Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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segunda-feira, 28 de março de 2016

DIFICULDADES E PROBLEMAS

“O melhor aprendizado é aquele que tiramos de nossa própria vida”.



Dificuldades e problemas todos têm!
Para superá-los há acertos e erros.
Disse Jesus: "Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado" (Mateus 6,34).
O Mestre sabia, pois, que a preocupação é uma ideia fixa, que causa inquietação na pessoa, provocando mais dificuldades e problemas na sua vida.
 A pessoa preocupada fica apreensiva e impressionada. Ela está “pré-ocupada”, ou seja, está ligada à dificuldade ou ao problema mesmo antes dele acontecer. Isso é ideia fixa! A pessoa representa mentalmente algo que ainda não aconteceu. Se esta ideia se fixar em grau elevado ao extremo pode levar à loucura.
Segundo mecanismos quânticos, o processo criativo está diretamente ligado aos sentimentos. Os sentimentos positivos (amor, gratidão, alegria...) aproximam a pessoa daquilo que ela quer. Enquanto que os sentimentos negativos (medo, ciúme, inveja, tristeza...) afastam a pessoa daquilo que ela deseja.
Para a aprendizagem, a maneira de encarar o mundo conta muito. Quando se olham os problemas com pensamentos de pessimismo a aprendizagem será com sofrimento; e, ao contrário, tudo será mais fácil quando se veem os problemas com pensamentos de otimismo.
Serão sempre experiências para o progresso! De qualquer forma se aprende! Até com erros! Pois, se diz que “quem deseja aspirar o perfume das rosas, terá que aprender a lidar com os espinhos”.
Pensando nisso, lembrei-me de A história de D. Péssima e de D. Ótima”, de Sonia Mara Rodrigues Centomo, publicada na Revista Espírita nº 37 / 98.
Vale a pena conhecer essa história, que descreve os acontecimentos de um dia na vida de duas senhoras.
Uma delas é um amor de pessoa, tranqüila, gosta do que faz e sente-se feliz. Já a outra, é o mau humor em pessoa. Resmungona, reclama de tudo, briga com todos e nunca está contente.
Ambas levam uma vida simples e com muita dificuldade financeira. Vou chamá-las de D. Péssima e D. Ótima.
Em um determinado dia, ambas levantaram cedo e, após darem o café a seus familiares, saíram para comprar algumas coisinhas de que necessitavam.
D. Péssima pegou o ônibus e logo esbravejou, por não haver lugar para sentar-se. Afinal estava cansada. Irritou-se com o congestionamento e ficou resmungando o tempo todo: “Será que estas pessoas não têm o que fazer?”. Dizia que estava perdendo muito do seu precioso tempo por causa delas. E continuou em pé, xingando e reclamando da vida. De como sua vida era difícil!
D. Ótima também pegou o ônibus lotado e, por causa do congestionamento, aproveitou para fazer uma análise da sua vida. Sentia-se muito bem. Saudável, com ótimos filhos e com esperança de um futuro melhor. Pôs-se a olhar para as outras pessoas e ficou se perguntando: “Quantas delas são felizes como eu? Por trás daquelas aparências, quantos problemas estarão escondidos?”.
D. Péssima continuou sua dura viagem e chegando ao local de compras, havia muita gente, o que a fez ficar meio perdida. Entrou numa loja para adquirir certa mercadoria e, porque aquela já havia acabado, brigou com o vendedor e saiu à procura em outros lugares, ficando mais cansada, mais irritada e, por fim, acabou levando outra mercadoria que não era do seu agrado. Achou tudo caro e lamentou a sorte de ter tão pouco dinheiro.
D. Ótima entrando na loja e não encontrando o que desejava, ouviu a opinião do vendedor, que lhe ofereceu uma mercadoria parecida e até de menor valor. Resolveu levá-la e, logo, havia terminado as compras. Estava satisfeita com o que tinha feito e até economizado.
À noite, no jantar de D. Péssima, diante daquela refeição simples de todos os dias, os filhos perguntaram-lhe como tinha sido seu dia. Ela, então, pôs-se a reclamar que lhe doíam as costas, as pernas, os pés, a cabeça; e tudo dera errado, que o dinheiro era pouco e, ainda por cima, só tinha aquela miséria para o jantar. Como sou infeliz! Exclamou.

