“Quem
enxuga lágrimas alheias não tem tempo de chorar” (Fernando Magalhães).
Em um místico recanto do Distrito de Guaragi,
município de Ponta Grossa/PR, a palestrante, falando sobre a caridade, contou-nos
uma interessante história.
Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta
em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe restava uma moeda de dez
centavos e tinha fome.
Decidiu que pediria comida na próxima casa. Porém seus
nervos o traíram quando uma encantadora mulher jovem lhe abriu a porta. Em vez
de comida pediu um copo d’água. Ela percebeu que o jovem estava faminto e assim
lhe deu um grande copo de leite.
Ele bebeu e depois lhe perguntou:
− Quanto lhe devo?
− Não me deves nada! Minha mãe sempre nos ensinou a nunca
aceitar pagamento por uma oferta caridosa.
− Pois te agradeço de todo coração!
Quando o rapaz saiu daquela casa não só se sentiu mais
forte fisicamente, mas também sua fé em Deus e nos homens ficou mais forte. Pois
já estava resignado a se render e deixar tudo.
Muitos anos depois essa jovem mulher ficou gravemente
doente. Os médicos locais estavam confusos. Finalmente a enviaram à cidade
grande, onde chamaram um especialista para estudar sua rara enfermidade.
Chamaram ao Dr. Howard Kelly para examiná-la. Quando
escutou o nome do povoado donde ela viera, uma estranha luz encheu seus
olhos. E logo subiu do vestíbulo do
hospital ao seu quarto.
Vestido com sua bata foi ver a paciente. Reconheceu-a
imediatamente. E retornou ao quarto de observação determinado a fazer o melhor
para salvá-la. A partir daquele dia dedicou atenção especial àquela paciente.
Depois de uma demorada luta pela vida, Dr. Kelly
ganhou a batalha. E pediu à administração do hospital que lhe enviasse a fatura
total dos gastos para aprová-la. Conferiu-a e depois mandou entregá-la no
quarto da paciente.
Ela tinha medo de abri-la, pois sabia que levaria o
resto da sua vida para pagar os gastos. Mas finalmente abriu a fatura e algo
lhe chamou a atenção. Lá estava escrito o seguinte: pago totalmente faz muitos anos com um copo de leite (assinado) Dr. Howard Kelly.
Com lágrimas de alegria nos olhos e o coração feliz
rezou assim: “Graças meu Deus porque teu
amor se manifestou nas mãos e nos corações humanos”.
Se Deus nos deu
a necessidade de viver e o livre-arbítrio é para que cada um, de acordo com as
faculdades que possui, seja útil ao seu próximo; porque todos nós temos que
concorrer para o cumprimento dos desígnios divinos.
A Lei de Deus está gravada na nossa consciência. Agindo
de acordo com ela, possuímos, pelo pensamento e pela vontade, um poder de ação
que vai muito além da esfera corporal.
No Evangelho Gnóstico de Tomé – descoberto numa urna
de barro, perto da cidade de Nag Hammadi, no Alto Egito, em 1945 –, disse
Jesus:
− “Ama a teu
irmão como a tua própria alma e cuida dele como da pupila dos teus olhos”
(25);
− “Aquele que
tem algo na mão, esse receberá; e aquele que não tem, esse até perderá o pouco que
tem” (41).
No Evangelho Canônico de Mateus, 23, 11, disse Jesus: "O maior dentre vós será vosso
servo". Que de outra forma significa dizer: “Quem quiser ser o maior, há de se fazer o servo do irmão”.
E disse também:
“A
cada um, segundo suas obras” (Mateus 16,27).
"De que
aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta
fé poderá salvá-lo?", pergunta
Paulo na sua Epístola a Tiago (2,14). O que significa que não basta ter fé. E
depois comenta ainda: "Assim também
a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma" (Tiago 2,17).
Nós somos como árvores destinadas a dar frutos. "E toda árvore que não der fruto bom
será cortada e lançada ao fogo" (Lucas 3,9). As obras de Caridade são
os frutos bons que beneficiam nossos irmãos e nos alimenta espiritualmente.
Pois, a Caridade é via de mão dupla: beneficia o servidor
e quem é servido!
“Tudo o que você dá para o mundo, o mundo te devolve”. Isso é verdade! E às vezes lhe devolve centuplicado!
“O mundo é como um espelho, pois se sorrires para ele,
ele sorrirá para ti”.
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