

“Na precedente existência eu mandara ensacar várias vítimas e atirá-las ao mar...”.

Estes trechos da comunicação estão no Cap. IV do livro “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. Reproduz aí a situação de um penitente cuja confidência acalma o seu sofrimento.

Quem faz algo de errado e se arrepende ao confessá-lo a alguém, se alivia, tira um peso da consciência. Sente até prazer em poder em parte reparar as suas faltas confessando-as.

Pois a Confissão é um Exame de Consciência baseado nos Dez Mandamentos, que é a base mínima da conduta moral de qualquer ser humano.

Por uma Confissão sincera o indivíduo faz jus à misericórdia de Deus, a qual pode ser solicitada tanto às almas encarnadas ou não, pelas preces de pessoas caridosas. Mas, infelizmente, muitos, por orgulho, se recusam a confessar os próprios erros!...

Tem-se conhecimento da Confissão desde as pregações de João Batista, conforme Mateus 3,6: “Confessavam seus pecados e eram batizados por ele nas águas do Jordão”.

Jesus pedia a Confissão Pública: “Digo-vos: todo o que me reconhecer diante dos homens, também o Filho do Homem o reconhecerá diante dos anjos de Deus; mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus”. (Lucas 12,8-9).

E assim, também pregava Paulo: “Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados” (Tiago 5,16).

Posteriormente, a Igreja Cristã, instituiu a Confissão como Sacramento, sob a alegação de que Jesus teria concedido aos Apóstolos um poder especial para o perdão dos pecados confessados, ao dizer: “Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus 16,19).

Será que Jesus concedeu poder a alguém para decidir quanto aos erros humanos? Se a consciência individual é sagrada ela só depende de Deus!

Há uma condição para o perdão! Está lá no Pai Nosso, “perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam” (Mateus 6,12).

Quem não perdoa as ofensas do seu próximo não será perdoado! Pois quem não perdoa fica ligado ao ofensor por laços mentais, fluídicos...

Por isso Jesus nos ensinou que mais agradável ao Senhor é o sacrifício dos próprios ressentimentos (mágoas), conforme registra Mateus (5.23-24): “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta”.

Reconciliemos com os adversários enquanto estamos a caminho com eles. Mas, se isso não for possível, façamos pelo menos a nossa parte: perdoemos para esquecer tudo e nos desligarmos do ofensor e não sofrer maiores prejuízos.

Embora a Confissão seja parte da Confidência são conceitos diferentes!

Confissão é um ato de penitência, uma premissa de humildade, que pode ser realizada até diante de todos, enquanto que Confidência é uma revelação de caráter reservado, que precisa ser mantida em segredo! Como confidencial é o ato da prece!

“Quando orares entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á” (Mt 6,6).

A Confidência depende, pois, de um crédito de fé que você deposita em uma pessoa de sua extrema Confiança.

E Confiança é um procedimento de sua segurança íntima, pela discrição, pelo bom conceito de fidelidade que alguém lhe inspira. Uma pessoa leal, honrada, verdadeira..., que não falha e com a qual você pode contar.

Confidencialmente, comunguemos então os mandamentos de Amor a Deus e ao próximo como Jesus nos ensinou!...

sexta-feira, 5 de março de 2021

QUEBRA DE PARADIGMAS

“Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá” (Chico Xavier).


Paradigma é um conjunto de crenças ou visão de mundo. Um jeito de ser, sem questionar ou criticar os fundamentos do seu modo de agir. Um modelo padronizado de ação que faz a pessoa crer ser verdadeiro; pois aquilo que não está de acordo com a sua visão de mundo, passa-lhe despercebido! Ou não tem importância!

 Há uma experiência que explica como surge um paradigma.

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro eles puseram uma escada e, acima dela, um cacho de bananas.

Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancadas. E passado algum tempo, nenhum macaco ousava subir a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que o novo macaco fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de algumas tentativas e várias surras, o novo integrante do grupo não se atrevia mais a subir a escada.

Um segundo macaco foi trocado, e o mesmo ocorreu com ele, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra do novato. Um terceiro macaco foi trocado, e o fato se repetiu. Foi substituído, finalmente, o quarto e o último dos veteranos.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tomado um só banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum dos macacos porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...”.

Assim se estabelece também um paradigma no meio social! Pois fazemos coisas copiando os outros e sem saber por que fazemos. E isso é alienação! Pois somos resistentes às mudanças.

Para mudar isso é preciso, parar e pensar sobre certas coisas que a gente faz, ou deixa de fazer. Não se pode acomodar!... A vida exige sempre observação, atualização e intervenção. Isto significa quebrar paradigmas. E a educação é a melhor via para isso.

Jesus quebrou todos os paradigmas de sua época e foi crucificado por isso!

Já vivemos grandes mudanças. A velocidade das informações passou rapidamente de Byte para Kilobyte, Megabyte, Gigabyte, Terabyte.

Há uma década, a cura quântica seria ridicularizada! O enfoque mental para o controle de doenças seria um absurdo! E o que dizer então do uso das energias do pensamento?!...

Paradigmas são quebrados a toda hora, a todo o momento. Vejam as mudanças de paradigmas que estão sendo quebrados pelo Lockdown!...

Construir o conhecimento; aprender a aprender; inclusão social; inclusão digital; internet; softwares educativos; educação ambiental; atitudes positivas; ambiente motivador; utilização de smarphones, aulas online; serviços de delivery; e tantos outros, devem ser os paradigmas destes novos tempos de acelerada evolução da humanidade.

Estes são paradigmas holísticos de uma visão sistêmica de mundo, que prefere o coletivo, a participação popular, o diálogo, e admite interações complexas entre o homem e a natureza.

Diz o Espírito Lucius (livro No Final da Última Hora, de André Luiz Ruiz) que: “Aproxima-se, agora, o novo ciclo de profundas transformações por meio do qual se realizará o recenseamento apurativo dos que estão marcados pela evolução compatível com a nova humanidade e daqueles cujos defeitos ancestrais ainda dominam seu querer. Nossos esforços se renovam com mais intensidade neste período porquanto o divino amigo, gerente de Deus na execução da sua vontade, está buscando as ovelhas desgarradas para salvá-las antes da tempestade desabar sobre todos”.

Estejamos preparados. Pois a intervenção divina se dará no final da última hora, em que menos pensarmos!

Quanto àquela hora – disse Jesus (Mt 24,36) – somente o Pai é que sabe!

Por certo, quando ocorrer esse Grande Evento seletivo, os que não se transformaram adequadamente serão varridos pelo turbilhão, e um novo paradigma de progresso se fará, enfim, para todos os que perseveraram até o término da prova.