“Quem supera a crise, supera a si mesmo (...)” (Albert Einstein).
Na Gênese segundo o Espiritismo, Allan Kardec define
as paixões como sendo a força motora das almas.
A paixão também é vista como comoção, a qual nasce de
uma inclinação, uma propensão primitiva própria da natureza humana. São
movimentos excessivos e abusivos da alma – às vezes até violentos e
desordenados –, que a levam além dos limites da razão.
Amor, alegria, desejo, ódio, tristeza, aversão são
paixões primárias; e delas derivam outras, tais como: admiração, desprezo,
esperança, medo, segurança, desespero, inveja, mágoa, cólera...
As paixões são, pois, afeições naturais, inevitáveis
da alma que, num estágio posterior, se transformam em virtudes e vícios. São úteis
como estímulo até o amadurecimento do senso moral e, a partir daí, se
enfraquecem com o crescimento da razão, sendo domadas e refreadas pelo esforço
da vontade.
O entusiasmo – estado de fervor inerente à expansão
das paixões – é a alavanca propulsora da PAIXÃO
ORIGINAL. É uma poderosa energia que lhe impulsiona a fazer algo com ardor,
com ânimo e exaltação para vencer as dificuldades da vida. Pois “ter entusiasmo” é estar em “alto astral”.
Entusiasmo significa “Inspiração Divina”. Que você foi “possuído por Deus”; “inspirado
por Deus”. Ou, como disse Jesus: “Vós
sois deuses”. Pois Deus está dentro de você e você dentro de Deus, como
peixes no mar.
Essa força energética, mágica, que entusiasma o ser
humano que pensa positivamente, produz bons resultados. E, certamente, será o
sucesso de qualquer empreendimento. Portanto não perca a Paixão Inicial! Lembre-se que as palavras refletem a energia dos
seus pensamentos. E pensamento é vida!
Para melhor entendimento disso, veja a seguinte
história.
Em um shopping,
o proprietário de uma loja preocupado com a baixa venda em seu estabelecimento,
procurou um sábio lojista, mais velho, experiente, e disse-lhe desanimado:
− Colega, eu
nunca vi crise como esta. As pessoas olham, perguntam o preço, mas comprar, que
é bom, nada!
O sábio
lojista respondeu-lhe:
− A crise de
agora é maior do que a do dia em que você abriu a loja? Garanto que você não
tinha nenhum cliente e tinha a loja inteira para pagar. No seu começo, como era
você? Garanto que você sorria para quem passava; convidava-a para entrar na
loja e a acompanhava até a porta, carregando o pacote dela. Garanto que você
ficava esperando tocar o telefone imaginando ser algum cliente. Você ia até a
administração do shopping oferecendo-se para trabalhar na associação dos
lojistas para “animar” o shopping, com novas campanhas comemorativas, etc. E
hoje, como é? O celular toca e você grita: “Alguém atenda pra mim!”. Você se esconde
quando alguém quer falar com você! Você já não vai mais às reuniões dos
lojistas! Ah, meu amigo, e você vem agora falar de CRISE?
Diante de
tantas verdades reveladas, o jovem lojista meio sem graça, persistiu:
− Mas o que
devo fazer?
O velho
lojista então lhe explicou:
− Você perdeu
A PAIXÃO DO COMEÇO! Quando a gente perde a paixão inicial, perde o entusiasmo
pelo que faz. Sem o entusiasmo e sem paixão, você perdeu a vontade de
empreender, de inovar, de criar coisas novas, de se reinventar. A vida para você tornou-se uma rotina
desestimulante. Quando isso acontece, a gente começa a andar para trás e a
acomodação pessimista toma conta de nosso dia-a-dia.
Esta história faz a gente pensar a Crise de um modo diferente. Crise é um efeito inevitável da época de
transição como a que se vive atualmente. Estamos vendo desmoronar o
edifício do velho mundo do passado, sem que ainda esteja construída a Nova
Terra da Era de Regeneração que se aproxima!
Mas é um período de curta duração necessário às
grandes transformações do Planeta em todas as suas áreas: educação, saúde,
economia, finanças, agricultura... É um processo de transmutação do mundo se
reinventando para uma vida bem melhor para a nossa reabilitação.
Lembre-se que é na Crise que nascem as invenções, as
descobertas e as estratégias vencedoras. Portanto, não tenha medo da Crise, reinvente-se! Se alguém
lhe perguntar se você ouviu falar em Crise, responda assim: “Sim,
Eu ouvi falar sobre a crise, mas decidi que eu e minha empresa não vamos
participar”.