“Que
o Grande Espírito conceda-me o privilégio de saber Amar e Perdoar” (Lio Souza).
Sonhei que tive uma conversa com o
Grande Espírito.
— Entre! – disse-me Ele. – Você quer
conversar comigo?
— Se o Senhor tiver tempo.
O Grande Espírito sorriu e falou:
— Meu tempo é a eternidade!... O que você
quer saber?
— Bem!... O que mais o surpreende na
raça humana?
E o Grande Espírito respondeu:
—
Que se aborreçam por serem crianças e se apressem em crescer; para depois, já
adultos, se lamentarem por não serem mais crianças!
—
Que percam a saúde para conseguir dinheiro e, então, que percam dinheiro para
restaurar sua saúde!
—
Que pensem com ansiedade sobre o futuro e se esqueçam do presente de tal forma
que não vivam nem para o presente nem para o futuro!
— Que vivam como se jamais fossem morrer
e morram como se jamais tivessem vivido!
As mãos d’Ele apertaram as minhas e
permanecemos em silêncio por instantes. Então lhe fiz outra pergunta.
— Quais lições os jovens devem aprender
para ensinar a seus filhos?
E o Grande Espírito sorrindo, assim me
respondeu:
—
Que não podem fazer alguém passar a amá-los! O que eles podem fazer é deixar-se
que sejam amados!
— Que
a pessoa rica não é aquela que tem o máximo possível, mas é aquela que
necessita do mínimo!
—
Que se levam apenas alguns segundos para abrir feridas profundas nas pessoas
que amamos; e que se levam muitos anos para curá-las!
—
Que há pessoas com o poder de amar intensamente, mas que simplesmente não sabem
como expressar ou mostrar seus sentimentos!
—
Que duas pessoas podem olhar para uma mesma coisa e vê-la de modos totalmente
diferentes!
— Que nem sempre basta que eles sejam
perdoados pelos outros, mas sim, que saibam como perdoar a si mesmos!
Sensibilizado, agradeci pela sua
dedicação e por tudo que sei que tem feito por mim e por minha família.
Ele, então, me respondeu:
—
Não tem porque agradecer!... Sempre estou com você, 24 horas por dia. Tudo o
que tem a fazer é tirar suas dúvidas e sempre lhe responderei.
Esta parábola, adaptada do Livro de
Alexandre Rangel, vol. II, serve para a gente refletir sobre as surpresas da
vida e as lições que ela nos ensina.
A vida é uma escola. Aprendemos desde o
nascimento até o derradeiro suspiro libertador de nossa alma, ao fazer a
passagem para outras dimensões de aprendizados mais sublimes.
E,
depois de angariar novas ideias, voltamos para a escola terrena para colocá-las
em prática.
Essa
é a lei divina. A lei do progresso; da evolução do Espírito de cada uma das
criaturas da humanidade. Essa lei chama-se REENCARNAÇÃO.
Todos
nós passamos por uma pluralidade de existências no
planeta
Terra e em outras moradas do Criador. Como se deu com João Batista, que Jesus disse ser o espírito de Elias: "E, se quereis compreender, é ele o
Elias que devia voltar". (Mateus 11,14).
Mais adiante, no cap. 17, 10-13 de
Mateus, Jesus confirma isso quando os discípulos assim o interrogaram:
— Por que dizem os escribas que Elias
deve voltar primeiro?
Jesus
respondeu-lhes:
— Elias, de fato, deve voltar e
restabelecer todas as coisas. Mas eu vos digo que Elias já veio, mas não o conheceram; antes, fizeram com ele quanto
quiseram [...]. Os discípulos compreenderam, então, que ele lhes falava de João Batista.
Ao
anunciar a sua vinda inesperada no final dos tempos: "Em verdade vos declaro: não
passará esta geração antes que tudo isto aconteça" (Mateus 24,34),
com certeza Jesus não prevaricou! Pois na geração atual há muitas pessoas, daqueles
idos tempos, que chegaram até aqui por meio de uma multiplicidade de existências.
E
quando metaforicamente afirma em Lucas 15,4, que “nenhuma de suas ovelhas se
perderá”, a garantia do Mestre traz o selo das vidas sucessivas!
Diz
Hermínio C. Miranda, que “a Bíblia ‘fala’,
sim, em reencarnação, tanto quanto fala em bombas atômicas. É só ter as chaves apropriadas e os olhos de ver para identificar as
referências, ou melhor, onde e como está o espírito
que vivifica atrás da letra que mata”.