“Conhecereis a verdade e a
verdade vos livrará” (João 8,32).
A Verdade visitava os homens sem roupa e sem adornos,
tão nua quanto o seu nome. Por isso, todos os que a viam viravam-lhe as costas,
de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.
Assim a Verdade percorria os confins da Terra,
rejeitada e desprezada. Numa tarde, encontrou a Parábola, que passeava
alegremente, num traje belo e colorido.
− Verdade, por que estás tão abatida?
− Porque devo ser muito feia, já que as pessoas me
evitam tanto!
− Que disparate! – riu a Parábola. – Não é por isso
que elas te evitam. Vista as minhas roupas e veja o que acontece.
A Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e,
de repente, por toda a parte onde passava era bem-vinda.
A Parábola, então exclamou:
− Eh! Ninguém gosta de encarar a Verdade Nua! Preferem vê-la disfarçada!
Ao ser interrogado por Pilatos, se era rei, “Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para
dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade
ouve a minha voz” (João 18,37).
Qual é, pois, a Verdade testemunhada pelo maior Mestre
da humanidade?
É o conhecimento da Vida Futura, quando respondeu a Pilatos: O MEU REINO NÃO É DESTE
MUNDO.
Jesus se referia a Vida Futura, no plano espiritual. Mas, diante das ideias imprecisas
daquela época evitou dar um esclarecimento mais completo.
Utilizou-se de parábolas, alegorias, metáforas...,
camuflando a Verdade para não causar deslumbramento em vez de iluminação. Pois,
a Verdade Nua não seria compreendida
naquela época.
Aqueles que se tornavam cristãos acreditavam na Vida Futura, mas tinham uma ideia muito
vaga dela. Como não sabiam com precisão o que acontece depois da morte, era
comum alguém dizer que “ninguém voltou
para contar!”. O que já não se ouve mais atualmente, diante de uma torrente
de comunicações espirituais: cartas, livros e mensagens psicografadas; filmes;
depoimentos, etc.
“É o Espírito da Verdade, que o mundo não
pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque
permanecerá convosco e estará em vós”
(João 14,17).
“Quando vier
o Paráclito, o Espírito da
Verdade ensinar-vos-á toda a verdade...” (João 16,13).
O Paráclito
aí grifado significa “aquele que consola
ou conforta”. Então é o Advento do Espírito
da Verdade; o CONSOLADOR prometido:
“Se me amais,
guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Paráclito [Consolador], para que fique eternamente convosco, É o Espírito de Verdade, que o mundo não
pode receber, porque não o vê, nem o conhece: mas vós o conhecereis, porque
permanecerá convosco e estará em vós. Mas o Paráclito [Consolador], o Espírito
Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos
recordará tudo o que vos tenho dito” (João
14, 15 a 17 e 26).
Agora, no terceiro milênio, todavia, já é possível
lembrar o que Jesus ensinou e que foi mal compreendido!
As comunicações espirituais e as descobertas
ufológicas, da parapsicologia, assim como a revolução científica dos últimos
tempos, principalmente no campo da Física Quântica, vêm abrir os olhos e os
ouvidos para conhecimentos que não precisam mais de alegorias ou parábolas.
Com o progresso da ciência, a tecnologia avança e as transformações
disparam... O que era útil ontem, hoje já é descartado... Parece até que o
tempo está mais rápido, que nem vemos passar as horas!... Isso afeta a nossas
convicções.
Se exteriormente o mundo se transforma celeremente, o
ser humano interiormente também se transforma na mesma proporção. Tudo se
transforma... Até as religiões! O pensamento muda e a Verdade chega limpa,
pura, e pode ser encarada na sua nudez. A Vida
Futura deixou de ser uma dúvida e passou a ser agora uma certeza
matemática.
É o Espírito da
Verdade que já está presente em nosso meio, fazendo ver as coisas do mais
alto, sem dar importância às vicissitudes da vida, mais resignado, paciente e
com coragem para aguardar uma Nova Era, um novo ciclo planetário, onde o
perfume do amor ressoará embelezando toda a Terra. É o Cristo voltando a dizer:
“Vinde
a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei”
(Mateus 11, 28).
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