Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 27 de julho de 2019

FÉ PROSPERIDADE E TESOURO ESCONDIDO


Quem cultiva a fé se espanta com a própria transformação.


Em seu leito de morte, um velho camponês chamou os filhos e disse-lhes:
− Deixo-lhes um tesouro enterrado.  Logo vocês o encontrarão. Basta cavar...
O velho não completou a informação e morreu. E, depois do enterro, seus filhos correram para escavar o campo de ponta a ponta. Não encontraram o tesouro. E, então, desistiram da busca.
Depois, vendo que a terra toda fora revolvida, resolveram aproveitar para plantar trigo. Colheram abundante safra e tiveram um ano de muita prosperidade.
No outro ano, pensaram novamente na possibilidade de encontrar o tesouro e cavaram de novo, mas sem resultado.
Depois de anos, eles se acostumaram a semear e colher, de acordo com as estações. Só, então, deram conta da artimanha do pai para transformá-los em prósperos lavradores.
Tesouros como esse se encontram escondidos também em nossa alma. São os poderes da Fé e da Prosperidade que cabe a cada um de nós descobri-los.
A Fé é o alimento da alma. Fé é força. Com a Fé o que parece ser pura sombra pode se transformar em luz.
Todos nós temos Fé. Nascemos com ela. Tanto que ao ver pessoas orando sem obter resultado, Jesus dizia: “homens de pouca fé”. E não “sem fé”. Dizia, porém, outras vezes: “Seja-vos feito segundo vossa fé”. (Mateus 9,29). O que significa dizer que a Fé é proporcional; que ela depende da força moral de cada coração. Por isso, alguns são curados e outros não! Alguns prosperam e outros não!
Temos Fé porque somos filhos de Deus. Porque Deus está em nós. “Vós sois deuses” (Salmo 81,6).
Aprendi com Pai João de Angola, uns passos para se conseguir ter Fé, aos quais acrescento os da Prosperidade.
O primeiro passo da Fé consiste em: a) renovar as nossas crenças, limpando aquelas que não nos servem mais, que não garantem paz, equilíbrio e harmonia dos nossos sentimentos; b) ser humilde para perceber, a cada dia, quantos erros tomou por verdades e quantas verdades repeliu como se fossem erros.
Este passo, não por acaso coincide com o primeiro passo da prosperidade, que consiste em ser receptivo às novas ideias positivas, em substituição aos conceitos negativos; e acreditar em Deus. Pois quem crê em Deus, crê no Bem e na vitória... Já mudou seu modo de pensar! E cria em si um círculo de boas vibrações, que atrai a realização do que deseja.
O segundo passo da Fé é educar o pensamento para manter o foco nas coisas belas da vida; para blindar a tristeza, a dor, o sofrimento e ficar acima das camadas sombrias da vida.  Pensamento positivo é um grande aliado do poder da Fé, pois está conectado ao Criador.
Este passo se assemelha com o segundo passo da prosperidade, o qual recomenda o desapego das coisas materiais, em benefício do próximo, para fazer fluir as energias positivas que proporcionam sucesso em tudo que você realiza. Pois pela Lei da Compensação é dando que recebemos! Isto é ponto básico ao sucesso, pois, desbloqueia o fluxo de energias do seu interior captando as boas e se libertando das ruins, das sombras.
O terceiro passo da Fé é ter uma atitude de louvor. Quem louva o Bem se sente feliz, atrai forças compensadoras do amor, que expande a aura e revigora a Fé.
 Empolgação carrega em si a energia da prosperidade infinita (3º passo), que consiste em fazer tudo com entusiasmo, que significa ter Deus dentro de si!
O quarto passo da Fé é nunca duvidar do poder de Deus. Disse Jesus: “[...] se não duvidar no seu coração, mas acreditar que sucederá tudo o que disser, obterá esse milagre” (Marcos 11,23).
Deus age quando você ama, acredita e se entrega na prática do Bem sem duvidar do poder do Amor. Porque “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (I João 4,8). 
O quarto passo da prosperidade é ter consciência desse processo; ou seja, ter o entendimento e a capacidade de conhecer valores e mandamentos morais e aplicá-los nas diferentes situações. Isso é fundamental para você perder o medo e obter sucesso nos seus empreendimentos.
A Fé e a Prosperidade dependem de aprendizado. Têm que ser cultivadas. Mas é preciso saber cultivá-las e como usá-las.
Plantando o Bem a colheita será muito boa! Você pode conseguir o que deseja. Comece, então, a cuidar do canteiro espiritual do fundo de sua alma, onde estão plantadas essas sementes e logo os frutos aparecerão! E o seu Tesouro escondido será revelado!

sábado, 20 de julho de 2019

AS LEIS DO NOSSO DEUS MISERICORDIOSO


“O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano” (Isaac Newton).


Eis algumas doenças apontadas como nossos inimigos ocultos:
Sofre de reumatismo: quem sempre aponta os defeitos dos outros; e quem nunca oferece uma rosa.
Sofre de bursite: quem não oferta seu ombro amigo; e quem cuida com excesso das questões alheias.
Sofre da coluna: quem não se curva diante da vida; quem carrega o mundo nas costas; e quem não anda com retidão.
Sofre dos rins: quem tem medo de enfrentar problemas; quem não filtra seus ideais; e quem não separa o joio do trigo.
Sofre de gastrite: quem vive de paixões avassaladoras; quem costuma agir na emoção e reage só com impulsos.
Sofre de prisão de ventre: quem aprisiona seus sentidos; quem detém suas mágoas; e quem endurece em demasia.
Sofre dos pulmões: quem se intoxica de ódio e raiva; e quem sufoca os outros.
Sofre do coração: quem não ama; e quem guarda ressentimentos.
Sofre da garganta: quem fala mal dos outros; e quem reclama o tempo todo.
Sofre do ouvido: quem costuma escutar conversa alheia; e quem prejulga.
Sofre dos olhos: quem distorce os fatos; e quem vê tudo com duplo sentido.
Sofre de distúrbio mental: quem mente e não vigia seus pensamentos.
Se você não estuda as Leis de Deus terá dificuldades em entender o porquê dessas coisas que nos acontecem.
 As leis do Karma, do Dharma, de Causa e Efeito, de Ação e Reação, de Atração, assim como a Lei de Talião e a Lei de Compensação, são algumas das muitas leis do Universo.
Cada uma delas tem um sentido peculiar. Embora diferentes, não se contradizem; ao contrário, se completam e se confundem, tendo por escopo manter o equilíbrio e a harmonia do Universo.
Literalmente Karma significa ação e Dharma significa propósito, missão. Ou seja, o ser humano executa ações (karma) para cumprir uma missão (Dharma) e realizar o seu destino na terra.
A Lei de Causa e Efeito assevera que não existe Efeito sem Causa. E se o Efeito é inteligente a Causa também o será. Daí se dizer que Deus é a Causa primeira de todas as coisas.
A Lei de Ação e Reação foi assim definida por Isaac Newton: “a toda ação corresponde uma reação de igual intensidade e em sentido contrário”.
Em Gálatas (6,8) Paulo se refere a esta lei ao escrever que “Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna”. Quer dizer, assim, que quem semeia o Mal colhe o Mal e quem semeia o Bem colhe o Bem.
Ou, de outra forma, pela Lei de Atração você atrai o que você transmite: se você transmite o Mal atrairá o Mal; se transmite o Bem atrairá o Bem.
Se você reclama o tempo todo irá atrair coisas ruins para a sua vida. O que significa dizer, que o seu mundo exterior é reflexo do seu interior. Então, você é o único culpado do seu próprio sofrimento!
Jesus dizia: “Tendes ouvido o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra” (Mateus 5,38-39).
Na referida passagem, temos duas Leis: a Lei de Talião - do olho por olho - e a Lei da Compensaçãodo Amor ao Próximo. Elas confirmam o que foi dito, pois a cada ação corresponde uma reação.
Se pela Lei de Ação e Reação a intensidade do Efeito é sempre proporcional à Causa, o mesmo não se dá com as Leis de Talião e de Compensação.
Pela Lei da Compensação há mérito no que se faz e você é recompensado a receber, já neste século, segundo Marcos (10, 29-30), a cem vezes mais (o cêntuplo) do Bem que semeou.
E, pela Lei de Talião, a intensidade da reação é menor. A pessoa ao sofrer os Efeitos de seus erros faz uma reflexão sobre a Causa deles, e passa a pensar de uma forma diferente. E já mudou.  Não é mais a mesma pessoa! A cada ação há uma reação (Práxis) mais aprimorada, que muda a ação e eleva a sua vibração.  
Ninguém estaciona!... Ninguém está perdido! Tudo se movimenta e avança. Ninguém chega ao “Fundo do Poço”!
Deus é misericordioso, justo e bom e não permite a você ressarcir seus erros até o último grau. Deus não dá um fardo maior do que as suas forças! Siga Jesus, que em Mateus 11,28 está conclamando: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei”.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

A ESTUPIDEZ HUMANA


A Estupidez é o reflexo da mente que ainda não produziu frutos saudáveis.


Era uma vez um Rei que tinha a seu serviço um Bobo da Corte, o qual lhe dava muitas alegrias; que lhe enchia os dias de piadas e brincadeiras. Um dia, o Rei confiou-lhe o cetro dizendo-lhe:
− Fica com ele. Mas, se um dia encontrar um homem mais estúpido do que você, dê o cetro a ele.
Tempos depois, quando ficou gravemente doente e prestes a morrer, o Rei chamou o Bobo e disse-lhe:
− Eu parto para uma longa viagem.
− Quando é que volta?
− Nunca mais voltarei – disse o Rei.
O Bobo, então, lhe perguntou:
− Se Vossa Majestade parte para uma longa viagem da qual nunca voltará, quais foram os preparativos?
− Nenhuma preparação – respondeu melancolicamente o Rei.
Então, o Bobo concluiu:
− Está a partir para uma longa viagem e não fez nenhuma preparação? Toma lá o seu cetro, já encontrei uma pessoa mais estúpida do que eu!
Este conto nos leva a refletir sobre os preparativos à viagem post mortem.
Você está se preparando para isso?
Pois, a nossa preparação (o plano de viagem) depende de muitas reflexões para saber: quem eu sou? O que estou fazendo neste mundo? Para onde vou? 
Para isso seria interessante se tivéssemos um aplicativo no nosso celular (como o Waze – software de GPS grátis) para informações, em tempo real, de direção e rotas seguras para a viagem.
Todavia, mesmo com o Waze, para digitar o destino, o sistema nos obriga a colocar primeiro a nossa localização exata. O satélite do aplicativo (App) exige o endereço correto para programar a rota de quem lhe pede a informação!
E o endereço correto para a nossa viagem post mortem exige responder as questões mencionadas no planejamento.
Para essa “desconhecida” viagem já existe um aplicativo confiável há mais de 2000 anos, ligado ao satélite mais perfeito que se conhece: o “satélite” divino.
Seu símbolo é a Cruz. E as informações indispensáveis estão todas disponíveis nos Evangelhos. Sua navegação permite se arrepender das decisões erradas, refazendo a rota a qualquer momento ao acionar o dispositivo do Perdão. E é de fácil acesso!  Basta se conectar pela sua consciência! É você, pois, que decide! Você tem o livre-arbítrio dado por Deus.
O que impede de acionar esse aplicativo divino é apenas o medo da morte. Pois o medo da morte sujeita a pessoa a ter uma vida de escravidão; a ser escravo de bens materiais, que a ferrugem e as traças corroem, e os ladrões roubam.
Porque a morte é o salário do pecado – nos ensinou Paulo em Romanos 6,23 –, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus; o qual nos ensinou:
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5,24).
Jesus destruiu a morte e suscitou a imortalidade da vida. Pois pela fé, somos arrebatados sem conhecer a morte.
Com Paulo Apóstolo aprendemos ainda, na epístola aos Romanos que: “A aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz” (8,6); e que “A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte” (8,2).
Portanto, não tenha medo da morte! Mas se preocupe com a vida pós mortem, pois ela importa em sérios preparativos!... Em mudança de estratégia... De rota...
“Nada temas ante o que hás de sofrer. [...] Sê fiel até a morte e te darei a coroa da vida” (Apocalipse 2,10).
Não seja mais estúpido que o Rei, que entregou seu cetro para um bobo.
A Estupidez é pior do que a Ignorância. Há uma diferença entre elas: Ignorância é não saber algo, enquanto que Estupidez é não admitir a sua ignorância. A Estupidez, portanto, é teimosa, persistente, alienante... Por trás do estúpido falta sempre um pouco de humildade para admitir seus equívocos. E sabemos que A humildade é a chave para novos conhecimentos!
A Estupidez Humana reflete, pois, o orgulho e o egoísmo dos que pensam que são os donos da verdade! Que pensam que a vida se acaba no túmulo!
Que ledo engano! A Estupidez pode ser a causa de sua perdição. Pense nisso!

sábado, 6 de julho de 2019

A CRUZ HOMICIDA


“Olho por olho, dente por dente” (Lei de Talião).


