A fruta do amor é doce
e saudável em todas as estações
Meu avô materno, Jango Ferreira,
fazendeiro, quando encontrava uma romãzeira nas suas terras mandava,
imediatamente, cuidarem dela e guardar as cascas da fruta para fazer chá, que
ele considerava um grande aliado no tratamento de dores de garganta.
Há alguns anos apareceu no quintal da
casa de minha mãe um pé de romãs. Cresceu... E começou produzir bastante.
Assim, fui aprendendo a saborear lindas romãs, em forma de suco, geleia, pãezinhos,
bolo, licor, xarope tipo grenadine... Feitos por minha esposa.
Fico, às vezes, até pensando se essa
romãzeira não tem algo de sobrenatural ligada ao meu avô. Não foi por acaso que
ela nasceu ali. Deve fazer parte do mecanismo de sincronicidade da vida!
Já aprendi que há diferença entre casualidade
e sincronicidade!
Na sincronicidade
o acaso não existe! Não existem coincidências, pois as coisas que acontecem mesmo
eventualmente têm significado! Desta forma, podemos afirmar que sincronicidade
é a casualidade
com significado.
Essa misteriosa romãzeira, que produz
frutos o ano todo, representa, então, uma dessas belezas da natureza, que faz a
gente acreditar cada vez mais no Grande Arquiteto do Universo.
No Google descobri que a Romã é uma
fruta muito usada na medicina tradicional, para o tratamento de doenças
gastrointestinais e parasitárias. E tem outros benefícios: melhora da memória; redução
da pressão arterial; alívio da artrite; protege contra os radicais livres, que
causam Alzheimer e até o câncer. Tem
propriedades antioxidantes; é rica em vitaminas A, C, K e do Complexo B; além
de fonte de ferro, cálcio, fibras e ácido fólico, que fortalecem o sistema
imunológico.
Na mitologia grega é uma árvore
consagrada à Afrodite (deusa do amor), sendo considerada a “Fruta do Amor”, porque é
o símbolo da fertilidade – um afrodisíaco natural.
É considerada também uma “Fruta
da Sorte”. Pois, nas festas de fim de ano muitos guardam três
sementinhas de romã na carteira, como uma “simpatia”
de prosperidade.
Ao ir buscar mais umas romãs na casa de
minha mãe, para minha surpresa, algumas estavam com manchas enegrecidas nas
cascas, atacadas, aparentemente por um fungo. Encontrei duas frutas maduras:
uma graúda, muito bonita, de casca bem lisa, e outra pequena, de aparência
feia, devido irregularidades na casca.
Apanhei ambas e fui embora pensando no
suco que iria fazer. Contudo, para minha surpresa a “Romã graúda”, muito bonita por fora, estava
apodrecida por dentro. Provavelmente atacada por algum tipo de pragas ou brocas.
Decepcionado, eu fui cortar a “Romãzinha feia” e me surpreendi:
estava bem granulada de sementes graúdas, bem avermelhadas, sadias...
A “Romã graúda” só tinha boa aparência
por fora. Enquanto a “Romãzinha feia” era uma riqueza por
dentro. E aí me veio à mente um ditado sertanejo que diz: “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”.
Tal qual o caso dessas romãs, quantas
vezes não percebemos “pessoas graúdas” de aparência boa,
mas enganosa! E quantas vezes não desprezamos “pessoas humildes” por
causa de sua aparência simples, mas que trazem um tesouro no coração! Jesus já
alertava sobre isso, quando disse:
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!
Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por
dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão” (Mateus 23,27).
Assim são, também, muitas pessoas importantes,
renomadas, poderosas, de status elevado, sabichonas e de grande influência, que
pretendendo impulsionar a humanidade, acabam por restringi-la aos limites de
uma vida material, sem cultura e sem religião.
São essas pessoas que escondem da
humanidade a perspectiva de uma vida eterna, de amor a Deus... E que ao indicar
a lápide de uma sepultura repetem os mesmos costumes dos romanos, dizendo sem
escrúpulos e sem qualquer pudor: NEC
PLUS ULTRA, que significa “nada além”.
O que lhes acontecerá? Dizem: “nada”.
Mas, apesar disso VIVERÃO!
E descobrirão: que os graúdos no mundo dos Espíritos são
aqueles que são pequenos na Terra!...
Os humildes, que sabem que ao morrer
não levam fortuna, títulos, glória, linhagem... Mas, que levam aquilo que
constitui a única grandeza no céu – a verdadeira! – e que nunca se perde: as virtudes.
“Pois todo o que se exaltar será
humilhado, e quem se humilhar será exaltado"
(Lucas 18,14).
“Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado" (Lucas 18,14).
ResponderExcluirBem issooo... 🙏🏻🙌👍
Boa darde Aneor amei a história do meu pai. NÃO conhecia essa história gostei.Já tive um pé de roma aqui em casa.
ResponderExcluir