Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sexta-feira, 25 de março de 2022

UMA ESTRANHA APARIÇÃO!

 

Veja a lição que a espiritualidade é capaz de nos dar!


Em minha casa, uma tela do Jorge Chueri chama a atenção. Um presente dele em homenagem à nossa família.

 A tela retrata duas casas antigas do Bairro de Santa Cruz dos Lopes – já demolidas. Casas construídas pelos meus avós paternos: Antonio Peres Gusmão, mais conhecido como Antonio Pratiano e Ana Isidora Ribeiro de Sá, conhecida como Sinhá Ana.

Pratiano é apelido de família. Uma referência aos arreios de prata dos cavalos de meu avô, lá em Minas Gerais, antes de ficar viúvo, com dois filhos para cuidar. Mudou-se depois para Ribeirão Vermelho do Sul; onde casou com minha avó que também era viúva, com dois filhos pequenos. E aí a família cresceu muito com o nascimento de mais três filhos, netos e bisnetos...

Essa famosa tela representa para a família uma antiga ocorrência. Um caso que minha mãe, Alfreda Ferreira Gusmão, com 98 anos, nos relata, com riqueza de informações, que não parecem que foram inventados.

Diz um ditado que “quem conta um conto, sempre aumenta um ponto”, e o fato acaba virando um “causo”, que na sua essência sugere uma verdade ou uma reflexão de ordem moral.

Antonio Pratiano tinha nesse local a sua residência e uma grande loja, que vendia de tudo. Como comerciante se tornou uma pessoa influente no bairro, com grande liderança política.

Por ser muito amável, recebia figuras importantes da cidade, viajantes e políticos, que sempre almoçavam com ele. E, na ausência destes, convidava alguma pessoa do local, ou freguês para almoçar em sua companhia. Isso era de praxe! Tanto assim, que minha avó Sinhá Ana, sempre preparava a mesa, no mínimo, para mais duas pessoas, além dos de casa.

Certo dia, porém, o almoço já na mesa, Antonio Pratiano percebeu que não havia ninguém de fora para lhe fazer companhia. Então, olhou para a esposa e esbravejou:

— Será que nem o diabo aparece para almoçar comigo?!...

Nesse momento, aparece na casa um indivíduo, tipo desconfiado, sério, de meia idade, de terno cáqui, sisudo, cara-fechada... Convidado, sentou-se à mesa sem cumprimentar ninguém. Almoçaram em silêncio. Ele então se levantou e foi saindo sem agradecer.

Pratiano, indignado, o acompanha até a saída. Mas o “capiroto”, à sua frente, nem bem pisou fora da porta já desapareceu igual fumaça, sem deixar rasto nem vestígio...

O casal de velhos ficou sem fala diante daquela presença fantasmagórica.   

O caso ganhou repercussão e virou conversa de botequim em toda a região.

Por causa disso, minha mãe sempre nos recomendava: “Meus filhos, a gente precisa saber o que fala!”.

Mas o fato deixou uma lição: Antonio Pratiano se transformou. Ficou religioso. Não saía de casa sem a proteção de uma oração de “Corpo-Fechado”, que ele sabia. Tornou-se humilde, melhor no trato, mais dócil, circunspecto, de linguagem mística, de fé robustecida em Deus e na crença da eternidade da vida. No final dessa sua existência ainda fez a predição de sua morte, anunciando-a aos amigos e parentes, que ela ocorreria no dia de São Pedro. O que de fato aconteceu!

Há um caso semelhante a este que eu pesquisei no YouTube, no Portal Despertar. O Médico Espírita, José Nilson Freire, nos conta, então, que um espírito se materializa num rapaz para ajudar a trazer o Chico Xavier de volta ao Brasil, após uma viagem ao EUA.

E diz ele, que no final da viagem, quando o avião estava pousando em Guarulhos, o rapaz, que estava junto do Chico, inexplicavelmente desaparece!

Encontramos mais casos parecidos no livro Milagres, de Rodrigo Alvarez, atribuídos à intervenção de Nossa Senhora da Aparecida.

Esses casos de materialização são estudados e muito discutidos por pesquisadores famosos como Ernesto Bozzano, William Crookes...

Allan Kardec, no capítulo XIV, item 36, do livro A Gênese diz que “as aparições tangíveis como essas têm apenas aparência da matéria carnal, [...] por causa de sua natureza fluídica”. E que “Os seres que se apresentam nessa condição nem nascem nem morrem como os outros homens; nós os vemos e não os vemos mais, sem saber de onde vieram ou para onde vão; não se poderia destruí-los nem os acorrentar ou encarcerá-los, já que não possuem corpo carnal”. 

