Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 25 de fevereiro de 2017

A PAZ

"E o Deus da paz esteja com todos vós. Amém". (Romanos 15,33)



Encontrei um velho amigo e conversamos demoradamente sobre os acontecimentos atuais no mundo em que vivemos. Falamos sobre o aumento da violência e de usuários de drogas, do apelo ao sexo nas telinhas da tevê, sobre a corrupção na política e no futebol, sobre os atentados terroristas, a emigração clandestina, etc. E foi no embalo dessa conversa que lhe perguntei:
− Meu amigo, por que será que está acontecendo tudo isso no mundo atual? Será falta de vergonha?... Ou será falta de amor? O que será que está faltando?
− PAZ – ele me respondeu sem pestanejar.
− PAZ?
− Sim, está faltando Paz no Mundo. Vivemos um momento de transição. Mas, mesmo sabendo que é uma transição para um mundo melhor, isso provoca transtornos, confusão, pois é um velho mundo de costumes, de tradições, de regras, normas e de ideologias superadas, que está desaparecendo para dar lugar a uma nova era de regeneração.
− É a Era de Aquário que se aproxima? Da Nova Jerusalém prometida no texto sagrado?
− Isso mesmo! E isso mexe com a estrutura física e psicológica das pessoas. Então ficam irritadas, com medo, sem perspectivas de uma vida melhor...
− E como mudar essa situação?
Diante desta minha pergunta, ele me passou um texto interessante para este momento que vivemos. O texto é de um comercial criado por Washington Olivetto e que foi veiculado nos cinemas.
No filme, a tela fica toda branca enquanto a narração diz o seguinte:
Este comercial não tem mulher de biquíni, não tem cachorro, não tem criança, não tem bebezinho.
Este comercial não tem casal, não tem beijo, não tem família tomando café da manha.
Este comercial não tem música de sucesso, não tem efeito especial, não tem tartaruga jogando bola.
Este comercial não tem gente famosa, nem garoto propaganda. Porque este comercial é para vender um produto que ninguém precisa ser convencido a comprar... Que você adora consumir e que, por sinal, você até já comprou só que não estão entregando.  É um produto que não tem marca, não tem slogan, não tem embalagem, nem faz promoção tipo “leve 3, pague 2”.
Este comercial é todo branco e desse jeito ele pode ser entendido aqui e no mundo inteiro.
Aliás, seria muito bom se este comercial pudesse passar no mundo inteiro. Porque o produto que este comercial quer vender é a PAZ.
E enquanto o pessoal que precisa comprar a PAZ não compra, faça assim: Pegue o estoque de PAZ que você ainda tem em casa e use no trânsito, use na fila do banco, use no elevador, use no futebol.
PAZ é um produto interessante! Porque quanto mais você usa mais você tem. E se todo mundo usar, quem sabe chegue o dia em que ninguém mais precise fazer um comercial para vender a PAZ.
Reli o texto e fui pra casa meditando sobre o tema. E recordei o Mestre que: "Veio para anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz também àqueles que estavam perto" (Efésios 2,17).
"Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!" (João 14,27).
"Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo" (João 16,33).
"Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz" (Romanos 8,6).
 "Por fim, irmãos, vivei com alegria. Tendei à perfeição, animai-vos, tende um só coração, vivei em paz, e o Deus de amor e paz estará convosco" (II Coríntios 13,11).
"Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor" (Hebreus 12,14).

"aparte-se do mal e faça o bem, busque a paz e siga-a" (I Pedro 3,11).

sábado, 18 de fevereiro de 2017

O ECO DA ALMA

“As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade” (Vitor Hugo)



