Aquecendo a Vida

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AMOR MAIÚSCULO

“Onde reina o Amor, o impossível pode ser alcançado”
 (Provérbio Indiano).



Sei que o Amor pode significar afeição, compaixão, misericórdia, atração, paixão, querer bem...  Mas me falam que o Amor não pode ser reduzido ao físico, ao romântico!
Então, o que é o Amor afinal?
Nando Reis, famoso compositor brasileiro, diz que “O amor é o calor que aquece a alma” – pra mim uma das melhores definições.
O Amor é, pois, um sentimento de essência divina. É uma chama de fogo sagrado que todos nós possuímos no fundo do coração. E isso se comprova pela tendência natural de todos em procurar, ao seu redor, afeição e simpatia.
O AMOR, assim, é o único sentido da VIDA; e não importa a sua definição, pois é tido por muitos como a maior de todas as conquistas do ser.
A Lei do Amor − revelada pelo Mestre − substitui o individualismo pela integração das pessoas. E, dessa forma, acaba com as misérias sociais.
Feliz daquele que ama seus irmãos em sofrimento, pois não conhece a angústia da alma e nem a do corpo!
Vale à pena pensar na grandeza do Amor!...
Do amor que sabe renunciar e sabe calar para não ferir os sentimentos daqueles com quem convive e que dependem da segurança do lar para crescer e dignificar o mundo, que os acolhe com doçura e carinho.
Paulo compara o Amor com muitas coisas que, em seu tempo, tinham valor para o homem. Além de comparar com a Fé e a Caridade, compara o Amor com a Eloqüência, com a Profecia. Compara com os Mistérios. Compara com a Esperança. Compara com o Sacrifício e o Martírio.
E depois dessas comparações, termina afirmando que se tivermos tudo isso e esquecermos o Amor, para nada servirá o nosso esforço. Porque podemos conseguir tudo. Mas, se não tivermos Amor, tudo isso não significará nada para nós nem para a causa de Deus.
O verdadeiro Amor é aquele que é capaz de renunciar sem ferir e de se dedicar sem cobrança. O Amor verdadeiro é a aceitação de tudo o que o outro é... De tudo o que o outro foi...  Do que será... Do que já não é...
Como na história do homem bastante idoso que certo dia procurou uma Clínica para fazer um curativo em sua mão ferida, dizendo-se muito apressado porque estava atrasado para um compromisso.
Enquanto o tratava, o jovem médico, curioso, lhe pergunta:
− Posso saber o motivo da sua pressa?
− Preciso ir ao Asilo de Velhos – disse ele. – Vou tomar o café da manhã com minha mulher, lá onde ela está internada há bastante tempo...
Sua mulher sofria do “Mal de Alzheimer” em estágio bastante avançado. O médico, sem saber disso, enquanto terminava o curativo, pergunta:
− Sua mulher não ficará assustada pelo fato do senhor estar atrasado?
− Não – responde ele –, ela já nem sabe quem eu sou. Há quase cinco anos ela nem me reconhece...
Intrigado, o médico lhe pergunta:
− Mas se ela já nem sabe quem o senhor é, porque essa necessidade do senhor estar com ela todas as manhãs?
O velho sorriu, deu uma palmadinha na mão do médico e disse:
− É verdade, doutor... Ela não sabe quem eu sou, mas eu sei muito bem QUEM ELA É.
Enquanto o velhinho saía apressado, o jovem médico sorria emocionado e pensava: “Esta é a qualidade de Amor que eu gostaria para a minha vida”.

“Amor não é uma questão de contar os anos, mas é fazer com que os anos contem” (Wolfman Jack Smith).

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O BURACO NEGRO

“O mal da ganância é não ter freios” (Ediel)



