Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 25 de agosto de 2018

AMAR SEM MEDIDA...


Felicidade é a alegria incontida do amor incomensurável!


O filho faz uma ligação telefônica:
- Sabe, Pai, eu e minha noiva resolvemos que vamos morar juntos. Já aluguei um pequeno apartamento...
“Morar juntos”, “ficar juntos”, parece ser a forma encontrada pela juventude para resolver seus problemas. Nada de igreja ou cartório. Se não der certo, se separam sem problema algum! “Valeu a experiência”, é o que dizem!
Será que existe amor num casamento assim? Ou é só paixão? Há uma diferença entre amor e paixão! A paixão busca apenas o prazer, o amor busca a pessoa.
Quem ama verdadeiramente é capaz de gestos de nobreza em favor do seu amor. Gestos anônimos de tolerância, renúncia e abnegação para fazer a felicidade da pessoa amada. Amor sem renúncia não é amor, mas egoísmo.
Os jovens de hoje deveriam pensar nisso ao optarem por uma experiência a dois e abrir mão de seus caprichos em favor da harmonia do casal.
Pensava eu na aprendizagem, pelos jovens, da arte da boa convivência, quando vi numa loja uma linda caneca com uma frase em letras garrafais:
 A MEDIDA DO AMOR É AMAR SEM MEDIDA...
Comprei a caneca para presentear minha esposa. Mas, fiquei pensando: Será que sabemos amar sem medida?
Quando comparamos o verbo Amar com o sentimento de AMOR sempre nos vem à mente alguns questionamentos.
 Vivemos para aprender a Amar. E aprendemos Amar para realizar sonhos, para nos transformar e evoluir. Amar é, assim, ponto de partida e de chegada. E quando atingimos a meta na chegada Amar se confunde com o AMOR.
A medida do AMOR depende da evolução da pessoa. Para uns Amar está numa vibração de grande intensidade, para outros, Amar tem intensidade mediana ou de baixa frequência.
O saber Amar sem medida supera a alucinação e alcança iluminação. E neste estágio então se equivale ao verdadeiro AMOR e se confunde com a Caridade.
Pois, segundo Paulo (I Coríntios, 13 4-7): A Caridade é paciente; é bondosa; não tem inveja; não é orgulhosa; não é arrogante; nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses; não se irrita; não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa; tudo crê; tudo espera; tudo suporta.
DEUS É AMOR! É a energia criadora e mantenedora do universo.
O AMOR é, pois, um tesouro que quanto mais se divide mais se multiplica; quanto mais se reparte mais aumenta. É fonte de vida. Pois, AMOR é Amar sem medida... Fazendo Caridade!  E a Caridade é o oxigênio da alma.
Amar sem medida evita separações que ocorrem por motivos fúteis. Cabe aqui, então, uma reflexão sobre a seguinte história do livro “Repositório de Sabedoria” de Divaldo Franco.
A conversa informal, durante o café da manhã, foi mais uma oportunidade de aprendizado para os que ouviam aquela senhora de semblante calmo e cabelos embranquecidos pelas muitas primaveras já vividas.
Ela pôs o café e o leite na xícara e alguém lhe ofereceu açúcar. Mas a senhora agradeceu dizendo que não fazia uso de açúcar. Alguém lhe alcançou rapidamente o adoçante, por pensar que deveria estar cumprindo alguma dieta. Mas ela agradeceu novamente dizendo que tomava apenas café com leite, sem açúcar nem adoçante dietético.
Sua atitude causou admiração, pois raras pessoas dispensam o açúcar. Mas ela contou a sua história.
Disse que, logo depois que se casara, havia deixado de usar açúcar.
 Imediatamente, imaginamos que deveria ser para acompanhar o marido que, por certo, não gostava de doce.
Mas aquela senhora, que agora lembrava com carinho do marido já falecido há alguns anos, esclareceu que o motivo era outro.
Falou de como o seu jovem esposo gostava de açúcar, e falou também da escassez do produto durante a segunda guerra mundial. Disse que, por causa do racionamento, conseguiam apenas alguns quilos por mês e que mal davam para seu companheiro. Ela, que o amava muito, renunciou ao açúcar para que seu bem-amado não ficasse sem.
Declarou que depois que a guerra acabou e a situação se normalizou, já não fazia mais questão de adoçar seu café e que havia perdido completamente o hábito do doce.
ONDE SE VIVE O AMOR, A VIDA SE FAZ CANÇÃO”.
(A. Hartmann)

sábado, 18 de agosto de 2018

“DOLCE FAR NIENTE”


“Plantando dá; não plantando, dão; então, não planto não” (ditado popular).


