“Feliz quem tem o dom de descobrir o lado luminoso das
coisas”.
Dizem alguns, que não existe crítica construtiva; porque
toda crítica acaba provocando descontentamento.
Embora essa argumentação pareça, a priori, ser
verdadeira, todavia, num exame mais aprofundado da questão verifica-se, de
certa forma, que existe sim uma crítica construtiva. É quando se vê o lado luminoso das coisas mesmo numa desgraça.
Diz um refrão que “quem
vê cara não vê coração”. Pois, as pessoas não estão acostumadas a fazer uma
análise profunda para verificar os dois lados de uma questão; a olhar o outro
lado da moeda; a enxergar pelo avesso, para descobrir o lado bom das coisas.
Pessoa, assim, geralmente enxerga as coisas
superficialmente e ressalta apenas aquilo que não presta. Vê tudo conforme
enxerga a si mesmo. Pois “a boca fala do
que o coração está cheio”.
Conheço duas histórias que ilustram bem essa questão.
A primeira história – de Alexandre Rangel –, narra que um Conferencista,
convidado a fazer uma preleção sobre a crítica, compareceu ante um auditório
superlotado, sobraçando pequeno fardo.
Após saudar os presentes, retirou os copos e a jarra
de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.
Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa
com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho com várias dúzias de flores
colhidas de um jardim. Logo após, apanhou da sacola, diversos “biscuits” de inexprimível beleza,
apresentando motivos edificantes, e enfileirou-os com graça. Em seguida, situou
na mesa um exemplar de um livro de parábolas. Depois, com o assombro de todos,
colocou pequenina barata num frasco de vidro.
Só, então, comandou a palavra:
− Que vedes
aqui, meus irmãos?
E a assembleia respondeu, em vozes discordantes: “Um
bicho!... Um inseto horrível!... Uma barata!... Um pequeno monstro!...”.
Esgotados breves momentos de expectação, o pregador
considerou:
− Assim é o espírito da crítica destrutiva; meus
amigos! Não enxergastes o forro de seda lirial, nem as flores, nem as pérolas,
nem as preciosidades do livro de parábolas, nem a luz faiscante que acendi. Vistes
apenas a diminuta barata...
E concluiu sorridente:
− Nada mais tenho a dizer...
A segunda
história -que alguém me contou - é do tempo de Jesus.
O Mestre e seus discípulos encontraram um cachorro
morto, à beira de uma estrada. Os discípulos olharam o animal com desprezo e
fizeram os seguintes comentários: “Que boca horrível! Que animal feroz ele
foi! Que pêlo feio! Que rabo sujo! Que focinho assustador! Que patas perigosas!”.
Entretanto, ao contrário deles, Jesus olhou o animal
com carinho e comentou: “vejam que dentes lindos ele tinha!”.
Os arcanjos divinos certamente enxergam as
atribulações provocadas pela pandemia com um olhar bem diferente do nosso. Suponho
que estariam dizendo assim: “Abençoada
pandemia! Que vai transformar a Terra num mundo novo, de fraternidade, de
solidariedade, de paz e prosperidade... Num mundo sem doenças, sem misérias,
sem sofrimento!”...
Mas, as pessoas não estão morrendo? – poderia se perguntar.
E a resposta seria: Não! A vida é eterna!... A vida continua!... E muitos que
partiram poderão ainda renascer na Terra.
Não é o Fim do Mundo! Mas só o fim de uma Era, para
início de um Novo Tempo de Reabilitação da Humanidade.
Ninguém muda de domicílio sem desarrumar tudo em casa!
Assim também ocorre com a mudança planetária! Parece absurdo! Mas, isso é o
jeito de se ver as coisas por outro lado. Chama-se Empatia.
Empatia, do grego “empatheia”
é a tendência para sentir o que outra pessoa sentiria, caso estivesse na mesma situação
e circunstância experimentada por ela.
Essa capacidade da gente se identificar totalmente com
o outro é que nos permite, muitas vezes, ver o lado luminoso das coisas que acontecem.
Deus nunca erra! Ele tem um Plano Maior para todos os
seus filhos!
Agradeça a Misericórdia Divina que está permitindo
agora, apenas com essa Guerra Biológica,
a transformação da Terra num Reino de
Amor. Já pensou se fosse através de uma Guerra
Nuclear?!... Daí sim seria o fim do mundo!
Mas o pior foi excluído. Está lá em Mateus (24,22): “Se aqueles dias não fossem abreviados,
criatura alguma escaparia; mas por causa dos escolhidos, aqueles dias serão
abreviados”.
Aleluia! Louvemos ao Senhor!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário