“A verdadeira felicidade custa pouco; quando é cara
não é de boa qualidade”.
(Chateaubriand)
Um moço achou uma pedra muito brilhante e levou-a
para casa. Ele não sabia, mas era a Pedra da Felicidade. Ela possuía o poder de
realizar desejos.
Uma Fada apareceu ao moço em sonho e disse-lhe que a
Pedra tinha poderes para atender a três pedidos: um bem material; uma alegria e uma caridade. Bastava pensar no
pedido e apertar a Pedra entre as mãos. Mas, que esses benefícios somente poderiam
ser utilizados a favor de outras pessoas.
Ele acordou e tentou pedir alguma coisa só para si,
apertando a Pedra entre as mãos. Mas, sem êxito algum, resolveu guardá-la, desinteressado
em usá-la.
Anos depois, já bem velhinho, ele se lembrou do sonho
e dos prováveis poderes da Pedra da Felicidade, guardada. E decidiu usá-la em
proveito dos outros.
Primeiro, realizou o desejo de uma jovem, dando-lhe
um bem material. Depois, proporcionou uma grande alegria a uma mãe, revelando o
paradeiro da filha há anos desaparecida. E, por último, diante de um doente,
condoeu-se de suas feridas, ofertando-lhe a cura.
Ao realizar o terceiro benefício, a Pedra transformou-se
numa nuvem de fumaça e, no meio dessa nuvem apareceu a Fada do sonho, dizendo:
− Por que demorou tanto a usá-la? Antes, devia fazer
o bem aos outros para merecer o atendimento do seu desejo! Mas, agora, que já
cumpriu o nosso trato, o que pedir para você, eu farei.
O homem, que tivera desde a juventude, a oportunidade
de construir uma vida plena de felicidade, ficou se lamentando pelo seu
desamor. Jamais pensara que fazendo o bem aos outros colheria o bem para si
mesmo. Triste e arrependido desse erro, ele pediu:
− Dá-me tão somente a
felicidade de esquecer meu passado egoísta.
Esta história nos mostra que buscamos a Felicidade nos
prazeres externos, nos bens materiais e, entretanto, só a encontraremos dentro
de nós mesmos, nas ações do coração. Como nos ensinou Jesus: “Este
é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo” (João
15,12).
O texto, de autor desconhecido, a seguir, ilustra bem
essa assertiva:
Passamos a vida em busca da felicidade,
procurando o tesouro escondido. Corremos de um lado para o outro esperando
descobrir a chave da felicidade. Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva
num passe de mágica. Achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos
fôssemos felizes.
E, assim, uns fogem de casa para serem
felizes e outros fogem para casa para serem felizes.
Uns se casam para serem felizes e outros se
divorciam para serem felizes.
Uns fazem viagens caríssimas para serem
felizes e outros trabalham além do normal para serem felizes.
Uma busca infinda.
Anos desperdiçados.
Nunca a lua está ao alcance da mão, nunca o
fruto está maduro, nunca o vinho está no ponto. Sombras, lágrimas. Nunca
estamos satisfeitos.
Mas, há uma forma melhor de viver!
A partir do momento em que decidimos ser
feliz, nossa busca da felicidade chegou ao fim.
É que percebemos que a felicidade não está
na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela
pessoa que jamais está à venda. Quando não conseguimos achar satisfação dentro
de nós para ter alegria, estamos fadados à decepção.
A felicidade não tem nada a ver com
conseguir. Consiste em satisfazer-nos com o que temos e com o que não temos.
Poucas coisas são necessárias para fazer
feliz o homem sábio, ao mesmo tempo em que nenhuma fortuna satisfaria a um
inconformado.
As necessidades de cada um de nós são
poucas.
Enquanto nós tivermos alguma coisa a fazer,
alguém para amar ou alguma coisa a esperar, seremos felizes.
Saiba: A única fonte de felicidade está
dentro de você, e deve ser repartida.
Repartir suas alegrias é
como espalhar perfumes sobre os outros: sempre algumas gotas acabam caindo
sobre você mesmo!
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