Aquecendo a Vida

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

QUAL É A COISA MAIS IMPORTANTE DA VIDA?


“É o AMOR... Que faz eu pensar em você esquecer de mim” (Zezé Di Camargo).


Um homem bastante idoso procurava uma Clínica para um curativo em sua mão ferida, dizendo-se muito apressado porque estava atrasado para um compromisso.
Enquanto o tratava, o jovem médico quis saber o motivo da sua pressa.  Ele disse que precisava ir a um Asilo de Velhos para tomar o café da manhã com sua mulher, que estava internada lá há bastante tempo...
Ela sofria do Mal de Alzheimer em estágio bastante avançado.
Enquanto terminava o curativo, o médico perguntou-lhe se ela não ficaria assustada pelo fato dele estar atrasado.
− Não − disse ele. − Ela não sabe quem eu sou. Há quase cinco anos ela nem me reconhece...
Intrigado o médico pergunta:
− Mas, se ela já nem sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?
O velho sorriu, deu uma palmadinha na mão do médico e disse:
− É verdade... Ela não sabe quem eu sou, mas eu sei muito bem quem ela é!
Enquanto o velhinho saía apressado, o jovem médico sorria emocionado e pensava: “Esta é a qualidade de Amor que eu gostaria para a minha vida”.
Na Bíblia encontramos um trecho que Paulo escreveu aos coríntios, no capítulo 13 da primeira epístola, que nos dá toda a dimensão do Amor.
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver Amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver Amor, nada serei.
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver Amor, nada disso me aproveitará.
O Amor é paciente, é benigno, o Amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O Amor jamais acaba. Mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, o que então é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como um menino sentia como um menino. Quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, e então veremos face a face; agora conheço em parte, e então conhecerei como sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança, e o Amor. Porém, o maior deles é o Amor.
AMOR é a palavra divina, que ao pronunciá-la há mais de dois mil anos, Jesus fez estremecer toda a humanidade.
Lázaro, no Evangelho Segundo o Espiritismo, afirma que “O Amor resume toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado”. E mais adiante, no mesmo texto, acrescenta: “Feliz aquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo!”.
Portanto, o Amor não se reduz ao físico, ao romântico... Pois, Paulo nos mostra que o Amor é a coisa mais importante da vida, por estar presente em tudo o que foi criado. Mostra-nos ainda, que Deus é Amor.
Por isso, só o Amor nos transforma para melhor, para o bem, para a perfeição, porque o Amor permanece, enquanto as coisas se acabam...
O Amor verdadeiro é aceitação: De tudo o que o outro é... De tudo o que o outro foi... Do que será... Do que já não é!
Como o bom velhinho, da história acima, que também nós possamos dar e receber Amor em abundância!
Neste final de 2018, que você e sua família tenham UM FELIZ NATAL REPLETO DE MUITO AMOR!

sábado, 15 de dezembro de 2018

FIÉIS TRABALHADORES DO BEM


“[...] A messe é grande, mas os operários são poucos” (Mateus 9,37).