A vida do Zé Moleza era na rede. Nem pra comer ele se levantava.
Sua mãe, antes de morrer, pediu aos filhos pra tomarem conta dele. E, em obediência a ela, os irmãos davam até comida na boca do coitado. E, se não dessem, ele não comia!...
Ora, um dia, o preguiçoso amanheceu quase morto de tanta fraqueza e pediu pra ser enterrado vivo. Sua família que já não suportava mais aquela difícil situação não pensou duas vezes e imediatamente providenciou o funeral.
E, em procissão, naquela mesma rede, o “defunto” foi levado ao cemitério. No caminho, o cortejo fúnebre cruzou com um velhinho numa carroça carregada de arroz, que quis saber quem é que tinha falecido. O irmão mais velho contou, então, que era o Zé Moleza, mas explicou que de tanta preguiça ele preferiu ser enterrado vivo.
Com pena daquela situação, o velhinho, falando alto, ofereceu ao preguiçoso um saco de arroz pra ele voltar pra casa. A rede então estremeceu toda e lá do fundo uma voz perguntou:
− Arroz com casca ou sem casca?
− Com casca!... – gritou o velhinho.
− Então prossegue o enterro...
E, esticando-se na rede, Zé morreu mesmo, de pura preguiça.
“Dolce far niente” é uma expressão italiana que significa “a doçura de não fazer nada” ou “agradável ociosidade”.
Não fazer nada pode ser: por despreocupação ou por desocupação.
Por despreocupação é um merecido descanso após uma jornada de trabalho.  
O repouso após o trabalho constitui uma lei da natureza. Serve para renovar as forças do corpo e dá mais liberdade à inteligência para meditar sobre a vida. É um direito do trabalhador, abençoado por Deus! São férias, licença-prêmio e aposentadoria merecidas. E, se utilizadas para turismo, viram até arte!
Mas nada fazer, por desocupação, tem um sentido de apatia, de quem nunca trabalha e que não acha o que fazer. Não passa de ociosidade, de verdadeira preguiça – uma fraqueza da alma.
O personagem, supracitado, adepto da filosofia do “dolce far niente” é indolente mesmo!  É aquele que se desanima por qualquer contrariedade... Por menor que seja! Não é capaz de um esforço a mais, ou mesmo de um pequeno sacrifício. Não é persistente, pois tem um grave defeito: a falta de vontade.
O vadio esquece que o trabalho é determinação de Deus para gerar progresso, avanço, melhoria, evolução e desenvolvimento capazes de transformar a vida do mundo em que habita, e de lhe conferir maior significação e alcance no contexto da experiência humana.
Deus condena a pessoa que é voluntariamente inútil e que vive à custa do trabalho alheio. Deus é justo. Ele quer que cada pessoa se torne útil na vida, para desenvolver suas capacidades. E, na medida do possível, para auxiliar o próximo, quando for necessário.
Pelo testemunho de sua própria vida, Jesus foi um magnífico exemplo de trabalho, quer como carpinteiro, quer como médico dos enfermos. Ou como incansável mensageiro da Boa Nova!
E, pelas suas parábolas (dos trabalhadores e das diversas horas do trabalho; dos dois filhos; das dez virgens; do talento; do servo vigilante) condenou, veementemente, o espírito de preguiça.
Dizia ele: “Meu pai até agora não cessa de trabalhar e eu obro também incessantemente” (João, 5, 17).  E Tiago nos alertou: “A fé, se não tiver obras, é morta em si mesma” (Tiago, 2, 17).
Conclui-se, diante disso, que o preguiçoso terá que prestar contas um dia da sua inutilidade voluntária. Porque, para agradar a Deus, não basta ao ser humano somente não praticar o mal. Cumpre-lhe trabalhar, assegurar uma boa posição futura... E, segundo o Livro dos Espíritos (642), “cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo o mal que haja resultado de não haver praticado o bem”.
Pense nisso! Pois você poderá ser vítima da sua própria omissão.
Por isso, vamos aproveitar bem o nosso tempo fazendo sempre algo de útil para a humanidade. Assim, quando encerrarmos nossa jornada na Terra, possamos ser incluídos entre aqueles considerados bem-aventurados, “porque as suas obras os seguem” (Apoc., 14:13).

