Aquecendo a Vida

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sábado, 24 de setembro de 2016

O AMOR DE JESUS CATIVOU MINHA ALMA! (A história de Charlie Coulson / publicada em 1893 em Nova York)

Durante a guerra civil dos EUA, chegaram ao hospital vários soldados feridos, entre eles Charlie Coulson, de 17 anos, com ferimentos graves. Necessário lhe era amputar um braço e uma perna. 
Quando os enfermeiros foram aplicar-lhe clorofórmio – conta o cirurgião –, ele recusou-se e lhe disse:
− Doutor, quando eu tinha nove anos dei meu coração a Jesus e desde então venho aprendendo a confiar n’Ele. Ele é a minha força, e me sustentará enquanto amputar o meu braço e a minha perna.
− Tome um pouco de conhaque.
− Doutor, quando eu tinha cinco anos, minha mãe se ajoelhou ao meu lado e pediu a Jesus para que eu nunca bebesse um gole de bebida alcoólica. Existe a possibilidade de eu morrer e ir à presença de Deus. O senhor quer que eu chegue lá com bafo de conhaque?
Naquela ocasião – narra o cirurgião –eu detestava Jesus, mas admirei a lealdade daquele rapaz com o seu Salvador. Chamei o capelão, que conhecia bem o moço e perguntou-lhe:
− Estou triste de vê-lo assim, Charlie.
− Ah, estou bem senhor! Não aceitei o conhaque, pois quero me apresentar ao meu Salvador em meu juízo perfeito.
− Talvez você não morra – disse o capelão. − Mas, se o Senhor o levar você deseja que eu faça alguma coisa?
− Capelão, diga para minha mãe que tenho lido a Bíblia todos os dias, e que tenho orado sempre para que Jesus a abençoe. Estou pronto doutor! Prometo que não vou nem gemer, se o senhor não me der o clorofórmio.
Garanti-lhe que não aplicaria a droga. Quando pequei a serra para cortar o osso, o rapaz colocou a ponta do travesseiro entre os dentes e sussurrou: “Oh, Jesus, bendito sejas! Fica ao meu lado agora”.
O rapaz não gemeu. Mas eu não dormi, pensando nele. Então me levantei e fui ao hospital.
− Charlie morreu? – perguntei.  
− Não! Dorme como um bebê. O capelão leu trechos das Escrituras para ele e ambos cantaram hinos de louvor. Não consigo entender, doutor, como uma pessoa sentindo tanta dor ainda era capaz de cantar! – disse o enfermeiro.
Dias depois Charlie me chamou:
− Creio que não terei mais um dia de vida. Sei que é judeu, e não crê em Jesus, mas gostaria que me visse morrer, confiando em meu Salvador.
Não consegui ficar, pois aquele rapaz alegrava-se no amor daquele Jesus que eu detestava. Minutos depois, o enfermeiro procurou-me no consultório e me disse:
− Doutor, Charlie está morrendo e gostaria de vê-lo novamente.
Chegando ao quarto, Charlie pediu-me que segurasse a sua mão e disse:
− Doutor, eu amo o senhor porque é judeu. O melhor amigo que eu tive neste mundo foi um judeu.
− Quem era esse amigo?
− JESUS. Quero apresentá-lo. Quando me amputava, orei pedindo que Jesus manifestasse o Seu amor ao senhor.
Aquelas palavras tocaram fundo em meu coração. Durante dez anos, lutei contra Cristo até que afinal a oração de Charlie foi atendida. Um ano depois da minha conversão, numa reunião onde as pessoas davam seus testemunhos, levantou-se uma senhora idosa e disse:
− Estou muito doente e pouco tempo me resta. É um prazer saber que em breve me encontrarei com meu filho e com Jesus. Charlie foi ferido em uma batalha e ficou aos cuidados de um médico judeu que lhe amputou um braço e uma perna. Morreu cinco dias após a operação. O capelão relatou-me o que ocorrera. 
Ao ouvi-la, não me contive. Levantei-me e fui correndo até ela.
− Deus a abençoe minha irmã! A oração do seu filho já foi atendida. Sou o médico judeu por quem o Charlie orou e o Salvador dele é agora o meu também. O amor de Jesus cativou minha alma!...
Para homenagear a maior autoridade espiritual do planeta, adaptei esta história.
Pois, diz a canção: “O que é que eu sou sem Jesus”? “Nada, nada, nada”. Porque JESUS é “o Cristo, o Filho de Deus vivo”, segundo Pedro, em Mateus 16,16.
“Jesus é, para o homem, o modelo da perfeição moral a que pode aspirar a humanidade, na Terra. Deus o oferece a nós como o mais perfeito modelo, e a doutrina que Ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, pois Jesus estava animado pelo Espírito Divino, e foi o ser mais puro que surgiu na Terra” (Allan Kardec / Q. 625 do Livro dos Espíritos).
"E ouviu-se dos céus uma voz: Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição" (Marcos 1,11).
"Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus" (Mateus 10,32).



