“Não haverá borboletas se a vida
não passar por longas e silenciosas metamorfoses” (Rubem Alves)
Um homem observou uma pequena abertura que
apareceu em um casulo. A borboleta se esforçava para fazer com que seu corpo passasse
através daquele pequeno buraco. Parecia que ela havia parado de fazer qualquer
progresso, que tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
O homem decidiu ajudar a borboleta.
Com uma tesoura ele cortou o restante do
casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas o seu corpo estava pequeno,
murcho e as asas amassadas. Ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela
se abrissem e se esticassem capazes de suportar o corpo que iria se firmar a
tempo. Mas nada aconteceu! A borboleta passou o resto de sua vida rastejando.
Ela nunca foi capaz de voar.
O homem, na sua gentileza e vontade de
ajudar, não entendia que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta
para passar através da pequena abertura era o modo que a natureza fazia para que
o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela
estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
O esforço é justamente o que precisamos na
vida. Se passássemos sem quaisquer obstáculos na vida, nós não iríamos ser tão
fortes como poderíamos ter sido. E nunca poderíamos voar.
Tenho para mim, que a lição mais
importante da borboleta está numa citação do escritor Rubem Alves – autor de
diversas obras sobre educação. Diz ele que “Quem
tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo, a mata. Há certas coisas que não
podem ser ajudadas, tem que acontecer de dentro para fora”.
A aprendizagem é uma dessas coisas! Em seu
livro “Mentes Informadas”, Helio Couto afirma que tudo o que existe no Universo
é energia e informação.
Pela energia do pensamento podemos então ter
acesso a todas as ondas de informações do Universo. Como o pensamento está
dentro de nós, é então de dentro para fora que a aprendizagem tem que acontecer
para nos transformar.
É o educando que aprende; que constrói o próprio
conhecimento. Esta descoberta vinda dele mesmo fica pra sempre na sua
consciência.
E o educador funciona mais como um
orientador ou coordenador da aprendizagem, auxiliando o aprendiz a integrar os novos
conhecimentos da sua descoberta aos conhecimentos que já possui, para bem aplicá-los
à vida.
A Terra é assim uma grande escola!
O Evangelho é a nossa Cartilha escolar – inserida
num grande Projeto Pedagógico da Humanidade, elaborado por Jesus, o Governador
Espiritual do Planeta –, e resumida nas Bem-aventuranças do Sermão da Montanha.
Disse Richard Bach, que “O que a lagarta chama de fim do mundo, o
mestre chama de borboleta”. E é uma grande verdade! Os problemas, as
dificuldades, as crises, a dor e o sofrimento fazem parte da grande metamorfose
humana: que deixa o casulo no cemitério e, como Espírito eterno, levanta voo
para as paragens majestosas da espiritualidade, preparada pelo Criador para
todos os seus filhos, sem distinção. Pois Jesus em Mateus (18,12) nos garante,
que nenhuma de suas ovelhas se perderá. E, em João (10,10) afirma: "Eu
vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância".
Dizem os mestres da Índia que os problemas
são despertadores que tentam acordar as pessoas para a vida. Por isso:
− Quando pedimos força, Deus nos dá
dificuldades para fazer-nos forte.
− Quando pedimos sabedoria, Deus nos dá
problemas para resolver.
− Quando pedimos prosperidade, Deus nos dá
cérebro e músculos para trabalhar.
− Quando pedimos coragem, Deus nos dá
obstáculos para superar.
− Quando pedimos amor, Deus nos dá pessoas
com problemas para ajudar.
− Quando pedimos favores, Deus nos dá oportunidades.
Podemos não receber nada do que pedimos,
mas recebemos tudo o que precisamos para ganhar a vida eterna!
Assim, então, como o Almir Sater, vamos
Tocando Em Frente, pois...
“Cada um de nós compõe a sua história... E
cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário