“É impossível viver
a vida sem amizade” (Cícero)
Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples
fato de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas
passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos
de amigo.
Segundo Lyanty “tudo que é verdadeiramente grande
nasce do amor”.
No universo, a amizade nunca se apaga. Pois, Deus é
amor. E "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida
por seus amigos". (João 15,13).
Vivemos sob uma Lei Universal chamada Lei do
Amor, a qual supera as maiores distâncias. Para ela todo lugar do universo está
próximo, pois, na ausência de um meio eletrônico, a comunicação poderá se dar
até pelo pensamento. O pensamento é uma dádiva divina, que nos ajuda a vencer
qualquer distância.
Jesus é o nosso mais dileto
amigo. Ele nos busca incessantemente, assim como Deus nos busca a todo o
momento. Nós é que nos esquecemos de procurá-los, talvez, com receio de
importuná-los.
Em Lucas, capítulo 11, após
ensinar seus discípulos a rezar, ditando a oração do “Pai Nosso”, diz Jesus,
nos versículos 5 a 8, que: “Se alguém de vós tiver um amigo e for procurá-lo
à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu
acaba de chegar à minha casa, de uma viagem, e não tenho nada para lhe
oferecer; e se ele responder lá de dentro: Não me incomodes; a porta já está
fechada, meus filhos e eu estamos deitados; não posso levantar-me para te dar
os pães; eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser
seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará
quantos pães necessitar”.
Essa é uma lição que nos
ensina que quando alguém busca um amigo, ou busca por Jesus ou pelo nosso Pai
do Céu, as portas se abrirão de qualquer forma, até pela importunação. Pois, “Quem
dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão?” (Mateus 7,9).
Paulo, em Gálatas 4,18, diz
que “É maravilhoso receber demonstrações de boa amizade...”. São tão importantes que não há fortuna que pague! Sêneca
chegou até a afirmar que “Nunca a fortuna
põe um homem em tal altura que não precise de um amigo”. E isso é pura
verdade.
Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma
árvore caracterize um deles. Os primeiros que nascem do broto são os amigos pai
e mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vêm os amigos irmãos, com quem
dividimos nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda
família de folhas, que respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino nos apresenta outros amigos, que não
sabíamos que iam cruzar nossos caminhos. Muitos desses denominamos amigos do
peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem,
sabem o que nos faz feliz...
Às vezes, uma dessas amizades estala o nosso coração e
então é chamada de amiga namorada. Essa dá brilho aos nossos olhos, música aos
nossos lábios, pulo aos nossos pés.
Há aqueles amigos por um tempo, talvez de umas férias
ou mesmo de um dia ou de uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na
nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
Falando em perto, não podemos nos esquecer dos amigos
distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento
sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e
perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras
permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que as que
caíram continuam por perto, continuam alimentando nossa raiz com alegria.
Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam nosso caminho.
Por isso desejo a você, folha da minha árvore, Paz,
Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...
Hoje e Sempre..., simplesmente, pois: Cada pessoa que
passa em nossa vida é única. Sempre
deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não
há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a
prova evidente de que duas pessoas não se encontram por acaso.