“Tudo é possível
ao que crê” (Jesus).
No livro, “As Mil Faces da Realidade Espiritual”, de
Hermínio C. Miranda, há um episódio, que resumi, para mostrar os misteriosos
caminhos da mente!
O ator Telly Savalas, criador do detetive Kojak, fez
um relato ao jornalista Peter Panton, em julho/87, pela publicação Speak Up,
Editora Globo, que parece mais coisa de outro mundo!
A “coisa” se
passou em Nova York ,
por volta de 1950. Savalas regressava ao lar, altas horas da madrugada, quando
seu carro parou na pista por falta de gasolina.
Ele estava saindo a pé, em busca de um posto de
gasolina, quando alguém lhe perguntou: “Quer
uma carona?”.
Quem lhe fazia a pergunta era um motorista de um
imponente Cadillac. O ator olhou bem o indivíduo
e teve um momento de hesitação, pois o homem lhe pareceu estranho, mas,
resolveu arriscar-se, mesmo porque não tinha muita escolha até o posto de
gasolina. A curta viagem foi no seu dizer “muito
agradável”. Quando Savalas meteu a mão no bolso para apanhar o dinheiro, o
homem, sem fazer perguntas, disse-lhe: “Vou
emprestar-lhe o dinheiro”.
Como é que ele sabia que Savalas estava sem dinheiro
até para a gasolina? Não havia como recusar a oferta.
Savalas identificou-se como funcionário do State Departament,
e confessou-se “muito embaraçado”,
mas que aceitaria o dinheiro, desde que o outro concordasse em considerá-lo
simples empréstimo, a ser restituído posteriormente. O outro recusou, mas, ante
a insistência, acabou aceitando a proposta. Escreveu seu nome, endereço e
telefone num papel e o passou a Savalas.
Em seguida retornaram ao carro parado que, devidamente
abastecido, se pôs em movimento, graças à ajuda providencial do homem do
Cadillac.
No dia seguinte, à noite, Savalas se lembrou do
papelzinho com o endereço e telefone do seu misterioso salvador no Grand
Central Parkway, e discou o número. Alguém atendeu, identificando o local como “Jimmy’s Bar”.
− Posso falar com Mr. Cullen?
− Um momento – foi a resposta.
Em seguida, uma voz de mulher, perguntou o que ele
desejava.
− Eu queria falar com Mr. Cullen – repetiu Savalas.
Estive com ele a noite passada e ele me disse que eu podia...
− É mesmo? E como era ele?
Savalas passou a descrever o homem do Cadillac, mas a
mulher, do outro lado da linha, começou a chorar, ao mesmo tempo em que dizia:
− Olha aqui, seu bastardo. Não sei bem o que você está
tentando fazer, mas você está falando de meu marido e ele morreu há dois
anos!...
Savalas se desculpou, acrescentando que certamente
houvera em tudo aquilo, algum equívoco lamentável.
Poucas semanas depois, ele foi ao encontro da mulher, querendo
deslindar o enigma. Alguém poderia estar tentando se divertir à custa daquela
pobre senhora!
Acontece que ela confirmou que no encontro com Savalas,
o homem do Cadillac vestia então a mesma roupa que usara ao ser enterrado, dois
anos antes. E mais: que o homem se suicidara...
Ao terminar a narrativa, nem o entrevistado nem o
entrevistador tinham muito a dizer. Só um comentário perplexo de Savalas: “Isto não poderia acontecer com um sujeito
como eu! Ridículo!”.
Esse relato seria uma lenda? Nem sempre! Histórias
assim, apesar de raras, têm outros protagonistas. São os AGÊNERES – seres do
invisível –, que caminham em nosso meio, em disfarces imperceptíveis, e que nos
dão a convicção de que existem muito mais
fatores ocultos a serem descobertos do que as pessoas tendem a imaginar.
Kardec (R.E. 2004, 1859, p. 62, 64), sobre o agênere: “Um Espírito cujo corpo fosse assim visível
e palpável teria, para nós, toda a aparência de ser humano...”. Disse mais,
que “Sua aparição corporal pode ter longa
duração, conforme a necessidade, para estabelecer relações sociais com um ou
diversos indivíduos”.
Não se espante! Pois o mesmo aconteceu quando Jesus,
depois de morto, se apresentou no meio dos apóstolos. E eles, atemorizados,
pensavam que viam algum espírito. "Mas ele lhes disse: Por que estais
perturbados, e por que essas dúvidas nos vossos corações? Vede minhas mãos e
meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos,
como vedes que tenho". (Lucas 24,38-39).
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