Aquecendo a Vida

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sábado, 2 de junho de 2018

A IDEIA DO NADA


“Sem admitir a vida futura, crer em Deus não tem sentido!”


− Por que todo ser humano parece ter pavor do nada? – perguntou o noviço.
  Porque o nada não existe – respondeu-lhe o velho mestre.
− Por que o ser humano se preocupa tanto com seu futuro no além-túmulo?
− Porque traz um sentimento instintivo, inato, da eternidade da vida. Que nada mais é do que uma impressão natural que se tem das coisas espirituais.
− O que é o instinto?
− O instinto é uma força motivadora, um impulso, movido por uma necessidade interior de autopreservação, que se repete no comportamento de cada pessoa. Como por exemplo, o instinto de se alimentar.
− E como funciona?
− Funciona como uma reminiscência do passado, pois a alma guarda uma vaga lembrança de tudo que conhecia antes do nascimento e de tudo que sabe e que vê no seu estado de Espírito, durante o sono, por exemplo... E também funciona como uma advertência sobre a vida futura.
− O sentimento instintivo traz consequências para a nossa vida?
− Sim! Pois às vezes ele age como uma alavanca volitiva nos impulsionando na busca constante do progresso. Outras vezes age como um tônico da alma na resistência aos erros do passado. E ainda nos guia na preparação espiritual para a vida eterna.  São essas tendências instintivas que repercutem em nosso íntimo, constantemente, que nos faz acreditar na sobrevivência da alma.
− Como assim?
− Nas vezes que consideramos o quanto precária e curta é a vida presente, e que pode ser rompida a qualquer momento. Nas incertezas do dia de amanhã..., no que nos transformaremos após o instante da morte fatal...
− Mestre, o que é intuição?
− A intuição, que se encontra até nos homens primitivos, é a voz interior ou voz da consciência que nos fala. É um pensamento..., um pressentimento...  É um processo de percepção, uma ideia súbita, um insight, um “click” de uma luz que se acende na mente, sem recorrermos a nada, nem mesmo ao raciocínio. Por exemplo, o conhecimento imediato e claro que temos de que Deus existe,
− Mas, se a intuição não se apoia em nada, no que se apoia o sentimento de que Deus existe? 
− O sentimento da existência de Deus se apoia numa máxima aplicada às nossas ciências: “não há efeito sem causa”. Basta olhar as obras da Criação para se crer em Deus!
− Mestre, qual a diferença entre instinto e intuição?
− As pessoas comuns, se referem à intuição como sendo um ato “instintivo”. Mas há uma diferença: enquanto o instinto é um impulso predeterminado que faz a pessoa agir de imediato, a intuição está ligada ao entendimento de alguma coisa..., a um aprendizado.
− Mestre, depois da morte o Espírito conserva a sua individualidade?
− Sim. Daí a importância de estarmos preparados para o futuro. Futuro este que não se trata de alguns anos da vida corporal, mas da Eternidade do Espírito.  
O instinto de autopreservação e a intuição servem para mostrar, que A Ideia do Nada depois da morte é algo que a razão repugna e não aceita.  
Quem vai viajar para outro país se preocupa com a condição em que lá estará. E se prepara para a viagem buscando saber tudo sobre esse país. Assim deve ser a preocupação espiritual dos que buscam uma felicidade, que não existe na Terra. É necessário saber para onde vamos e nos prepararmos para isso!
O Evangelho de Jesus é o melhor roteiro. Os ensinamentos de Jesus contém a verdade que todos buscamos.
Jesus nos garante Vida Eterna; que na Casa do nosso Pai há muitas moradas; que nenhuma de suas ovelhas se perderá. E nos dá um mandamento seguro para essa jornada: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
Deus é Amor. Uma onda de energia que está em tudo, em toda parte; que tem nossos cabelos contados; e que sabe antes de pedirmos o que nos é necessário.
Enfim, os seres humanos têm um sentimento interior da existência de Deus; que lhes dá fé; e que os preparam para a derradeira jornada à espera, no momento supremo, da nave do além que os conduzirá de volta à Pátria Celestial.

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