Em seguida ele afirma que essa é a característica dos AGÊNERES, com os quais se pode até conversar, sem cogitarmos o que são.

Se você passou por experiências assim, saiba que “Deus tem sempre um propósito na sua vida!”.

sexta-feira, 18 de março de 2022

O TRIPÉ DA PROSPERIDADE

 

“As coincidências parecem acontecer quando mais precisamos delas!”.


Quinzinho era um bom mendigo, que viveu há muitos anos em Sorocaba.

Gostava de passar as horas debaixo de uma árvore grande, que praticamente dava nome ao bairro. Dormia ali quando o tempo era favorável. Numa noite, antes de dormir, lembrou-se de Deus e fez fervorosa prece rogando para sair daquela vida de tanto sofrimento.

Dormiu e sonhou com sua falecida mãe. Um sonho maravilhoso! Lindo! Caminhava com ela para um lugarejo próximo da cidade, na Rodovia Raposo Tavares, quando ela aponta para uma casa velha, abandonada, e diz:

— Meu filho, está vendo aquele número na parede dessa casa? É o do bilhete premiado na próxima Loteria Federal. Vai dar no primeiro prêmio!

Quinzinho acordou e ficou impressionado com aquele sonho. Recordava bem a imagem da sua mãe e também do recado. Porém, não se lembrava do número escrito na parede!

“Mas que número está lá na parede?” – pensava ele em voz alta.

Depois de tanto teimar pela memória, teve uma brilhante ideia! Foi até um ponto de taxi para convencer alguém com a história de seu sonho.

— O número do bilhete premiado está lá na parede! – insistia o mendigo. Se você me levar até lá nós repartimos o prêmio e ficamos ricos!

Ninguém acreditou...

Entretanto, um dos taxistas, que ouviu a história, acabou pegando uma corrida para aquelas bandas. Lembrou-se do sonho do mendigo e resolveu certificar-se dele. Mas nada encontrou.

— Esse mendigo não passa de um alienado mental – murmurou o taxista.

 Em seguida, com um carvão, escreveu uma dezena de milhar qualquer na parede da casa; pensando que assim estaria pregando uma boa peça em alguém que, por acaso, fosse convencido pela história do bilhete.

Quinzinho continuou acreditando no seu sonho. À tardinha, convenceu o dono de um barzinho, que resolveu levá-lo até a casa velha e abandonada na beira da estrada. Lá chegando, que surpresa! Bem visível na parede estava um número. Seria o número da sorte?

— Eu não disse? Eu não falei que era verdade?! – gritava Quinzinho.

Copiaram aquela dezena de milhar. Foram a uma casa de loterias no Centro de Sorocaba e encontraram o bilhete inteiro. Compraram.  E, angustiados, aguardaram a próxima extração da Loteria Federal.

— Acredite Quinzinho... Acredite! Deu no primeiro prêmio!

Repartiram a grana na casa bancária e saíram felizes...

Essa é apenas uma história de coincidências incríveis que acontecem no mundo! Uma história que eu ouvi contar, em 1955, quando estudei no 4º ano do ensino fundamental, na Escola Estadual Professor Aggêo Pereira do Amaral, em Sorocaba-SP.

Pode-se considerá-la absurda, ou então, bastante significativa...  E digna de reflexão! Seria mero acaso? Ou será que há uma força invisível, superior, com um sincronismo perfeito, que faz até um sonho se tornar realidade?

O conhecido médico e escritor Dr. Lair Ribeiro defende a tese de que “O Sucesso não ocorre por acaso”.

Psicólogos de renome também constatam que nada acontece por acaso. Diferentemente da coincidência, para eles o que existe é uma sincronicidade. Ou seja, há uma pista inesperada que parece nos guiar sem esforço à oportunidade que buscamos. O psicólogo suíço Carl Jung a chamou de arquétipo do “efeito mágico” e afirmou tratar-se de uma característica universal dos seres humanos.

Você quer realizar os seus desejos? Quer fazer acontecer? Tome uma atitude! Comece alinhando sua mente com a ação que você quer praticar. E acredite sempre! Seja perseverante...

Lembre-se que Jesus disse “Vós sois deuses!”. Pois, quando você acredita num sonho, o Universo todo conspira a seu favor. E você descobre que pode realizar tudo o que deseja por meio da sua vontade.

A magia da fé vai colocar sua inteligência em alta frequência, e a sua capacidade nas ondas de sucesso.

A energia de dimensões superiores do Universo vai lhe dar os recursos necessários para realizar seus sonhos.

