Veja a lição que
a espiritualidade é capaz de nos dar!
Em minha casa, uma tela do Jorge Chueri
chama a atenção. Um presente dele em homenagem à nossa família.
A
tela retrata duas casas antigas do Bairro de Santa Cruz dos Lopes – já
demolidas. Casas construídas pelos meus avós paternos: Antonio Peres Gusmão,
mais conhecido como Antonio Pratiano e
Ana Isidora Ribeiro de Sá, conhecida como Sinhá
Ana.
Pratiano é apelido de família. Uma
referência aos arreios de prata dos cavalos de meu avô, lá em Minas Gerais, antes
de ficar viúvo, com dois filhos para cuidar. Mudou-se depois para Ribeirão
Vermelho do Sul; onde casou com minha avó que também era viúva, com dois filhos
pequenos. E aí a família cresceu muito com o nascimento de mais três filhos, netos
e bisnetos...
Essa famosa tela representa para a
família uma antiga ocorrência. Um caso que minha mãe, Alfreda Ferreira Gusmão,
com 98 anos, nos relata, com riqueza de informações, que não parecem que foram
inventados.
Diz um ditado que “quem conta um conto, sempre aumenta um ponto”, e o fato acaba
virando um “causo”, que na sua
essência sugere uma verdade ou uma reflexão de ordem moral.
Antonio Pratiano tinha nesse local a sua
residência e uma grande loja, que vendia de tudo. Como comerciante se tornou
uma pessoa influente no bairro, com grande liderança política.
Por ser muito amável, recebia figuras
importantes da cidade, viajantes e políticos, que sempre almoçavam com ele. E,
na ausência destes, convidava alguma pessoa do local, ou freguês para almoçar
em sua companhia. Isso era de praxe! Tanto assim, que minha avó Sinhá Ana, sempre preparava a mesa, no
mínimo, para mais duas pessoas, além dos de casa.
Certo dia, porém, o almoço já na mesa, Antonio
Pratiano percebeu que não havia ninguém de fora para lhe fazer companhia.
Então, olhou para a esposa e esbravejou:
— Será que nem o diabo aparece para
almoçar comigo?!...
Nesse momento, aparece na casa um indivíduo,
tipo desconfiado, sério, de meia idade, de terno cáqui, sisudo, cara-fechada...
Convidado, sentou-se à mesa sem cumprimentar ninguém. Almoçaram em silêncio.
Ele então se levantou e foi saindo sem agradecer.
Pratiano, indignado, o acompanha até a
saída. Mas o “capiroto”, à sua
frente, nem bem pisou fora da porta já desapareceu igual fumaça, sem deixar
rasto nem vestígio...
O casal de velhos ficou sem fala diante
daquela presença fantasmagórica.
O caso ganhou repercussão e virou
conversa de botequim em toda a região.
Por causa disso, minha mãe sempre nos recomendava:
“Meus
filhos, a gente precisa saber o que fala!”.
Mas o fato deixou uma lição: Antonio
Pratiano se transformou. Ficou religioso. Não saía de casa sem a proteção de
uma oração de “Corpo-Fechado”, que
ele sabia. Tornou-se humilde, melhor no trato, mais dócil, circunspecto, de
linguagem mística, de fé robustecida em Deus e na crença da eternidade da vida.
No final dessa sua existência ainda fez a predição de sua morte, anunciando-a
aos amigos e parentes, que ela ocorreria no dia de São Pedro. O que de fato
aconteceu!
Há um caso semelhante a este que eu pesquisei
no YouTube, no Portal Despertar. O Médico
Espírita, José Nilson Freire, nos conta, então, que um espírito se materializa num
rapaz para ajudar a trazer o Chico Xavier de volta ao Brasil, após uma viagem
ao EUA.
E diz ele, que no final da viagem,
quando o avião estava pousando em Guarulhos, o rapaz, que estava junto do Chico,
inexplicavelmente desaparece!
Encontramos mais casos parecidos no livro
Milagres,
de Rodrigo Alvarez, atribuídos à intervenção de Nossa Senhora da Aparecida.
Esses casos de materialização são
estudados e muito discutidos por pesquisadores famosos como Ernesto Bozzano,
William Crookes...
Allan Kardec, no capítulo XIV, item 36,
do livro A Gênese diz que “as
aparições tangíveis como essas têm apenas aparência da matéria carnal, [...]
por causa de sua natureza fluídica”. E que “Os seres que se apresentam nessa condição nem nascem nem morrem como
os outros homens; nós os vemos e não os vemos mais, sem saber de onde vieram ou
para onde vão; não se poderia destruí-los nem os acorrentar ou encarcerá-los,
já que não possuem corpo carnal”.
Em seguida ele afirma que essa é a
característica dos AGÊNERES, com os quais se pode até conversar, sem cogitarmos
o que são.
Se você passou por experiências assim,
saiba que “Deus tem sempre um propósito na sua vida!”.