“Sem admitir a vida futura, crer em Deus não tem sentido!”
− Por que todo ser humano parece
ter pavor do nada? – perguntou o noviço.
− Porque
o nada não existe – respondeu-lhe o velho
mestre.
− Por que o ser humano se preocupa
tanto com seu futuro no além-túmulo?
− Porque traz um sentimento
instintivo, inato, da eternidade da vida. Que nada mais é do que uma impressão natural
que se tem das coisas espirituais.
− O que é o instinto?
− O instinto é uma força
motivadora, um impulso, movido por uma necessidade interior de autopreservação,
que se repete no comportamento de cada pessoa. Como por exemplo, o instinto de
se alimentar.
− E como funciona?
− Funciona como uma reminiscência
do passado, pois a alma guarda uma vaga lembrança de tudo que conhecia antes do
nascimento e de tudo que sabe e que vê no seu estado de Espírito, durante o
sono, por exemplo... E também funciona como uma advertência sobre a vida
futura.
− O sentimento instintivo traz
consequências para a nossa vida?
− Sim! Pois às vezes ele age como
uma alavanca volitiva nos impulsionando na busca constante do progresso. Outras
vezes age como um tônico da alma na resistência aos erros do passado. E ainda nos
guia na preparação espiritual para a vida eterna. São essas tendências instintivas que
repercutem em nosso íntimo, constantemente, que nos faz acreditar na
sobrevivência da alma.
− Como assim?
− Nas vezes que consideramos o
quanto precária e curta é a vida presente, e que pode ser rompida a qualquer
momento. Nas incertezas do dia de amanhã..., no que nos transformaremos após o
instante da morte fatal...
− Mestre, o que é intuição?
− A intuição, que se encontra até
nos homens primitivos, é a voz interior ou voz da consciência que nos fala. É
um pensamento..., um pressentimento... É
um processo de percepção, uma ideia súbita, um insight, um “click” de uma
luz que se acende na mente, sem recorrermos a nada, nem mesmo ao raciocínio. Por
exemplo, o conhecimento imediato e claro que temos de que Deus existe,
− Mas, se a intuição não se apoia
em nada, no que se apoia o sentimento de que Deus existe?
− O sentimento da existência de
Deus se apoia numa máxima aplicada às nossas ciências: “não há efeito sem causa”. Basta olhar as obras da Criação para se
crer em Deus!
− Mestre, qual a diferença entre
instinto e intuição?
− As pessoas comuns, se referem à
intuição como sendo um ato “instintivo”.
Mas há uma diferença: enquanto o instinto é um impulso predeterminado que faz a
pessoa agir de imediato, a intuição está ligada ao entendimento de alguma coisa...,
a um aprendizado.
− Mestre, depois da morte o
Espírito conserva a sua individualidade?
− Sim. Daí a importância de
estarmos preparados para o futuro. Futuro este que não se trata de alguns anos
da vida corporal, mas da Eternidade do Espírito.
O instinto de autopreservação e a
intuição servem para mostrar, que A Ideia do Nada depois da morte é algo que a razão repugna e não
aceita.
Quem vai viajar para outro país se
preocupa com a condição em que lá estará. E se prepara para a viagem buscando saber
tudo sobre esse país. Assim deve ser a preocupação espiritual dos que buscam
uma felicidade, que não existe na Terra. É necessário saber para onde vamos e
nos prepararmos para isso!
O Evangelho de Jesus é o melhor
roteiro. Os ensinamentos de Jesus contém a verdade que todos buscamos.
Jesus nos garante Vida Eterna; que
na Casa do nosso Pai há muitas moradas; que nenhuma de suas ovelhas se perderá.
E nos dá um mandamento seguro para essa jornada: amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo.
Deus é a inteligência suprema,
causa primária de todas as coisas.
Deus é Amor. Uma onda de energia
que está em tudo, em toda parte; que tem nossos cabelos contados; e que sabe
antes de pedirmos o que nos é necessário.
Enfim, os seres humanos têm um
sentimento interior da existência de Deus; que lhes dá fé; e que os preparam para
a derradeira jornada à espera, no momento supremo, da nave do além que os
conduzirá de volta à Pátria Celestial.
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