“Deus!
Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vós” (Cáritas).
Vasculhando a internet encontrei um relato
interessante intitulado:
O café
pendente.
Entramos em uma pequena cafeteria, pedimos e nos
sentamos a uma mesa. Logo entram duas pessoas:
– Cinco cafés. Dois são para nós e três “pendentes”.
Pagam os cinco cafés, bebem seus dois e se vão.
Pergunto:
– O que são esses “cafés pendentes”?
E me dizem:
– Espera e vai ver.
Logo vêm outras pessoas. Duas garotas pedem dois cafés
– pagam normalmente. Depois de um tempo, vêm três homens e pedem sete cafés:
– Três pra nós, e quatro “pendentes”.
Pagam por sete, tomam seus três e vão embora. Depois
um rapaz pede dois cafés, bebe só um, mas paga pelos dois.
Estamos sentados, conversamos e olhamos, através da
porta aberta, a praça iluminada pelo sol em frente à cafeteria. De repente,
aparece na porta, um homem bem humilde, com roupas baratas e pergunta em voz
baixa:
– Vocês têm algum “café pendente”?
Segundo Carlos Hilsdorfras, a fonte desta referida
página: “Esse tipo de caridade, apareceu
pela primeira vez em Nápoles. As pessoas antecipadamente pagam o café a alguém
que não pode permitir-se ao luxo de uma xícara de café quente. Deixavam nos
estabelecimentos, não só o café, mas também comida. Esse costume ultrapassou as
fronteiras da Itália e se difundiu em muitas cidades de todo o mundo”.
A Caridade sempre é vista como uma forma de “dar esmola”. No entanto, ela pode ser
praticada de “ene” maneiras. O “café pendente” é apenas uma forma de se
praticar a Caridade!
O ato de “dar
esmola” dependendo como é feito pode até ser uma ação contrária à verdadeira
caridade, se for de forma a humilhar a pessoa necessitada.
A Caridade universal é a primeira das leis do Cristo,
pois tem como finalidade desenvolver o sentimento do amor ao próximo, buscando,
com isso, ir eliminando o egoísmo, o orgulho e outros vícios da face da Terra.
A prática da Caridade é a expressão de uma regra
básica: “fazer aos outros como desejaríamos que nos fizessem”; e que
tem como efeito o desenvolvimento de sentimentos diversos:
Primeiro é o de religiosidade,
que nos religa a Deus, o Criador de todas as coisas, Inteligência Suprema do
Universo, Pai de todas as criaturas. É esse sentimento que nos faz ver o próximo
como um verdadeiro irmão e não como inimigo.
É o sentimento da Fé em Deus.
Segundo é o desenvolvimento do sentimento de resignação – consentido pelo coração – face
às vicissitudes da vida. Este sentimento nos faz ver as coisas de tão alto que
a vida na Terra perde muito de sua importância. E disso resulta mais coragem
diante das tribulações, das aflições do mundo.
Terceiro é o desenvolvimento do sentimento de indulgência para com os defeitos
alheios. Ser paciente, tolerante, compreensivo, respeitoso, sincero e generoso
sem censuras nem observações chocantes, tendo o cuidado de atenuar tanto quanto
possível os erros do outro, se colocando no seu lugar (empatia) para entendê-lo...,
são ações abnegadas que indicam grande progresso do ser humano.
Estes e outros sentimentos que o Bem Supremo desperta
em nossa alma estimulam ainda a criação de valores e princípios transformadores
do ser humano, tais como: a honestidade, o perdão, a honradez, a ética, a
moral...
Enfim, a Caridade torna a pessoa melhor, menos egoísta
e mais solidária.
O progresso da humanidade tem seu princípio na
aplicação da lei de justiça, amor e caridade – diz o Livro dos Espíritos. Porém,
entendemos que é no princípio da Caridade que está situado o MOTOR DO
PROGRESSO, que dá movimento, que induz alguém a uma ação, que lhe desenvolve
sentimentos para a realização de uma OBRA, sem a qual – diz São Paulo –, a Fé é
morta.
“Porque o
Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus anjos, e então
recompensará a cada um segundo suas
obras” (Mateus 16,27).
Trabalhemos com zelo e coragem nesta grande obra do Senhor Jesus-Cristo, pois
colheremos cem vezes mais os grãos que tivermos semeado.
O que importa é o seu coração! Que assumiu plenamente este
dístico sagrado: Fora da Caridade não há Salvação!
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