“Veneno escondido nas flores, que destrói reputações...” (José Bré).
Pela tevê ouvi um técnico de futebol
gritar para um jogador: “se tomar cartão amarelo
está fu%#*!...”.
O locutor do jogo comentou:
‒ Tire, por favor, as crianças de perto
da telinha. Você sabe!... Agora com a pandemia, sem a presença do público, a
gente escuta bem quase tudo o que dizem no jogo de futebol!...
É comum, á beira do campo, se ouvir na
hora das reclamações, um besteirol repleto de palavras de baixo calão: “Não erre o passe seu b#%*!... P# Q% P*!... Que
m#%*! Vá pra @quele lugar!... Vá tomá#%*!... E, parará# parará*!...” Assim,
seguem alguns indiscretos profissionais do futebol esbravejando feios “palavrões”, chulos, rudes, obscenos, imorais...
‒ É muita “boca suja”! – reclamou o locutor.
‒ Não dá mesmo para ficar escutando! – disse
o comentarista.
Fiquei meditando sobre a frase “boca suja”. Pois, na verdade a boca é
apenas um instrumento do ser humano, comparável ao microfone. “Aquilo que sai da boca provém do coração, e
é isso o que mancha o homem”; “Porque
a boca fala do que lhe transborda do coração” – nos ensinou o Divino Mestre,
em Mateus (15,18 e 12,34).
Dizem que as palavras têm poder. Na
realidade o poder não está nas palavras, mas no pensamento! Poderia se dizer,
então, que é “pensamento sujo”! Ou, é
muito “coração sujo”! Pois a palavra
é só a manifestação do pensamento. Ela expressa sentimentos e emoções que veem
do coração.
A ciência já consegue provar que pensamento
é uma onda de energia. Por isso precisamos tomar cuidado com o que pensamos e
sentimos.
“Vós
sois deuses!” –
disse Jesus. E nos disse isso porque Deus é puro Amor, a Energia Suprema do
Universo e, por ser energia está em toda parte.
Somos a imagem e semelhança de Deus, portanto,
uma Centelha Divina. Por isso nossos pensamentos carregados de sentimentos e
emoções têm poder.
Somos cocriadores (coprodutores) do
mundo em que vivemos. Cocriamos a nossa realidade desde que nascemos. Somos
resultados da cocriação a partir do momento em que interagimos com o nosso
próximo, porque sempre há uma interferência mútua e recíproca sobre o que o
outro é ou pensa. Daí a importância do mandamento cristão de “amar o próximo como a si mesmo”.
Estamos mergulhados na Mente Divina,
como os peixes no oceano. Sentimentos e emoções alimentam a nossa alma, e
influenciam na nossa saúde como no nosso destino. Tanto para o Bem como para o
Mal!
Depende tudo da nossa frequência! Se for
de baixa vibração, as energias são negativas, com poder de destruição.
Mas, se a nossa frequência for de alta
vibração, as energias positivas nos protegem e ainda nos ajudam a criar um
mundo melhor ao nosso redor. Daí o Despertar da Consciência para os valores
espirituais ser fundamental para a nossa reforma íntima.
A frase de José Bré, mencionada em
epígrafe – do Livro “O Céu e o Inferno”,
de Allan Kardec –, merece, pois, então, uma boa reflexão.
Todo pensamento dá origem a uma série de
vibrações, que atuam de forma impactante e ao mesmo instante, em todos os
níveis da existência. Por isso, palavras
mordazes são venenosas. Pois atraem miasmas
infernais ou larvas astrais destruidoras da vida.
Mordazes vêm de mordaz, que no seu
sentido fonético –aspecto acústico –nos dá a impressão de se referir a algo que
“morde”, que fere as pessoas. São palavras
“maldizentes”, “corrosivas”, “satíricas”, de
“chacotas”, que provém de corações “sujos”,
impuros.
Com certeza pessoas assim, se malévolas,
são punidas por si mesmas e, dependendo da sua intenção ou da intensidade da
força dos pensamentos, sofrem, nesta ou em outra vida futura, as consequências
de seus atos.
Seja, portanto, honesto perante Deus,
mantendo um coração fechado aos germens do orgulho, do egoísmo, da inveja e da
ambição. E evite palavras “sujas”, obscenas,
mordazes e até os remoques (ditos picantes e maliciosos), que são frutos da
alienação espiritual.
Mas, se a “sujeira” aparece em seu coração, não se desespere! Pois sujeira
aparece sempre na hora da transição, da mudança, da renovação interior...
Faça já uma limpeza! Habite um novo Lar,
digno do Templo Divino, que somos. E não caia mais no negativismo, que
emporcalha a Casa de Deus!