“Onde reina o Amor, o impossível pode ser alcançado”
(Provérbio Indiano).
Sei que o Amor pode significar afeição, compaixão, misericórdia, atração, paixão, querer bem... Mas me falam que o Amor não pode ser reduzido ao físico, ao romântico!
Então, o que é o Amor afinal?
Nando Reis, famoso compositor brasileiro, diz que “O amor é o calor que aquece a alma” – pra mim uma das melhores definições.
O Amor é, pois, um sentimento de essência divina. É uma chama de fogo sagrado que todos nós possuímos no fundo do coração. E isso se comprova pela tendência natural de todos em procurar, ao seu redor, afeição e simpatia.
O AMOR, assim, é o único sentido da VIDA; e não importa a sua definição, pois é tido por muitos como a maior de todas as conquistas do ser.
A Lei do Amor − revelada pelo Mestre − substitui o individualismo pela integração das pessoas. E, dessa forma, acaba com as misérias sociais.
Feliz daquele que ama seus irmãos em sofrimento, pois não conhece a angústia da alma e nem a do corpo!
Vale à pena pensar na grandeza do Amor!...
Do amor que sabe renunciar e sabe calar para não ferir os sentimentos daqueles com quem convive e que dependem da segurança do lar para crescer e dignificar o mundo, que os acolhe com doçura e carinho.
Paulo compara o Amor com muitas coisas que, em seu tempo, tinham valor para o homem. Além de comparar com a Fé e a Caridade, compara o Amor com a Eloqüência, com a Profecia. Compara com os Mistérios. Compara com a Esperança. Compara com o Sacrifício e o Martírio.
E depois dessas comparações, termina afirmando que se tivermos tudo isso e esquecermos o Amor, para nada servirá o nosso esforço. Porque podemos conseguir tudo. Mas, se não tivermos Amor, tudo isso não significará nada para nós nem para a causa de Deus.
O verdadeiro Amor é aquele que é capaz de renunciar sem ferir e de se dedicar sem cobrança. O Amor verdadeiro é a aceitação de tudo o que o outro é... De tudo o que o outro foi... Do que será... Do que já não é...
Como na história do homem bastante idoso que certo dia procurou uma Clínica para fazer um curativo em sua mão ferida, dizendo-se muito apressado porque estava atrasado para um compromisso.
Enquanto o tratava, o jovem médico, curioso, lhe pergunta:
− Posso saber o motivo da sua pressa?
− Preciso ir ao Asilo de Velhos – disse ele. – Vou tomar o café da manhã com minha mulher, lá onde ela está internada há bastante tempo...
Sua mulher sofria do “Mal de Alzheimer” em estágio bastante avançado. O médico, sem saber disso, enquanto terminava o curativo, pergunta:
− Sua mulher não ficará assustada pelo fato do senhor estar atrasado?
− Não – responde ele –, ela já nem sabe quem eu sou. Há quase cinco anos ela nem me reconhece...
Intrigado, o médico lhe pergunta:
− Mas se ela já nem sabe quem o senhor é, porque essa necessidade do senhor estar com ela todas as manhãs?
O velho sorriu, deu uma palmadinha na mão do médico e disse:
− É verdade, doutor... Ela não sabe quem eu sou, mas eu sei muito bem QUEM ELA É.
Enquanto o velhinho saía apressado, o jovem médico sorria emocionado e pensava: “Esta é a qualidade de Amor que eu gostaria para a minha vida”.
“Amor não é uma questão de contar os anos, mas é fazer com que os anos contem” (Wolfman Jack Smith).