“O melhor aprendizado é aquele que tiramos de nossa
própria vida”.
Dificuldades e problemas todos têm!
Para superá-los há acertos e erros.
Disse Jesus: "Não
vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas
preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado" (Mateus 6,34).
O Mestre sabia, pois, que a preocupação é uma ideia
fixa, que causa inquietação na pessoa, provocando mais dificuldades e problemas
na sua vida.
A pessoa
preocupada fica apreensiva e impressionada. Ela está “pré-ocupada”, ou seja, está ligada à dificuldade ou ao problema
mesmo antes dele acontecer. Isso é ideia fixa! A pessoa representa mentalmente
algo que ainda não aconteceu. Se esta ideia se fixar em grau elevado ao extremo
pode levar à loucura.
Segundo mecanismos quânticos, o processo criativo está
diretamente ligado aos sentimentos. Os sentimentos positivos (amor, gratidão,
alegria...) aproximam a pessoa daquilo que ela quer. Enquanto que os sentimentos
negativos (medo, ciúme, inveja, tristeza...) afastam a pessoa daquilo que ela
deseja.
Para a aprendizagem, a maneira de encarar o mundo
conta muito. Quando se olham os problemas com pensamentos de pessimismo a
aprendizagem será com sofrimento; e, ao contrário, tudo será mais fácil quando
se veem os problemas com pensamentos de otimismo.
Serão sempre experiências para o progresso! De
qualquer forma se aprende! Até com erros! Pois, se diz que “quem deseja aspirar o perfume das rosas, terá que aprender a lidar com
os espinhos”.
Pensando nisso, lembrei-me de “A história de D. Péssima e de D. Ótima”, de Sonia Mara Rodrigues Centomo, publicada na Revista
Espírita nº 37 / 98.
Vale a pena conhecer essa história, que descreve os
acontecimentos de um dia na vida de duas senhoras.
Uma delas é um amor de pessoa, tranqüila, gosta do que
faz e sente-se feliz. Já a outra, é o mau humor em pessoa. Resmungona, reclama
de tudo, briga com todos e nunca está contente.
Ambas levam uma vida simples e com muita dificuldade
financeira. Vou chamá-las de D. Péssima e D. Ótima.
Em um determinado dia, ambas levantaram cedo e, após
darem o café a seus familiares, saíram para comprar algumas coisinhas de que
necessitavam.
D. Péssima
pegou o ônibus e logo esbravejou, por não haver lugar para sentar-se. Afinal
estava cansada. Irritou-se com o congestionamento e ficou resmungando o tempo
todo: “Será que estas pessoas não têm o que fazer?”. Dizia que estava
perdendo muito do seu precioso tempo por causa delas. E continuou em pé,
xingando e reclamando da vida. De como sua vida era difícil!
D. Ótima
também pegou o ônibus lotado e, por causa do congestionamento, aproveitou para
fazer uma análise da sua vida. Sentia-se muito bem. Saudável, com ótimos filhos
e com esperança de um futuro melhor. Pôs-se a olhar para as outras pessoas e
ficou se perguntando: “Quantas delas são felizes como eu? Por trás daquelas
aparências, quantos problemas estarão escondidos?”.
D. Péssima
continuou sua dura viagem e chegando ao local de compras, havia muita gente, o
que a fez ficar meio perdida. Entrou numa loja para adquirir certa mercadoria
e, porque aquela já havia acabado, brigou com o vendedor e saiu à procura em
outros lugares, ficando mais cansada, mais irritada e, por fim, acabou levando
outra mercadoria que não era do seu agrado. Achou tudo caro e lamentou a sorte
de ter tão pouco dinheiro.
D. Ótima
entrando na loja e não encontrando o que desejava, ouviu a opinião do vendedor,
que lhe ofereceu uma mercadoria parecida e até de menor valor. Resolveu levá-la
e, logo, havia terminado as compras. Estava satisfeita com o que tinha feito e
até economizado.
À noite, no jantar de D. Péssima, diante
daquela refeição simples de todos os dias, os filhos perguntaram-lhe como tinha
sido seu dia. Ela, então, pôs-se a reclamar que lhe doíam as costas, as pernas,
os pés, a cabeça; e tudo dera errado, que o dinheiro era pouco e, ainda por
cima, só tinha aquela miséria para o jantar. Como sou infeliz! Exclamou.
Já D. Ótima disse aos filhos que teve um dia
maravilhoso. Aproveitou para muitas coisas, fez compras e, ainda, teve tempo
para refletir sobre sua vida. Agradeceu a Deus pela família maravilhosa, pelos
bons sentimentos que tinham e pelo jantar que saboreavam juntos. Como sou feliz! Exclamou.