No livro “Há Dois Mil Anos”, de Francisco Cândido Xavier, Emmanuel relata sua experiência pessoal, quando encarnado como Públio Lentulus – o orgulhoso Senador Romano, que acompanhou “pari passu” a decisão de Pôncio Pilatos, na crucificação de Jesus.
O livro, além de trazer uma riqueza de detalhes da vida desse Senador, mostra a cena impressionante da morte na cruz de Simeão, o Apóstolo da Samaria.
Lívia, a esposa do Senador, com sua filha e Ana, sua serva, convertidas ao cristianismo, ao serem perseguidas pelo lictor de Pôncio Pilatos (Oficial incumbido de prendê-las) se refugiaram em Samaria, na casa de Simeão.
Simeão erguera, entre oliveiras, uma grande cruz, pesada e tosca, tendo em suas proximidades ampla mesa rústica, em torno da qual se assentavam os crentes, em bancos improvisados, para ouvirem a sua pregação confortadora.
Fazia dias que ali estavam. Simeão lembrava os derradeiros momentos da crucificação, quando Jesus exclamou com infinita bondade: “Perdoa-lhes, meu Pai, porque não sabem o que fazem!...”.
Nessa hora, um dos irmãos presentes exclama, para surpresa de todos:
− Lembremos que o Messias repetia sempre a necessidade da vigilância e da oração, porque os lobos rondam neste mundo, o rebanho das ovelhas!...
− Não é sem justo motivo – disse Simeão –, que o nosso irmão se refere ao ensino da vigilância e da prece! Alguma coisa fala-me ao coração que o instante do nosso testemunho está próximo...
No outro dia, após o almoço, Simeão falou às hóspedes novamente:
− Filhas, a visão de meus olhos, em nossas preces de ontem, representa uma séria advertência para o meu coração, devo resguardar-vos de qualquer perigo. E por isso vos peço acompanhar-me.
Simeão deslocou blocos de pedra duma abertura na parede empedrada de seu casebre, exclamando:
− Entremos. Ficai aqui tranquilas. Alguma coisa me diz que estamos atravessando horas decisivas. Ninguém, a não ser Deus conhece este refúgio. E, como proteção, arrancou uma pequena cruz de madeira das dobras da túnica, e entregou-a para a esposa do Senador.
Nesse momento ouviu-se um tropel de cavalos que iam se aproximando.
Despediram-se e Simeão saiu dali, reajustando as pedras com muito cuidado. Abriu as portas do casebre e lá fora estava o lictor Sulpício Tarquinius a lhe pedir informações sobre suas hóspedes.
Após tudo vasculharem e de um duro interrogatório, disse Simeão de Samaria:
Entendi que devo ignorar todas as coisas que venham a ser conhecidas para o mal de meus semelhantes.
Diante da negativa, Simeão foi preso sem a mínima resistência e submetido a enormes vexames pelos soldados.
Aos primeiros golpes de espada, exclamou Sulpício, sarcasticamente:
− Então, aonde se encontram as forças de seu Deus, que te não defende?
Diante da coragem do ancião, o lictor mandou amarrá-lo a base da cruz que se levantava a poucos metros da porta. Em seguida mandou açoitá-lo. Mas, os soldados diziam que do alto do madeiro havia uma luz que paralisava seus esforços. Encolerizado, Sulpício tomou dos açoites, brandindo-os ele mesmo no corpo da vítima. Parou e gritou:
− Confessas agora?
− O cristão... deve... morrer... com Jesus... pelo... bem... e... pela... verdade... – disse murmurando o velho samaritano.
− Morre, então, miserável!... – gritou Sulpício, e lhe enterrou a espada no peito.
O velho fechou os olhos, acariciado por um anjo, enquanto o açoite caía impiedoso sobre seus despojos!
Nisso, porém, fosse pela pouca profundidade da base da cruz, que se abalara pela violência do suplício, ou pela punição das forças poderosas do invisível, viu-se que o enorme cruzeiro tombava ao solo na vertigem de um relâmpago, abatendo o verdugo de um só golpe. Sulpício não teve tempo de dar um gemido sequer. E o sangue escorreu pelo seu crânio todo esmigalhado.
A boca do algoz defunto estava aberta e da garganta avermelhada descia uma espumarada figurando a baba repelente e ignominiosa de um monstro.
Salpício Tarquinius pagou na mesma moeda. Pois, como diz o ditado: “quem com ferro fere com ferro será ferido”.
Nesse instante assomou a porta do casebre as refugiadas de Simeão.