“O
Senhor é Espírito e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. (II Cor 3,17).
Era
uma vez um Rei, que tinha um Pássaro com asas coloridas e um canto maravilhoso,
preso numa gaiola de ouro. Ele, quando precisava se animar dizia ao Pássaro que
abrisse suas asas e cantasse sua afinada música. Ficava tão feliz, que decidiu
um dia premiar o Pássaro:
— Pede
o que quiser e eu te dou.
—
Meu caro Rei – respondeu o Pássaro –, eu sei que tenho uma bela gaiola e sou
muito bem tratado aqui, mas o que eu queria mesmo era poder sair e cantar
livremente.
— Ora, Pássaro, isso eu não posso lhe
dar!
Dias
depois, o Rei decidiu viajar ao Reino vizinho – onde seu Pássaro tinha sido
capturado – e disse a ele:
— Vou
até o seu Reino, quer alguma coisa?
— Vá até um vale, à direita da montanha
mais alta. Vossa Majestade verá um lago
com árvores frondosas em volta. É lá que estão os meus parentes, mande uma
saudação a eles.
O
Rei, para atender ao pedido do Pássaro foi até esse vale e lá viu dezenas de
pássaros tão belos como o seu. E gritou:
— Meus caros, sou o Rei do Reino vizinho
e mando uma saudação de um de vocês, que está morando em uma gaiola em meu belo
palácio.
Então, um pássaro igual ao do Rei
despencou do galho da árvore mais alta. Estava morto.
Assustado,
o Rei de volta ao seu palácio, disse:
— Meu caro Pássaro! Eu fiz o que me
pediu, mas aconteceu algo estranho. Do alto da árvore mais alta, outro pássaro,
muito parecido com você, despencou e caiu morto.
Triste, o Pássaro lhe respondeu:
— Esse pássaro era meu irmão. E, em
seguida, também caiu morto.
O
Rei então se arrependeu e tirou o Pássaro da gaiola e o colocou na soleira da
janela. Mas, em seguida, percebeu que ele respirava e se mexia. O Pássaro,
então, se levantou livre, dizendo:
— Aquele
era meu irmão e me mandou um recado, caro Rei. Não importa a mensagem, e sim o
mensageiro, que nem precisa saber que está carregando essa mensagem.
Estupefato,
o Rei lhe pergunta:
— E qual é essa mensagem?
—
LIBERDADE NÃO SE PEDE, LIBERDADE SE
CONQUISTA! – respondeu-lhe o Pássaro. E saiu voando, livre, pelos céus...
Às
vezes, confundimos Liberdade com Libertinagem.
Libertinagem está mais para a
licenciosidade no fazer as coisas, de forma desordenada e sem empecilho algum.
Liberdade já é um anseio
inato do ser humano. Sua busca é tão natural como é a busca da luz pela planta.
Daí o impulso por Liberdade ser um
dos mais fortes já experimentados por todos que tenham a capacidade de sentir.
“A
Liberdade não tem preço” – segundo Esopo. Entende-se, porém, que
ela tem o esforço da busca pela Revelação
da Verdade, quando Jesus assevera: “Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará”.
. E
Jesus ainda ensinou, que a Liberdade
nossa termina onde começa a Liberdade
do nosso próximo! Isso significa dizer que somente podemos agir como uma consciência
livre, respeitando o Consciente Coletivo. Não é lícito querer impor a outras
pessoas aquilo que não desejamos para nós!...
A Verdade embasada na Justiça e no Amor nos
eleva ao esclarecimento maior, distante do fanatismo e do radicalismo. Pois ela
é o instrumento da nossa Emancipação Espiritual.
Diz
o Livro do Conhecimento, que “Uma Verdade se fixa nas mentes somente se
ela for repetida mais de mil vezes”. Daí o cuidado maior que você deve
ter para não reificar (coisificar) a sua consciência pela Mentira difundida amplamente, como se
você fosse um objeto qualquer.
Perante
Deus, o mesmo Direito é igual para todos. Por isso Ele nos concedeu o
Livre-Arbítrio para termos Liberdade
nas nossas escolhas.
Chegou,
pois, o tempo de se fazer as escolhas certas para Conhecer a Verdade! E de saber que “Dias difíceis preparam amanhãs
luminosos!”.
Viva
sem medos! Pois a dúvida ofusca a luta por Liberdade.
Vá
em frente, cantarolando o refrão da música “Massa Falida” de Duduca &
Dalvan, que a todos conclama:
“Não
aborte os teus ideais no ventre da covardia. Vá à luta empunhando a VERDADE,
que a LIBERDADE não é utopia”.