sábado, 11 de agosto de 2018

DANDO BOM EXEMPLO


“Imitai aquele que vos foi dado para exemplo” (Santo Agostinho)


Certo velho trabalhou a vida inteira. Ao se aposentar, comprou uma fazenda, para que o filho a administrasse, e resolveu passar o resto de seus dias na varanda da casa principal.
O filho trabalhou durante três anos. Então começou a ficar com raiva.
− Meu pai não faz nada! – comentava com os amigos. – Passa a vida olhando o jardim e me deixando trabalhar como escravo, para que eu possa alimentá-lo...
Um dia, resolveu acabar com aquela situação que ele considerava injusta. Construiu uma grande caixa de madeira, foi até a varanda e pediu ao pai:
− Papai, por favor, entre aí.
O pai, sem saber o porquê, mas confiando em seu filho, obedeceu. O filho rapidamente fechou a caixa e colocou-a em seu caminhão e foi até a beira de um precipício. Quando se preparava para jogá-la lá embaixo, escutou a voz do pai:
− Meu filho, lembre-se de guardar a caixa... Você está dando o exemplo, e seus filhos, na certa, também vão precisar usá-la com você.
Educar pelo exemplo tem muito sentido na vida. É bom e vale a pena. Começa com pequenas atitudes que ocorrem no dia-a-dia e que viram moda... E essa moda pega! E quando pega, mudam as pessoas. E no decorrer de anos, melhorando a cada dia, transforma uma sociedade inteira. O bom exemplo pode mudar uma nação inteira!
O bom exemplo custa pouco e fala mais forte do que muitas advertências, do que muitas repreensões, e até mais alto do que alguns conselhos. Mas, infelizmente, hoje em dia muitos bons exemplos já foram deixados de lado!
Dando bom exemplo, os pais podem ensinar aos filhos coisas que parecem pequenas, mas que serão relevantes na formação deles, tais como: um bom-dia, obrigado, por favor, não há de que, que Deus lhe abençoe, que Deus lhe proteja!
Um bom exemplo é ter bom humor, mais carinho, dar um abraço, fazer um elogio, sorrir para seu vizinho, cantar, ser cortês, fazer amizades, tratar bem todo mundo... Ou seja: é ser Pessoa do Bem!
Dar um bom exemplo é ter cuidado com as palavras. Pois as palavras têm vida. As palavras são mantras que têm um poder de encantamento e materialização. As boas palavras são importantíssimas no processo educacional... Podem criar uma inclinação, uma atitude ou um despertar... São, pois, transformadoras!  
O bom exemplo dos pais é imprescindível na educação dos filhos! Mas isso não significa que os pais não possam repreender os filhos. Reprimir o mal é um dever dos pais, mas sem prejudicar a pessoa do filho cujo ato criticou. Por isso, antes de reprovar uma falta do filho, considere se a mesma reprovação não lhe pode ser aplicada. Lembre-se: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. (João 8,7).
A autoridade da repreensão deve estar na razão da autoridade moral daquele que repreende. Partindo desse pressuposto, de acordo com o Evangelho Segundo o Espiritismo: “A única autoridade legítima, aos olhos de Deus, é a que se apoia no bom exemplo”.
Pois, “As pessoas se esquecerão do que você disse... Esquecerão o que você fez... Mas nunca esquecerão como você as tratou” (Carl W. Buehner).
A autoridade moral dos pais de família deve se alicerçar na fé da vida futura, ensinada por Jesus. Dessa forma, não lastimarão os grandes sacrifícios que fizeram na instrução dos filhos, por eventuais acidentes de percurso. Sabem que se estes não aproveitam essa educação no presente, ela servirá de princípio ao seu progresso como Espíritos eternos. Seu desenvolvimento intelectual e moral os tornarão mais aptos à aquisição de novos conhecimentos. E os pais terão satisfação de um dia ver os filhos tirarem proveito dessa educação, seja como homens ou como Espíritos.
Segundo Divaldo Pereira Franco: “Nosso filho é vida da nossa vida que vai viver na vida da humanidade inteira”. Se os filhos se desenvolverem mal como resultado da negligência dos pais, podem fazer os pais sofrerem mais tarde pelos aborrecimentos e tristezas que suscitarem.
Filho! Use esta data para homenagear aquele que esteve ao seu lado desde o seu primeiro dia de vida. Declare seu amor por ele. E tenha um...
FELIZ DIA DOS PAIS!

