Aquecendo a Vida

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sábado, 23 de junho de 2018

CÉU INFERNO E PURGATÓRIO


Nós vemos o Inferno como um artifício literário” (Papa Francisco)


Um casal decide passar as férias no mesmo hotel da lua de mel. Mas, devido a problema de trabalho, a mulher não pôde viajar com seu marido, marcando de encontrá-lo alguns dias despois.
Quando o marido chegou e se alojou no hotel, viu que na suíte havia um computador com internet. Decidiu enviar um e-mail à esposa; mas, se enganou, pois, trocou uma letra sem reparar e o e-mail foi para outro endereço...
Uma viúva, que acabara de chegar do enterro de seu marido, recebe por engano o e-mail e ao ler desmaia imediatamente.
O filho ao entrar no quarto encontra sua mãe no chão desacordada, com os pés para cima, e no monitor ele podia ler...
Querida esposa: Cheguei bem! Provavelmente ficará surpresa de receber minhas notícias por esta via, mas agora há computadores aqui e podemos enviar e-mails para nossos parentes queridos. Acabo de chegar e me certifiquei de que tudo está preparado para quando você chegar, na próxima quarta-feira. Tenho muita vontade de te ver e espero que tua viagem seja tranquila como a minha.
P.S.: Não traga roupa. Aqui faz um calor dos infernos!
Haverá mesmo calor no Inferno?
Em revelações recentes disse o Papa que “Não há fogo no Inferno” e que “A igreja já não acredita em um inferno literal, onde as pessoas sofrem. Esta doutrina é incompatível com o amor infinito de Deus”.
Os espiritualistas dizem ainda que não há nem alto nem baixo no Universo. Expressões como subir ao céu, descer ao inferno são alegorias. Pois os Espíritos se atraem por simpatia, por afinidade, numa mesma ordem ou faixa de vibrações.
Depois da morte do corpo físico, a vida continua num corpo espiritual – aqui mesmo na Terra –, apenas numa outra dimensão. No além, seremos então o mesmo que aqui somos. Ninguém se transforma de repente em anjos com asas!
Tudo é alegoria! Metáfora! Pois não existe no mundo um lugar especial, circunscrito, chamado de Céu ou Inferno.
Muitas vezes é errado dizer que quem está morto não tem mais o que sofrer. Na vida além-túmulo o pecador pode ter dores mil vezes mais cruciantes. Ele não tem mais o corpo material para minimizar sua dor. E suas vítimas ainda conhecem os seus pensamentos pecaminosos!
Inferno pode ser traduzido então como dores morais, penosas ao extremo. E a palavra fogo como sendo empregada no sentido figurado: de um fogo moral.
O ser humano, não conseguindo expressar a natureza do seu sofrimento por meio da sua linguagem, apelou para a ideia do fogo, que para ele é símbolo da dor mais intensa. Por essa mesma razão é que ele diz: fogo da paixão, queimar de inveja, arder em ciúmes...
Dessa forma, o culpado já pode estar num Inferno, ainda em vida na Terra.
Também não dá pra falar em penas eternas, pois a palavra eterna está sendo empregado aí num sentido figurado, de uma coisa de longa duração, como, por exemplo, quando se diz geleiras eternas...
Pela Parábola da Ovelha Perdida, a porta da esperança NUNCA se fecha! Pois, ninguém se perderá!... Depende apenas dos esforços de cada um.
O Purgatório vem da ideia de purgar, purificar, de expiar os pecados. Portanto, é o tempo de expiação das almas em um estado de imperfeição.
Como a expiação se opera em múltiplas existências, pode o Purgatório compor-se, então, muito mais das provas da vida corporal.
Embora sejam vidas de provações, há uma diferença entre Inferno e Purgatório.
No Inferno o culpado sente remorso (sentimento de culpa, de autoacusação). Mas, como nem sempre se arrepende, ele não tem certeza de uma melhora.
no Purgatório além do remorso ele tem arrependimento. E o arrependimento o faz mudar de procedimento: se retratar e até pedir perdão.  Portanto sua vida será de provações, porém com a consciência de um futuro melhor.
O Céu é um estado d’alma de plena felicidade. Mas não de felicidade passiva, pois nas moradas celestiais o trabalho é prazeroso. As tarefas são infinitas, principalmente na assistência espiritual em benefício de toda a humanidade.
Céu, Inferno e Purgatório são lugares que só existem na nossa imaginação. Daí dizer-se que o Inferno e o Céu estão dentro de nosso Espírito. E que o Purgatório, está em nossa vida corporal.

sábado, 16 de junho de 2018

BUSQUE O HORIZONTE


“Traçai o caminho do Senhor, aplanai as suas veredas” (Marcos 1,3).