Acredite: você faz a diferença! Você é único no universo! Você é um Mago! A magia do poder de superação está em você! Tudo está ao seu alcance!

Mas use suas habilidades com bondade, justiça e sabedoria – que constituem o tripé da prosperidade.

Pois, como recomenda o Principe Asklépius D’Sparta, do poder dos Templários: “Nunca utilize as forças da natureza para proveitos egoístas ou maldosos”.

sábado, 12 de março de 2022

A CEGUEIRA DE NASCÊNCIA

 

“A cegueira pode ter por causa o pecado do próprio cego” (Cairbar Schutel).


Em seu livro “Parábolas e Ensinos de Jesus”, Cairbar Schutel conta a história de uma mulher que nunca soube dar educação ao filho. Ele se tornou ladrão e assassino e foi condenado à forca. Solicitado a fazer o seu último pedido, o condenado disse ter desejo de beijar sua mãe antes de morrer.

Foi lhe dada permissão, e para tal fim fizeram a velha subir as escadas da forca, onde se achava o filho. Ele abraçou a mãe e, chegando o seu rosto ao dela, com os dentes arrancou-lhe um pedaço de carne da face, e disse:

– Você é culpada do meu suplício; vou morrer por causa da má educação que você me deu.

Eis aí um fato – diz o escritor – que resume milhares de outros fatos que se verificam no mundo: de filhos sofrerem o pecado dos pais e pais sofrerem o pecado dos filhos.

A história por si já mostra como os pais pagam pelos filhos e os filhos pelos pais. Diz um ditado popular: “tal pai, tal filho”, que se refere a essa herança prejudicial ao progresso social.

Uma questão alusiva a isso foi feita a Jesus pelos seus discípulos – em João 9,1 –, quando caminhando ele viu um cego de nascença. E indagaram dele:

– Mestre, quem pecou, este homem ou seus pais, para que nascesse cego?

Jesus respondeu:

— Nem este pecou, nem seus pais, mas é necessário que nele se manifestem as obras de Deus.

Mais do que a cura, o que importa aqui é o questionamento dos discípulos! Eles não perguntariam se “É o pecado deste homem a causa dele nascer cego” se não acreditassem numa vida anterior ao seu nascimento.

A pergunta por si mesma indica a intuição que os judeus tinham da reencarnação. Se Jesus não acreditasse nisso, ele teria visto aí uma ideia falsa e, provavelmente, teria refutado essa ideia. Ao invés disso, ele esclareceu que se um homem é cego, não significa que tenha pecado, nem seus pais, porque aquela cegueira não era um castigo, mas uma graça de Deus para revelar ao povo o Seu poder, que ali se manifestava.

Sabemos que temos dívidas do passado! A oração do “Pai Nosso” diz isso: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores”.

Mas, nem sempre sofremos por causa de nossas dívidas de outras vidas. Isso seria expiação.   Às vezes, porém, passamos por duras provas, que são testes de avaliação de desempenho do nosso processo evolutivo.

Se Jesus acreditasse que a vida é somente uma única existência terrestre para cada indivíduo, certamente teria dito: “Como este homem teria podido pecar antes de nascer?”. Mas ele se silenciou sobre isso, porque não poderia contrariar seus próprios ensinamentos de vida eterna.

Como explicar, pois, que uns nascem cegos, mudos ou surdos, idiotas, estúpidos, deficientes; enquanto outros são sadios e inteligentes?

Quando se diz que a vida é eterna se está referindo não só à vida futura, mas também à vida passada, pois a eternidade é infinita em qualquer direção. Deus é Eterno. Ele é onipresente. Quando se fala, pois, em multiplicidade de existências, está se falando de todas as existências do ser humano: as anteriores e as posteriores a esta que se vive atualmente.

Viver muitas vidas na Terra é uma realidade. O Espírito vive uma série de vidas sucessivas. Ele existe antes e depois do nascimento, tanto na espiritualidade, quanto reencarnando na Terra ou em outros planetas do Universo. Pois como disse Jesus: “Na casa do meu Pai há muitas moradas”. Esse processo reencarnatório é necessário para o aperfeiçoamento do Espírito, em sua busca da perfeição.

Quando se diz que foi o próprio cego quem pecou, o pecado é só de um: o cego.  Porém, se são os pais que pecaram, os pecadores são três: o pai, a mãe e o filho. O pai e a mãe porque não souberam educar o filho... E o filho porque aceitou e referendou o pecado.

