Aquecendo a Vida

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domingo, 13 de maio de 2012

A DIFAMAÇÃO

“Quando a Incompetência e a Inveja se unem nasce a Difamação”



Uma jovem se dirigiu a um Pai de Santo, a fim de consultá-lo.  Este, um senhor de espírito elevado, ficou atento à consulta.
Alegava a moça, que a filha de uma vizinha, por motivos de desavenças, lhe fizera feitiço para não se casar, pois com o primeiro namorado não dera certo; o segundo se afastara; o terceiro ficara com ela alguns meses; o quarto era ruim; o quinto não prestava; o sexto tinha defeito; e com o atual discutiam todas as vezes que saíam, estando prestes a perdê-lo.
O sábio Pai de Santo, que não deixa pra depois o que tem de falar agora, foi-lhe franco:
- Escuta filha, não estou vendo feitiço contra você, principalmente por parte de quem você acusa injustamente. O que acontece é ser a filha briguenta, orgulhosa, temperamental, colérica, mandona, enfim, intolerante. E isto faz que os homens se afastem. Se quiser casar, mude seu comportamento e o modo de agir, sendo humilde, calma, tolerante com as pessoas. Nenhum rapaz vai querer casar com mulher neurastênica, pra sofrer o resto da vida ou se separarem mais tarde. A dedução é lógica: ou todos os homens não valem nada ou é a filha a ruim! Olhe a si mesma, se coloque no banco dos réus e se julgue com rigor e justiça. Vejamos então se a filha se considera inocente.
− Eu sei – disse a jovem – que tenho alguns defeitos. Mas sou capaz de jurar que a filha da vizinha fez trabalho de macumba contra mim. E o senhor deve desmanchar.
− Se existe trabalho – alertou o Pai de Santo – foi você mesma que se enfeitiçou, pelo seu temperamento e incompreensão. Deixe de difamação! Não culpe ninguém, senão a si própria, pelos seus defeitos. E se por sorte conseguir casar, não se iluda, será infeliz.
Ferida em seu orgulho pelas palavras contundentes, mas honestas, a moça se irritou e virando-lhe as costas, resmungou:
− Bolas! O senhor não sabe de nada...

Nessa história vemos uma ofensa difamatória muito comum quando algo não dá certo a alguém que não percebe seus próprios defeitos.
Não se deve confundir Difamação com Calúnia. A Calúnia é a imputação, falsa, de fato criminoso a alguém. Já a Difamação, na verdade, é uma imputação a alguém de fato infamante (desonroso, ofensivo à reputação), mas que não é crime. Por exemplo, dizer que determinada jovem é lésbica.
O propagador do fato infamante comete outra difamação, porque torna a ferir a reputação da vítima. Por isso, pense sem falar, mas nunca fale sem pensar! Lembre-se que atirar pedras é fácil, o difícil é ser vidraça!
Não multiplique a difamação. Isso é prejudicial, nocivo; um mal que tem que ser extirpado da sociedade. Pois, conforme nos ensina Bossuet: “a principal causa da maledicência é a inveja”.

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