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A PONTE ENTRE DAR E RECEBER

“Se queres receber deves primeiro dar: eis o início da inteligência” (Tau-te-king)



Por que certas pessoas reclamam mesmo quando recebem tudo de graça, sem pagar nada? Já pensou nisso?  
Para refletir sobre estas questões, veja a história, a seguir, relatada no livro “Trapeiros de Emaús”, de Boris Simon.
Um padre de uma comunidade iniciada para pessoas Sem-Teto, quando menino costumava acompanhar seu pai, um dia por mês, no atendimento fraterno às pessoas carentes.
O pai era médico, mas como já havia quem atendesse às pessoas nesse setor, ele se dedicava a cortar cabelos, profissão que também exercera.
O menino percebia que embora seu pai executasse seu serviço de graça e com amor, as pessoas reclamavam muito. Exigiam tal ou tal corte e às vezes quando iam embora, xingavam o pai porque não haviam gostado do corte.
Mas o pai tinha paciência infinita, tentava atender ao que lhe pediam e jamais revidava às ofensas, chegando até mesmo a pedir desculpas, quando alguém não gostava do trabalho que ele realizara.
Então, um dia, o menino pergunta:
− Pai, por que o senhor age sempre assim? Por que as pessoas reclamam de algo que recebem de graça, e que não teriam de outra forma?
− Para essas pessoas – disse o pai –, receber é muito difícil. Elas se sentem humilhadas porque recebem sem dar nada em troca. Por isso elas reclamam, é uma maneira de manterem a autoestima, de deixar claro que ainda conservam a própria dignidade.
Esta história ajuda a gente entender a ponte que existe entre “Dar e Receber”.
Quando, de alguma forma, ajudamos ou damos alguma coisa para uma pessoa necessitada, teoricamente, estamos em posição de superioridade. Isso faz bem ao nosso ego, tanto que às vezes tendemos a não dar importância à maneira como essa ajuda é dada. Mas, se somos nós a receber, nos sentimos diminuídos ou recebemos como se aquilo fosse devido.
Entre Dar e Receber há uma ponte energética de mão dupla de direção: a da generosidade (energia de ida – de quem dá) e a da gratidão (energia de retorno).
E quantas vezes fazemos dessa ponte uma via de mão única?
Às vezes doamos com uma generosidade aparente, guardando no fundo da alma um sentimento de superioridade; ou esperando da outra parte uma eterna gratidão.
Aquele que faz o Bem apenas por ostentação, para receber aplausos e reconhecimento público, segundo o texto sagrado “já receberam sua recompensa”. O mérito consiste, pois, “que a mão esquerda não saiba o que faz a direita”.
O Benefício deve ser disfarçado para respeitar os sentimentos do beneficiado, não o humilhando, não ferindo seu amor-próprio. Isso é Caridade!
E às vezes recusamos receber, por orgulho ou porque temos vergonha de mostrar nossa fragilidade aos olhos dos outros. E quantas vezes não somos aquele que tudo recebe, sem nada dar em troca, convencidos de nosso direito a isso!...
Esta é a Lei: Dar com generosidade e Receber com gratidão.
Os prazeres dessa relação é que dão as premissas da felicidade, reservada no mundo espiritual a todos que praticam as lições do amor e da benevolência.
Dizem os poetas, que “dar sem receber é impossível...”; pois a vida é um eco, lhe devolvendo tudo o que você dá. Vivemos sob a Lei da Reciprocidade. E esta grande Lei da Criação diz: que somente no DAR é que também pode residir o verdadeiro RECEBER.
O segredo então é dar antes de receber. Um dia volta pra você...
"Em tudo vos tenho mostrado que assim, trabalhando, convém acudir os fracos e lembrar-se das palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: É maior felicidade dar que receber!" (At 20,35).
Dar é o primeiro passo de entrada ao portal da Caridade. E a Caridade, diz Kardec, “é a fonte de todas as virtudes”. Porque a Caridade, no sentido tal como Jesus a entendia, significa “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão às ofensas” (questão 886, do Livro dos Espíritos).
E sabemos que “Fora da Caridade não há Salvação”.
"Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras". (Ap 22,12)

