Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

A CALÚNIA

“No mar revolto do mundo, não te rendas, guarda a fé. Onda subindo mais alto é o retorno da maré”. (Deraldo Neville)



A Calúnia é a falsa imputação de um fato criminoso a outrem. Por exemplo, a imputação falsa a alguém de estupro ou de pedofilia.
Há Calúnia tanto quando o fato não ocorreu, como quando ele existiu, mas a vítima não é o seu autor.
Incorre nas mesmas penas da Calúnia, quem sabendo falsa a imputação a propaga ou divulga.
A Calúnia fere as pessoas com o intuito de difamar. Ela vem sempre de pessoas que assim só agem porque estão em condições de inferioridade. Como os alunos relapsos e indisciplinados, que na sala de aula hostilizam os mais capacitados e mais aplicados no estudo.
Pedagógica são as histórias abaixo, que ilustram muito bem este assunto.

“O Saco de Penas”

Certa vez, uma mulher contou a seu confessor que levantara um falso testemunho contra uma vizinha. E ganhou dele a seguinte penitência:
− Chegando a sua casa, mate uma galinha para o almoço. Mas aproveite as penas também. Não jogue fora. Guarde-as num saco e traga para mim.
Até aí a penitência parecia ser muito fácil. Era sábado. Ela já estava pensando em matar um franguinho para o almoço de domingo. Quanto às penas, poderia trazê-las na hora da missa.
E assim fez. Quem sabe o padre queria fazer um travesseiro para amaciar o seu sono. E trouxe mais: uma boa porção do frango para o seu bom vigário misturar com arroz. Agradecendo-lhe, disse o padre:
− Senhora, tenha a bondade de subir até o alto da torre. Quando estiver lá em cima, despeje o saco de penas.
A mulher ficou encabulada. Que penitência mais esquisita! Mas ainda era viável. Aproveitaria para ter uma vista panorâmica da cidade.
Voltando da tarefa cumprida, apresentou-se ao padre, sorrindo maliciosamente.
− Minha Senhora – disse o padre –, queira sair agora pelas ruas e recolher as penas, uma por uma, rejuntando-as no mesmo saco.
− Ah! Essa agora, não! Quem consegue catar pena por pena, tudo o que o vento espalhou? E a vergonha que a gente passa! Não há condições, padre.
− Essa é uma lição para a Senhora – comentou o vigário –, mas que vale para mim e para todos. De fato, é impossível recolher todas essas penas espalhadas pelo vento. Também é impossível recolher os males causados pelo vento da calúnia. É impossível, ainda, sanar os prejuízos causados também pela difamação, pela injúria, pelas fofocas, pelos fuxicos e pelas mentiras. 

A Cobra e o Vaga-Lume

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um vaga-lume que só vivia para brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora, e a cobra nem pensava em desistir...
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:
− Posso fazer três perguntas?
− Não costumo abrir precedente para ninguém, mas já que eu vou te comer mesmo, pode perguntar:
− Pertenço a sua cadeia alimentar?
− Não.
− Te fiz alguma coisa?
− Não.
−Então, por que você quer me comer?
− Porque não suporto ver você brilhar.

“Bem aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem...” (\Jesus)

domingo, 1 de abril de 2012

A IMPORTÂNCIA DO AMOR

O AMOR cobre uma multidão de pecados



Uma mulher jovem, doente, cuidada por boas pessoas, recebeu a visita de um sacerdote, para atendê-la espiritualmente, e que lhe perguntou:
− Como você está passando?
− Estou bem, padre – respondeu ela.
− Você está sendo bem atendida? Não lhe falta nada?
− Aqui me tratam com caridade, mas minha mãe tratava-me com carinho.
Essa história me fez pensar na diferença entre Caridade e Carinho. Será que existe Caridade sem Carinho?
O Carinho é um sentimento de grande afeto ou ternura.  É o amor na sua maior intensidade.
Será que existe caridade sem amor?
Eu entendo que não! Sem amor, a filantropia pode ser qualquer outra coisa, menos caridade. Pois, Caridade é o amor que move a vontade à busca efetiva do melhor de outrem.
“Aqui me tratam com caridade...” A jovem mulher doente está afirmando que apenas cuidam dela; e que não há amor nesse cuidado. Portanto, os que cuidam dela faziam isso mais por obrigação do que pelo desejo de dar a ela o melhor. São frios com ela. Bem diferente da mãe que a tratava com carinho, com muito afeto.
Isso nos faz pensar na importância do AMOR, como único sentido da VIDA.
O que nos faz apenas servil?
A DOCILIDADE SEM AMOR.
O que nos faz perverso?
A INTELIGÊNCIA SEM AMOR.
O que nos faz implacável?
A JUSTIÇA SEM AMOR.
O que nos faz hipócrita?
A DIPLOMACIA SEM AMOR.
O que nos faz arrogante?
O ÊXITO SEM AMOR.
O que nos faz avaro?
A RIQUEZA SEM AMOR.
O que nos faz orgulhoso?
A POBREZA SEM AMOR.
O que nos faz ridículo?
A BELEZA SEM AMOR.
O que nos faz tirano?
A AUTORIDADE SEM AMOR.
O que nos faz escravo?
O TRABALHO SEM AMOR.
O que nos deprecia?
A SIMPLICIDADE SEM AMOR.
O que nos faz introvertido?
A ORAÇÃO SEM AMOR.
O que nos escraviza?
A LEI SEM AMOR.
O que nos faz egoísta?
A POLÍTICA SEM AMOR.
O que nos deixa fanático?
A FÉ SEM AMOR.
A cruz sem amor se converte em tortura. A vida sem amor não tem sentido.
Então, Qual a mais bela de todas as coisas? É O AMOR!
Tudo que vive não vive sozinho, nem pra si mesmo.
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde.
Às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando “não”: a viagem que não fizemos; o presente que não demos; a festa que não fomos; o amor que não vivemos; o perfume que não sentimos.
A vida é melhor quando se coleciona “sim”; e é mais emocionante quando se é ator e não espectador; quando se é piloto e não passageiro; pássaro e não paisagem; cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. Porque a vida é agora...
Não importa o que aconteça, ou quanto ruim pareça o dia de hoje, a vida continua e amanhã será melhor.
“Saber ganhar” a vida não é a mesma coisa que “saber viver”. E viver não é só receber, é também dar. Focalize a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros e no trabalho, dando o melhor se si, que a felicidade vai encontrá-lo. Sempre que decidir algo com o coração aberto você vai acertar.
As pessoas se esquecerão do que disse... Esquecerão o que você fez... Mas nunca esquecerão como você as tratou.
Por isso, não tenha medo do futuro, lute e se esforce ao máximo para que ele seja do jeito que você sempre desejou.
A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.
E lembre-se que a vida sempre nos dá uma segunda chance!

A ESMOLA DO POBRE

“Amai-vos uns aos outros e fazei aos outro o que quereríeis que vos fizessem”.



Numa entrevista na tevê com a dupla Zezé Di Camargo & Luciano, comentava-se sobre o filme que conta a trajetória da dupla: “2 FILHOS DE FRANCISCO”.
O que me chamou a atenção foi o relato desses irmãos sobre um senhor que muito os ajudou no início da carreira.
Na telinha apareceu o caridoso cidadão dando um depoimento importante sobre as dificuldades de Zezé, quando ele deixou Goiás e se aventurou pela capital paulista. E, diante desse depoimento, Zezé fez um comentário, que no fundo foi mais ou menos assim:
“Quando cheguei a São Paulo ele foi um que acreditou no meu talento. Ajudou muito minha família. Se a geladeira estava vazia ele já providenciava uma compra de alimentos. É, sem dúvida alguma, o meu segundo pai! Ele me ajudou num período difícil, por isso, vou ajudá-lo o resto da minha vida. Não há dinheiro no mundo que pague o que ele me fez!”
Emoção total! Depois de alguns comentários do Luciano, ratificando essas afirmações, Zezé prosseguiu:
“Aprendi que a gente sempre tem que ser grato a quem nos ajuda. Neste caso, específico, a gratidão é muito maior, porque ele repartiu com a minha família o pouco que possuía. Eu conheço a Bíblia! O que aconteceu comigo é como a história do óbolo do pobre, que repartiu com seu irmão o único pedaço de pão que tinha. E, então, Jesus o abençoou porque, proporcionalmente, sua dádiva foi maior do que a maior doação que um rei já tinha feito. O muito do soberano era nada perto daquela humilde caridade, porque o pobre deu tudo o que tinha! E o rei? O rei deu uma grande quantia, mas quase insignificante perto do ouro que possuía!”
Fiquei muito mais fã da dupla, pelo belíssimo ensinamento!
Com certeza, Zezé Di Camargo estava se referindo ao “óbolo da viúva”, assim relatado no Novo Testamento (Marcos 12: 41–44 e Lucas, 21: 1–4):
“Estando Jesus sentado defronte do gazofilácio, observava como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Tendo chegado uma pobre viúva, depositou duas pequenas moedas, correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que o fizeram todos os outros ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento”.
A esmola do pobre parece pesar mais na balança divina do que o dinheiro do rico! Por que será?
Talvez seja pelo fato de que o pobre dá esmola com a própria privação, enquanto a esmola do rico não exige privação alguma.
Contudo, não é só com dinheiro que se faz caridade. Pode-se muito bem enxugar lágrimas de outros modos, consolando ou amenizando um sofrimento físico ou moral. Na ausência de dinheiro, porque não nos privarmos um pouco do nosso trabalho, do nosso tempo, do nosso repouso, no exercício da fraternidade? 
Isso é o que constitui a esmola do pobre, o óbolo da viúva, todavia, sem esquecer outro importante ensinamento do Mestre:
“Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.” (Mat., 6:2)
Atualmente não se toca a trombeta, mas soltam fogos, reúnem-se em praças públicas, com o poder da mídia, para dar publicidade da campanha benemérita.
“Natal dos pobres”, “Campanha do Agasalho”, etc., são feitos sob intensa divulgação. É valido? É claro que sim.
Vale para quem é atendido nas suas necessidades, mas para o doador é preciso que ele próprio, lá no fundo da alma, analise se sua intenção não era somente o da publicidade em si, para ser considerado pela sociedade como pessoa que pensa no próximo.