“O mal não pode vencer o
mal. Só o bem pode fazê-lo” (Leon
Tolstói).
Conta uma história nativa americana – que circula pela
internet –, que um velho índio Cherokee recebeu em sua tenda seu neto mais
jovem.
Momentos antes, um dos amigos do jovem índio havia
cometido uma injustiça contra ele, que tomado pela raiva resolveu buscar os
sábios conselhos do ancião.
O velho índio olhou fundo nos olhos de seu neto e
disse:
− Eu também, meu neto, às vezes, sinto grande ódio
daqueles que cometeram injustiças sem sentir qualquer arrependimento pelo que
fizeram. Mas o ódio corrói quem o sente, e nunca fere o inimigo. É como tomar
veneno, desejando que o inimigo morra.
O jovem ficou olhando, surpreso... E o avô continuou:
− Várias vezes eu lutei contra esses sentimentos. É como
se existissem dois lobos lutando dentro
de mim. Um é o Lobo-Mau. Ele só
faz o mal. Ele é raiva, tristeza, arrependimento, ganância, arrogância,
ressentimento, inferioridade, culpa, mentiras, orgulho, superioridade e ego...
E escassez.
− Que lobo terrível! – disse o neto.
− É terrível mesmo! – continuou o avô. – Qualquer
coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de raiva.
Ele briga o tempo todo, com todos, sem nenhum motivo! Sua raiva e ódio são
muito grandes, e por isso ele não mede as consequências de seus atos. Mas, é
uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar nada!
− E o outro lobo? – perguntou o neto.
− O outro é o Lobo-Bom
e não faz mal – continuou o velho. – Ele
é alegria, paz, amor, fé, esperança, serenidade, humildade, benevolência, generosidade,
verdade, empatia, bondade, compaixão e abundância. Ele vive em harmonia com
todos ao seu redor e não se ofende. Ele só luta quando é preciso fazê-lo, e de
maneira reta.
− Como o senhor convive com eles?
− É muito difícil conviver com estes dois lobos lutando dentro de mim, pois
ambos tentam dominar meu Espírito. E essa mesma luta está acontecendo dentro de
você e também dentro de todas as outras pessoas.
O neto olhou intensamente nos olhos de seu avô, pensou
no conselho por um minuto e depois perguntou:
− Qual lobo vencerá?
O velho Cherokee simplesmente respondeu baixinho:
− O lobo que você alimenta.
Qual é a MORAL desta fábula?
A moral desta história é que só depende de cada um ser
bom ou mau, melhor ou pior, diante do Bem e do Mal, que habitam em cada pessoa.
Há uma dualidade no ser humano. Temos, então, que
escolher qual dos lados vamos deixar mais evidente.
Bem... Qual
lobo você vai alimentar no seu coração? Qual lobo vai receber a sua atenção?
Jesus sabe que esses lobos habitam o nosso coração,
quando avisa: “Porque onde está o teu
tesouro, lá também está teu coração” (Mateus 6,21).
“O homem bom
tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más
do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio” (Lucas 6,45).
E Jesus faz um alerta especial sobre a atuação do Lobo-Mau, ao afirmar:
“Porque é do
coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as
impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias” (Mateus 15,19).
Quando Jesus afirma que o homem tira coisas boas ou
más do seu coração, de certa forma, ele está dando uma aula de física quântica,
a física das possibilidades.
Pela ciência todas as possibilidades já estão criadas:
boas ou más. E colapsamos aquelas que observamos com mais consideração. Ou
seja, realizamos aquelas que alimentamos
com nossa atenção.
Se eu alimento o Lobo-Mau
em meu coração e lhe dou muita atenção,
eu recebo as energias malignas dessa fera e as realizo em mim.
Para que isso não aconteça, Jesus ensinou a lei do
perdão, e radicalizou:
“Eu, porém,
vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que
vos [maltratam e] perseguem" (Mateus
5,44).
No entanto, se eu alimento o Lobo-Bom em meu coração e lhe dou atenção, eu recebo as energias do Bem e as realizo em mim.
Então você pode mudar! Basta girar o foco de sua atenção para o lado das vibrações
positivas. Você tem o livre-arbítrio para decidir. “Vós sois deuses!”.
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