Aquecendo a Vida

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sábado, 21 de novembro de 2015

EGRÉGORA

“Cada pensamento tem forma e peso específico gerando ondas mentais densas...”.
(Irmão Virgílio / Antonio Demarchi – no livro “A Nova Jerusalém”)
        


Início de 1969. Com casamento marcado eu procurava em Catas Altas, na Ribeira, uma casa pra alugar. E a única que encontrei, na beira do rio, era um casarão com fama de mal-assombrado. Mas, diante do preço barato e da necessidade premente, topei a parada.
Depois, recém-casados, pintamos o casarão e arrumamos o jardim. Um paraíso o local! Mas, não conseguíamos dormir de tanto barulho. Descartada a hipótese de assalto, achamos que era assombração! Então, o melhor era rezar.
Uma noite, evangelho aberto em Mateus (“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis...”), de mãos dadas, com fé e muito medo, pedíamos em oração para desvendar aquele mistério, quando, de repente, senti pingar em minha testa algo estranho. Um líquido escorreu pelo meu rosto e então gritei:
− Eureca! Achei! Querida, descobri o que é essa assombração!
− Mas, como?
− Você já viu fantasma fazer xixi na gente! Pois esse fez bem aqui na minha testa. Veja! Sinta o cheiro!
Naquela noite, com lanterna em punho, subi no sótão da casa e descobri uns gambás que nos perturbava. Afugentei os animais, porém não conseguimos melhorar a aura do casarão, que continuava pesada, deprimente e foi, por isso, que logo mudamos de lá.
Hoje, lembrando essa passagem engraçada ocorrida há muito tempo, sei o porquê de ter aquele local energia tão negativa! Ali foi palco de lutas por terras. Então sei que era por causa das formas-pensamento da Egrégora da casa.
A Egrégora é formada por concentrações de ondas mentais de densas energias, que circulam em sintonia com pensamentos d’uma mesma faixa vibratória. Trocando em miúdos, Egrégora é a soma de energias emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, que se reúnem para um fim.
Quando várias pessoas têm um mesmo objetivo, suas energias se “arranjam” numa Egrégora. Como num hospital, que carrega consigo uma “Egrégora de Cura”.
Todo agrupamento humano possui Egrégora própria: empresas, clubes, religiões, famílias, partidos, etc.
Suponhamos uma moça solteira que deseja encontrar seu par ideal. A partir do momento que ela conseguir “idealizar” essa pessoa, encontrá-la será mais fácil. Seus pensamentos criarão em torno dela uma “Egrégora de Amor”. Da mesma forma que uma pessoa acreditando, busca se enriquecer, cria em seu entorno uma “Egrégora de Prosperidade”.
Dessa forma, um Templo tem “Egrégora de Paz, de Fé, de Luz” e uma Biblioteca tem “Egrégora de Saber”...
Uma casa que foi palco de cenas de crime tem uma “Egrégora de Dor, de Sofrimento”. A tendência dessa casa é atrair violência! Pois, pessoas presas aos seus problemas, só atrairão formas-pensamento semelhantes.
É por isso que muitos lugares semelhantes a nossa Gruta da Barreira são tidos como “Sagrados”. As crenças alimentam a Egrégora desse local que adquire características de um santuário!
Da mesma forma, times de futebol têm mais facilidade pra vencer em “casa” do que no campo do adversário por causa da Egrégora da torcida.
A Egrégora toma a forma de um ser vivo, com força e vontade própria, geradas a partir dos seus criadores. Assim, confere poder até a um amuleto. Você acredita nele e ele lhe dá uma proteção (“Egrégora de Defesa”).
Enfim, Egrégora é como um filho coletivo, produzido pela interação das diferentes formas-pensamento envolvidas. Precisamos conhecer o fenômeno de sua existência para tornarmo-nos senhores dessas forças colossais.
Se você é o líder de uma empresa, terá uma arma poderosa para corrigir o curso de uma Egrégora. Poderá afastar os indivíduos de idéias negativas e os mais resistentes às mudanças. É uma solução às vezes imprescindível!

Se, entretanto, você não é o líder, o mais aconselhável é afastar-se do grupo, pois como diz um dito popular: os incomodados que se mudem!

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