Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 26 de janeiro de 2019

AMIZADE


“É impossível viver a vida sem amizade” (Cícero)


Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo.
Segundo Lyanty “tudo que é verdadeiramente grande nasce do amor”.
No universo, a amizade nunca se apaga. Pois, Deus é amor. E "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos". (João 15,13).
 Vivemos sob uma Lei Universal chamada Lei do Amor, a qual supera as maiores distâncias. Para ela todo lugar do universo está próximo, pois, na ausência de um meio eletrônico, a comunicação poderá se dar até pelo pensamento. O pensamento é uma dádiva divina, que nos ajuda a vencer qualquer distância.
Jesus é o nosso mais dileto amigo. Ele nos busca incessantemente, assim como Deus nos busca a todo o momento. Nós é que nos esquecemos de procurá-los, talvez, com receio de importuná-los.
Em Lucas, capítulo 11, após ensinar seus discípulos a rezar, ditando a oração do “Pai Nosso”, diz Jesus, nos versículos 5 a 8, que: “Se alguém de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu acaba de chegar à minha casa, de uma viagem, e não tenho nada para lhe oferecer; e se ele responder lá de dentro: Não me incomodes; a porta já está fechada, meus filhos e eu estamos deitados; não posso levantar-me para te dar os pães; eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar”.
Essa é uma lição que nos ensina que quando alguém busca um amigo, ou busca por Jesus ou pelo nosso Pai do Céu, as portas se abrirão de qualquer forma, até pela importunação. Pois, “Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão?” (Mateus 7,9).
Paulo, em Gálatas 4,18, diz que “É maravilhoso receber demonstrações de boa amizade...”. São tão importantes que não há fortuna que pague! Sêneca chegou até a afirmar que “Nunca a fortuna põe um homem em tal altura que não precise de um amigo”. E isso é pura verdade.
Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. Os primeiros que nascem do broto são os amigos pai e mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vêm os amigos irmãos, com quem dividimos nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda família de folhas, que respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino nos apresenta outros amigos, que não sabíamos que iam cruzar nossos caminhos. Muitos desses denominamos amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...
Às vezes, uma dessas amizades estala o nosso coração e então é chamada de amiga namorada. Essa dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulo aos nossos pés.
Há aqueles amigos por um tempo, talvez de umas férias ou mesmo de um dia ou de uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
Falando em perto, não podemos nos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam nosso caminho.
Por isso desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...
Hoje e Sempre..., simplesmente, pois: Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas pessoas não se encontram por acaso.

sábado, 19 de janeiro de 2019

ABAIXO O “TER”, VIVA O “SER”!


O TER é temporário, o SER é eterno.


O ser humano, no auge do seu orgulho, vive somente o materialismo, esquecendo-se da parte principal: a moral.
Não se preocupa nem um pouco com o lado espiritual da vida, agindo quase sempre com ganância, querendo “Ter” mais do que suas possibilidades.
Diz José Saramago que “Se a preocupação está em ter, ter, ter, uma pessoa cada vez se preocupa menos em ser, ser e ser”. Esquece que o mundo que ela TEM todo mundo pode TER... Mas o que ela É isto ninguém pode SER.
Se você não abre mão do seu egocentrismo, fruto de um orgulho doentio, essa atitude pode levá-lo para um abismo, num caminho sem volta, que afeta a sua vida e também de todos que com você se relaciona. Você se torna um mau exemplo dentro da sociedade, influenciando os demais de seu convívio. Compartilha só o que há de negativo. E, pela Lei do Retorno, recebe isso de volta, e vive infeliz, triste, deprimido...
Quer ser feliz? Deixe o “Ter”, viva o “Ser”! Transforme-se interiormente que o mundo a sua volta se modifica. Busque os ensinos de Jesus. “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína?” (Lucas 9,25).
Reflita sobre isso e sobre o texto, a seguir, adaptado de autor desconhecido:
QUERO VOLTAR A SER FELIZ
Fui criada com princípios morais comuns. Quando criança, a nossa única preocupação em relação à segurança era de que os “lanterninhas” dos cinemas nos expulsassem devido as batidas com os pés no chão quando uma determinada música era tocada no início dos filmes.
Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos, e/ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder deseducadamente a policiais, mestres, aos mais idosos, autoridades.
Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade.
Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos. Por tudo que meus netos um dia temerão. Pelo medo no olhar de crianças, jovens e adultos.
Matar os pais, os avós, violentar crianças, sequestrar, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade de notícias policiais, logo esquecidas.
Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, funcionários de indústrias de multas. Policiais em blitz é abuso de autoridade. Regalias em presídios é matéria votada em reuniões. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem é ser otário. Pagar dívidas em dia é bancar o bobo. Ladrões de terno e gravata, pedófilos de cabelos brancos...
O que aconteceu conosco?
Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Crianças morrendo de fome!
Que valores são esses?
Carros que valem mais que abraço, filhos querendo-os como brindes por passar de ano. Celulares nas mochilas dos recém-saídos das fraldas. O que vai querer em troca desse abraço, meu filho?
Que lares são esses? Jovens ausentes, pais ausentes. Droga presente!
Quando foi que tudo sumiu? Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho? Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede esmola sem sentir medo?
Quero de volta a minha dignidade, a minha paz. Quero de volta a lei e a ordem. Quero liberdade com segurança!
Quero tirar as grades de minha janela, sentar na calçada e ter porta aberta nas noites de verão. Quero a honestidade como sendo motivo de orgulho. Quero a vergonha, a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho. Quero a esperança, a alegria, Teto para todos, comida na mesa, saúde a mil.
Abaixo o “TER”, viva o “SER”!
E viva o retorno da verdadeira vida, simples! Vamos voltar a ser gente? Discordar do absurdo. Ter amor, a solidariedade, a fraternidade como base. A indignação diante da falta de ética, de moral de respeito... Construir sempre um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas.
Utopia? Não... Quem sabe se você e eu fizermos nossa parte e contaminarmos as pessoas, hein! E se essas pessoas contaminarem mais pessoas!...