Mas, se nenhum deles pecou, a “cegueira de nascença” era uma missão, que aquele cego tinha que cumprir para glória de Deus na Terra, ao demonstrar sua fé e ser curado por Jesus, que aproveitando a oportunidade disse abertamente: “Eu vim a este mundo para um juízo, a fim de que os que não veem vejam; e os que veem se tornem cegos” (João 9,39).

sexta-feira, 4 de março de 2022

NOSSAS FLORES

 

“A mulher é o mais sublime dos ideais”. (Vitor Hugo)


Quando começa o mês de março, eu fico feliz por poder homenagear tantas mulheres incríveis na minha vida.

A Mulher é coração, lágrima, amor, luz... Merece, pois, mais que um trono; merece um altar. Porque o trono exalta, mas o altar santifica.

O Dia Internacional da Mulher – 08 de Março – é a mais justa homenagem que se faz àquelas que nos deram as primeiras lições de vida.

Essa data, talvez por isso, sempre traz lembranças de flores. Porque toda mulher é uma flor maravilhosa, graciosa, amorosa, doce e perfumada, que enfeita um lar, uma passarela, uma piscina, uma avenida... Enfim, que enfeita o mundo, que enfeita a vida!...

A mulher, tão linda obra da criação, é flor que deve ser cultivada com muito carinho. É flor, porque as flores, em todas as épocas e civilizações, sempre estiveram em estreita relação com o homem. Estão presentes nas atividades básicas da vida e são nossas aliadas nos cuidados com a beleza física e mental.

E já cultivo no jardim da minha vida, um grande ramalhete de flores:

— Clarice, a flor amada;

— Alfreda, a flor mãe querida; e que neste ano completará 99 anos;

— As flores irmãs do meu coração: Ana Tercília e Odete (a mais velha de cinco irmãos, de saudosa memória);

— Letícia, minha flor primogênita, de muita saudade; um anjo nos protegendo lá de uma colônia espiritual, para onde partiu em tenra idade;

— Cristiane, Paula e Joceline, que fazem parte da filharada crescida e florida, que cultivo com muito carinho;

— Kharin, Isabela e Helena minhas florezinhas netas – xodós do vovô.

E incluo, também, nesse ramalhete as flores nora, ex-noras, namoradas dos netos, tias e primas muito queridas...

Em homenagem as essas flores que embelezam a minha vida, e para não deixar passar esta data em branco, dedico a todas elas esta linda poesia de Cora Coralina, que diz:

“Eu sou aquela mulher / a quem o tempo muito ensinou. / Ensinou a amar a vida / e não desistir da luta / recomeçar na derrota, / renunciar a palavras / e pensamentos negativos, / acreditar nos valores humanos / e ser otimista.”.

O costume de expressar pensamentos e sentimentos através das flores vem da arte japonesa de arranjo de flores. A flor é considerada como o modelo da manifestação da arte espontânea, sem artifício e, portanto, perfeita.

As flores têm um simbolismo, uma linguagem. É através delas que nos expressamos nos momentos alegres ou tristes de nossas vidas: no nascimento, na manifestação de carinho pela pessoa querida, nos casamentos, nos funerais... São símbolos da fugacidade das coisas, da primavera e da beleza. A “flor azul” ou a “flor de ouro” é o símbolo legendário do impossível.

Em homenagem, então, a todas as mulheres de Itararé e do mundo, vamos conhecer a linguagem mágica e alegórica de algumas flores:

Acácia – Amizade, imortalidade, meditação.

Amor-Perfeito – Meditação, recordação, reflexão.

Azaléia – Paixão efêmera, paixão frágil.

Brinco de Princesa – Amor confiante, elegância, fidelidade.

Cravo – Proteção; afasta a sensação de medo. Amor puro.

Crisântemo – Abundância, beleza, estabilidade, perfeição.

Dália – Elegância, dignidade.

Dama da Noite – Desperta paixões.

Gerânio – Estupidez, melancolia, recordação perdida.

Girassol – Dignidade, glória, opinião volúvel, paixão louca.

Hortência – Frieza, indiferença.

Jasmim – Amor, beleza delicada, equilíbrio emocional.

Lírio – Casamento, doçura, inocência, majestade, pureza.

Margarida – Inocência, virgindade.

Miosótis – Amor sincero, fidelidade.

Narciso – Egoísmo, introversão, vaidade.

Orquídea – Amor, felicidade, beleza, luxúria, perfeição.

Rosa – Amor, beleza.

Trevo – Abundância, fertilidade, previsão, sorte.

Tulipa – Fama.

Violeta – Meditação, lealdade, modéstia.

Nesta data, nosso reconhecimento a todas as mulheres. Que Deus as abençoe pela fragrância tão grata que exalam!