Todos os dias o pequeno Henrique levava suas cabrinhas às montanhas, para pastar. Certa vez, uma delas, a Cigana, escapou e saiu correndo para um grande vale. Henrique chamou:
− Cigana! Cigana!
E ouviu, logo em seguida, ao longe: “Cigana!”... “Cigana!”... “Cigana!”...
Sem compreender o que se passava, Henrique respondeu:
− Quem está aí?
E novamente ouviu a voz: “Quem está aí?”... “Quem está aí?”...
Irritado, Henrique gritou:
− Não me imite, seu bobo!
Ao longe, o som repetiu-se: “Bobo!”.
Henrique passou a xingar:
− Venha cá! Vou dar-lhe uma surra!
“Surra!”.
− Apareça seu covarde! “Covarde!”.
Mais tarde, já em casa, a mãe de Henrique perguntou-lhe:
− Por que você demorou tanto?
− Mamãe! Não quero preocupá-la, mas uma das cabras fugiu para o vale e eu fui atrás dela. Mas, lá havia um menino malcriado e covarde. Ele me xingou e não quis aparecer, porque eu disse que iria bater nele!
No dia seguinte, a mãe resolveu acompanhar o filho às montanhas. Ao chegarem ao imenso vale, ela o instruiu:
− Filho, chame o menino e diga-lhe apenas coisas boas e bonitas, está bem?
Henrique gritou alto e forte:
− Menino, quer ser meu amigo?
Para sua surpresa, ouviu em resposta: “Amigo!”... “Amigo!”...
− Vamos brincar? “Brincar”...
− Você é simpático! “Simpático!”...
Então, a mãe ensinou o que era o Eco, e explicou que com as pessoas também é assim.
− Quando quiser ouvir respostas agradáveis; comece você dizendo coisas agradáveis! Você verá meu filho, que existe um ECO na alma de cada um de nós, que responde de acordo com aquilo que nos é dito!
O texto supracitado, que adaptamos aqui, é de autor desconhecido; e traz um grande ensinamento. Pois, se queremos um mundo melhor: um mundo alegre; de paz; de compreensão; que motive nossas ações; que proporcione momentos felizes, nós temos que interiormente nos transformar e passar a tratar as pessoas como gostamos que elas nos tratem; usando para isso somente palavras boas, bonitas, estimuladoras, que confortem nosso semelhante e as façam felizes.
Nossas atitudes têm reflexos bons ou maus, depende de você!... Se você quer um mundo cheio de amor, crie amor no seu coração e comece hoje mesmo espalhando essa dádiva que, certamente, vai contaminar muita gente...
Pela Lei do Retorno, a vida nos dá de volta tudo que damos a ela. Nada acontece, pois por coincidência, mas por consequência de nossos atos. Somos construtores do nosso destino. Através do pensamento cada um cria o inferno ou o céu dentro de si, de sua consciência.
Se a menor parte de um átomo está em tudo e em todos os lugares – conforme diz a Física Quântica –, conclui-se que Deus é essa força do universo, que abrange tudo. Portanto, Deus está dentro de nós. Somos, então, cocriadores do universo.
A mente é nossa fonte de criação.
De nós depende então a construção de cada dia de vida, escolhendo palavras destruidoras ou palavras doces da linguagem do amor.
Huberto Rohden (em Cosmoterapia, p.90), escreve que “a vida do homem é o resultado dos seus pensamentos habituais, sobretudo se esses pensamentos são ‘de seu coração’ (carregado de emoções), isto é, onerados de emotividade, positiva ou negativa. Quem pensa com temores de doenças, cedo ou tarde, ficará doente; quem pensar com amor em saúde, terá saúde”.
Se pensamentos positivos atraem coisas positivas e pensamentos negativos atraem coisas negativas, o bem-estar ou o caos social de uma comunidade é reflexo da maneira de pensar da maioria da população.

Deus nos deu o livre-arbítrio para decidir pelo bem ou pelo mal. “Vós sois deuses!” – disse Jesus, repetindo o ensino do salmista.  E ainda nos ensinou a combater o mal com amor. "Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil" (Mateus 5,41).

sábado, 11 de fevereiro de 2017

ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO!

“O maior prêmio de nossa existência está na capacidade de compartilharmos a vida!”.



Uma empresa mandou 12 pessoas para um treinamento vivencial. Uma das tarefas era cruzar um rio. Para isso, foi solicitado aos participantes se dividirem em três grupos de quatro pessoas.
O primeiro grupo recebeu 04 tambores, 02 toras de madeira, 02 remos, uma pilha de tábuas e um rolo de corda.
O segundo grupo recebeu 02 tambores, uma tora e um rolo de barbante.
Já o terceiro grupo não recebeu recurso algum para cruzar o rio; eles foram orientados a usar recursos da natureza, caso conseguissem encontrar algum perto do rio ou na mata próxima.
Em seguida, o coordenador do treinamento deu sua única instrução:
− Vocês todos devem atravessar o rio dentro de quatro horas!
As pessoas do primeiro grupo não levaram mais do que meia hora para construir uma maravilhosa jangada. Uma hora depois já tinham atravessado o rio e estavam em segurança na outra margem, observando a luta dos outros grupos.
O segundo grupo, com um pouco mais de dificuldades, levou quase duas horas, mas também atravessou o rio.
Os participantes do terceiro grupo, sem receber nenhum recurso, tentavam atravessar o rio se agarrando a um emaranhado de galhos, enquanto os oitos participantes que haviam chegado ao outro lado riam sem parar dessas dificuldades, e mais ainda quando eles bateram em uma grande pedra, quebrando muitos galhos.
 Mas, sem dar importância a isso, moveram-se em direção ao outro lado, embora a correnteza os levasse rio abaixo.
E, somente depois de muito tempo, reunindo todas as forças que lhes restavam foi que o último membro do terceiro grupo, todo arranhado e com os óculos quebrados, conseguiu atingir a margem, 200 metros rio abaixo.
Após observar tudo o que acontecera, o coordenador perguntou:
− Então, como vocês se saíram?
O primeiro grupo respondeu em coro:
− Nós vencemos! Nós vencemos!
− Vocês devem ter entendido mal – respondeu o coordenador. – Vocês não foram solicitados a competir e vencer os outros. A tarefa seria concluída quando os três grupos atravessassem o rio dentro de quatro horas. Essa era a meta.
Nenhum deles pensou em ajuda mútua, nem sonhou em dividir os recursos (tambores, toras, tábuas, cordas e remos) para atingirem uma meta comum.
A nenhum dos grupos ocorreu de juntar esforços e ajudar os outros!
MORAL DA HISTÓRIA: Uma Equipe só sobrevive quando todos estiverem empenhados e comprometidos com os resultados, respeitando indistintamente a tudo e a todos.
Muitos estão mais preocupados em mostrar que são os melhores ao invés de se empenharem no bem comum, focados nos resultados da empresa.
Na vida também é assim... Vivemos como se a vida fosse um jogo e milhões de adversários. Todavia, quando mudamos o foco e compreendemos mais os problemas alheios, provavelmente sofremos menos, e encontramos muito mais conforto no abraço de cada um.
Mas, infelizmente, nos vemos como rivais, como se estivéssemos em busca de um tesouro tão pequeno que só poderia fazer vitorioso uma única pessoa.
Mais do que ganhar prêmios, vale ajudar os outros a vencer, mesmo que isso exija algum sacrifício de nossa parte. Pois a solidariedade nos eleva a Deus.
Ah, mas como ajudar se eu não tenho dinheiro? E seu tempo! Não custa nada privar-se um pouco do tempo e até do repouso, no exercício da fraternidade!
Precisamos ter consciência da posição de cada criatura no mundo, pois nossa vida é por um fio. Ninguém sabe a hora que poderá ser chamado!
Estamos no mesmo barco e temos que estar de malas prontas, carregadas das boas obras de salvação, ensinadas por Jesus nosso Mestre: amor, paciência, bondade, indulgência, tolerância, compreensão, ternura nas palavras, moderação nos gestos, abnegação, responsabilidade, respeito, devotamento...
Experimente acolher ao invés de julgar, perdoar ao invés de acusar e compreender ao invés de revidar!

É difícil, sem dúvida! Mas é possível e extremamente gratificante. A vida fica mais leve, o caminho fica mais fácil e a recompensa muito mais valiosa. 

domingo, 5 de fevereiro de 2017

A ÚNICA MUDANÇA POSSÍVEL!

