“Um Natal Feliz e Abençoado é o que lhes desejo! Boas Festas!”.
Véspera
de Natal. Povo na rua. Comércio “bombando”.
Vendas em alta. Empreendedores eufóricos pelos negócios bem sucedidos. Alegria
geral... Foi nesse clima natalino que um conhecido Comerciante da cidade,
depois do sucesso de mais um dia de trabalho, dirigiu-se ao estacionamento de
sua loja para pegar o carro. Nesse momento aproximou-se dele uma mulher de
aparência sofrida e triste, que após cumprimentá-lo, disse:
— O
meu filhinho está às portas da morte e eu preciso socorrê-lo, mas não tenho
dinheiro para pagar as despesas do hospital. O senhor pode me ajudar?
O
Comerciante sentindo o Espírito de Natal que imperava, sem titubear, pegou a pasta
de sua renda diária e deu-lhe uma boa contribuição em dinheiro, consolando-a ao
se despedir:
—
Que Deus lhe abençoe! Que tudo corra bem para sua família!...
Um
dia depois, numa reunião da Associação Comercial, ele comentou com os colegas o
episódio daquele fim de tarde. E um deles lhe perguntou:
—
A mulher com quem você conversou e ajudou era loira, pequena e magra, com uma
cicatriz no rosto?
—
Sim. Com certeza...
—
Você então foi trapaceado. – Essa mulher é uma vigarista e vive contando a
mesma história a todos os comerciantes da cidade.
Surpreendido,
ele perguntou:
—
Então, não existe nenhuma criança às portas da morte?
— Claro
que não!... kkkkkkkk...
O
Comerciante rindo e tranquilo, olhando para todos levantou as mãos ao céu e deu
Graças a Deus, dizendo:
— Essa
é A MELHOR NOTÍCIA que eu poderia
ter recebido nesta semana do Natal! Vocês não imaginam, mas ela me tirou um enorme peso da consciência!... Gratidão!...
Este
fato narrado provoca alguns questionamentos, que precisam ser elucidados. Por
que o Comerciante considerou aquela informação como sendo a sua Melhor Notícia? E por que lhe tirou um
peso da Consciência? Por que ele Agradeceu a Deus? E qual é, enfim, a Moral dessa
história?...
O
que você acha?...
Eu
penso assim: O Comerciante teve uma semana de bons lucros. E ajudou financeiramente
a mulher... Mas ele poderia ter feito muito mais... Era véspera de Natal, um
momento para se meditar sobre Jesus – o Filho de Deus que nasceu para pregar o
Amor ao Próximo e a Caridade. O Comerciante poderia dar um pouco mais de
atenção àquela pobre coitada, doando um pouco mais do seu tempo para confortá-la, o que seria um bálsamo para suas
Dores da Alma... O tempo que se doa em benefício de alguém não há dinheiro que
pague!... Como disse o Apóstolo Paulo numa de suas epístolas: “se
não tiver caridade, nada sou. — E, ainda que distribuísse todos os meus bens
para alimentar os pobres e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não
tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria”. (I Coríntios 13,2 e 3).
Caridade é, pois, bem
mais do que Dar Esmolas!... Visto que mesmo sendo uma boa grana, pode servir
apenas de humilhação para a pedinte, que se sente marginalizada pela sociedade.
Pois o dinheiro logo acaba e o flagelo dela continua! E vai ter que voltar a sua
velha prática vexatória de mentiras para conseguir algo para sua sustentação.
A verdadeira Caridade, contudo, é um
exercício de paciência com os problemas do próximo; de disposição para auxiliar
sem nunca se orgulhar disso, sem se azedar, se queixar e nem se agastar com as
deficiências de quem, humilhada e envergonhada, às vezes precisa, se rebaixar
ainda mais, mentindo para sobreviver...
Caridade não suspeita
mal e a ninguém desdenha... E nunca se alegra com injustiças sofridas por quem
quer que seja!... O Comerciante entendeu o drama daquela mulher e a perdoou antes
mesmo de qualquer coisa. Daí a notícia do filho dela não estar às portas da
morte, ter sido para ele um grande alívio! Dando Graças a Deus!...
.Moral da história:
Diante
da igualdade de todos perante o Criador, o princípio da liberdade de
consciência, que respeita os Direitos do Próximo e lhe estende as mãos, nos
assevera que: Fora da verdadeira Caridade não há Salvação!
Esse episódio nos tira da escuridão, pois nos mostra a verdadeira luz.
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