D. Ótima disse aos filhos que teve um dia maravilhoso. Aproveitou para muitas coisas, fez compras e, ainda, teve tempo para refletir sobre sua vida. Agradeceu a Deus pela família maravilhosa, pelos bons sentimentos que tinham e pelo jantar que saboreavam juntos. Como sou feliz! Exclamou. 

segunda-feira, 21 de março de 2016

APRENDENDO COM AS SAÚVAS

“Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente” (Chico Xavier).



Paulo estava desanimado diante das dificuldades da vida: doenças, dívidas bancárias, aluguel vencendo, filhos pra alimentar, serviços por terminar...
Cabisbaixo, divagava pelo quintal.
 João, seu pai, se aproximou para ajudá-lo. Mandou-o observar um pequeno formigueiro, onde uma saúva carregava, com sacrifício, uma enorme folha que devia ter no mínimo dez vezes o tamanho dela. Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. E quando o vento batia, a folha tombava, derrubando-a também.
− Veja filho, apesar dos tropeços, a saúva não desanima de sua tarefa!
Observando atentamente aquela atividade da saúva, que chegava bem próximo de um buraco que devia ser a porta de sua casa, o moço disse:
− Pai, até que enfim a saúva terminou seu empreendimento!
− Não terminou, não! Ilusão sua. Na verdade, a saúva apenas terminou uma etapa. A folha é muito maior do que a boca do buraco, o que faz com que ela a deixe do lado de fora para, então, entrar sozinha. Tá vendo!
− É... Coitada, tanto sacrifício pra nada. Nadou, nadou e morreu na praia!
Mas a pequena saúva surpreendeu seus observadores. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a despedaçar a folha. Elas pareciam alegres na tarefa. E em pouco tempo, a grande folha, em pequenos pedaços, havia desaparecido dentro do buraco.
− Talvez, meu filho, se a saúva tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la. Você sabe quanto de peso ela suporta?
− Não tenho a menor ideia.
− A saúva suporta até vinte vezes o próprio peso e chega a percorrer um quilômetro por dia, não é fantástico? Seria o mesmo que um homem de setenta e cinco quilos suportar uma tonelada e meia de peso e percorrer uma distância de 1720 km, a pé em um só dia.
Paulo ficou boquiaberto com essas informações e exclamou:
− Pai, eu invejo a força e a persistência dessa formiguinha!
− Que Deus o ajude, filho, a ter a tenacidade da saúva para “carregar” as dificuldades do dia a dia! Que Deus lhe dê a perseverança dela, para não desanimar diante das quedas! Que Deus lhe dê a inteligência e a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais! Que Deus lhe dê humildade par partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto seja solitário!
 E o pai continuou aconselhando:
− Pedi ao Senhor a graça de como as formigas não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários virarem você de cabeça para baixo, mesmo quando pelo tamanho da carga, você não consiga ver com nitidez o caminho a percorrer. E lembre-se, filho querido, que foi a alegria dos filhotes que esperavam pelo alimento lá dentro do formigueiro, que fez essa saúva esquecer e superar as adversidades da estrada!...
Após os conselhos do pai João, Paulo saiu mais fortalecido em sua caminhada e agradecido ao Senhor por ter colocado aquela saúva em seu caminho. E lembrou-se de ter lido uma frase de Johann Goethe dizendo: “Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor”.
Diz o evangelho segundo o espiritismo, capítulo 19, item 02, que “A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas”.
É a fé que dá a coragem pra gente continuar lutando em busca da vitória.
Na hora da dor, a fé será a certeza que a gente guarda no coração de que não existem dificuldades sem solução.
“Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida”, disse Che Guevara.
Aprenda então a manejar a energia interior da fé e consiga tudo o que deseja!
Diante dos problemas e dificuldades da vida lembre-se do Mestre Jesus, nosso protetor maior, que nos ensinou:
"Vinde a mim, todos os que estais fatigados e carregados, e eu vos aliviarei. Porque meu jugo é suave, e meu peso leve" (Mateus 11, 28 e 30).

