“Confiai em Deus”. (João 14:1).
Há um bom tempo vivemos no Brasil momentos tristes de
muitas crianças abandonadas. Pelos pais e pelo governo! Isso até já foi tema de
novelas! Por isso essa discussão é edificante. Ela leva a uma reflexão
importante sobre a vida.
E cabe bem neste “Dia dos Pais”!
Muitos filhos são abandonados mesmo antes do
nascimento, por pais despreparados. Outros são abandonados ainda bebezinhos,
por atos de crueldade.
E ainda há outros filhos abandonados no seio da família,
mesmo convivendo com os pais todos os dias. Pois não recebem atenção, afeição
ou os cuidados necessários para a sua educação.
Em qualquer dessas situações de abandono, os pais não se
dão conta:
1º. Da missão majestosa que recebem de Deus, e que
não podem abortar sob o risco de terem que pagar pela falta de compromisso
espiritual com a educação desses pequenos sob seus cuidados;
2º. Da responsabilidade que é ser pai e ser mãe,
respondendo pelos próprios atos e ainda pelos atos dos filhos;
3º. Da oportunidade que os pais têm de amar, auxiliar,
ensinar e aprender com essas pequenas criaturas.
Uma moça questionada sobre o fato de ter sido
abandonada quando pequena, respondeu assim:
− É mau “caratismo”
mesmo! É egoísmo de quem pensou somente em si!
Por egoísmo uma
criatura só quer ser servida. Não pensa em servir outrem mesmo que seja uma
filha.
A crueldade maior é o abandono de um bebezinho. Porque
isso vai muito além da irresponsabilidade. É desamor... É falta de confiança em
Deus! Nem os animais abandonam seus filhotes!
Como esquecer a emoção do primeiro movimento do
bebezinho dentro da barriga da mãe?
Um dia, todo pai e toda mãe descobre que o filho ou a
filha que depende de seu amor e da sua segurança é o melhor presente que Deus
lhe deu.
Que consequências terão o dano e o trauma psicológicos
numa criança abandonada? Como superar essa mágoa?
“Não se
perturbe o vosso coração. Confiai em Deus; confiai também em mim” (João 14:1). Foi assim que Jesus ensinou, que a
solução para sobreviver ao sofrimento e a dor, é permanecer ligado a Deus.
Pois, Deus é a fonte suprema de força e poder para viver a vida.
Confiando nos ensinamentos do Mestre é possível
superar traumas e entender os sentimentos humanos. E deve-se confiar nele não
porque se sinta fraco e carente, mas porque esta é a única maneira pela qual se
pode crescer plenamente neste planeta.
A confiança em Deus pode se transformar numa grande
alegria. Descubramos isso meditando sobre a tristeza de se ver uma criança
abandonada, como nos mostra esta página, a seguir, de Carlos Heitor Cony:
“O garoto das meias vermelhas”.
Ele era um
garoto triste. Procurava estudar muito. Na hora do recreio, ficava afastado dos
colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.
Todos os
outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.
Um dia, o
cercaram e lhe perguntaram por que ele só usava meias vermelhas. Ele falou, com
simplicidade:
– No ano passado, quando fiz aniversário,
minha mãe me levou ao circo. Colocou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei.
Comecei a chorar. Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias
vermelhas. Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as
meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e
quando visse um menino de meias vermelhas, saberia que o filho era dela.
Ora –
disseram os garotos –, mas você não está num circo. Por que não tira essas
meias vermelhas e a joga fora?
O menino das
meias vermelhas olhou para os próprios pés, talvez para disfarçar o olhar
lacrimoso e explodiu:
– É que minha mãe abandonou a nossa casa e foi
embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar
por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará
com ela.
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