Um velho cuidava de uma muda de árvore com muito carinho, quando um jovem dele se aproximou perguntando:
− Que planta é essa?
− É uma jabuticabeira.
− E ela demora tanto para dar frutos?
− Pelo menos uns quinze anos.
− E o senhor espera viver tanto tempo assim? – ironizou o rapaz.
− Não, não creio que viva mais tanto tempo assim, pois já estou muito velho.
− Então, que vantagem você leva com isso, meu velho?
− Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas se todos pensassem como você...
Toda pessoa egoísta pensa como o jovem dessa história. Nada faz se não puder tirar algum proveito do menor empreendimento que seja. Tem que sair ganhando sempre em tudo o que faz! Nunca pensa em fazer alguma coisa pelo seu próximo, pela sua comunidade.
A ganância de querer tirar proveito de tudo para si faz, que pessoas assim, esqueçam que no mundo o homem é herdeiro do próprio homem.
O ser humano, embora tenha faculdades limitadas, pode ser um colaborador da criação divina, que se transforma e se realiza a todo o momento. Pois Deus dotou o Espírito de faculdades físicas, intelectuais e morais para intervir e acelerar o progresso da humanidade. Somos, pois, cocriadores do universo!
Somos capazes de intervir, no futuro, até mesmo para paralisar os efeitos dos flagelos que nos atingem – e que têm sua utilidade no quadro geral da Natureza.
Quanto mais saber o homem adquire mais civilizado se torna. E quanto mais civilizado, mais se organiza socialmente para prevenir ou até mesmo neutralizar as consequências das calamidades a que se sujeita a população do planeta.
É, assim, que o homem cocriador trabalha pelo saneamento básico, pela fertilização de terras improdutivas, pela preservação ambiental, pelo incentivo às pesquisas, pela prevenção de inundações, pela purificação da atmosfera...
Todo o mal a que estamos expostos é um estímulo para o progresso físico, intelectual e moral da humanidade. Daí – para nortear nossas vidas –, o dístico sagrado ser o “Amai-vos e instruí-vos”.
As sábias leis divinas estão gravadas no coração de cada indivíduo. Para despertá-las ele tem que trabalhar... E trabalhar muito para deixar o mundo melhor do que o encontrou; para proporcionar uma vida melhor às novas gerações. Ou, talvez, até para si mesmo, se reencarnar aqui na Terra.
Se pensássemos egoisticamente como o jovem da história da jabuticabeira, estaríamos pensando em apenas uma geração. O mundo, todavia, exige transformações, que somente com trabalho responsável se realizarão.
Sejamos, então, trabalhadores da vinha do Senhor, mesmo que DA ÚLTIMA HORA, como está na Parábola de Jesus. “Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. [Muitos serão os chamados, mas poucos os escolhidos.]” (Mateus 20,16).
 Por que Deus recompensa os trabalhadores da última hora? Porque estes são trabalhadores do Bem há muito tempo. Apenas lhes faltava o que fazer. Tinham a fé, mas ainda faltavam as obras.
O fato de um indivíduo estar desempregado, não lhe tira a condição de trabalhador, de pessoa qualificada. É um trabalhador. Apenas lhe falta o emprego!
Só não é trabalhador do Bem, quem, a todo o momento, e em todas as ocasiões se recusa a servir ao próximo; ou só pensa em descansar, ou só em praticar o mal para seu benefício, sem responsabilidade alguma com o futuro da sociedade.
Não são trabalhadores do Bem, todos [vós] que “por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mateus 23,28). Estes não receberão o salário do trabalho, mas o da preguiça ou da desonra, da infâmia. Além de uma dura sentença: “Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores” (Lucas 13,27).
Os fiéis trabalhadores do Bem, ao contrário, serão recompensados. Pois, segundo o Espírito da Verdade (E.S.E. Paris, 1862) “suas jornadas de trabalho serão pagas ao cêntuplo do que tenham esperado”.
Neste momento, então, em que o planeta já sente a aproximação da claridade de uma Nova Era, sejamos, pois, Fiéis Trabalhadores da Seara do Senhor, desinteressados e movidos apenas pela caridade!  

sábado, 8 de dezembro de 2018

CRIANDO RAÍZES


“Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais”.
(Frase de autor desconhecido)


Certo dia eu decidi dar-me por vencido. Renunciei ao meu trabalho, às minhas relações, à minha espiritualidade. Resolvi desistir até da minha vida. Dirigi-me ao bosque para ter uma última conversa com Deus.
− Oh Deus! Poderia me dar uma boa razão para eu não entregar os pontos?
Sua resposta me surpreendeu:
− Olha em redor. Estás vendo a Samambaia e o Bambu?
− Sim, estou vendo – respondi.
− Pois bem! Quando eu semeei as Samambaias e o Bambu, cuidei deles muito bem. Não lhes deixei faltar luz e água. A Samambaia cresceu rapidamente. Seu verde cobria o solo. Porém, da semente do Bambu nada saía. Apesar disso, eu não desisti do Bambu.
No segundo ano, a Samambaia cresceu ainda mais brilhante e viçosa. E, novamente, da semente do Bambu nada apareceu. Mas, eu não desisti do Bambu.
No terceiro ano, no quarto, a mesma coisa... Mas eu não desisti.
Mas..., no quinto ano, um pequeno broto saiu da terra. Aparentemente, em comparação com a Samambaia era muito pequeno, até insignificante.
Seis meses depois, o Bambu cresceu mais de 50 metros de altura. Ele ficara cinco anos afundando raízes. Aquelas raízes o tornaram forte e lhe deram o necessário para sobreviver. A nenhuma de minhas criaturas eu faria um desafio que elas não pudessem superar!... E, olhando bem no meu íntimo, disse:
− Sabe que durante todo esse tempo em que vem lutando, na verdade você estava CRIANDO RAÍZES? – Eu jamais desistiria do Bambu. Nunca desistiria de você. Não se compare com os outros. – O Bambu foi criado com uma finalidade diferente da Samambaia, mas ambos eram necessários para fazer do bosque um lugar bonito.
− Seu tempo vai chegar – continuou Deus me dizendo –, você crescerá muito!
− Quanto tempo eu tenho de crescer? Tão alto como o Bambu? – perguntei.
− TÃO ALTO QUANTO PUDER!
Essa é a história da SAMAMBAIA E O BAMBU. Ela mostra que Deus, sendo soberanamente justo e bom, jamais desistirá de qualquer um de seus filhos, tal como afirma Jesus em Lucas (15,4): “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?”.
“Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça” (Lucas 21,18).
Por isso, nunca se arrependa de um dia sequer de sua vida. Pois, se os bons dias lhe dão felicidade, os dias de sofrimento lhe dão experiências. A felicidade o mantém alegre, mas são os problemas que lhe fortalecem. As penas o mantém humano, mas são as quedas que lhe mantém humilde. O bom êxito o mantém brilhante. Mas, só Deus lhe mantém caminhando, caminhando...
Somos viajantes das estrelas. Espíritos respirando em diversas faixas evolutivas, embora ainda presos às condições materiais do planeta Terra.  
André Luiz, no livro “No Mundo Maior” afirma que: “Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio”.
Cada ser humano é um universo com todas as suas peculiaridades, que está sendo capacitado para uma missão especial da Criação para a harmonia da vida universal. A experiência é única!
Disse Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar” (João 14,2). Portanto, as possibilidades de servir a Deus se perdem ao infinito. São como estrelas no céu.
Disse Jesus, citando os Salmos 81,6: “Vós sois deuses?” (João 10,34).
Você está sendo preparado para isso! Como? Afundando suas raízes na Terra.
O que você quer muitas vezes não é o que lhe é necessário. Pois, Deus busca em você: aperfeiçoamento.  Para fazê-lo um colaborador, um cocriador ou um agente de um Mundo Maior, que Ele não cessa de criar.
Há uma frase atribuída a Coco Chanel que diz: “Para ser insubstituível, você precisa ser diferente”.
Graças a Deus somos diferentes!

sábado, 1 de dezembro de 2018

A PEDAGOGIA DE JESUS


“A vida é uma viagem onde Jesus é a estrada...” (Osvaldo A. da Silva)


Um marco relevante na Pedagogia de Jesus foi seu Método de Ensino popular, ímpar, como caminho para chegar a um fim determinado – a verdade.
Educador de toda a Humanidade, o Mestre se valia, então, da Parábola para o entendimento de suas ideias.
Parábola significa “colocar as coisas lado a lado”, com a finalidade de fazer uma comparação com a vida quotidiana. É uma alegoria! Uma realidade que evoca outra de ordem superior, que contêm verdades escondidas nos fatos presentes nessas histórias, indispensáveis de serem compreendidas.
Esse método de ensino comparativo, não deixa de ser também construtivista, pois considera que o aprendiz deve construir o seu conhecimento.
As parábolas são apenas um guia, que permitem ao ser humano, por meio da meditação, descobrir as respostas de cada ensinamento. Pela sua humildade, o Mestre não se coloca como o sabe-tudo. É o próprio aprendiz, interessado, que deve se ajudar no processo de construção do seu saber espiritual.
O fim último desse método é a aprendizagem do conhecimento moral, de dentro para fora, de maneira eficaz. Essa é a ideia do construtivismo! Até porque o Evangelho é de Deus e está na consciência de cada ser humano. Jesus é o grande mensageiro dessa notícia.
Quais as vantagens desse método?
É atraente, motivador, mais fácil de ser memorizado. Auxilia a mente a raciocinar para compreender as lições. O contato com essas mensagens, desperta a consciência do ser humano... E o saber espiritual dentro de si o transforma.
 São famosas, dentre outras, as Parábolas: do Semeador, do Joio, do Grão de Mostarda, da Ovelha Perdida, dos Trabalhadores da Vinha, da Figueira Estéril, das Bodas, dos Talentos, da Semente, do Filho Pródigo.
Estude-as. Você vai gostar! Vale a pena conhecê-las! Nelas você encontra tudo o que precisa para ser feliz.
Diante das dificuldades dos dias atuais, uma preciosa lição que poderia certamente fazer parte do ministério do Mestre dos mestres, seria:

A PARÁBOLA DO CAVALO

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda.
Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado. O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o Cavalo de lá.
O fazendeiro foi rapidamente até o local, avaliou a situação, certificando-se que o animal havia se machucado. Mas, pela dificuldade e alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate. Tomou, então, a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal jogando terra no poço até soterrá-lo ali mesmo. E assim foi feito.
Os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o Cavalo. Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao Cavalo ir subindo.
Logo os homens perceberam que o Cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que, finalmente conseguiu sair!

Moral da História

Se você estiver “lá embaixo”, sentindo-se pouco valorizado, quando certos de seu “desaparecimento”, os outros jogarem sobre você a “terra” da incompreensão, da falta de oportunidade e de apoio, lembre-se do Cavalo. Não aceite a “pá de terra” que jogam sobre você, sacuda-a e suba sobre ela. Quanto mais jogarem, mais você vai subindo...
Faça de seus problemas um degrau para subir e se elevar. Você pode sair dos buracos mais profundos se não se der por vencido. Use a “pá de terra” que lhe jogam para seguir adiante sempre!
Pense apenas no valor que você tem. Pois só fica no fundo do poço quem não dá valor a si mesmo. Para Deus não existe beco sem saída! Tenha fé. “Se meu pai e minha mãe me abandonarem, o Senhor me acolherá” (Salmos 26,10).
Você é obra de Deus! Não abaixe sua cabeça para os problemas do mundo.
 “Amai-vos e instruí-vos” – eis os mandamentos divinos que alimentarão sua mente e libertarão seu Espírito.