sábado, 12 de janeiro de 2019

ESTERILIDADE HUMANA


Ao saírem de Betânia, Jesus teve fome. Avistou de longe uma figueira coberta de folhas, e foi ver se encontrava nela algum fruto. Aproximou-se da árvore, mas só encontrou folhas, pois não era tempo de figos. E disse à figueira:
− Jamais alguém coma fruto de ti.
Os discípulos ouviram esta maldição.
No dia seguinte, pela manhã, ao passarem junto da figueira, viram que ela secara até a raiz. Pedro lembrou-se do que se tinha passado na véspera e disse:
− Olha Mestre, como secou a figueira que amaldiçoaste!
Respondeu-lhes Jesus:
− Tende fé em Deus. Em verdade vos declaro que todo o que disser a este monte: Levanta-te e lança-te ao mar, se ele não duvidar no seu coração, mas acreditar que sucederá tudo o que disser, ele obterá esse milagre. (Texto adaptado de Marcos, 11: 12-14 e 20-24).
Muitos cristãos sentem um embaraço, quando leem esta Parábola, pelo fato de Jesus ter amaldiçoado a Figueira. E perguntam: como pode Jesus, nosso exemplo de amor e bondade, ter amaldiçoado uma árvore a ponto de ela secar e não dar mais frutos? Será que a imagem que se tem de Jesus perdeu o brilho? Ou há uma explicação para isso?
Sabe-se, que se for tirado uma só virtude de Jesus não mais teremos o Cristo de Deus! Então tem que se rever o texto pelo cadinho da razão. É Pedro que diz que Jesus amaldiçoou! É o evangelista Marcos que escreve como uma maldição.
O Evangelho de Mateus sobre esta parábola apenas cita que os discípulos ficaram estupefatos e disseram: “Como ficou seca num instante a figueira?”.
Portanto, não dá para atribuir a Jesus uma maldição. O sentimento de maldade jamais passou pelo seu bondoso coração!
A ideia de maldição está na narrativa, e na cabeça dos apóstolos, que não entenderam que Jesus se aproveitava daquela situação para deixar às gerações futuras um dos mais belos ensinamentos.
Aquela figueira era estéril. Ela não dava frutos porque tinha uma organização celular deficiente. Sabendo disso, Jesus deu uma lição aos presentes para lhes ensinar a ter fé e também para mostrar às pessoas e às instituições improdutivas que elas sofrerão as mesmas consequências.
A figueira seca é, pois, uma encenação simbólica. Isso fica bem claro no cap. 13, 6-9, do Evangelho de Lucas, quando aparece como Figueira Estéril. Pois Lucas assim começa o seu relato: “Disse-lhes também esta comparação...”.
Ora, se Lucas afirma ser apenas uma comparação é porque é uma alegoria, representando aquele que só aparenta ser pessoa do bem, mas que na realidade nada produz em benefício do seu semelhante, ou da comunidade em que vive. Portanto, é o símbolo de todas as pessoas e instituições que podem ser úteis e não o são. É o símbolo até de todas as ideologias degradantes, materialistas...
A morte de uma planta pode se dar, comprovadamente pela ciência, mediante uma descarga de fluidos magnéticos.
Jesus, ciente que a esterilidade daquela figueira era irreversível e que estavas prestes a secar, resolveu acelerar esse processo com uma carga energética, semelhante à utilizada para a destruição das células prejudiciais e causadoras de enfermidades, como na cura dos leprosos, e outras narradas pelos Evangelhos.
Um Espírito Protetor, em Paris, 1863, no Evangelho Segundo o Espiritismo afirma que “O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé, quando posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que [...] foram qualificados de milagres”.
Do ponto de vista filosófico e moral, Jesus ensina, com esta parábola, que há uma Esterilidade Humana, manifestada pela falta de fé, de sentimentos afetivos e atos de generosidade. E dá este aviso às pessoas e instituições que, como aquela figueira, só têm folhas. Que são árvores frondosas, mas sem frutos!
Pois, como escreveu Paulo a Tiago 2,26: “[...] a fé sem obras é morta”.
No mundo, o ser humano é como uma árvore destinada a dar bons frutos. E a sua missão se prova pelos efeitos morais que pode produzir.
Contudo, ai daquele que se tornar estéril! Pois “O machado já está posto à raiz das árvores: toda árvore que não produzir bons frutos será cortada e lançada ao fogo”. (Mateus 3,10).

sábado, 5 de janeiro de 2019

KOJAK E O FANTASMA DO CADILLAC


“Tudo é possível ao que crê” (Jesus).


