Felicidade é a alegria incontida do
amor incomensurável!
O filho faz uma ligação telefônica:
- Sabe, Pai, eu e minha noiva resolvemos que vamos
morar juntos. Já aluguei um pequeno apartamento...
“Morar
juntos”, “ficar juntos”, parece ser a
forma encontrada pela juventude para resolver seus problemas. Nada de igreja ou
cartório. Se não der certo, se separam sem problema algum! “Valeu a experiência”, é o que dizem!
Será que existe amor num casamento assim? Ou é só
paixão? Há uma diferença entre amor e paixão! A paixão busca apenas o prazer, o
amor busca a pessoa.
Quem ama verdadeiramente é capaz de gestos de nobreza
em favor do seu amor. Gestos anônimos de tolerância, renúncia e abnegação para
fazer a felicidade da pessoa amada. Amor sem renúncia não é amor, mas egoísmo.
Os jovens de hoje deveriam pensar nisso ao optarem por
uma experiência a dois e abrir mão de seus caprichos em favor da harmonia do
casal.
Pensava eu na aprendizagem, pelos jovens, da arte da
boa convivência, quando vi numa loja
uma linda caneca com uma frase em letras garrafais:
A MEDIDA DO AMOR É AMAR SEM MEDIDA...
Comprei a caneca para
presentear minha esposa. Mas, fiquei pensando: Será que sabemos amar sem medida?
Quando comparamos o verbo Amar com o sentimento de AMOR sempre nos vem à mente alguns
questionamentos.
Vivemos para aprender a Amar. E aprendemos Amar
para realizar sonhos, para nos transformar e evoluir. Amar é, assim, ponto de partida e de chegada. E
quando atingimos a meta na chegada Amar
se confunde com o AMOR.
A medida do AMOR depende da evolução da pessoa. Para uns Amar está numa vibração de grande intensidade, para outros, Amar tem intensidade mediana ou de
baixa frequência.
O saber Amar sem medida supera a alucinação e
alcança iluminação. E neste estágio então se equivale ao verdadeiro AMOR e se confunde com a Caridade.
Pois, segundo Paulo (I
Coríntios, 13 4-7): A Caridade é paciente; é bondosa; não tem inveja;
não é orgulhosa; não é arrogante; nem escandalosa. Não busca os seus próprios
interesses; não se irrita; não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça,
mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa; tudo crê; tudo espera; tudo
suporta.
DEUS É AMOR! É a energia criadora e mantenedora do universo.
O AMOR é, pois, um tesouro que quanto mais se divide mais se
multiplica; quanto mais se reparte mais aumenta. É fonte de vida. Pois, AMOR é Amar sem medida... Fazendo Caridade! E a Caridade
é o oxigênio da alma.
Amar sem
medida evita separações que ocorrem
por motivos fúteis. Cabe aqui, então, uma reflexão sobre a seguinte história do
livro “Repositório de Sabedoria” de Divaldo Franco.
A conversa informal, durante o café da manhã, foi mais
uma oportunidade de aprendizado para os que ouviam aquela senhora de semblante
calmo e cabelos embranquecidos pelas muitas primaveras já vividas.
Ela pôs o café e o leite na xícara e alguém lhe
ofereceu açúcar. Mas a senhora agradeceu dizendo que não fazia uso de açúcar.
Alguém lhe alcançou rapidamente o adoçante, por pensar que deveria estar
cumprindo alguma dieta. Mas ela agradeceu novamente dizendo que tomava apenas
café com leite, sem açúcar nem adoçante dietético.
Sua atitude causou admiração, pois raras pessoas
dispensam o açúcar. Mas ela contou a sua história.
Disse que, logo depois que se casara, havia deixado de
usar açúcar.
Imediatamente,
imaginamos que deveria ser para acompanhar o marido que, por certo, não gostava
de doce.
Mas aquela senhora, que agora lembrava com carinho do
marido já falecido há alguns anos, esclareceu que o motivo era outro.
Falou de como o seu jovem esposo gostava de açúcar, e
falou também da escassez do produto durante a segunda guerra mundial. Disse
que, por causa do racionamento, conseguiam apenas alguns quilos por mês e que
mal davam para seu companheiro. Ela, que o amava muito, renunciou ao açúcar
para que seu bem-amado não ficasse sem.
Declarou que depois que a guerra acabou e a situação
se normalizou, já não fazia mais questão de adoçar seu café e que havia perdido
completamente o hábito do doce.
“ONDE SE VIVE O AMOR,
A VIDA SE FAZ CANÇÃO”.
(A. Hartmann)