“O que é o materialismo, senão o estado do homem que se afastou de Deus”. (Sartre).
Pedro e Henrique estudavam numa
Universidade da Capital do Estado.
Eram dois jovens bem diferentes de
formação. Pedro era filho de pais avessos à religião, somente preocupados com
os recursos financeiros da família, necessários para dar ao filho um diploma
universitário. Henrique, no entanto, era filho de pais religiosos. E recebeu na
sua formação os princípios e valores do cristianismo.
Por essas coincidências da vida, ambos
adoeceram de uma doença cardíaca, declarada incurável pela ciência. O veredito médico
para ambos era estarrecedor: poderiam morrer dentro de alguns dias ou de alguns
meses, mas não passariam de um ano.
Pedro, materialista convicto, cético de
tudo na vida, descrente de Deus, logo ao saber do diagnóstico, abandonou os
estudos e se entregou aos excessos de toda a espécie. E quando lhe mostravam
quanto essa vida era perniciosa para a sua situação, ele contradizia:
− Que me importa isso, se só tenho no
máximo um ano de vida? Para que cansar a mente se isso não me vale mais nada?
Agora o que eu quero mesmo é me divertir; quero gozar até o fim o tempo todo que
me resta de vida!
Henrique, ao contrário, além de cristão
fervoroso era um pesquisador das verdades eternas difundidas pelos livros
sagrados. Por isso, quando alguém o interrogava sobre a brevidade de sua
existência na Terra, respondia com tranquilidade:
− A morte só destruirá o meu corpo! O
meu Espírito continuará a viver!... Abandonarei o meu corpo como uma roupa
usada... Pois sei que serei, numa vida futura, o que eu fiz de mim mesmo nesta
vida. Levarei comigo tudo o que eu adquirir em qualidades morais e intelectuais.
Sei que nada se perderá!... Aprender mais será uma conquista para o
adiantamento do meu Espírito. Cada imperfeição de que me livro é um passo no
caminho da felicidade. Sei que meu futuro depende da utilização de minha
existência presente. Assim, é de meu interesse aproveitar o pouco tempo que me resta,
evitando tudo que possa diminuir as minhas forças.
Nas vidas desses jovens temos duas
doutrinas distintas. Com Pedro a consequência lógica do Materialismo – a ideia do NADA, que tudo acaba no túmulo. E com Henrique a consequência do Espiritualismo
– a crença na VIDA FUTURA, que
continua após a morte.
Qual dessas duas doutrinas será
preferível?
Os defensores do NADA depois da morte
são exigentes nas suas reflexões. Mas, dizem, como verdades absolutas,
princípios que são contraditados pela lógica e pela Ciência de nossos dias.
A VIDA FUTURA para eles é uma ideia
muito vaga. Mais é probabilidade do que certeza. E na dúvida sempre fazem uma
opção pelo Presente, afirmando a si mesmos: ocupemo-nos primeiro pelo que
estamos vivendo agora, que o futuro virá por acréscimo.
Kardec, no livro Céu e Inferno, diz que “a necessidade de crer está na própria natureza
do homem e ele sempre crerá desde que lhe deem o alimento espiritual em
harmonia com as suas exigências intelectuais”.
Todo ser humano tem a intuição inata da VIDA
FUTURA e, por isso, a crença na
continuidade da vida, é bem maior que a ideia
do NADA.
O pressentimento inato, intuitivo, do
futuro diz no íntimo do ser humano que ninguém está perdido para sempre!
O medo da morte é apenas um freio para
que ninguém deixe a vida terrena antes do tempo. Entretanto, esse medo diminui
quando a pessoa compreende a VIDA FUTURA, quando descobre as forças
transcendentais que nos impulsionam; que nos incitam ao Bem; e nos faz sentir a
existência de um Criador do Universo.
O espiritualismo, fertilizado pelas boas
ações, muda nossa frequência vibratória
e nos liga a outras pessoas da Terra ou de outras dimensões espirituais, que
estão em sintonia nessa mesma vibração.
Trazemos então para perto de nós amigos
visíveis e invisíveis sintonizados no Bem e, assim, nos afastamos de qualquer
energia negativa que possa manchar
nossas ações.
Ao cultivar a prática do Bem no dia a
dia a pessoa fortalece sua fé e fica preparada para lidar com todas as questões
problemáticas relacionadas à família, à profissão, à saúde, à situação
financeira, etecetera...
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