No universo existe um lugar misterioso conhecido como “Buraco Negro”. É um lugar que contraria as teorias da física dadas como certas. Um lugar onde tempo e espaço se rompe e a incerteza é uma constante.
De acordo com a Teoria Geral da Relatividade, um “Buraco Negro” é uma região do espaço onde o campo gravitacional é tão forte que nada sai dessa região. E uma vez que nada sai de um “Buraco Negro”, nada de um “Buraco Negro” chega até nós. Resta a nós, então, apenas observá-lo.
E foi observando esse bizarro fenômeno da natureza que, em 1994, os astrônomos obtiveram indícios da presença de um “Buraco Negro” no centro de uma galáxia espiral, como também mediram a sua massa. Posteriormente, obtiveram indícios de outros fenômenos iguais a esse no centro de outras galáxias. Mas, até agora apenas isso eles conseguiram.
O que os físicos nos dizem é que se um ser humano entrasse num “Buraco Negro” morreria, porque se desintegraria totalmente.
Todavia, desse “Buraco Negro” quase nada sei, mas não é desse tipo de “Buraco Negro” que quero comentar. Mas de um filme de curta metragem com esse título, que está sendo exibido pela internet, na íntegra, com duração de pouco mais de dois minutos.
Nesse filme – uma espécie de pequena fábula com moral e tudo – o autor nos mostra, sem uma única fala, até onde a ambição e a ganância podem levar o ser humano.
O filme começa com a cena de um homem executando um trabalho xerográfico. A máquina começa a enguiçar. Não contente ele dá uns pontapés nela até voltar a funcionar. No entanto a via xerocada apresenta no meio da folha um circulo estranho, bem arredondado e negro.
Ele olha essa folha pensativamente e a coloca de lado, sobre a máquina. E enquanto a máquina continua o serviço automaticamente, ele toma um pouco d’água e coloca o copo sobre aquele círculo negro da folha. Para sua surpresa, o copo atravessa a folha de papel e penetra na máquina.
O filme continua, mostrando o ator admirado, que percebe que se trata de um fenômeno de outro mundo, e faz, por isso, algumas tentativas para enfiar a mão por aquele “Buraco Negro”.
Depois de um momento de indecisão ele cria coragem e enfia a mão pelo “Buraco Negro” e retira o copo de dentro da máquina.
Eureca! – fica pensando... Se a mão atravessa o “Buraco Negro”, facilmente... Então eu posso conseguir muitas coisas... Vai até a geladeira expositora de refrigerantes, coloca a folha com o circulo negro na porta de vidro, enfia a mão e retira lá de dentro um pequeno tablete de chocolate e, satisfeito pela proeza, se delicia comendo um pequeno pedaço dele.
Olha, então, maliciosamente, para a sala do cofre da empresa! Vai até a porta, coloca o papel com o “Buraco Negro” ao lado da fechadura, enfia a mão e, por dentro, abre a porta, já se deparando com um imenso cofre à sua frente.
A cobiça lhe angustia, e o agita. Rapidamente coloca o papel com o “Buraco Negro” ao lado do segredo do cofre, enfia a mão e retira um pacote de notas. Passa a mão pelo dinheiro e apressadamente enfia as duas mãos dentro do cofre. Retira tudo que pode! Não contente e dominado pela ganância, procura por mais pacotes, desesperadamente, até se enfiar todo, de corpo inteiro, dentro do cofre.
Nesse momento o filme mostra a cena final: o papel com o “Buraco Negro” caindo da parede de fora do cofre e o ganancioso preso dentro do cofre, batendo pra sair.
“Inteligente é o homem que sabe valorizar o que tem, sem perder a ambição, e sem adquirir a ganância” (Alfredo Ananias Leonel Silva).
Cuidado com algumas escolhas: Ganância leva ao egoísmo... e egoísmo leva à solidão” (Karina Perussi).

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

NOTA DE FALECIMENTO DE UM AMIGO

“O BOM SENSO existia; mas estava escondido, por medo do senso comum”
(Alessandro Manzoni).



Esta mensagem, de desconhecido autor, circula na internet. Achei importante adaptá-la e compartilhá-la com todos os meus leitores.

Caro (a) Amigo (a),
É com muita tristeza que lhe participamos o falecimento de um amigo muito querido, que se chamava BOM SENSO... E que viveu muitos e muitos anos entre nós.
Ninguém conhecia com precisão a sua idade porque o registro do seu nascimento foi desclassificado há muito tempo, tamanha a sua antiguidade. Mas lembramo-nos muito bem dele, principalmente pelas suas lições de vida como:
− “O mundo pertence àqueles que se levantam cedo”.
− “Não podemos esperar tudo dos outros”.
Ou ainda,
− “O que me acontece pode ser em parte também por minha culpa”.
O BOM SENSO só vivia com regras simples e práticas como: “Não gastar mais do que se tem”. E de claros princípios educativos como: “São os pais quem dão a palavra final”.
Acontece que, o BOM SENSO começou a perder o chão, quando os pais passaram a atacar os professores, que acreditavam ter feito bem o seu trabalho querendo que as crianças aprendessem o respeito e as boas maneiras.
Sabendo que um educador foi afastado ao repreender um aluno por comportamento inconveniente na aula, agravou-se o seu estado de saúde. Deteriorou-se mais ainda, quando as escolas foram obrigadas a ter autorização dos responsáveis, até para um curativo no machucado de um aluno – sequer podiam informar os pais de outros perigos mais graves incorridos pela criança.
Enfim, o BOM SENSO perdeu a vontade de viver quando percebeu que os ladrões e os criminosos tinham melhor tratamento do que suas vítimas. Também recebeu fortes golpes morais e físicos, quando a justiça decidiu que era crime defendermo-nos de algum ladrão na nossa própria casa, enquanto a este último é dada a garantia de poder queixar-se por agressão e atentado à integridade física...
O BOM SENSO definitivamente perdeu toda a confiança e a vontade de viver quando soube que uma mulher, por não perceber que uma xícara de café quente iria queimar-lhe, ao derramá-lo em uma das pernas, recebendo por isso, uma colossal indenização do fabricante da cafeteira elétrica.
Certamente você já reconheceu que a morte do BOM SENSO foi precedida pelo falecimento:
− dos seus pais: Verdade e Confiança;
− da sua mulher: Discrição;
− dos seus filhos: Responsabilidade e Juízo.
Então, o BOM SENSO deixa o seu lugar para quatro falsos irmãos:
− “Eu conheço os meus direitos e também os adquiridos”.
− “A culpa não é minha”.
− “Sou uma vítima da Sociedade”.
− “Meus pais não sabem nada e cobram demais!”.
Claro que não haverá multidão no seu enterro, porque já não temos muitas pessoas que o conheçam bem, e poucos se darão conta de que ele partiu.
Mas, se você ainda se recorda dele, caso queira reavivar a sua lembrança, previna todos os seus amigos do desaparecimento do saudoso BOM SENSO fazendo circular esta comunicação...
Senão, não faça nada... Deixe tudo como está!!!
Pois, “Anel de ouro em focinho de porco é a mulher bonita, mas sem BOM SENSO” (Provérbios 11,22).
 “O homem de BOM SENSO confia na Lei; para ele, a Lei é digna de confiança como a resposta de um oráculo” (Eclesiástico 33,3).
“O homem de BOM SENSO aceita os mandamentos” (Provérbios 10,8).