sábado, 4 de agosto de 2018

A VERDADE NUA


“Conhecereis a verdade e a verdade vos livrará” (João 8,32).


A Verdade visitava os homens sem roupa e sem adornos, tão nua quanto o seu nome. Por isso, todos os que a viam viravam-lhe as costas, de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.
Assim a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada. Numa tarde, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e colorido.
− Verdade, por que estás tão abatida?
− Porque devo ser muito feia, já que as pessoas me evitam tanto!
− Que disparate! – riu a Parábola. – Não é por isso que elas te evitam. Vista as minhas roupas e veja o que acontece.
A Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda a parte onde passava era bem-vinda.
A Parábola, então exclamou:
− Eh! Ninguém gosta de encarar a Verdade Nua! Preferem vê-la disfarçada!
Ao ser interrogado por Pilatos, se era rei, “Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz” (João 18,37).
Qual é, pois, a Verdade testemunhada pelo maior Mestre da humanidade?
É o conhecimento da Vida Futura, quando respondeu a Pilatos: O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO.
Jesus se referia a Vida Futura, no plano espiritual. Mas, diante das ideias imprecisas daquela época evitou dar um esclarecimento mais completo.
Utilizou-se de parábolas, alegorias, metáforas..., camuflando a Verdade para não causar deslumbramento em vez de iluminação. Pois, a Verdade Nua não seria compreendida naquela época.
Aqueles que se tornavam cristãos acreditavam na Vida Futura, mas tinham uma ideia muito vaga dela. Como não sabiam com precisão o que acontece depois da morte, era comum alguém dizer que “ninguém voltou para contar!”. O que já não se ouve mais atualmente, diante de uma torrente de comunicações espirituais: cartas, livros e mensagens psicografadas; filmes; depoimentos, etc.
“É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós” (João 14,17).
“Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade ensinar-vos-á toda a verdade...” (João 16,13).
O Paráclito aí grifado significa “aquele que consola ou conforta”. Então é o Advento do Espírito da Verdade; o CONSOLADOR prometido:
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito [Consolador], para que fique eternamente convosco, É o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece: mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Mas o Paráclito [Consolador], o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (João 14, 15 a 17 e 26).
Agora, no terceiro milênio, todavia, já é possível lembrar o que Jesus ensinou e que foi mal compreendido!
As comunicações espirituais e as descobertas ufológicas, da parapsicologia, assim como a revolução científica dos últimos tempos, principalmente no campo da Física Quântica, vêm abrir os olhos e os ouvidos para conhecimentos que não precisam mais de alegorias ou parábolas.
Com o progresso da ciência, a tecnologia avança e as transformações disparam... O que era útil ontem, hoje já é descartado... Parece até que o tempo está mais rápido, que nem vemos passar as horas!... Isso afeta a nossas convicções.
Se exteriormente o mundo se transforma celeremente, o ser humano interiormente também se transforma na mesma proporção. Tudo se transforma... Até as religiões! O pensamento muda e a Verdade chega limpa, pura, e pode ser encarada na sua nudez. A Vida Futura deixou de ser uma dúvida e passou a ser agora uma certeza matemática.
É o Espírito da Verdade que já está presente em nosso meio, fazendo ver as coisas do mais alto, sem dar importância às vicissitudes da vida, mais resignado, paciente e com coragem para aguardar uma Nova Era, um novo ciclo planetário, onde o perfume do amor ressoará embelezando toda a Terra. É o Cristo voltando a dizer: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei” (Mateus 11, 28).