“Dar sem esperar nada em troca e receber sem sentir a obrigação de retribuir é a nossa única salvação...”, disse o escritor Miguel Esteves Cardoso.

sábado, 10 de setembro de 2016

REFLEXO

A maioria dos preconceitos são reflexos de defeitos não revelados pelos preconceituosos”
(Alberto Pires)



Cícero – da Roma Antiga – disse que “O rosto é o espelho da alma”.
O saber popular prega que “Os olhos são as janelas da alma” ou que “Os olhos são os espelhos da alma”, pois eles mostram o que sentimos por dentro.
Alguns dizem que a “A consciência é o espelho da alma”. Outros que “O pensamento é o espelho da alma” ou até que “A palavra é o espelho da alma”.
Não interessa a expressão. O que importa é o entendimento de que o ser humano reflete o que ele é por dentro, em essência, na alma, pois se tal é o homem, tal é o seu rosto e seu olhar; tal é a sua consciência e a sua maneira de pensar; e, tal é a sua maneira de se expressar.
Assim como é impossível que um lago tranquilo mostre em sua profundeza a imagem de qualquer montanha ou de qualquer árvore que não exista nas suas proximidades; assim como é impossível que a luz projete na terra a sombra de um objeto que não exista; assim também é impossível para o espelho de uma alma refletir na imaginação alguma coisa que não esteja diante dele.
Nada, pois, pode ser visto; sentido; pensado ou dito, sem ter essência real dentro de si. “A boca fala do que o coração está cheio”, diz um refrão popular. E Jesus expressa essa verdade quando diz que "Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são trevas, quão espessas deverão ser as trevas!” (Mateus 6,23).
O mundo é como um espelho, e reflete o que levamos dentro de nós. Por isso, nossos preconceitos são reflexos de defeitos não revelados, que trazemos no imo da nossa alma.
Certo dia um rei chamou ao seu palácio o Mestre Zen Mulhak – que viveu de 1317 a 1405 – e lhe disse que, para afastar o cansaço e a tensão do trabalho, queria ter uma conversa. E, comentou:
− Muhak, você parece um grande porco faminto procurando comida.
− E você, excelência, parece o Buda Sakiamuni meditando sobre um pico elevado do Himalaia.
O rei ficou surpreso com a resposta de Muhak, e perguntou:
− Comparei você a um porco e você me compara ao Buda?
−Excelência – respondeu sorrindo o Mestre Zen –, é que um porco só pode ver porcos!
A resposta do Mestre Zen indica que refletimos para o mundo tudo aquilo que somos. Daí a recomendação de Jesus:
"Vê, pois, que a luz que está em ti não sejam trevas. Se, pois, todo o teu corpo estiver na luz, sem mistura de trevas, ele será inteiramente iluminado, como sob a brilhante luz de uma lâmpada". (Lucas 11,35-36).
"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus" (Mateus 5,14-16).
E Paulo faz as seguintes exortações:
 "Porque Deus que disse: Das trevas brilhe a luz, é também aquele que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para que irradiássemos o conhecimento do esplendor de Deus, que se reflete na face de Cristo". (II aos Coríntios 4,6).
"Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes. Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade" (Ef 5,8-9).
"Aquele que diz estar na luz, e odeia seu irmão, jaz ainda nas trevas" (I Epístola de João 2,9).
“Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido” (I Coríntios 13,12).
Daí a necessidade de se praticar a lei do perdão para que nenhuma mancha possa turvar o nosso coração e impedi-lo de ser o espelho de uma alma iluminada e de refletir a luz de Deus na sua plenitude.
"Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz" (Eclesiástico 2,10).

"[...] porque a luz de Deus guiará os seus passos" (Eclesiástico 50,31).

domingo, 4 de setembro de 2016

VOCÊ DIZ “EU TE AMO”?

“Para se segurar use a cabeça; para segurar os outros, use o coração.”



“EU TE AMO” é a frase que faz a diferença na vida, não importa o momento que se diga, ela sempre vencerá obstáculos. Mas, existem muitas formas de dizê-la, pois AMAR é demonstrar sem precisar de palavras.
Quando você manifesta a energia do Amor, você irradia uma vibração em alta frequência e se aproxima do Criador. Então, o mundo se transforma. Pois, "Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor" (I João 4,8).
Portanto arranje um tempo para AMAR e receber a energia divina que lhe é ofertada. Ainda há tempo!... Muitos vão entrar e sair da sua vida, mas somente aqueles a quem você diz “Eu Te Amo!” deixarão marcas em seu coração!
O Amor é Deus se manifestando em toda a criação. Ódio é apenas uma curta mensagem de perigo. Por isso, dê atenção aos que gostam de você, antes que seja tarde demais... Como na história, a seguir.
Dois irmãozinhos brincavam, quando o mais novo, disse ao irmão Ricardo:
− Meu querido irmão, “Eu Te Amo” e nunca quero me separar de você!
− O que deu em você Júlio? – pergunta Ricardo. – Que conversa besta é essa de amar? Quer calar a boca?
E os dois continuaram jogando. À noite o Pai, senhor Jacó, chegou do trabalho exausto, pois não havia conseguido fechar um bom negócio...
Ao entrar, o senhor Jacó olhou para Júlio, que sorriu e disse:
− Olá Papai, “Eu Te Amo” e não quero nunca me separar do Senhor!
− Júlio, eu estou nervoso. Então, por favor, não me venha com besteiras!
Júlio, triste, foi chorar no quarto.
Dona Joana, a mãe, foi procurá-lo pela casa. Encontrou-o com os olhinhos cheios de lágrimas. Espantada, começou a enxugá-las, perguntando:
− O que foi Júlio? Por que choras?
− Mamãe, “Eu Te Amo muito” e não quero nunca me separar da senhora!
− Meu amado filho, ficaremos sempre juntos!
Júlio sorriu, beijou-a e foi deitar-se.
No quarto, ela pergunta ao marido:
− Jacó, o Júlio está muito estranho hoje, não acha?
− Esse moleque só está querendo chamar atenção... Deita e dorme mulher!
Então, todos se recolheram e todos dormiam sossegados. Às duas horas da manhã, Júlio se levanta e vai ao quarto de seu irmão Ricardo e fica observando-o dormir... Ricardo, incomodado, acorda e grita com Júlio:
− Seu louco, apaga essa luz e me deixa dormir!
Júlio, em silêncio, apagou a luz e se dirigiu ao quarto dos pais... Chegando lá, ficou observando eles dormirem. Jacó acordou e perguntou:
− O que aconteceu, menino?
Júlio, em silêncio, só balançou a cabeça em sinal negativo. Daí o senhor Jacó, irritado, perguntou-lhe:
− Então, o que foi moleque?
Júlio continuou em silêncio. Jacó, já muito irritado berrou:
− Então vai dormir seu doente!
Júlio dirigiu-se ao seu quarto e se deitou. Na manhã seguinte Júlio não se levantou. Então, o senhor Jacó, que já estava muito irritado com ele, entra bufando no quarto e grita:
− Levanta seu moleque vagabundo!
Jacó puxa com força o cobertor do menino, pronto para lhe dar um castigo, quando percebe que Júlio estava pálido e com os olhos fechados. Assustado, tocou o rosto de Júlio e pôde notar que ele estava gelado. Gritou chamando a esposa para ver o que havia acontecido com Júlio... Infelizmente o pior!
Júlio estava morto e sem qualquer motivo aparente. Dona Joana, abraçou o filho morto e não conseguia nem respirar de tanto chorar. Ricardo, desconsolado, segurou firme a mão do irmão. E Jacó, em desespero, soluçando, percebeu que havia um papelzinho nas pequenas mãos de Júlio. E nele assim estava escrito com a letra do menino:

“Outra noite um Anjo falou comigo através de um sonho. Disse-me, que apesar de amar minha família e de ela me amar, teríamos que nos separar. Eu não queria isso, mas o Anjo me explicou que era necessário. Não sei o que vai acontecer, mas estou com muito medo. Gostaria que ficasse claro apenas uma coisa: − Ricardo, não se envergonhe de amar seu irmão. − Mamãe, a senhora é a melhor mãe do mundo! − Papai, o senhor de tanto trabalhar se esqueceu de viver. Eu amo todos vocês!!!”