Vivemos um período de alto
descontrole emocional
Um idoso ao ser interrogado resumiu a sua existência em
três etapas:
− Aos 20 anos eu fazia a seguinte oração: “Meu
Deus, ajuda-me a mudar este mundo tão insustentável, tão impiedoso!”. E
durante os próximos 20 anos, eu lutei como uma fera para constatar que afinal
nada tinha mudado.
− Aos 40 anos, minha oração já era outra: “Meu
Deus, ajuda-me a mudar a minha mulher, os meus pais e os meus filhos!”.
E até chegar aos 60 anos, lutei como uma fera para isso. Mas, no final, pude constatar
que nada tinha mudado.
− Agora sou um homem velho e apenas tenho uma oração: “Meu
Deus, ajuda-me a mudar-me!”. – E não é que o mundo a minha volta
realmente mudou!!!
Para mudar o mundo, está comprovado que o que cada um
deve fazer é melhorar a sua perspectiva de vida. Deixar de ser pessimista e
encarar as coisas pelo seu lado positivo. Ou seja, depende só de uma mudança
interior.
A ciência demonstra que somos cocriadores da nossa
realidade. Pensou, criou! Se eu mudo o meu modo de pensar vou criar uma nova
realidade a minha volta. Pois os resultados indesejados, tanto de uma pessoa
quanto da coletividade só se alteram quando chegamos ao cerne da questão: quais
as crenças que criaram tudo isso?
Crenças são opiniões que você adota com fé e
convicção, mas que não se pode provar. Então, crença não é conhecimento e nem
filosofia; é só uma crença!
Crenças são, pois, aquelas que você fala todo dia! Que
você aprendeu em casa, na igreja ou na escola, que estão gravadas em você, no
seu subconsciente, mas que não combinam com a nossa realidade. “Culpar os outros pelo seu insucesso” é
uma delas. E há muitas outras, como: “Acreditar
que o trabalho é castigo” “Achar que
é preciso sofrer”; “Que a felicidade não é deste mundo”; “Que a riqueza é uma maldição”,
“Que nada dá certo para você”; etc.
Quando você encarece essas crenças negativas, nas suas
ações do cotidiano, você fica dependente delas... Torna-se um escravo de uma
maneira de ser e de agir inconveniente com a nossa realidade. Deixa de evoluir
para se transformar num verdadeiro mendigo
emocional.
Então, você precisa com urgência diagnosticá-las todas
e começar a romper com elas. Pois, alterando as crenças, acabam os problemas. A
máxima “Conhece-te a ti mesmo”, de um
sábio da antiguidade, revela a importância do autoconhecimento para a sua
superação.
Se essas crenças antigas têm sido o paradigma de sua
vida, você precisa superar tudo isso com novas informações. Você tem que adotar
um novo paradigma para limpar todo esse lixo emocional que até agora o impediu
de progredir, de ter sucesso e ser feliz. E isso não se faz com mudanças
externas. É preciso realmente uma mudança interior. Um ser novo que deve nascer
dentro de você!
Conta-se que numa praça pública, um Pastor falava a um
grande número de fiéis. E como às vezes acontece, um escarnecedor o interrompeu
lhe dizendo:
− Pastor, se Deus pode fazer tanta coisa como você
está dizendo, porque Ele não pode mudar a roupa desse mendigo que está ao seu
lado aqui na praça!...
Sem se perturbar, ele respondeu:
− Realmente. Nisso o senhor tem razão. Deus não vai
mudar a roupa desse mendigo ao meu lado, mas pode mudar o mendigo que está dentro dessa roupa!
Há mendigos esfarrapados como este, porém, atualmente,
o que mais se vê são os mendigos
emocionais, socialmente desajustados por falta de autoestima.
Disse Jesus: "Vinde a mim, vós todos que estais
aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei" (Mateus 11,28). Esta não
é uma frase de efeito... Pois a dor é um fardo! Pesa! E a ciência já comprova
que a dor física é consequência da dor moral, a qual tem raízes nos pensamentos
negativos. Estar com Jesus no coração é ser saudável emocionalmente. É amar e
perdoar, não julgar ninguém para não ser julgado, é ser indulgente e
caridoso... É se distanciar do comportamento negativo e passar a viver e agir
positivamente. Só assim, o seu fardo fica mais leve! E você deixa de ser um mendigo emocional.
Não se esqueça de que Jesus, após dizer que toda
autoridade lhe foi dada no Céu e na Terra, finalizou sua passagem aqui, afirmando:
“[...]
Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus
28,20).