“A
boa reputação vale mais que a prata e o ouro” (Provérbios 22,1)
Um galo que estava catando vermes ou migalhas para
comer, em um monturo, deu com uma pedra preciosa e exclamou:
− Ah! Se um
lapidário te encontrasse! Como haveria de regozijar-se com o achado! A mim,
porém, de nada vales. Melhor me serviria um grão de milho ou algum bichinho.
E afastando-se desdenhosamente, o galo continuou à
procura de algo que lhe satisfizesse às necessidades do estômago.
Segundo Schopenhauer “a riqueza é como água
salgada: quanto mais se bebe, mais sede se tem”. Por isso, o Livro Sagrado se
preocupou com esta questão.
“Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os
consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam”
(Mateus 6, 20).
“Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem
perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína?” (Lucas 9, 25).
“Buscai, pois,
em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão dadas de acréscimo” (Mateus 6,
33).
Muitos pregam que a riqueza é a raiz de todos os
males, mas não é o que consta na Bíblia. Na primeira epístola a Timóteo,
capítulo 6, versículo 10, Paulo escreve: “Com
efeito, a raiz de todos os males é o
amor ao dinheiro...”
Enfatizamos o referido versículo para mostrar que o
que se condena é o apego exagerado ao dinheiro. O
uso do dinheiro é necessário, pois sem ele é muito difícil viver. E certamente usar o dinheiro não é algo intrinsecamente mau
nem bom. O dinheiro, como todos os outros bens materiais, em si mesmo nada têm
de errados. A maldade, pois, está em fazer do dinheiro um deus, e ser escravo
dele!
Jesus não condena a riqueza. Ele nunca disse que a
riqueza é coisa do “demônio”, mas
apenas afirma que devemos buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e,
que conquistado isso, as demais coisas de preocupação da nossa vida, como a
riqueza, o bem estar, serão nos dadas de acréscimo, como um presente, um prêmio
ou uma recompensa, pela nossa evolução espiritual.
Toda a riqueza na realidade não nos pertence. Ela é de
Deus. E quem a possui, temporariamente, certamente assumiu, um sagrado compromisso
de bem administrá-la para o progresso da humanidade, proporcionando empregos,
rendas, educação, saúde, assistência social, habitação... Enfim, todos os investimentos
necessários para um mundo melhor. Negligenciar este compromisso é muito mais
doloroso do que a pobreza dos mais humildes.
Veja que imenso amor demonstra o Cristo pela
humanidade, quando indica primeiramente um caminho mais suave para a nossa evolução!
E ainda nos dá como garantia, como aval, toda a riqueza do mundo de acréscimo!
É até com fundamento nisso, que alguns pregam o “Evangelho da Prosperidade”. Que no meu
entender deve ser mais constituído de bens espirituais (benemerência, beneficência,
humildade, solidariedade, virtudes, etc.).
“Deus não
rejeita os poderosos, visto que também Ele é poderoso” (Jó 36, 5). Portanto, Deus
não condena ter dinheiro, o qual pode
auxiliar muito, embora não seja o principal. Pois, o mais importante mesmo é a
riqueza espiritual.
E, para pensar sobre isso, extraí do Boletim da PIB –
Primeira Igreja Batista de Curitiba-PR, as seguintes questões:
Que diferença fará daqui a cem anos, se você:
− Morou em um palacete ou em uma casa alugada? − Usou
roupa sob medida ou compradas em liquidação? − Passou férias na Europa ou no
quintal de sua casa? − Comeu peru ou filé mignon ou feijão com farinha? − Dormiu
em colchão de espuma ou numa rústica esteira? − Possuiu seu próprio automóvel ou
andava de ônibus? − Teve empregados ou recebia ordens de um patrão? − Andou
sobre tapetes macios ou num áspero chão de cimento? − Pertenceu à alta classe
social ou era um simples cidadão? − Teve cem milhões no Banco ou vivia num
aperto tremendo?
Que diferença fará isso daqui a cem anos?
Absolutamente nenhuma!
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