“É Natal
sempre que deixares Deus amar os outros através de ti”.
(Madre Tereza de Calcutá).
A noite é
quase gelada... Contudo Mariazinha é
a menina de outras noites, que treme tosse e caminha... Guizos soam ao longe e
por perto... É Natal de paz e amor. Há muitas vozes cantando: “Louvado
seja o Senhor!”.
A rua
parece nova qual jardim que floresceu. Cada vitrine enfeitada repete: “Jesus nasceu!”.
Mariazinha é uma menina triste, descalça e
vestido roto, que lá vai sozinha, sem mãe, que a beije, e sem pai. Aqui e ali,
pede pão... Está faminta e doente. “Sua
vadia, saia depressa!”. É o
grito de muita gente. Outros dizem: “Menina
ladra!”; “Fuja daqui, pata feia!”; “Toda criança perdida deve dormir na
cadeia”.
Mariazinha tem fome e chora, sentindo em
torno o vento que traz o aroma do pão aquecido ao forno. Abatida, fatigada,
depois de percurso enorme, estira-se na calçada... Tenta o sono, mas não dorme.
Nisso, um
moço calmo e belo surge e fala doce e brando:
— Mariazinha, você está dormindo ou
pensando?
— Hoje é Dia de Natal e eu estou pensando em JESUS – disse a menina, erguendo os
bracinhos nus.
— Não
recorda mais alguém?
E ela
chorando disse:
— Eu
penso também com saudade em minha mãe que morreu...
— Se JESUS aparecesse, agora, que é que você
queria?
A pobre
menina sorriu contente, e respondeu:
— Queria
que ele me desse um bolo da padaria... Depois de comer, então, queria um par de
sapatos e uma blusa grande e quente... Depois queria uma casa, assim como todos
têm... E depois de tudo eu queria uma boneca também...
— Que
assim seja Mariazinha! Você hoje
terá tudo aquilo que deseja.
— Mas, o
senhor quem é mesmo?
E ele,
olhos em luz, afirma:
— Sou seu
amigo de sempre! Minha filha, Eu Sou
JESUS!...
Então, Mariazinha, encantada, tonta de imensa
alegria, pôs a cabeça cansada nos braços que ele estendia... E dormiu, vendo-se
outra, em santo deslumbramento, aconchegado a JESUS na glória do firmamento.
No outro
dia, muito cedo, quando o lojista abre a porta, um corpo caiu de leve... A
menina estava morta.
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O
referido Conto consta do livro Antologia Mediúnica do Natal, de Francisca
Clotilde / Chico Xavier.
É um
Conto de Natal para reflexão!
Então,
para engrandecer o seu momento festivo, nos últimos dias do ano, volte no tempo
de sua infância e se lembre do melhor Natal que você teve quando criança. Pense
nisso!...
Mas, se
você não se recorda de nenhuma Festa Natalina, crie uma na sua imaginação... Como
gostaria que tivesse acontecido! E visualize-a com muita emoção.
Pois, Natal é um momento que deve ir além das
promessas. Deve ser um compromisso com os dias que virão, onde prevaleça a
esperança, a caridade, a tolerância e a compreensão. Enfim, onde o amor ao próximo deixe de ser utopia
para se transformar numa prática de todo dia...
Deixe que
flua para dentro do seu Coração a energia do Criador. Você é uma Centelha Divina. Você é um fractal do Amor! Que a Luz do
Cristo seja sempre seu Anjo Consolador.
Agora,
com essa energia, que o seu Espírito extasia, acolha, com o poder do
pensamento, todas as pessoas que nesta data merecem compartilhar da sua
alegria: seus familiares, amigos, colegas de trabalho... Procure vê-las ao seu
lado, presente, e sinta, nitidamente, o prazer desse festivo encontro marcado!
Seja um trabalhador da Luz, comprometido com a
verdade para a ninguém enganar. Viva em paz e em harmonia!... Sem se esquecer, todavia,
dos mais relevantes avisos do Aniversariante: “Amai-vos uns aos outros”;
“Instruí-vos”; “Fora da caridade não há salvação”; “Vigiai e Orai”; “Muitos são
chamados e poucos os escolhidos”...
Bendito seja o Dia de Natal, que une todos numa conspiração de Amor!
Que o Espírito deste Natal ilumine seu coração com alegria e esperança!
FELIZ NATAL!...
Que Deus
abençoe sempre esta época do ano! Que o Espírito de Natal prevaleça em nossos
corações! São os nossos sinceros votos.
E que o aniversariante do dia esteja sempre presente em sua vida!
BOAS FESTAS!...