Aquecendo a Vida

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sábado, 17 de novembro de 2018

A PEDRA DA FELICIDADE


“A verdadeira felicidade custa pouco; quando é cara não é de boa qualidade”.
(Chateaubriand)


Um moço achou uma pedra muito brilhante e levou-a para casa. Ele não sabia, mas era a Pedra da Felicidade. Ela possuía o poder de realizar desejos.
Uma Fada apareceu ao moço em sonho e disse-lhe que a Pedra tinha poderes para atender a três pedidos: um bem material; uma alegria e uma caridade. Bastava pensar no pedido e apertar a Pedra entre as mãos. Mas, que esses benefícios somente poderiam ser utilizados a favor de outras pessoas.
Ele acordou e tentou pedir alguma coisa só para si, apertando a Pedra entre as mãos. Mas, sem êxito algum, resolveu guardá-la, desinteressado em usá-la.
Anos depois, já bem velhinho, ele se lembrou do sonho e dos prováveis poderes da Pedra da Felicidade, guardada. E decidiu usá-la em proveito dos outros.
Primeiro, realizou o desejo de uma jovem, dando-lhe um bem material. Depois, proporcionou uma grande alegria a uma mãe, revelando o paradeiro da filha há anos desaparecida. E, por último, diante de um doente, condoeu-se de suas feridas, ofertando-lhe a cura.
Ao realizar o terceiro benefício, a Pedra transformou-se numa nuvem de fumaça e, no meio dessa nuvem apareceu a Fada do sonho, dizendo:
− Por que demorou tanto a usá-la? Antes, devia fazer o bem aos outros para merecer o atendimento do seu desejo! Mas, agora, que já cumpriu o nosso trato, o que pedir para você, eu farei.
O homem, que tivera desde a juventude, a oportunidade de construir uma vida plena de felicidade, ficou se lamentando pelo seu desamor. Jamais pensara que fazendo o bem aos outros colheria o bem para si mesmo. Triste e arrependido desse erro, ele pediu:
− Dá-me tão somente a felicidade de esquecer meu passado egoísta.
Esta história nos mostra que buscamos a Felicidade nos prazeres externos, nos bens materiais e, entretanto, só a encontraremos dentro de nós mesmos, nas ações do coração. Como nos ensinou Jesus: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo” (João 15,12).
O texto, de autor desconhecido, a seguir, ilustra bem essa assertiva:
Passamos a vida em busca da felicidade, procurando o tesouro escondido. Corremos de um lado para o outro esperando descobrir a chave da felicidade. Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva num passe de mágica. Achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos fôssemos felizes.
E, assim, uns fogem de casa para serem felizes e outros fogem para casa para serem felizes.
Uns se casam para serem felizes e outros se divorciam para serem felizes.
Uns fazem viagens caríssimas para serem felizes e outros trabalham além do normal para serem felizes.
Uma busca infinda.
Anos desperdiçados.
Nunca a lua está ao alcance da mão, nunca o fruto está maduro, nunca o vinho está no ponto. Sombras, lágrimas. Nunca estamos satisfeitos.
Mas, há uma forma melhor de viver!
A partir do momento em que decidimos ser feliz, nossa busca da felicidade chegou ao fim.
É que percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa que jamais está à venda. Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós para ter alegria, estamos fadados à decepção.
A felicidade não tem nada a ver com conseguir. Consiste em satisfazer-nos com o que temos e com o que não temos.
Poucas coisas são necessárias para fazer feliz o homem sábio, ao mesmo tempo em que nenhuma fortuna satisfaria a um inconformado.
As necessidades de cada um de nós são poucas.
Enquanto nós tivermos alguma coisa a fazer, alguém para amar ou alguma coisa a esperar, seremos felizes.
Saiba: A única fonte de felicidade está dentro de você, e deve ser repartida.
Repartir suas alegrias é como espalhar perfumes sobre os outros: sempre algumas gotas acabam caindo sobre você mesmo!

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