“Todo mundo pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo” (Leon Tolstoi).
          


Qual é a única mudança possível?
A parábola VIVER COMO AS FLORES, de Kung Tien, que a seguir transcrevemos, nos dá uma resposta.
O discípulo chegou ao mosteiro e perguntou ao mestre:
− Como faço para viver bem com as pessoas? Não suporto gente mentirosa... Não tolero invejosos... Às vezes penso que não sou deste mundo...
Pacientemente, o mestre disse:
− O mundo é o que é; ele não muda em função das suas emoções. Não há como mudar as pessoas... A única mudança possível é a de si mesmo. Tudo o que você pode fazer é aprender a viver como as flores...
− Como é possível a um ser humano viver como um vegetal?
Disse o mestre:
− Apenas observe a Flor de Lótus... A Flor de Lótus nasce num local imundo, cercada de lama e mau cheiro... No entanto, floresce da forma mais espetacular que existe; completamente pura, sem se deixar contaminar...
− Assim também deve acontecer com o ser humano – continuou o mestre. – O semelhante é um templo sagrado, que deve estar protegido de qualquer julgamento. As pessoas agem e reagem de acordo com seu grau de evolução. Não se deve pedir a uma pessoa mais do que ela pode dar... A expectativa aprisiona e traz sofrimento para as duas partes.
Rejeitar todo o mal que vem de fora. Florescer, florescer e florescer... Isso é viver como as flores!
O princípio não tem fim... O fim também não. Tudo é princípio que jaz no cristal do movimento que pode se ver quando já não se está... Por isso o rumo se mantém quando se vai a sua busca. Se a meta não é o agora, a busca é em vão...
Segundo Jane Mary, “Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também pode crescer com os toques suaves... Nada faz sentido nesta vida se não tocamos o coração de uma pessoa”.
Viver com as flores, portanto, é compreender que você é uma criatura de Deus, que tem uma missão nesta vida e que cabe somente a você realizá-la.
Ao fazer a sua parte você percebe que se transformou interiormente. E, quando você muda você está participando da transformação do mundo em que vive. E Deus o abençoará!
Viver com as flores é revelar o imenso amor de Deus pela humanidade, praticando a caridade, ajudando cada criatura a vencer as dificuldades e superar seus obstáculos para florescer e frutificar.
Disse Jesus: "Não julgueis, e não sereis julgados" (Mateus 7,1). Precisamos então, entender os nossos semelhantes como eles são; sem julgá-los, não se aborrecendo com seus defeitos.
São deles os defeitos e não seus!
"Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?" (Mateus 7,3).
Viver com as flores é exercitar a virtude e rejeitar o mal que vem de fora. Não é preciso mostrar os defeitos alheios para justificar sua insatisfação na vida!
Seja uma flor de aroma agradável aos que estão ao seu redor. E exale seu perfume para que o mundo possa vibrar numa frequência de paz e felicidade!...
Aprenda com Tales de Mileto, filósofo da Grécia Antiga, que o mais difícil é conhecer-se a si mesmo. Porque essa é a chave da evolução espiritual.
Quando você não conhece a si mesmo você nada possui, é um fracassado.  Pois você só possui o que você leva após a morte do corpo. As riquezas materiais não lhe pertencem. Você apenas as utiliza por comodato. É um empréstimo por tempo limitado.
Viver com as flores é despertar para imortalidade da alma, buscando a única mudança possível: a de si mesmo.
É descobrir o que não somos para conhecer a verdade que nos libertará; ensinada por Jesus em João 8,32.
É construir o Reino de Deus em nós, pela ‘autorrealização do Espírito’, em decorrência apenas da maturidade adquirida experiencialmente não importa o local, a hora, a condição econômica... Nem o conhecimento intelectual!

Deus dá uma condição igual para todos multiplicar seus talentos; buscando sempre a meta estabelecida por Jesus: "[...] sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito" (Mateus 5,48).