Certa vez um homem se aproximou de Deus e pediu que ele lhe esclarecesse sobre uma coisa da criação que, segundo seu ponto de vista, não tinha nenhuma utilidade, nenhum sentido...
Deus o atendeu e perguntou qual era a falha que ele havia notado na criação.
– Senhor Deus – disse o interessado – sua criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser... Mas, embora me esforce para compreender sua finalidade, tem uma coisa que me parece não servir para nada.
– E que coisa é essa que não serve para nada? – Perguntou Deus.
– É o Horizonte – respondeu o homem. – Afinal, para que serve o Horizonte? Se eu caminho um passo na direção do Horizonte, ele se afasta um passo de mim... Se eu caminho dez passos, ele se afasta outros dez passos... Se eu caminho quilômetros na direção do Horizonte, ele se afasta os mesmos quilômetros de mim... Isso não faz sentido! O Horizonte não serve para nada.
Deus sorriu para seu filho, e disse:
– Mas é para isso que serve o Horizonte... “Para fazê-lo caminhar”.
Tantas vezes nós nos acomodamos em nossos estreitos limites que nos esquecemos de andar alguns passos na direção do Horizonte, que nos convida incessantemente a caminhar.
Quando nos esforçamos para ultrapassar nossos próprios limites, novas oportunidades surgem para que avancemos na direção do infinito que Deus nos reserva como meta de perfeição.
Assim, se você está paralisado pela falta de perspectivas que o incentivem a buscar o autoaperfeiçoamento, olhe para frente e ouça o chamamento do Horizonte. Contemple as estrelas e deseje alcançá-las: isso não é sonho impossível.
Você é filho de Deus, portanto, herdeiro do universo. Herdeiro das estrelas, dos mundos que gravitam nos espaços infinitos, convidando-nos a seguir em frente, vencendo os obstáculos naturais que se apresentam na caminhada evolutiva. Mas, para conseguir esse intento, é preciso esforço e perseverança. É preciso vontade de romper com as amarras que ao longo dos séculos nos mantêm presos aos baixos planos da experiência carnal.
Lembre-se, sempre, de que cada passo que você der na direção do Horizonte, este mais se afastará para que você continue caminhando.
E, quando você conseguir alcançar o Horizonte, é porque terá alcançado a linha máxima da perfeição que a escola chamada Terra pode lhe oferecer. E, nesse instante novos Horizontes se abrirão, desafiando sempre e sempre aqueles que têm coragem de avançar, de seguir na direção da luz, da perfeição a que o Mestre de Nazaré nos convidou, dizendo: “sede perfeitos como perfeito é vosso Pai celestial”.
Lance seu olhar para o infinito e, mesmo que as nuvens ou as lágrimas não lhe permitam ver as estrelas, diga, poeticamente, como quem tem certeza:
Sou herdeiro das estrelas / Eu sou filho do Senhor / Cultivo sonhos de beleza / Na grandeza do amor. / Com as estrelas eu sempre sonho / E nelas vejo brilhar / A viva esperança de um dia / Junto a elas poder estar. / Ver coisas tão sublimes / Da pátria espiritual / Morada verdadeira / Do espírito imortal. / Não importa o quanto espere / Eu sei que não vou perdê-las / Pois sou filho do Senhor / E herdeiro das estrelas.
Recebi esta mensagem por e-mail. Ela contém um precioso ensinamento sobre a evolução dos filhos de Deus - os Herdeiros do Universo –, que trazem na consciência a busca da perfeição.
Disse Jesus: “E vós conheceis o caminho para ir aonde vou” (João 14, 4).
Caminhar, pois, é preciso... Acelerar o progresso, através de uma permanente aprendizagem, só depende de nós.  
A eficácia é o segredo da jornada. Como diz Paulo: “Dirigi os vossos passos pelo caminho certo” (Hebreus 12, 13).
Seja uma pessoa do Bem, praticando a Caridade, amando... Obedecendo a sinalização da Verdade dos Evangelhos de Jesus – o Roteiro mais seguro, para seguir a marcha sem correr riscos.
Como diz Almir Sater na canção:
Penso que cumprir a vida / Seja simplesmente / Compreender a marcha / E ir tocando em frente...
Cada um de nós compõe a sua história / Cada ser em si / Carrega o dom de ser capaz / E ser feliz.

sábado, 9 de junho de 2018

ESPINHOS DA VIDA


“Apesar dos espinhos a vida nos oferece flores”


Espinhos da vida são as tribulações da humanidade. Pois a Terra ainda é um mundo de provas e expiação.
Mas, por que a gente sofre? Porque o ser humano é frequentemente o artesão de seus sofrimentos. Quer ser uma coisa que não é! E aí vive infeliz, pela importância que dá as coisas da Terra!
Diz a lenda, que um homem encontrou com um sacerdote e perguntou:
− Por que Deus escolheu um espinhal para falar com Moisés?
E o sacerdote, para matar a curiosidade daquele homem, explicou:
− Ele escolheu um pequeno espinhal ao falar com Moisés, para ensinar a todos que não há nenhum lugar na Terra em que Deus não esteja presente.
Deus está presente mesmo numa vida espinhosa, que questiona a Sua justiça.
No entanto, quem olhar a vida pela lente da eternidade vai descobrir que cada ser humano tem uma multiplicidade de existências. E com essa visão vai entender que a justiça divina é perfeita. Nada há de errado! E para tudo há uma explicação!
Deus é soberanamente bom e justo. Suas leis são perfeitas. Por isso, não castiga e nem perdoa. Tudo acontece segundo a imutabilidade das leis naturais. Não há injustiça no sofrimento. Apenas colhemos o que plantamos nesta ou em existências do passado. Tal como disse Lord Byron: Os espinhos que colhi, são da árvore que plantei”.
Segundo o Livro dos Espíritos (975) “[...] o Espírito sofre por todo o mal que praticou ou de que foi causa voluntária, por todo o bem que teve oportunidade de fazer e não fez, e por todo o mal que resulta do bem que não fez”.
Portanto, todas as penas e tribulações são consequências dos nossos erros. Você pode até não se lembrar, mas eles estão lá dentro, pesando na sua consciência.
O Espírito compreende o quanto foi culpado. E se sente envergonhado diante de suas vítimas, pois não pode esconder essa culpa dos outros. Não tem mais o véu da matéria que encobria suas faltas.
Sendo o Espírito mais sensível, seus sofrimentos são mil vezes mais intensos do que sentia quando na Terra. O pensamento de ser eternamente condenado constitui o seu verdadeiro suplício. Mas, Deus é misericordioso e nos garante, pelos ensinamentos de Jesus, que nenhum de seus filhos se perderá. O futuro nunca será fechado a ninguém!
Então, para se libertar da dor de consciência, do remorso que tanto o aflige, há, na espiritualidade, um programa preestabelecido, dos espinhos da vida que cada um deve suportar. E o Espírito de cada um participa dessa programação. Daí não se justificar qualquer revolta ou blasfêmia.
Tanto quanto o nascimento e a morte, essa programação é fatal. É o destino de cada um! Não adianta se lamentar!
Mas, nosso Pai do Céu – que é infinitamente misericordioso –, sempre aceita o arrependimento e o desejo de se aprimorar. E subordina a duração do sofrimento aos esforços do culpado. Ao tempo que ele gaste para melhorar, para mudar... Pois, quando a gente muda, a vibração se eleva; e numa frequência mais alta some o sofrimento!
Deus não permite um fardo maior do que a nossa capacidade de suportar. Ele sabe o limite de cada um! E ainda para nos aliviar enviou Jesus, que na Terra foi glorificado com uma coroa de espinhos.
Disse Jesus: "Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei". "Porque meu jugo é suave e meu peso é leve" (Mateus 11, 28 e30).
Pegue os espinhos da vida e faça a sua coroa! Pois Jesus retribuirá "a cada um segundo suas obras" (Mateus 16,27).
Deus, que só quer o bem de suas criaturas, deu a cada um o livre-arbítrio, para trabalhar ativamente e fazer o Bem até superar todas as dificuldades e ter o mérito de suas conquistas.
O Bem garante o nosso futuro. Pois é fruto do Amor, da Caridade. E "[...] porque a caridade cobre a multidão dos pecados" (I Pedro 4,8).
Deus é previdente, pois nos adverte a cada instante que erramos, e intui-nos qual é o melhor caminho. Deus ainda nos envia anjos, guias, e familiares para nos inspirar. Ele sabe que os espinhos da vida são úteis para nosso adiantamento, se os suportamos com resignação.
“Quem quer colher rosa deve suportar os espinhos!”.

sábado, 2 de junho de 2018

A IDEIA DO NADA


“Sem admitir a vida futura, crer em Deus não tem sentido!”