No livro, “As Mil Faces da Realidade Espiritual”, de Hermínio C. Miranda, há um episódio, que resumi, para mostrar os misteriosos caminhos da mente!
O ator Telly Savalas, criador do detetive Kojak, fez um relato ao jornalista Peter Panton, em julho/87, pela publicação Speak Up, Editora Globo, que parece mais coisa de outro mundo!
A “coisa” se passou em Nova York, por volta de 1950. Savalas regressava ao lar, altas horas da madrugada, quando seu carro parou na pista por falta de gasolina.    
Ele estava saindo a pé, em busca de um posto de gasolina, quando alguém lhe perguntou: “Quer uma carona?”.
Quem lhe fazia a pergunta era um motorista de um imponente Cadillac.  O ator olhou bem o indivíduo e teve um momento de hesitação, pois o homem lhe pareceu estranho, mas, resolveu arriscar-se, mesmo porque não tinha muita escolha até o posto de gasolina. A curta viagem foi no seu dizer “muito agradável”. Quando Savalas meteu a mão no bolso para apanhar o dinheiro, o homem, sem fazer perguntas, disse-lhe: “Vou emprestar-lhe o dinheiro”.
Como é que ele sabia que Savalas estava sem dinheiro até para a gasolina? Não havia como recusar a oferta.
Savalas identificou-se como funcionário do State Departament, e confessou-se “muito embaraçado”, mas que aceitaria o dinheiro, desde que o outro concordasse em considerá-lo simples empréstimo, a ser restituído posteriormente. O outro recusou, mas, ante a insistência, acabou aceitando a proposta. Escreveu seu nome, endereço e telefone num papel e o passou a Savalas.
Em seguida retornaram ao carro parado que, devidamente abastecido, se pôs em movimento, graças à ajuda providencial do homem do Cadillac.
No dia seguinte, à noite, Savalas se lembrou do papelzinho com o endereço e telefone do seu misterioso salvador no Grand Central Parkway, e discou o número. Alguém atendeu, identificando o local como “Jimmy’s Bar”.
− Posso falar com Mr. Cullen?
− Um momento – foi a resposta.
Em seguida, uma voz de mulher, perguntou o que ele desejava.
− Eu queria falar com Mr. Cullen – repetiu Savalas. Estive com ele a noite passada e ele me disse que eu podia...
− É mesmo? E como era ele?
Savalas passou a descrever o homem do Cadillac, mas a mulher, do outro lado da linha, começou a chorar, ao mesmo tempo em que dizia:
− Olha aqui, seu bastardo. Não sei bem o que você está tentando fazer, mas você está falando de meu marido e ele morreu há dois anos!...
Savalas se desculpou, acrescentando que certamente houvera em tudo aquilo, algum equívoco lamentável.
Poucas semanas depois, ele foi ao encontro da mulher, querendo deslindar o enigma. Alguém poderia estar tentando se divertir à custa daquela pobre senhora!
Acontece que ela confirmou que no encontro com Savalas, o homem do Cadillac vestia então a mesma roupa que usara ao ser enterrado, dois anos antes. E mais: que o homem se suicidara...
Ao terminar a narrativa, nem o entrevistado nem o entrevistador tinham muito a dizer. Só um comentário perplexo de Savalas: “Isto não poderia acontecer com um sujeito como eu! Ridículo!”.
Esse relato seria uma lenda? Nem sempre! Histórias assim, apesar de raras, têm outros protagonistas. São os AGÊNERES – seres do invisível –, que caminham em nosso meio, em disfarces imperceptíveis, e que nos dão a convicção de que existem muito mais fatores ocultos a serem descobertos do que as pessoas tendem a imaginar.
Kardec (R.E. 2004, 1859, p. 62, 64), sobre o agênere: “Um Espírito cujo corpo fosse assim visível e palpável teria, para nós, toda a aparência de ser humano...”. Disse mais, que “Sua aparição corporal pode ter longa duração, conforme a necessidade, para estabelecer relações sociais com um ou diversos indivíduos”.
Não se espante! Pois o mesmo aconteceu quando Jesus, depois de morto, se apresentou no meio dos apóstolos. E eles, atemorizados, pensavam que viam algum espírito. "Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que essas dúvidas nos vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho". (Lucas 24,38-39).