Aquecendo a Vida

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sábado, 10 de novembro de 2018

PRINCÍPIOS DA BENEVOLÊNCIA


“Quando somos bons para os outros, somos ainda melhores para nós” (Benjamim Franklin).


A Benevolência tem suas raízes nos bons sentimentos do coração. É, pois, uma disposição; uma tendência natural de todo ser humano para o Bem, que se manifesta nas qualidades de afeto; estima; respeito... Que revela bondade, altruísmo e empatia e boa vontade para com todos. Que é indulgente com as imperfeições alheias, perdoando as ofensas recebidas.
É o contrário da Maledicência, que aos outros deprecia e causa danos. Lembre-se que ao se omitir de fazer o Bem, você já está fazendo o Mal!
A Benevolência, no seu mais amplo sentido, está relacionada com a Caridade. Pois se manifesta pelo amor fraternal indulgente e pelos princípios de Beneficência e de Não-Maleficência.
Beneficência quer dizer fazer um benefício ou favorecer alguém. É um ato filantrópico, uma virtude de fazer o Bem. Um hábito de agir de acordo com os interesses e o bem-estar do próximo, sem lhe causar o menor dano.
A Beneficência é, portanto, uma disposição emotiva boa do caráter de alguém que quer fazer bem aos outros, que quer agir de forma correta.
Além de promover o Bem e prevenir a miséria, a Beneficência tem a obrigação de a) prevenir danos; b) retirar danos.
Não-Maleficência é o princípio da Benevolência que se caracteriza apenas pela obrigação de não causar danos.
Enquanto a Beneficência requer ação, a Não-Maleficência, na maior das vezes, envolve abstenção.
O princípio de Não-Maleficência é devido a todas as pessoas, enquanto o princípio da Beneficência é, na prática, menos abrangente.
Exemplificando: Você viajando vê um acidente na estrada. Como você é uma pessoa do Bem, imediatamente freia o carro e desce para prestar socorro. Pelo princípio da Beneficência, você age no sentido de fazer o Bem aos acidentados, sinaliza a pista para prevenir danos e pede socorro à Polícia Rodoviária.
Enquanto isso, pelo princípio da Não-Maleficência, você tem a obrigação de não causar danos às vítimas, aguardando que socorristas experientes tomem as devidas providências.
Esses dois princípios não têm caráter absoluto, pois nem sempre cada um deles terá prioridade em todas as situações ou dificuldades conflituosas. E também para não aniquilar a manifestação da vontade, dos desejos e sentimentos dos que estão sendo socorridos ou amparados.
De tudo isso, fica uma pergunta: um benefício se perde? Não! Todo benefício feito com amor, carinho, dedicação, jamais se perde. Porque o benefício é como uma semente que se joga na terra para germinar. Se a terra é boa germinará rapidamente. Se a terra é fraca demorará um pouco mais, mas germinará com o tempo e dará seus frutos.
Quando demora a semente do Bem para germinar, muitos reclamam de ingratidão. Só que o tempo de germinação não está restrito a uma única existência. O tempo de germinação de um benefício é eterno. E você pode colher o que plantou em outras vidas. É da Lei da Natureza dar o retorno a todas as causas da vida.
− Ah! Mas eu não vou beneficiar alguém que não é da minha Igreja, ou que não é do meu Partido?  Uma atitude assim é preconceituosa! Pois o espírito de seita ou de Partido é abolido quando vemos irmãos em todos os nossos semelhantes.
Para fazer o Bem não se deve saber a crença, a ideologia... Nunca se deve, pois, interpelar a consciência de ninguém. Se for um inimigo será um meio de reconciliação. Pois o benefício abranda os corações mais endurecidos.
Não importa se a pessoa ficou agradecida ou não, pois o benefício dará frutos e o benfeitor o receberá centuplicado, porque a Beneficência é inesgotável.
Será abençoado por Deus aquele que recebeu o reconhecimento imediato pelo Bem praticado. Mas, as bênçãos divinas serão ainda muito maiores para o benfeitor que recebeu a ingratidão como medida de compensação, porque este fez o Bem desinteressadamente, sem esperar qualquer reconhecimento. Fez com a direita sem que a esquerda soubesse. Fez o Bem apenas por amor e por ser cristão.
A ingratidão muitas vezes é necessária para provar a nossa perseverança em fazer o Bem.

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