“Não
alimente o orgulho, pois ele te impede de ser feliz”.
ORGULHO – palavra muito usada, mas nem todas as
pessoas conseguem entender o seu verdadeiro significado.
Orgulho vem do termo catalão “orgull”, que é uma característica de alguém com um conceito muito
elevado de si mesmo, de amor-próprio exagerado. Que leva a pessoa a se julgar
mais do que realmente é! E isso faz dela uma pessoa antipática, que perde
muitos amigos.
Às vezes, embora apareça disfarçado de brio ou coragem,
o Orgulho não deixa de ser soberba,
empáfia, altivez!... E que deixa um
rastro de ressentimentos: mágoas não apaziguadas; sentimentos não vividos; situações
mal resolvidas; problemas não solucionados, sem esclarecimentos...
O Orgulho –
um dos Sete Pecados Capitais – é a fonte de uma infinidade de vícios. “Pois o princípio de todo pecado é a
soberba”, diz o Eclesiástico 10, 15.
Na prática, Orgulho
é o adversário da Humildade, porque o orgulhoso nega tudo o que a pessoa
humilde defende.
O orgulhoso se julga superior e, muitas vezes, se
esconde por trás de uma falsa humildade ou da tola vaidade. É um tirano
hipócrita, um fariseu moderno, que diz: “Aqui
eu mando e sou obedecido” – sem pensar que poderia acrescentar, dizendo: “E sou detestado” pelos outros.
Se mais pudesse, como um ditador, diria: “Eu mando prender”; “Eu mando multar, confiscar”;
“Eu mando surrar”...
Alguns exemplos
talvez tornem mais claros o nosso raciocínio.
Quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz “não foi minha culpa”, porque se acha
perfeita, acima de qualquer suspeita.
Uma pessoa orgulhosa está sempre “muito ocupada” para fazer o que é necessário. Dá desculpas, mas
não dá conta das suas obrigações e pendências.
O orgulhoso resiste àqueles que lhe são superiores e
trata de lhes por defeitos. Não
colabora, e sempre diz: “eu faço o meu
trabalho”. Ou afirma: “sempre foi
assim e não vou mudar meu estilo”.
Não aceita críticas, e, por isso, não cresce, não
progride, fica estagnado; iludido na falsa posição de superioridade.
Diz-se cético, por achar que não pode haver nada no
universo que ele desconheça. Por se achar um deus na Terra, não revência ao
Criador.
Não compartilha suas experiências com colegas e
amigos. Guarda-as para si mesmo, porque teme a concorrência.
Defende sempre suas ideias, não porque acredite nelas,
mas porque são suas. E por ser arrogante não pede desculpas e nem perdoa.
O orgulhoso tem o “rei
na barriga” e não aceita nada que possa rebaixar sua posição social. Sua “bondade” é fingida – é máscara para
disfarçar num sorriso, todo o veneno que traz no coração.
São verdadeiros sepulcros caiados!
Fustigados pelo vírus do vício dourado, imaginam que
títulos e riquezas são a recompensa por seus méritos! Acreditam que todas as
coisas lhe são devidas, mas se perdem apenas uma, já acusam Deus de injustiça.
Ah, pobre criatura de orgulho ferido, que não percebe a sua insignificância diante da
grandeza do universo! Ah, se soubesse, que quando o orgulho atinge o seu
extremo, está muito próxima a sua queda! E quanto mais alto estiver, mais terrível
será a sua queda!
Oh, ridícula cegueira! Por acaso você pode acrescentar
um dia sequer ao tempo previsto à sua vida?
O orgulho
ferido pode fazer a pessoa perder o sangue-frio e a razão, e ter acessos de
uma loucura passageira. E não sabe o
coitado, que ele mesmo é a sua primeira vítima!
Por ser contrário às leis da humildade e da caridade
cristãs, o Orgulho é grilhão que
impede a evolução das criaturas.
Por isso, Deus lhes deixa ganhar e usufruir os bens
matérias da Terra, revelando aos humildes os segredos da Vida Eterna. “Porque todo aquele que se exaltar será
humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado” – disse Jesus em Lucas
(14,11).
Há mensagens psicografadas, que vêm confirmar, que os
humildes na Terra são grandes na espiritualidade, porque levaram ao morrer
apenas as virtudes, que nunca se perdem. Enquanto que os grandes e poderosos da
Terra frequentemente são bem pequenos na espiritualidade, porque lá chegaram
desprovidos de tudo, sem nada.
“Porque o que
quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de
mim e do Evangelho, salvá-la-á” (Marcos
8,35).