− Por que todo ser humano parece ter pavor do nada? – perguntou o noviço.
  Porque o nada não existe – respondeu-lhe o velho mestre.
− Por que o ser humano se preocupa tanto com seu futuro no além-túmulo?
− Porque traz um sentimento instintivo, inato, da eternidade da vida. Que nada mais é do que uma impressão natural que se tem das coisas espirituais.
− O que é o instinto?
− O instinto é uma força motivadora, um impulso, movido por uma necessidade interior de autopreservação, que se repete no comportamento de cada pessoa. Como por exemplo, o instinto de se alimentar.
− E como funciona?
− Funciona como uma reminiscência do passado, pois a alma guarda uma vaga lembrança de tudo que conhecia antes do nascimento e de tudo que sabe e que vê no seu estado de Espírito, durante o sono, por exemplo... E também funciona como uma advertência sobre a vida futura.
− O sentimento instintivo traz consequências para a nossa vida?
− Sim! Pois às vezes ele age como uma alavanca volitiva nos impulsionando na busca constante do progresso. Outras vezes age como um tônico da alma na resistência aos erros do passado. E ainda nos guia na preparação espiritual para a vida eterna.  São essas tendências instintivas que repercutem em nosso íntimo, constantemente, que nos faz acreditar na sobrevivência da alma.
− Como assim?
− Nas vezes que consideramos o quanto precária e curta é a vida presente, e que pode ser rompida a qualquer momento. Nas incertezas do dia de amanhã..., no que nos transformaremos após o instante da morte fatal...
− Mestre, o que é intuição?
− A intuição, que se encontra até nos homens primitivos, é a voz interior ou voz da consciência que nos fala. É um pensamento..., um pressentimento...  É um processo de percepção, uma ideia súbita, um insight, um “click” de uma luz que se acende na mente, sem recorrermos a nada, nem mesmo ao raciocínio. Por exemplo, o conhecimento imediato e claro que temos de que Deus existe,
− Mas, se a intuição não se apoia em nada, no que se apoia o sentimento de que Deus existe? 
− O sentimento da existência de Deus se apoia numa máxima aplicada às nossas ciências: “não há efeito sem causa”. Basta olhar as obras da Criação para se crer em Deus!
− Mestre, qual a diferença entre instinto e intuição?
− As pessoas comuns, se referem à intuição como sendo um ato “instintivo”. Mas há uma diferença: enquanto o instinto é um impulso predeterminado que faz a pessoa agir de imediato, a intuição está ligada ao entendimento de alguma coisa..., a um aprendizado.
− Mestre, depois da morte o Espírito conserva a sua individualidade?
− Sim. Daí a importância de estarmos preparados para o futuro. Futuro este que não se trata de alguns anos da vida corporal, mas da Eternidade do Espírito.  
O instinto de autopreservação e a intuição servem para mostrar, que A Ideia do Nada depois da morte é algo que a razão repugna e não aceita.  
Quem vai viajar para outro país se preocupa com a condição em que lá estará. E se prepara para a viagem buscando saber tudo sobre esse país. Assim deve ser a preocupação espiritual dos que buscam uma felicidade, que não existe na Terra. É necessário saber para onde vamos e nos prepararmos para isso!
O Evangelho de Jesus é o melhor roteiro. Os ensinamentos de Jesus contém a verdade que todos buscamos.
Jesus nos garante Vida Eterna; que na Casa do nosso Pai há muitas moradas; que nenhuma de suas ovelhas se perderá. E nos dá um mandamento seguro para essa jornada: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
Deus é Amor. Uma onda de energia que está em tudo, em toda parte; que tem nossos cabelos contados; e que sabe antes de pedirmos o que nos é necessário.
Enfim, os seres humanos têm um sentimento interior da existência de Deus; que lhes dá fé; e que os preparam para a derradeira jornada à espera, no momento supremo, da nave do além que os conduzirá de volta à Pátria Celestial.