"Pedi, e vos será dado; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Porque todo o que pede, recebe; e o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-á” (Mateus 7, 7-8). 

segunda-feira, 7 de março de 2016

A LIÇÃO DA BORBOLETA

“Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses” (Rubem Alves)



Um homem observou uma pequena abertura que apareceu em um casulo. A borboleta se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Parecia que ela havia parado de fazer qualquer progresso, que tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
O homem decidiu ajudar a borboleta.
Com uma tesoura ele cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas o seu corpo estava pequeno, murcho e as asas amassadas. Ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se esticassem capazes de suportar o corpo que iria se firmar a tempo. Mas nada aconteceu! A borboleta passou o resto de sua vida rastejando. Ela nunca foi capaz de voar.
O homem, na sua gentileza e vontade de ajudar, não entendia que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo que a natureza fazia para que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
O esforço é justamente o que precisamos na vida. Se passássemos sem quaisquer obstáculos na vida, nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. E nunca poderíamos voar.
Tenho para mim, que a lição mais importante da borboleta está numa citação do escritor Rubem Alves – autor de diversas obras sobre educação. Diz ele que “Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo, a mata. Há certas coisas que não podem ser ajudadas, tem que acontecer de dentro para fora”.
A aprendizagem é uma dessas coisas! Em seu livro “Mentes Informadas”, Helio Couto afirma que tudo o que existe no Universo é energia e informação.
Pela energia do pensamento podemos então ter acesso a todas as ondas de informações do Universo. Como o pensamento está dentro de nós, é então de dentro para fora que a aprendizagem tem que acontecer para nos transformar.
É o educando que aprende; que constrói o próprio conhecimento. Esta descoberta vinda dele mesmo fica pra sempre na sua consciência.
E o educador funciona mais como um orientador ou coordenador da aprendizagem, auxiliando o aprendiz a integrar os novos conhecimentos da sua descoberta aos conhecimentos que já possui, para bem aplicá-los à vida.
A Terra é assim uma grande escola!
O Evangelho é a nossa Cartilha escolar – inserida num grande Projeto Pedagógico da Humanidade, elaborado por Jesus, o Governador Espiritual do Planeta –, e resumida nas Bem-aventuranças do Sermão da Montanha.
Disse Richard Bach, que “O que a lagarta chama de fim do mundo, o mestre chama de borboleta”. E é uma grande verdade! Os problemas, as dificuldades, as crises, a dor e o sofrimento fazem parte da grande metamorfose humana: que deixa o casulo no cemitério e, como Espírito eterno, levanta voo para as paragens majestosas da espiritualidade, preparada pelo Criador para todos os seus filhos, sem distinção. Pois Jesus em Mateus (18,12) nos garante, que nenhuma de suas ovelhas se perderá. E, em João (10,10) afirma: "Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância".
Dizem os mestres da Índia que os problemas são despertadores que tentam acordar as pessoas para a vida. Por isso:
− Quando pedimos força, Deus nos dá dificuldades para fazer-nos forte.
− Quando pedimos sabedoria, Deus nos dá problemas para resolver.
− Quando pedimos prosperidade, Deus nos dá cérebro e músculos para trabalhar.
− Quando pedimos coragem, Deus nos dá obstáculos para superar.
− Quando pedimos amor, Deus nos dá pessoas com problemas para ajudar.
− Quando pedimos favores, Deus nos dá oportunidades.
Podemos não receber nada do que pedimos, mas recebemos tudo o que precisamos para ganhar a vida eterna!
Assim, então, como o Almir Sater, vamos Tocando Em Frente, pois...

“Cada um de nós compõe a sua história... E cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz!”.